Resumo
Este projeto tem como objetivo de despertar o interesse dos alunos por textos poéticos, tanto em versos quanto em prosa. Expõe algumas das características que estruturam o texto poético, como as noções de rima, verso e estrofe, apresentações de poemas de autores destacados no cenário poético do Brasil, pesquisas e leituras de poemas, análises e interpretações, criação e escrita de poemas e recitação. O público alvo para esta oficina são alunos da quinta série, embora, mediante adaptações, ela possa vir a ser utilizada em outras séries.
Introdução
A elaboração desse pequeno projeto tem em vista dois objetivos: o primeiro, aqui não no sentido mais relevante, é fazer com que os alunos tenham um contato diferenciado com a poesia, de modo a fugir daqueles exercícios de dissecação da estrutura do poema ou mesmo daqueles questionários que alguns livros didáticos fazem questão de colocar logo após os poemas. A idéia é que se trabalhe com o aluno de uma maneira mais livre, mais lúdica e menos escolarizada, por meio de atividades em se tenha a possibilidade de fazer inúmeras leituras sem se preocupar com exercícios chatos que porventura poderiam vir depois delas; em que tente descobrir os significados e sentidos de um poema sem achar que é a professora que detém a única interpretação correta; ou ainda, em que se se possa escrever poemas sem que estes sejam revestidos pelo caráter da “lição para nota” ou “lição de casa”.
O segundo objetivo é fazer com que os alunos se sintam motivados a ler cada vez mais, e por conta própria, textos poéticos; procurar estimulá-los por meio do prazer que a leitura de poemas pode proporcionar; buscar poemas na biblioteca, na internet, nos sebos, nas livrarias, etc.
Nesse sentido, para não correr o risco de perder de vista tais objetivos, é bom ter sempre em mente algumas idéias sugeridas por Hélder Pinheiro:
Não se fixar, de modo absoluto, no que deu ou não deu certo em experiências anteriores; não buscar resultados imediatos e visíveis – nesse campo, há coisas sutis que nem sempre vemos; e ter constância no trabalho – é melhor ler diariamente um poema com seus alunos do que realizar um ‘festival de poesia' e no resto do ano ela ser esquecida.[1]
Sequência didática
Atividade 1 – Conversa ou pesquisa sobre poesia
A aula se inicia com uma conversa ou pesquisa sobre o que os alunos conhecem de poesia: gêneros, autores, títulos e formas de expressão. A interação professor-aluno deve ser bastante efetiva. A pesquisa pode ser feita durante a aula e, conforme os alunos relatam, o professor registra as respostas na lousa ao mesmo tempo em que explica e exemplifica as idéias levantadas.
O professor pode perguntar se alguém sabe algum poema de cor e se gostaria de recitá-lo. Algumas respostas esperadas dos alunos são as cantigas de roda, versinhos, poemas, textos poéticos, letras de música.
Durante esta pesquisa ou conversa, devemos definir poema e poesia e também trabalhar a função e difusão da poesia. Ou seja: o que ela significa na vida dos alunos, o que eles pensam sobre este gênero e como têm contato com ele. Nesta aula o professor também deverá trabalhar o conceito de linguagem poética, a exploração do sentido conotativo das palavras e a utilização das figuras de linguagem.
Para a aula seguinte, o professor deverá pedir para que os alunos pesquisem em suas casas formas poéticas, do dito popular, da quadrinha, ao soneto, à poesia contemporânea, com rimas, sem rimas.
Atividade 2 – Apresentação e discussão do material pesquisado
Os alunos apresentam o material pesquisado. É o momento em que o professor buscará relacionar os textos e informações trazidas pelos alunos, estabelecendo semelhanças e contrastes.
Atividade 3 – Figuras de linguagem
Através de exemplos dos próprios poemas, prossegue-se com o trabalho inicial de reconhecimento das modalidades poéticas, agora se detendo nas figuras de linguagem.
Entretanto, antes do trabalho com as figuras de linguagem, um rápido jogo de junção de palavras estranhas: juntar palavras estranhas semanticamente, com sentidos aparentemente afastados, para se descobrir o poder sugestivo e inventivo da linguagem, produzindo novos significados na experimentação. Por exemplo, “Amor é fogo”, “Inventa uma lua azul”, “Imensa é a missão dos teus cabelos”, “Só, palavra comprida”, “a vida parou ou foi o automóvel”, “o beijo não vem da boca”, “respiro o sol e adormeço enluarado”, “foi mais que solidão, foi um coice da noite”, “sou menino-passarinho com vontade de voar”, “apago estrelas”. O livro de Gianni Rodari, Gramática da fantasia, traz várias sugestões de trabalho-brincadeira dessa ordem.
