quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

celsonov

A IMPORTÂNCIA FAMILIAR DO “PLANEJAR”

A palavra “planejamento”, em educação, apresenta diversos sentidos. Envolve, por exemplo, a atividade reflexiva de uma equipe docente sobre como distribuir pelos dias do ano letivo as tarefas múltiplas nas quais alunos, professores e outros atores do cenário educacional buscarão suas metas de aprendizagem e progressiva transformação. A mesma palavra, entretanto, envolve a ação especificamente do docente sobre como este distribuirá, pelas aulas prováveis do ano que começa, seus ensinamentos, suas provas, suas avaliações e atividades, que abrigam diferentes competências e múltiplas habilidades. Não vamos, neste breve texto, abordar nenhum dos dois sentidos usuais de um planejamento, mas sugerir como deverá ser o “planejamento” a ser refletido pelos pais, para que seus filhos possam se adaptar aos desafios de um ano letivo e para o qual se busca muito além da aprendizagem significativa – a superação de desafios de relacionamento interpessoal, o domínio de competências que possam “materializar” o que se aprendeu e, principalmente, fazer com que os filhos, mais que a ambição de apenas “ter mais”, possam crescer na certeza de que a cada dia podem “ser mais”.
Esse planejamento essencial abriga atitudes simples e de custo irrelevante, mas que, por quebrarem a rotina usual de fazer hoje o que se fez ontem, exigem esforço, persistência, continuidade, dedicação e, sobretudo, entrega total a esse singelo ícone de felicidade a que se dá o nome de “família” e a esse ambiente que se protege com um sentimento de que é um verdadeiro “lar”. E quais seriam essas atitudes?
– Estabelecer, de comum acordo com todos os integrantes do grupo familiar, mesmo os que ainda são criança e que mal acabaram de chegar, que será impossível imaginar uma semana qualquer que não tenha, com dia e duração prescrita, um momento de “bate-papo livre”, em que, com franqueza, todos participem como sócios de uma empresa e usufruam de igual direito. É essencial que nesse espaço de tempo todos possam falar de seu dia, de sua rotina, de seus anseios e de suas expectativas, das alegrias que colheram, das decepções que se fizeram inevitáveis, do trabalho, da escola, dos amigos e também do que esperam para a semana que vai começar. É evidente que nessa reunião impera a liberdade da autêntica franqueza, em que o único elemento indesejado enquanto a reunião durar são os celulares que, desligados sobre outra mesa, devem aguardar o fim do encontro.
– Definir com clareza cristalina quais os valores essenciais da família e estes, tal como as metas de toda empresa, necessitam ser cumpridos com leveza e coerência. Se, por exemplo, honestidade e sinceridade forem dois dos inúmeros valores eleitos, que se procure seu cumprimento com firmeza e dignidade, ainda que com portas abertas para pequenos deslizes, pois com paciência deve-se saber esperar a consolidação desses valores na vida que se vive, na escola que se frequenta, nas relações de amizade que se preservam. Os valores eleitos como polo de integração familiar podem ser inspirados na organização política do país ou na religião que se aprendeu, mas sua essencialidade não significa ser apenas uma lista pregada atrás da porta, mas algo como o belo e imaterial retrato daquela família, daquele lar.
– Estabelecer um planejamento pessoal de cada membro, no qual são expostos, em uma conversa em que toda família se reúne, o que se busca para cada mês dos que faltam para completar o ano. Nessa hora, dividem-se com igualdade os livros que se anseia ler, as práticas que se pretende desenvolver, os projetos que se promete solenemente cumprir e também os quilos que se busca perder, o corpo que se promete cuidar, enfim, a conquista da saúde autêntica e que expressa a importância que o grupo familiar atribui à qualidade de vida.
Como se percebe, propostas simples e de baixo custo. Pouco mais que um olhar para o amanhã em que se procura dar sentido à vida, às alegrias, mas, especialmente, à felicidade de todos os membros da família se sentirem no mesmo barco, olhando sempre o horizonte com esperanças comuns. Será assim tão complicado?

Campanha da Fraternidade é lançada no Recife com início da Quaresma

Momento marca os quarenta dias de preparação para Páscoa, em março.
Tema da campanha da CNBB é voltada para o saneamento básico no país.

Do G1 PE
A Quarta-feira de Cinzas tem um significado especial para os católicos. É que começa hoje a quaresma, período de 40 dias de preparação para Páscoa que segue até o domingo de Ramos. Durante este tempo, a Igreja Católica convida os fiéis a intensificarem as orações, as penitências, o jejum, a conversão, além da meditação da palavra de Deus e a prática da caridade.
Além da Quaresma, nesta quarta também será lançada a Campanha da Fraternidade 2016, que pela quarta vez terá um caráter ecumênico. O foco da campanha deste ano é o saneamento básico e a saúde e traz como tema “Casa comum, nossa responsabilidade”. O assunto está dentro da carta encíclica - uma espécie de documento papal - escrito pelo papa Francisco e que tinha como título "Louvado Seja" (Laudato Si).
Já o lema da campanha é: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho  que não seca” (Amós 5,24). "Isso dará ensejo para tratarmos sobre o saneamento básico para promovermos melhor ao desenvolvimento para todo ser humano, sua saúde integral e qualidade de vida", anunciou a Confederação dos Bispos do Brasil.
De acordo com os últimos dados divulgados pelo Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento Básico, mais de 100 milhões de pessoas no Brasil não tem coleta de lixo. Além disso, os dados mostram também que 39% dos esgotos não são tratados.
Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, durante a missa do Dia de Finados no Recife (Foto: Priscila Miranda / G1)Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, durante a missa do Dia de Finados no Recife (Foto: Priscila Miranda / G1)
Para o Padre Josenildo Tavares, coordenador da pastoral de Olinda e Recife, o assunto da Campanha da Fraternidade é especial e emergencial.  "É um tema urgente pra situação que estamos vivendo, as calamidades, os desastres ecológicos. O planeta que está gritando por socorro. As pessoas precisam tomar consciência de que o planeta está sendo destruído", afirmou.
Na Região Metropolitana do Recife, o lançamento da Campanha da Fraternidade vai acontecer nesta quarta-feira na Associação de Recicladores de Olinda, ao lado do Aterro de Aguazinha, na 2ª Perimetral Norte. A celebração ecumênica acontece às 16h e será celebrada pelo Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido.

