sexta-feira, 24 de julho de 2015

AS JANELAS DE MINHA VIDA !


Há muitos anos atrás uma senhora me apresentou uma visão e disse-me que cada ser humano vê o mundo através de sua janelinha. Pois bem, a partir do que ela me disse mostraram-me a imagem da casa que vem descrita abaixo. Esta é uma das revelações mais importantes que recebi nesta vida. Guardo-a como um tesouro. Dedico-a à esta doce senhora!
Imaginem vocês uma casa, com o teto de madeira, e o chão também. Esta casa é redonda, tendo janelas de vidro transparente em toda a sua volta. Imaginem agora que esta casa está situada na beira de uma praia deserta, ao pé de uma montanha, com uma vegetação extensa atrás e tendo uma faixa extensa de areia do outro lado. Assim esta casa tem vista para paisagens bem diferentes!
Esta casa representa a vida de todos nós. Estamos, cada um de nós, amparados em uma das janelinhas, com a cabeça grudada no vidro tentando interpretar o que vemos lá fora. O que vemos da janela é o nosso ponto de vista sobre a vida, a opinião que vamos desenvolvendo sobre as coisas. As pessoas se desentendem porque como vemos ninguém jamais terá o mesmo ponto de vista do que o outro. Enquanto uns olham para a vida e dizem: a vida é como o mar, sempre em movimento, as vezes ruidoso, as vezes tranquilo! Outros vão dizer que a vida é forte, as vezes íngreme e áspera como as montanhas rochosas, de outro lado alguém está percebendo uma vida próspera e abundante do mais puro verde, agradável e calmo e, por fim, há os que se perdem nesta imensidão de areia, mutável, por vezes tão quente, por vezes trazendo calafrios das noites de inverno.
A maioria das pessoas passa suas vidas olhando apenas através de sua janelinha e confrontando-se com o mundo por não conseguir aceitar nada que seja diferente da pequena fração da realidade que vê e que, vejam só, não está errada, o que cada um enxerga por sua janela está totalmente correto mas é apenas uma pequena fração da grande Verdade.
Por isso eu vos convoco: “Afastem-se um pouco de suas janelas, aceitem o convite, deem uma espiadinha na janela de seu vizinho de um lado, do outro lado também. E, se sentirem-se prontos para abrir seus olhos ainda mais, parem de espiar o que há apenas do seu lado e comecem a dar alguns passos para trás, distanciem-se mais de sua própria janela”.
Este distanciamento será fundamental para todos aqueles que buscam a abertura de consciência.
Você se distancia até o momento em que chega ao centro desta casa e dali, somente dali, você poderá ter a maior visão que pode ter da grande Verdade. Do centro da sala, você olha para fora através de todas as janelas ao mesmo tempo, vai girando seu corpo 360 graus, e descobre, pela primeira vez, que a vida é esta somatória de montanha, de mar, de floresta e areia. E agora você começa a entender do que falavam as outras pessoas, agora você começa a entender como sua verdade era insuficiente.
E senta.
E fecha seus olhos
e agradece!
Agradece pela benção de ter se livrado da ignorância. E depois de ter visto, de ter conhecido a Verdade, não poderá mais regressar a sua janela, não poderá mentir para si mesmo, seu mundo não caberá nunca mais nas limitações de uma verdade tão pequena.
E, depois de tudo isto, cabe a mim lembrar-lhes que, ainda que possamos chegar perto do que seja a grande Verdade, ela não nos pertence por completo, afinal existe alguém que vê não apenas através de todas as janelas, mas vê por cima, por baixo, vê até mesmo através de nossos próprios olhos.

“Somente ao nosso Pai cabe esta Verdade final”.

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