sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

EM QUE MEDIDA OS DIAGNÓSTICOS DO INÍCIO DO ANO NOS AJUDAM ?

Em que medida os diagnósticos do início do ano nos ajudam?

Ignorar que existem alunos que não estão aprendendo vai completamente contra a missão da escola, por isso, não basta ter a realidade levantada, é preciso agir
O título desse post é uma pergunta que não pode sair da cabeça dos gestores escolares, acompanhada, obviamente, de sua resposta. As sondagens realizadas no início do ano nos dão um diagnóstico que precisa ser levado em conta, pois nos revela os saberes das crianças, as expectativas de aprendizagem atingidas, mas também o oposto, ou seja, o que ainda não sabem. Só assim é possível planejar o ano, não é mesmo?
Uma vez diagnosticados os saberes de cada aluno, é chegada a hora de decidir o que fazer com as crianças que se encontram em defasagem nas aprendizagens. Ignorar que existem alunos que não estão aprendendo vai completamente contra a missão da escola, por isso, não basta ter a realidade levantada, é preciso agir. Vou contar como faço em minha escola.
Passo a passo do plano de ação para os alunos com dificuldades
Na primeira análise dos portfólios das turmas (fevereiro), levanto “quantos são” e “quem são” os alunos que apresentam dificuldades. Ao dar a devolutiva individual aos professores, conversamos sobre o que será possível fazer em termos de “intervenção pontual”.Essa intervenção consiste em o professor regente investir nas dificuldades específicas dos alunos. Isso acontece, por exemplo, quando a classe está desenvolvendo uma atividade que não depende dele. Então, é hora de trabalhar pontualmente com a criança que apresenta mais dificuldades.
Nem todos os professores desenvolvem isso com tranquilidade, alguns têm mais facilidade do que outros. Mas sempre insisto nessa ação. Ajudo os professores a pensarem nas atividades adequadas para os alunos que precisam das intervenções pontuais. Às vezes, é necessário retomar expectativas de aprendizagem do ano anterior com alguns alunos. Por exemplo, em classes de 3º Ano pode acontecer de ter algumas crianças que ainda não entenderam o sistema de escrita alfabética, enquanto a maioria é produtora de texto. Para as não alfabéticas é preciso continuar investindo nas atividades de reflexão do sistema de escrita alfabética.
Também organizamos, coletivamente, os “Grupos de Apoio”. Consiste em agrupar os alunos, por exemplo, que ainda não compreenderam a base alfabética, para desenvolverem atividades específicas. Esses alunos podem ser de anos/séries diferentes. O professor que tem o perfil para trabalhar com a reflexão do sistema de escrita alfabética fica com essas crianças. Esses grupos são organizados duas vezes por semana, por, aproximadamente, duas horas. Também formamos grupos que precisam, por exemplo, trabalhar a fluência leitora. Enfim, os agrupamentos surgem de acordo com as necessidades.
Também temos os professores auxiliares, que trabalham a recuperação contínua. A função deles é apoiar o professor da classe no desenvolvimento de atividades visando à superação de dificuldades e necessidades dos alunos. Esse será o tema do próximo post.
Oriento os professores para que registrem todas as ações voltadas para a recuperação das aprendizagens dos alunos, aliás, sempre digo a eles o seguinte, “registrem, pois ao final do ano temos que prestar contas sobre o que foi proporcionado a cada criança. Elas podem não chegar, ao final do ano, com as expectativas de aprendizagem do ano/série alcançadas, mas devem ter avançado dentro de suas potencialidades. E isso só acontecerá se houver investimento do professor”.
E vocês, coordenadores, como utilizam os diagnósticos em suas escolas?
Beijos, Maria Inês