Campanha da Fraternidade 2016 será lançada nesta quarta-feira de cinzas

Glaucia Piovesan

A Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 será lançada oficialmente na quarta-feira de cinzas, dia 10 de fevereiro, em todo país. O tema da campanha deste ano é “Casa Comum, nossa responsabilidade”, e o lema: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24). Nesta edição, a campanha busca fortalecer a construção de políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro da Casa Comum, ou seja, do planeta Terra.

Em Nova Andradina, a celebração de Cinzas será realizada às 19h30, no Santuário Imaculado Coração de Maria e, em Batayporã, na Igreja Matriz Santo Antônio de Pádua, a santa missa ocorre às 19h.

Campanha da Fraternidade Ecumênica
É realizada pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) e assumida pelas igrejas-membros: Católica Apostólica Romana, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil e Sírian Ortodoxa de Antioquia. Além dessas igrejas, estão integradas à campanha a Aliança de Batistas do Brasil, Visão Mundial e Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (Ceseep). A Coleta Ecumênica Nacional da Solidariedade ocorrerá no dia 20 de março, Domingo de Ramos.

Este ano, a Campanha da Fraternidade Ecumênica terá dimensão internacional, pois será realizada em parceria com a Misereor, entidade vinculada à Igreja Católica da Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento da Ásia, África e América Latina.

Políticas de saneamento
No Brasil, 7,2 milhões de habitantes não possuem banheiro em suas residências (de acordo com o Progress on Sanitation and Drinking-Water, dados de 2014), cerca de 35 milhões de pessoas não contam com água tratada em casa e quase 100 milhões estão excluídas do serviço de coleta de esgotos, como aponta publicação de 2015 do Instituto Trata Brasil. Por isso, a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 aborda prioritariamente a construção de políticas públicas na área do saneamento básico.

Ainda de acordo com o Trata Brasil, a cada 100 litros de água coletados e tratados, em média apenas 67 litros são consumidos. Contudo, 37% da água coletada no Brasil é perdida em função de vazamentos, furtos ou ligações clandestinas, falta de medição ou medições incorretas do consumo de água, do que resulta um prejuízo de R$ 8 bilhões. A soma do volume de água perdida por ano nos sistemas de distribuição das cidades daria para encher seis sistemas Cantareira (SP). Eis o porquê da campanha tocar mais diretamente este assunto, uma vez que o mesmo diz respeito à saúde pública, à dignidade humana, à sustentabilidade do planeta e também à economia.

CAMPANHA DA FRATERNIDADE ECUMÊNICA 2016

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016

 trata do saneamento básico

Com o tema  "Casa comum, nossa responsabilidade"  e o  lema  "Quero ver o direito brotar como fonte e 
correr a justiça qual riacho que não seca(Am 5.24), a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2016 será realizada em parceria com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic). A proposta está em sintonia com a Encíclica do papa Francisco, "Laudato Si".A proposta da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) é debater com a sociedade questões do saneamento básico a fim de garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida aos cidadãos.
"Nesse tema e lema, duas dimensões básicas para a subsistência da vida são abarcadas a um só tempo: o cuidado com a criação e a luta pela justiça, sobretudo dos países pobres e vulneráveis. Nessa Campanha da Fraternidade Ecumênica, queremos instaurar processos de diálogos que contribuam para a reflexão crítica dos modelos de desenvolvimento que têm orientado a política e a economia", explica a coordenação geral, representada pelo bispo da Igreja Anglicana e presidente do Conic, dom Flávio Irala, e a secretária-geral, pastora Romi Márcia Bencke.
Meio ambiente
Na apresentação do texto-base, a organização diz que a reflexão da CEF 2016 será "a partir de um problema específico que afeta o meio ambiente e a vida de todos os seres vivos, que é a fragilidade e, em alguns lugares, a ausência dos serviços de saneamento básico em nosso país".
O texto-base está organizado em cinco partes, a partir do método ver, julgar e agir. Ao final, são apresentados os objetivos permanentes da Campanha, os temas anteriores e os gestos concretos previstos durante a Campanha 2016.
A CFE 2016 está em sintonia, também, com o Conselho Mundial das Igrejas e com o papa Francisco. Nesta edição da Campanha, integram a Comissão da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016: Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia, Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (Ceseep), Visão Mundial, Aliança de Batistas do Brasil, Diretoria do Conic, Misereor.
O Texto-Base está disponível na Loja CNPF
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                                                Fonte: cnpf.org.br/CNBB com informações do Conic