Atividade 4 – A rima
Esta aula tem início com a apresentação de uma das características que estruturam o texto poético: a rima. Para introduzir o tema, o professor escreve uma palavra na lousa, por exemplo: papel e pede para que um aluno se levante e escreva outra palavra que rime com papel, por exemplo: mel. Este aluno deve escrever outra palavra, não necessariamente com a mesma rima, para que os outros alunos façam a rima. Teremos então algo assim:
Papel Semente CarroMel Dente Barro
Depois dessa introdução, o professor apresenta alguns poemas para discussão e leitura, por exemplo:
Soneto da Separação
De repente do riso fez-se o prantoSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteE de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distanteDe repente, não mais que de repenteFez-se da vida uma aventura errante.
(Vinícius de Morais)
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.Finge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,Na dor lida sentem bem,Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.E assim nas calhas de rodaGira, a entreter a razão,Esse comboio de cordaQue se chama coração.
(Fernando Pessoa)
É interessante mencionar que antes da invenção da imprensa, a rima tinha um papel importante porque permitia a memorização mais fácil dos versos. Como a música, o poema requer uma seqüência de sons e que se acompanhe uma cadência rítmica na leitura. O ideal é que não se haja regras fixas para a formação do ritmo e que ele apenas flua para uma boa significação.
No poema de Bandeira que segue abaixo, a intencionalidade do poeta agiu dando um encadeamento leve e contínuo, como as ondas do oceano, e tornando dinâmica a cadência rítmica do poema. Isso acontece porque os sons se alternam e se sucedem, estabelecendo ao mesmo tempo a intensidade (forte/fraco) e a aceleração (lento/rápido) dos versos. O mais importante aqui é fazer o aluno perceber que, geralmente, o bom poema apresenta um ritmo agradável à leitura.
É interessante fazê-los ler também o poema “Ritmo” de Mário Quintana, atentando para a repetição das estruturas e deixá-los perceber que isso sugere os sons da vassoura, da escova e da roupa sendo lavada.
A onda
a onda andaa onde andaa onda?a onda andaainda ondaainda andaaonde?aonde?a onda anda
(Manuel Bandeira)
Ritmo
Na portaa varredeira varre o ciscovarre o ciscovarre o cisco
Na piaa menininha escova os dentesescova os dentesescova os dentes
No arroio a lavadeira bate a roupabate a roupabate a roupa
até que enfimse desenrolatoda a corda
e o mundo gira imóvelcomo um pião
(Mário Quintana)
Atividade 5 – Verso e estrofe
Esta aula privilegia a apresentação dos conceitos de verso e estrofe. É interessante esclarecer neste momento que cada linha do poema constitui um verso e o conjunto deles que, em geral, apresenta um sentido completo, formam uma estrofe.
O verso livre pode ser abordado como aquele que possui leis próprias, sem um ritmo predeterminado ou predefinido, no qual a metrificação obedece a um padrão mais livre, seguindo a sensibilidade do poeta e permitindo uma série de efeitos especiais não anteriormente experimentados pela poesia tradicional.
Um jogo interessante para um primeiro contato com uma estrutura semelhante é o “Cadáver Esquisito” que os escritores surrealistas praticavam como uma espécie de “escrita automática”. Uma folha em branco é passada de aluno para aluno e cada um escreve o que quiser numa linha. É importante que, quando um escreve, o seguinte não veja o que foi escrito. Assim, cada um que escreve dobra o papel de cima para baixo para que a folha vá enrolando e escondendo as frases. As frases soltas, o contraste da conexão de uma com a outra, a ausência de rima (os versos brancos) e a formação lúdica do texto em grupo criam uma atmosfera que lembra a criação poética. Após o exercício, a leitura em voz alta do texto e a diferenciação com um soneto, por exemplo, podem auxiliar no entendimento. Em seguida, sugere-se a leitura do poema “Os ombros suportam o mundo” – em versos livres – para que os alunos verifiquem se há semelhanças com o texto criado.