COMO ORGANIZAR A PRIMEIRA REUNIÃO PEDAGÓGICA DO ANO

Como organizar a primeira reunião pedagógica do ano

As férias estão terminando, em breve os professores chegarão às escolas e precisamos nos preparar para recebê-los. Algumas redes de ensino organizam uma semana de encontro, enquanto outras reservam um ou dois dias apenas para o planejamento do ano letivo com a equipe. Para que esse momento crucial transcorra bem, o coordenador precisa criar um bom clima de trabalho, acolhendo os docentes, principalmente os novatos.
Para organizar o meu primeiro encontro pedagógico com os professores, estou antecipando possíveis conteúdos para discutir com o diretor. É com ele que vou fechar a pauta da reunião. Essa parceria entre direção e coordenação é muito importante para o trabalho começar alinhado. Já tenho alguns tópicos que considero essenciais: resultados e ações do ano passado, os conteúdos tratados em formação docente, onde conseguimos chegar, para onde queremos ir e a revisão das metas estabelecidas em 2016.
Esmiuçando os pontos acima, fiz uma lista com temas mais específicos que podem compor a pauta da primeira reunião ou serem discutidos em conversas individuais durante a semana inicial do ano letivo:
- Integrar os professores que estão chegando à proposta pedagógica da escola;- Retomar as funções e o organograma da instituição;- Retomar o plano de metas elaborado no ano anterior;- Conversar sobre as turmas que cada um vai trabalhar. Vou abrir espaço para que os docentes apresentem as classes que acompanharam no ano passado e, se algum tiver deixado a escola, eu farei essa função;- Apresentar e analisar o calendário escolar e nossa rotina. Já vamos reservar datas para reuniões de equipe, de pais, de fechamento dos bimestres, de confraternizações e de planejamento coletivo;- Avaliar os dados da escola: índices de aprendizagens, taxas de aprovação, distorção e resultados de avaliações externas;- Planejar atividades que deverão acontecer em sala de aula nas primeiras semanas, como o diagnóstico de aprendizagem;- Apresentar os projetos institucionais realizados e reavaliá-los;- Propor ajustes no projeto político-pedagógico (PPP), com avaliação e monitoramento das metas estabelecidas;- Combinar como acontecerá a formação continuada durante o ano.
E vocês, coordenadores, já se reuniram com os docentes ou, como eu, estão planejando o primeiro encontro? Como será este momento aí na sua escola?
Abraços e um ótimo início de ano letivo. Até semana que vem!
Eduarda

COMO ELABORO UM PROJETO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Como elaboro um projeto de formação de professores

Para planejar uma formação, precisamos pensar nas particularidades do processo de ensino e aprendizagem dos adultos (Foto: Gabriela Portilho)
Para planejar uma formação, penso nas particularidades do processo de ensino e aprendizagem dos adultos (Foto: Gabriela Portilho)
Estudamos e pesquisamos bastante sobre como as crianças aprendem, quais atividades são mais adequadas para mobilizar os saberes delas e quais devem ser as intervenções dos professores em determinadas situações. Será que, no caso dos adultos, os processos de ensino e de aprendizagem são semelhantes? Qual será a melhor maneira de tematizar e discutir um conteúdo com os docentes para que a prática deles seja mais acertada e eficiente?
Com base nessas perguntas, penso um projeto de formação de professores em três níveis:
  1. Como envolver os profissionais numa reflexão que explicite a necessidade de estudar um conteúdo;
  2. Quais atividades serão mais adequadas para focar ou tomar a prática como objeto de estudo;
  3. Como o conhecimento gerado será sistematizado.
No primeiro nível, minha preocupação é que fique muito claro o quê e o porquê iremos discutir determinado conteúdo. Vou dar um exemplo para ficar mais fácil. Numa das formações, escolhi trabalhar o reconto. Tomei essa decisão após receber algumas solicitações de professores para falar sobre isso, observar algumas salas de aula e ler os relatórios de avaliação do primeiro semestre. Percebi, então, que estavam acontecendo poucas situações em que as crianças faziam o reconto, além de, algumas vezes, os textos literários escolhidos para essa atividade não serem os mais adequados. Foi justamente com essas constatações que comecei o primeiro encontro. Minha primeira proposta foi que cada profissional fizesse um pequeno texto reflexivo sobre como estava o trabalho com reconto na turma dele, analisasse os registros e explicitasse os resultados, as dificuldades e as conquistas.
O próximo passo foi aprofundar o conhecimento sobre o conteúdo. Algumas perguntas que eu gostaria de responder com o grupo ao longo de alguns encontros (previamente estipulados) eram: por que é fundamental que o reconto aconteça em todas as salas e o que se espera que as crianças aprendam. A estratégia formativa que adotei foi, considerando a reflexão feita anteriormente, destacar leituras de referências e analisar o planejamento e a execução de ações em sala. Para isso, planejamos juntos uma atividade de reconto e combinamos que todos os professores a fariam em determinado período e a filmariam. Deixei livre para que cada pessoa analisasse o vídeo sozinha, comigo ou tematizando com o grupo. Essa etapa do projeto é a mais longa, mas também a essência da formação, pois visa aperfeiçoar a prática dos participantes. É importante que todos saibam que serão respeitados e que toda e qualquer dúvida ou equívoco serão vistos como oportunidade de melhoria. E quem garante esse acolhimento é o coordenador pedagógico.
Por fim, o último encontro foi destinado à sistematização e registro de tudo o que havíamos discutido e a formulação de quais seriam os encaminhamentos que tiraríamos daí. Geralmente, proponho a elaboração de um documento com orientações didáticas, que é datado, copiado e distribuído para cada um dos professores. Essas orientações podem estar relacionadas ao planejamento, à seleção de materiais, à sugestão de atividades, às intervenções, ao que é necessário observar e registrar sobre a aprendizagem das crianças, entre outros aspectos que possam ajudar o docente a qualificar o fazer pedagógico.
Como o contexto da escola e das turmas podem mudar com o tempo, deixei claro que poderíamos voltar ao mesmo conteúdo no futuro para aperfeiçoá-lo novamente.
E você, como planeja o projeto de formação dos professores?
Abraços, Leninha

