terça-feira, 12 de maio de 2015

A Indisciplina na Sala de Aula


É fato que respeitamos a quem admiramos, mais do que a quem amamos ou tememos. Imagine então nossas atitudes frente a quem não admiramos, não amamos e que não pode nos castigar? Esbravejar, medir forças, querer mostrar quem manda em sala de aula só serve para despertar no jovem o desejo de disputar com o professor a liderança da turma. Seja porque foi muito mimado ou porque sofreu muitas agressões e nunca teve atenção nenhuma, esse aluno só quer uma coisa: ser o centro das atenções. Ele precisa ser compreendido, mais do que ser repreendido. O aluno, ao sair de casa, independente de sua classe social, deixa o videogame, o computador, a TV e tantas outras coisas atraentes para se sentar frente a um professor, olhar para um quadro e escutar assuntos que, muitas vezes, não lhe são nem um pouco significativos. Quer tortura maior que essa? A escola de hoje enfrenta uma luta desigual com a tecnologia. E, como se isso já não fosse o suficiente, perdeu um apoio de peso na educação: a família do aluno. O trabalho na sala de aula agora é bem maior do que outrora, mas a essência do professor é a mesma. Os mestres que mais admiramos e respeitamos em nossas vidas não foram os medíocres. Também no futuro assim o será. Eu, por exemplo, sempre começo minhas aulas com um bom papo sobre algum assunto que esteja na mídia e faça parte do universo do aluno. Procuro atividades dinâmicas, lúdicas, que sejam interessantes para um jovem na faixa etária na qual esteja trabalhando. Faço com que tenham vontade de me ouvir, de estar em minha companhia. Conquisto a confiança e a admiração deles primeiro; depois vem o respeito e, consequentemente, a atenção no que tenho a ensinar. Gosto de conversar com eles, rir com eles, brincar com eles; enfim, estar com eles. E como os jovens costumam dar em dobro tudo que recebem, acredito ser esse o segredo. Respeito não pode ser imposto, tem que ser conquistado.

Esta foi a opinião que dei sobre o tema à Revista da Educação Publica. A matéria foi publicada na revista junto com as considerações de vários outros professores. Para ler a matéria completa clique no link abaixo.


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