Os Ombros Suportam o Mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
(Carlos Drummond de Andrade)
Atividade 6 – “Poemas concretos”
Nesta aula inicia-se o trabalho com poemas concretos. Para introduzir o tema, o professor pedirá aos alunos que elaborem um poema “maluco”, lançando a proposta como um desafio. Pedir para que eles criem algo totalmente novo, inusitado, que deixem perplexos aqueles que forem ler o poema.
Depois da apresentação dos poemas criados pelos alunos, o professor expõe temas criados pelos concretistas e comenta o porquê dos poemas serem apresentados dessa forma. Como, por exemplo, expor a idéia de ruptura com o modo convencional de se escrever poesia, inserindo imagens e dispondo as palavras de maneira inesperada.
Atividade 7 – Leitura em voz alta
Nesta aula, é possível explorar os diversos modos de leitura em voz alta de um poema. Inicialmente, os alunos, que podem estar reunidos em grupos ou não, receberão um poema. É possível distribuir poemas diferentes; no entanto, a atividade talvez fique mais interessante se eles forem iguais, pois assim a distinção de uma leitura para outra ficará mais contrastante. A escolha do poema dependerá do professor, lembrando sempre que, nesse caso, será melhor selecionar poemas de modalidades diversas e que alcancem a sensibilidade das crianças.
Depois disso, o professor exporá algumas maneiras diferentes de ler um poema e pedirá que os alunos escolham uma delas (eles podem até inventar outro jeito). Se quiser, o professor poderá realizar um pequeno sorteio para definir a distribuição dos modos de leitura. Algumas sugestões são: gritando, falando grosso (grave), falando fino (agudo), bocejando, gargalhando, destacando as sílabas, falando de maneira suave, de maneira zangada, cochichando, etc.
Para finalizar, os alunos escolherão o modo que mais “combine” com o poema e, caso se opte por algum poema de Augusto de Campos, poderão ouvir a leitura feita pelo próprio poeta (há um CD que acompanha o livro Viva vaia).
Atividade 8 – Seleção, leitura em voz alta e discussão em grupo de um poema
A atividade estará voltada a um trabalho mais sistemático com a leitura. Primeiramente, em duplas ou no máximo em trios, os alunos deverão escolher, dentre alguns livros de poesia que o professor selecionará anteriormente, aquele que mais os atrair. Realizadas as escolhas dos livros, o professor pedirá que o grupo selecione um poema que achar mais interessante.
A idéia central é que os alunos tenham a possibilidade de ler vários poemas e que possam discutir entre si até chegarem a um consenso quanto ao poema. Depois disso, o aluno ou o grupo, podendo fazer uma espécie de jogral, poderá ler o poema escolhido. A cada leitura, o professor pode estimular alguns comentários por parte dos alunos, questionando a respeito do porquê da escolha, se os outros grupos também gostaram, qual a parte que mais chamou a atenção, etc.
Para finalizar, a classe poderá eleger o poema mais interessante (que decerto será eleito em razão do modo de abordagem dos alunos).
Atividade 9 – Composição coletiva de um poema
Os alunos deverão se reunir em grupos de 4 a 5 alunos. Cada aluno deverá escrever, em um pedaço de papel, uma palavra. Pode ser uma palavra que eles achem bonita pela sua sonoridade, pelo seu significado, que traga alguma lembrança boa, etc. O grupo colocará as palavras em um envelope, que deve ser trocado com outro grupo. Cada integrante do grupo, após a leitura das palavras recebidas do outro grupo, tentará escrever um poema em que todas as palavras sejam utilizadas.
No final, os alunos que desejarem, poderão fazer a leitura dos poemas realizados.
Atividade 10 – Criação individual de poemas
Após todo o trabalho com os diversos tipos de poemas, o contato com livros e as atividades já realizadas em sala de aula, os alunos devem, nesse momento, escrever seus próprios poemas.
Para isso, o professor deverá orientar que cada aluno escreva, em folhas separadas, um ou mais poemas. Nesse processo é fundamental que o professor percorra a classe relembrando aos alunos os conceitos já estudados. Deve fazer isso de forma que esses conceitos possam ser utilizados efetivamente na criação de cada aluno, mas sem que isso se torne luma camisa-de-força para a criação.
Nessa fase, o professor deverá ser solicitado para ajudar a criar rimas, a verificar a extensão das estrofes e até mesmo a ler os poemas para ver se “estão ficando bons”.