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

VOLTA ÁS AULAS 2017 : DICAS DE COMO TRAÇAR METAS E OBJETIVOS


Volta às Aulas 2017: dicas de como traçar metas e objetivos

Começo de ano é sempre sinônimo de expectativa, não é mesmo? Quando somos crianças ou adolescentes, então, essa sensação é ainda maior: uma nova turma de colegas pela frente, novas possíveis amizades, novos professores, novas matérias e novos (e caros!) materiais, dentre tantas e tantas outras coisas que fazem o coração acelerar de animação e medo!
Que tal aproveitar essa mistura de emoções e a proximidade da volta às aulas para estreitar o relacionamento familiar e já aproveitar para traçar as metas e os objetivos de todo mundo para o ano que acaba de começar?
Então, aproveite as dicas e feliz 2017!
#1 Explore algumas refeições e momentos compartilhados para dividir histórias de sua infância e adolescência com os pequenos. Conte alguns “causos”, algumas manias, alguns medos! Partilhe memórias e procure estabelecer um diálogo entre passado e presente, mas cuidado com os julgamentos: nada de ficar falando que na sua época as coisas eram melhores. O interessante é que essas ocasiões sirvam, realmente, para aproximá-los, para fazer com que os teus filhos (sobrinhos, netos ou afilhados) vejam que você também já passou pela fase em que eles estão agora e que, seja lá o que aparecer pelo caminho, você sempre será um bom porto seguro.
#2 Comece a organizar a casa. Caso ainda não tenha feito a famosa “faxina de final de ano”, essa é a hora! Chame a criançada e, de alguma forma, as inclua na arrumação. Aproveite para ensinar noções de desapego e organização e, finalizada essa etapa, inicie, o quanto antes, a preparação dos materiais que serão utilizados na escola. Faça as crianças e os jovens participarem ativamente desse momento. Eles precisam sentir que são os maiores responsáveis por cuidar de cada lápis, lapiseira, borracha, apontador, caderno e livro que irão utilizar durante o ano. Sugira, por exemplo, que escrevam seus nomes ou as iniciais em etiquetas e, depois, peça para que as colem em cada um de seus objetos. Não adianta nada você fazer tudo por eles (ou pagar uma terceira pessoa que o faça) e depois querer convencê-los sobre a responsabilidade que possuem sobre cada um daqueles objetos.
#3 Proponha uma conversa franca sobre os pontos, atitudes e resultados pessoais não apreciados no ano anterior. É fundamental que esse momento de reflexão ocorra para que os “deslizes” cometidos no ano anterior possam servir de lição para que em 2017 não mais ocorram. E, mais uma vez, fuja dos julgamentos, é interessante que cada um dos membros da família, incluindo aqui a própria criança/adolescente, perceba em quais áreas poderá ser melhor a partir de agora. Depois, em família, procurem estabelecer qual ou quais objetivos serão perseguidos durante o ano e quais as metas que os ajudarão a garantir resultados positivos, por exemplo:
Objetivo da mãe: ampliar o meu repertório de leituras em 2017.
Meta 1: pesquisar qual será o primeiro livro do ano.
Meta 2: comprar o livro.
Meta 3: ler de 5 a 15 páginas do livro escolhido, no mínimo 4 vezes na semana.
Objetivo da avó: melhorar os meus hábitos alimentares no ano de 2017.  
Meta 1: agendar um nutricionista.
Meta 2: ir à consulta marcada.
Meta 3: coloca em prática as sugestões feitas pelo nutricionista.
Objetivo do filho: ter um rendimento escolar melhor em 2017.
Meta 1: observar por quais motivos não fui tão bem na escola no ano passado.
Meta 2: reduzir as possibilidades que os mesmos deslizes aconteçam (alterar o meu local de estudo, organizar um ambiente tranquilo, sem os “vilões da atenção”, etc.)
Meta 3: ter a clareza de que precisarei diminuir o meu tempo nos videogames e redes sociais e estabelecer um horário mínimo de estudos diários.
Meta 4: conversar com os meus pais sobre a possibilidade de marcar uma consulta com um psicopedagogo, por exemplo, visando atingir resultados ainda mais satisfatórios.
Meta 5: estudar a possibilidade de investir em um serviço de acompanhamento e tutoria, principalmente durante os primeiros meses do ano.
Enfim, esses são apenas alguns exemplos de objetivos e metas que poderão surgir na conversa que vocês estabelecerão. Tenham em mente que o principal é aproveitar cada minutinho desses bate-papos para garantir que o contato entre vocês fique cada vez mais verdadeiro e profundo! Vocês verão como compartilhar as fraquezas, bem como os votos de um futuro melhor com aqueles que ama, é uma ação que facilitará muito na conquista do caminho, afinal, 2017 estará certamente repleto de desafios que, enfrentados com aqueles que mais amamos, ficarão muito mais fáceis de serem superados.
Por Adriana Barbeiro

TEXTO SOBRE TRABALHO EM EQUIPE

1. A FÁBULA DO PORCO ESPINHO

Durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio.
Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos, assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados.
Então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros.
Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação com uma pessoa muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro.
E assim sobreviveram…

2. A ASSEMBLÉIA

Contam que numa carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.
Foi uma reunião de ferramentas para ajustar suas diferenças.
O martelo exerceu a presidência, porém a assembléia o notificou que tinha que renunciar. A causa? Fazia demasiado ruído! E, ademais, passava o tempo todo golpeando e fazendo barulho.
O martelo aceitou sua culpa, porém pediu que também fosse expulso o parafuso;disse que tinha que dar muitas voltas para que servisse para alguma coisa. Diante do ataque, o parafuso aceitou também, porém, por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Fez ver que era muito áspera em seu trato e sempre tinha atritos com os demais.
E a lixa ficou de acordo, com a condição de que fosse expulso o metro que sempre passava medindo aos demais segundo sua medida, como se fora o único perfeito.
Nesse momento, entrou o carpinteiro, pôs o avental e iniciou seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, o metro e parafuso. Finalmente e após horas de trabalho, a grosseira madeira inicial se converteu num lindo móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia retomou a deliberação.
Foi então quando tomou a palavra o serrote, e disse: “Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, porém o carpinteiro trabalha com nossas qualidades. Isso é que nos torna valiosos. Assim que não pensemos em nossos pontos negativos e nos concentremos na utilidade dos nossos pontos positivos”.
A assembléia então chegou à conclusão que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para afinar e limar asperezas e observaram que o metro era preciso e exato.
Se sentiram então uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Se sentiram orgulhosos de suas forças e de trabalhar juntos. Ocorre o mesmo com os seres humanos.

3. LIÇÕES DOS GANSOS

Quando um ganso bate as asas, cria um “vácuo” para o pássaro seguinte. Voando numa formação em “V” o bando inteiro tem o seu desempenho 71% melhor do que se a ave voasse sozinha. Lição: Pessoas que compartilham uma direção comum e senso de comunidade podem atingir seus objetivos mais rápido e facilmente, pois estão contando com ajuda de outros.
Sempre que um ganso sai de formação, sente subitamente a resistência por tentar voar sozinho e rapidamente retorna ao grupo, aproveitando a “aspiração” da ave imediatamente a sua frente.
Lição: Se tivermos sensibilidade, aceitaremos a ajuda dos colegas e seremos prestativos com os demais.
Quando o ganso líder se cansa, muda para o final da formação e outro assume seu lugar, ocupando a posição dianteira.
Lição: É preciso acontecer um revezamento das tarefas e compartilhar a liderança. As pessoas, assim como os gansos, são interdependentes.
Os gansos de trás, na formação, grasnam para incentivar e encorajar os da frente a aumentar a velocidade.
Lição: Precisamos assegurar que nossas palavras sejam de incentivo e não desestímulo.
Quando um ganso fica doente, ferido ou é abatido, dois gansos saem da formação e seguem para ajudá-lo e protegê-lo. Ficam com ele até que esteja apto a voar de novo ou morra. Só assim eles retomam o procedimento normal, com outra formação, ou vão atrás do bando.
Lição: O bom senso indica que devemos apoiar nossos colegas nos momentos difíceis.