Os alunos devem ter toda a liberdade para escolher o tipo de poema: poderão criar um poema concreto, um poema rimado, um poema com versos brancos, etc.
O professor deverá participar ativamente de toda essa aula. Deve percorrer a sala passando de carteira em carteira para ver como andam os trabalhos, deve ir lendo as criações em seu processo de construção, ajudar os alunos quando for solicitado e o mais importante: não deve interferir nos trabalhos se não for convidado a isso. É essencial que os alunos sintam liberdade para criar.
Pelo menos um poema deve ser criado por cada aluno. Depois de pronto o texto, os alunos poderão ilustrar seus poemas com desenhos ou colagens, mas isso só pode ser permitido após o término do texto, para que os alunos não se dispersem da atividade principal. As ilustrações ou colagens também não devem exceder a aula (ou uma aula dobrada) dedicada a essa atividade.
Ao final da aula as crianças deverão entregar os poemas produzidos para o professor.
Fora da sala de aula o professor deverá corrigir os eventuais erros de português dos poemas.
Atividade 11 - Leitura dos poemas criados pelos alunos
Nesta aula o professor distribuirá os poemas corrigidos. Após a distribuição, deve avisar aos alunos que essa será uma aula de leitura dos poemas produzidos.
O professor deve dar aproximadamente quinze minutos para que os alunos leiam seus poemas em voz baixa e individualmente e decidam o melhor meio de fazer a leitura para o grupo. Nessa fase o professor pode ajudar os alunos lembrando-os de que os poemas devem ser lidos com o encadeamento dos versos.
Depois de prontos para começarem a ler, o professor pode dividir a leitura pelos temas dos poemas. Depois disso inicia-se a leitura. Caso haja tempo, depois da leitura individual de todos os poemas, pode ser feito algum jogral com poema produzido pelos alunos.
Após essas leituras, os alunos podem comentar sobre os poemas que mais gostaram e o professor pode chamar a atenção para algum ponto interessante da produção ou da leitura. É muito importante uma discussão ao final dessa aula para que os alunos possam ter, dos próprios colegas, um retorno de suas produções.
Ao final da atividade, o professor deve recolher novamente os poemas e deve pedir aos alunos que tragam, para a próxima aula, cola, tesoura, fita crepe e outros materiais usados em colagens.
Atividade 12 - Organização de um varal de poesia
Nessa aula, que encerra a Oficina de Poesia, os alunos irão, com a ajuda do professor, organizar um varal para a exposição de seus trabalhos.
O professor deve trazer para a sala de aula alguns metros de barbante que serão usados para pendurar as folhas com os poemas. O varal deve ser organizado de forma parecida com um varal para a secagem de roupas.
Nesse momento, as crianças devem se organizar para decidirem o melhor lugar da sala para pendurar o varal com os poemas e colam seus poemas no barbante trazido pelo professor.
Depois da colagem, o professor, com ajuda das crianças, prega o varal na parede escolhida. Também em conjunto, limpam e reorganizam a sala. Assim, é possível convidar a diretoria da escola, outros professores ou até mesmo outras classes da escola. A exposição fica a critério de cada professor e deve depender da disponibilidade de horários, do apoio do corpo diretivo e de outros fatores que envolvem a realização de eventos na escola.
Notas
[1] PINHEIRO, Hélder (org.). Poemas para crianças: reflexões, experiências, sugestões. São Paulo, Livraria Duas Cidades, 2000, p. 30.
Referências bibliográficas
ANDRADE, C. Drummond de. Sentimento do mundo. Rio: Irmãos Pongetti, 1940.
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BERALDO, Alda. Trabalhando com Poesia. São Paulo: Ática, 1999. v.1
BERALDO, Alda. Trabalhando com Poesia. São Paulo: Ática, 1999. v.2
CANDIDO, Antonio. O estudo analítico do poema. São Paulo: Humanitas / FFLCH – USP, 1996.
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PAIXÃO, Fernando. O que é Poesia. São Paulo: Brasiliense, 1988.
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PIGNATARI, Décio. O que é Comunicação Poética. São Paulo: Brasiliense, 1991.
PINHEIRO, Hélder (org.). Poemas para crianças: reflexões, experiências, sugestões. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 2000.
QUINTANA, Mário. Lili inventa o mundo. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1983.
RODARI, Gianni. Gramática da fantasia. [trad.]. São Paulo: Summus, 1982.
Regina SEMED
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