4.  AS CODORNAS

Há tempos um bando de mais de mil codornas habitava uma floresta da Índia. Seriam felizes, mas temiam enormemente seu inimigo, o apanhador de codornas. Ele imitava seu chamado e, quando se reuniam para atendê-lo, jogava sobre elas uma enorme rede e as levava numa cesta para vender.
Mas uma das codornas era muito sábia e disse:
– Irmãs! Elaborei um plano muito bom. No futuro, assim que o caçador jogar a rede, cada uma de nós enfiará a cabeça por dentro de uma malha e todas alçaremos vôo juntas, levando-a conosco. Depois de tomarmos uma boa distância, deixaremos cair a rede sobre um espinheiro e fugiremos.
Todas concordaram com o plano. No dia seguinte, quando o caçador jogou a rede, todas juntas a içaram conforme a sábia codorna havia instruído, jogaram-na sobre um espinheiro e fugiram. Enquanto o caçador tentava retirar a rede de cima do espinheiro, escureceu e ele teve que voltar para casa.
Isso aconteceu durante vários dias, até que afinal a mulher do caçador se aborreceu e indagou:
– Por que você nunca mais conseguiu pegar nenhuma codorna?
O caçador respondeu:
– O problema é que todas as aves estão trabalhando juntas, ajudando-se entre si. Se ao menos elas começassem a discutir, eu teria tempo de pegá-las.
Dias depois, uma das codornas acidentalmente esbarrou na cabeça de uma das irmãs quando pousaram para ciscar o chão.
– Quem esbarrou na minha cabeça? – perguntou raivosamente a codorna ferida.
– Não se aborreça. Não tive a intenção de esbarrar em você – disse a primeira.
Mas a irmã codorna continuou a discutir.
– Eu sustentei todo o peso da rede! Você não ajudou nem um pouquinho! – gritou a outra.
A primeira então se aborreceu e em pouco tempo estavam todas envolvidas na disputa. Foi quando o caçador percebeu sua chance. Imitou o chamado das codornas e jogou a rede sobre as que se aproximaram. Elas ainda estavam contando vantagem e discutindo, e não se ajudaram a içar a rede. Portanto, o caçador a ergueu sozinho e enfiou as codornas dentro da cesta. Mas a sábia codorna reuniu as amigas e juntas voaram para bem longe, pois ela sabia que discussões dão origem a infortúnios.
William J. Bennett

TEXTOS SOBRE A VIDA

1. VIDA, POR CHARLES CHAPLIN

Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
Já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger,
Já dei risada quando não podia,
Já fiz amigos eternos,
Já amei e fui amado, mas também já fui rejeitado,
Já fui amado e não soube amar.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
Já vivi de amor e fiz juras eternas, mas “quebrei a cara” muitas vezes!
Já chorei ouvindo música e vendo fotos,
Já liguei só para escutar uma voz,
Já me apaixonei por um sorriso,
Já pensei que fosse morrer de tanta saudade e…
…tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)! Mas sobrevivi!
E ainda vivo!
Não passo pela vida…
e você também não deveria passar. Viva!!!
Bom mesmo é ir a luta com determinação,
Abraçar a vida e viver com paixão,
Perder com classe e vencer com ousadia,
Porque o mundo pertence a quem se atreve
E A VIDA É MUITO, para ser insignificante.
Charles Chaplin

2. VIDA, POR MARIO QUINTANA

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são 6 horas… Quando se vê, já é 6ª-feira… Quando se vê, passaram 60 anos… Agora, é tarde demais para ser reprovado… E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. seguia sempre, sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mário Quintana

3. O TEMPO E AS JABUTICABAS

Contei meus anos e
descobri que terei menos tempo para viver
daqui para frente do que já vivi até agora.
Tenho mais passado do que futuro…
Sinto-me como aquele menino
que ganhou uma bacia de jabuticabas…
As primeiras, ele chupou displicente…
mas percebendo que faltam poucas,
rói o caroço…
Já não tenho tempo
para lidar com mediocridades…
Não quero estar em reuniões
onde desfilam egos inflados.
Inquieto-me com invejosos
tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo
para conversas intermináveis…
Já não tenho tempo para administrar
melindres de pessoas que,
apesar da idade cronológica,
são imaturas…
Detesto fazer acareação de desafetos
que brigaram pelo majestoso
cargo de secretário geral do coral…
As pessoas não debatem conteúdos…
apenas os rótulos…
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos…
quero a essência…
minha alma tem pressa…
Sem muitas jabuticabas na bacia,
quero viver ao lado de gente humana, muito humana;
que sabe rir de seus tropeços…
não se encanta com triunfos…
não se considera eleita antes da hora…
não foge de sua mortalidade..
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade…
O essencial faz a vida valer a pena…
e para mim
basta o essencial…

4. HÁ MOMENTOS

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.
Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.
A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.
Clarice Lispector

5. SER FELIZ É….

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

6. UMA LIÇÃO DE VIDA

No primeiro dia na Universidade, nosso professor se apresentou e nos pediu que procurássemos conhecer alguém que não conhecíamos ainda. Fiquei de pé e olhei ao meu redor, quando uma mão me tocou suavemente no ombro. Era uma velhinha enrugada cujo sorriso lhe iluminava todo seu ser.
Oi, gato! meu nome é Rose. Tenho oitenta e sete anos. Posso te dar um abraço?
Ri e lhe respondi com entusiasmo:
Claro que pode!
Ela me deu um abraço muito forte. Por que a senhora está na Universidade numa idade tão jovem, tão inocente? lhe perguntei.
Rindo respondeu:
Estou aqui para encontrar um marido rico, casar-me, ter uns dois filhos, e logo aposentar-me e viajar.
Eu falo sério, lhe disse.
Queria saber o que a tinha motivado a afrontar esse desafio na sua idade. E ela disse:
Sempre sonhei em ter uma educação universitária e agora vou ter! Depois da aula caminhamos ao edifício da associação de estudantes e compartilhamos uma batida de chocolate.
Nos fizemos amigos em seguida. Todos os dias durante os três meses seguintes saíamos juntos da classe e falávamos sem parar. Me fascinava escutar a esta “máquina do tempo”.Ela compartilhava sua sabedoria e experiência comigo.
Durante esse ano, Rose se fez muito popular na Universidade; fazia amizades aonde ia. Gostava de vestir-se bem e se deleitava com a atenção que recebia dos outros estudantes. Desfrutava muito.
Ao terminar o semestre convidamos Rose para falar no nosso banquete de futebol. Não esquecerei nunca o que ela nos ensinou nessa oportunidade.
Logo que a apresentaram, subiu ao pódio. Quando começou a pronunciar o discurso que tinha preparado de antemão, caíram no chão os cartões aonde tinha os apontamentos.
Frustrada e um pouco envergonhada se inclinou sobre o microfone e disse simplesmente:
Desculpem que eu esteja tão nervosa. Deixei de tomar cerveja pela quaresma e este whisky me está matando! Não vou poder voltar a colocar meu discurso em ordem, assim, se me permitem, simplesmente vou dizer-lhes o que sei.
Enquanto nós ríamos, ela aclarou a garganta e começou:
“Não deixemos de brincar só porque estamos velhos; ficamos velhos porque deixamos de brincar. Há só quatro segredos para manter-se jovem, ser feliz e triunfar. Temos que rir e encontrar o bom humor todos os dias.
Temos que ter um ideal. Quando perdemos de vista nosso ideal, começamos a morrer.
Há tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem sequer sabem!
Há uma grande diferença entre estar velho e amadurecer. Se vocês têm dezenove anos e ficam na cama um ano inteiro sem fazer nada produtivo se converterão em pessoas de vinte anos. Se eu tenho oitenta e sete anos e fico na cama por um ano sem fazer nada terei oitenta e oito anos.
Todos podemos envelhecer. Não requer talento nem habilidade para isso. O importante é amadurecemos encontrando sempre a oportunidade na mudança. Não me arrependo de nada. Os velhos geralmente não se arrependem do que fizeram, senão do que não fizeram. Os únicos que temem a morte são os que têm remorso”.
Terminou seu discurso cantando ‘A Rosa’. Nos pediu que estudássemos a letra da canção e a colocássemos em prática em nossa vida diária.
Rose terminou seus estudos. Uma semana depois da formatura, Rose morreu tranquilamente enquanto dormia. Mais de dois mil estudantes universitários assistiram as honras fúnebres para render tributo a maravilhosa mulher que lhes ensinou com seu exemplo que nunca é demasiado tarde para chegar a ser tudo o que se pode ser.
Não esqueçam que,
AMADURECER É OBRIGATÓRIO, ENVELHECER É OPCIONAL

7. CORPOS PIJAMA

A gente vive, muitas vezes, uma vida vazia: fazemos o corpo de pijama.
A gente sabe que essas coisas podem acontecer, mas elas são tão raras!
Imagine qual é a chance de cair um meteorito na sua cabeça – quase zero.
“As autoridades avisariam. Eu seria alertado, eu teria tempo de fugir… Ou não. Ou avisariam e eu não acreditaria.
Ah, qual é a chance? Quase zero.
Eu não vou viver a minha vida preocupado com as chances dos imprevistos acontecerem – se não, não vivo, eu iria viver assustado, sempre. Ia ser um inferno”.
Você está dormindo!
Está fazendo do seu corpo um pijama!
Você acha que a realidade é isso que te cerca, essas roupas, essas casas, esses problemas que passam pela sua cabeça as 3 da tarde?
Não é.
A realidade é que uma batida a mais, do seu coração, é uma batida a menos.
A realidade é que você pode morrer um dia – você pode morrer hoje mesmo.
Você pode não ter mais cinco minutos pra pedir o perdão que, lá no fundo, você sente que deve a alguém.
Pra expressar a gratidão pela benção que você recebeu e que não comemorou por medo de que os outros digam.
Pra dizer que você ama quem ama, pra ter a chance de ser feliz.
Pra sorrir e respirar – pra respirar e sorrir.
Talvez você não tenha tempo.
Talvez: não.
O Universo nos manda lembretes, para nos mostrar, e esse meteorito que caiu na Russia e deixou centenas de feridos é um lembrete.
O que você vai fazer com ele é responsabilidade sua.
O que você vai fazer com ele é por sua conta e risco.
O que você vai fazer com ele: o que você vai fazer com ele?
Flavia Melissa

TEXTOS DE AUTO - AJUDA

1. O PEDREIRO

Um velho pedreiro estava para se aposentar.
Ele contou ao seu patrão seus  planos de largar o serviço de carpintaria e de construção de casas e viver uma  vida mais calma com sua família. Claro que ele sentiria falta do pagamento mensal, mas ele necessitava da aposentadoria.
O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma última casa como um favor especial. O pedreiro consentiu, mas com o tempo era fácil ver que seus pensamentos e seu coração não estavam no trabalho. Ele não  se empenhou no serviço e se utilizou de mão-de-obra e matérias-primas de qualidade inferior. Foi uma maneira lamentável de encerrar sua carreira. Quando o pedreiro terminou seu trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e entregou a chave da porta ao pedreiro. “Esta é a sua casa”, ele  disse, “meu presente para você”. Que choque! Que vergonha! Se ele  soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito completamente  diferente, não teria sido tão relaxado.
Agora ele teria de morar em uma casa  feita de qualquer maneira. Assim acontece conosco. Nós construímos nossas vidas de maneira distraída, reagindo mais que agindo, desejando colocar menos do que o melhor. Nos assuntos  importantes nós não empenhamos nosso melhor esforço. Então, em choque, nós  olhamos para a situação que criamos e vemos que estamos morando na casa que  construímos. Se soubéssemos disso, teríamos feito diferente.
Pense em você como o pedreiro. Pense sobre sua casa. Cada dia você martela um prego novo, coloca uma armação ou levanta uma parede. Construa sabiamente. É a única vida que você construíra. Mesmo que você tenha somente mais um dia de  vida, este dia merece ser vivido graciosamente e com dignidade. A placa na parede está escrito: “A vida é um projeto, faça você  mesmo. Quem poderia dizer isso mais claramente? Sua vida de hoje é o resultado de suas atitudes e escolhas feitas no passado. Sua vida de amanhã será o resultado de suas atitudes e escolhas que fizer HOJE!!!
Autor Desconhecido
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2. EIS A QUESTÃO

A filha se queixou ao pai sobre sua vida e de como as coisas estavam difíceis para ela. Ela já não sabia mais o que fazer e queria desistir de tudo. Estava cansada de lutar e combater. Parecia que assim que um problema estava resolvido um outro surgia.
Seu pai, um “chef”, levou-a até a cozinha dele. Encheu três panelas com água e colocou cada uma delas em fogo alto. Logo as panelas começaram a ferver. Em uma ele colocou cenouras, em outra colocou ovos e, na última pó de café.
Deixou que tudo fervesse, sem dizer uma palavra. A filha deu um suspiro e esperou impacientemente, imaginando o que ele estaria fazendo.
Cerca de vinte minutos depois, ele apagou as bocas de gás. Pescou as cenouras e as colocou em um prato. Retirou os ovos e os colocou em uma tigela. Então pegou o café com uma concha e o colocou em uma caneca. Virando-se para ela, perguntou:
“Querida, o que você está vendo?”
“Cenouras, ovos e café,” ela respondeu.
Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras.
Ela obedeceu e notou que as cenouras estavam macias.
Ele, então, pediu-lhe que pegasse um ovo e o quebrasse.
Ela obedeceu e depois de retirar a casca verificou que o ovo endurecera com a fervura.
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café.
Ela sorriu ao provar seu aroma delicioso.
Ela perguntou humildemente “O que isto significa, pai?”
Ele explicou que cada um deles havia enfrentado a mesma adversidade, a água fervendo, mas que cada um reagira de maneira diferente.
A cenoura entrara forte, firme e inflexível.
Mas depois de ter sido submetida à água fervendo, ela amolecera e se tornara frágil. Os ovos eram frágeis. Sua casca fina havia protegido o líquido interior. Mas após terem sido colocados na água fervendo, seu interior se tornou mais rijo. O pó de café, contudo, era incomparável. Depois que fora jogado na água fervente, ele havia mudado a água.
“Qual deles é você?” ele perguntou a sua filha.
“Quando a adversidade bate a sua porta, como você responde?
Você é uma cenoura, um ovo ou um pó de café?”
E você? Com quem mais parece?
Você é como a cenoura que parece forte, mas com a dor e a adversidade você murcha e se torna frágil e perde sua força?
Será que você é como o ovo, que começa com um coração maleável? Você teria um espírito maleável, mas depois de alguma morte, uma falência, um divórcio ou uma demissão, você se tornou mais difícil e duro? Sua casca parece a mesma, mas você está mais amargo e obstinado, com o coração e o espírito inflexíveis?
Ou será que você é como o pó de café? Ele muda a água fervente, a coisa que está trazendo a dor, para conseguir o máximo de seu sabor, a 100 graus. Quanto mais quente estiver a água, mais gostoso se torna o café. Se você é como o pó de café, quando as coisas se tornam piores, você se torna melhor e faz com que as coisas em torno de você também se tornem melhores. Como você lida com a adversidade?
Autor Desconhecido

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3. VOCÊ PODE

Você pode curtir ser quem você é, do jeito que você for, ou viver infeliz por não ser quem você gostaria.
Você pode olhar com ternura e respeito para si próprio e para as outras pessoas ou com aquele olhar de censura, que poda, pune, fere e mata, sem nenhuma consideração para com os desejos, limites e dificuldades de cada um, inclusive os seus.
Você pode amar e deixar-se amar de maneira incondicional, ou ficar se lamentando pela a falta de gente à sua volta.
Você pode ouvir o seu coração e viver apaixonadamente ou agir de acordo com o figurino da cabeça, tentando analisar e explicar a vida antes de vivê-la.
Você pode deixar como está para ver como é que fica ou com paciência e trabalho conseguir realizar as mudanças necessárias na sua vida e no mundo à sua volta.
Você pode deixar que o medo de perder paralise seus planos ou partir para a ação com o pouco que tem e muita vontade de ganhar.
Você pode amaldiçoar sua sorte ou encarar a situação como uma grande oportunidade de crescimento que a vida lhe oferece.
Você pode mentir para si mesmo, achando desculpas e culpados para todas as suas insatisfações ou encarar a verdade de que, no fim das contas, sempre você é quem decide o tipo de vida que quer levar.
Você pode escolher o seu destino e, através de ações concretas caminhar firme em direção a ele, com marchas e contramarchas, avanços e retrocessos, ou continuar acreditando que ele já estava escrito nas estrelas e nada mais lhe resta a fazer senão sofrer.
Você pode viver o presente que a Vida lhe dá ou ficar preso a um passado que já acabou – e, portanto não há mais nada a fazer -, ou a um futuro que ainda não veio – e que, portanto não lhe permite fazer nada.
Você pode ficar numa boa, desfrutando o máximo das coisas que você é e possui ou se acabar de tanta ansiedade e desgosto por não ser ou não possuir tudo o que você gostaria.
Você pode engajar-se no mundo, melhorando a si próprio e, por conseqüência, melhorando tudo que está à sua volta ou esperar que o mundo melhore para que então vc possa melhorar.
Você pode continuar escravo da preguiça ou comprometer-se com você mesmo e tomar atitudes necessárias para concretizar o seu Plano de Vida.
Você pode aprender o que ainda não sabe ou fingir que já sabe tudo e não precisa aprender mais nada.
Você pode ser feliz com a vida como ela é ou passar todo o seu tempo se lamentando pelo que ela não é.
A escolha é sua e o importante é que você sempre tem escolha.
Pondere bastante ao se decidir, pois é você que vai carregar sozinho e sempre o peso das escolhas que fizer…
Autor Desconhecido

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4. O SAMURAI – A QUEM PERTENCE O PRESENTE

Perto de Tóquio vivia um grande samurai, já idoso, que agora se dedicava a ensinar o zen aos jovens. Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo, e aumentar sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a idéia, mas o velho aceitou o desafio. Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive seus ancestrais.  Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo fato de que o mestre aceitar tantos insultos e provocações, os alunos perguntaram:
“Como o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?”
“Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?” – perguntou o Samurai.
“A quem tentou entregá-lo” – respondeu um dos discípulos.
“O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos” – disse o mestre. “Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir…”
Autor Desconhecido