terça-feira, 5 de maio de 2015

Infância


APERTO DE MÃO DE MÃE - UMA VIVENCIA ENTRE FILHO E MÃE

mensagem cheiro de mãe
Você se lembra da sua infância, quando caía e se machucava?
Lembra o que sua mãe fazia para acalmar a dor?
Minha mãe me levava no colo até minha cama e beijava meu machucado.
Então, ela sentava ao meu lado, pegava minha mão e falava:
Quando doer aperte minha mão e vou dizer:
Eu te amo
Era sempre assim eu apertava sua mão e sem falhar uma só vez, ouvia:
Filho, eu te amo
Ás vezes, eu fingia ter me machucado só para passar por esse ritual com ela.
Á medida que fui crescendo, o ritual mudou, mas minha mãe sempre encontrava um modo de diminuir a dor e aumentar a alegria em qualquer área da minha vida.
Numa época difícil, ela tinha sempre meus chocolates preferidos, recheados com amêndoas, quando eu chegava em casa.
Lá pelos meus vinte e poucos anos, mamãe muitas vezes telefonava num fim de tarde convidando-me para vermos o pôr-do-sol ou o nascer da lua.
Deixava bilhetinhos amorosos sobre meu travesseiro quando eu chegava tarde em casa e, quando fui morar sozinho, mandava-me lembrancinhas agradecendo as visitas que eu lhe fazia.
Mas minha melhor lembrança continuou sendo ela segurando minha mão quando eu era pequeno e repetindo:
Quando doer aperte minha mão e vou dizer:
Eu te amo
Eu já tinha trinta e tantos anos quando, uma manhã, meu pai telefonou para o meu trabalho.
Era um homem seguro e lúcido, mas a voz soava confusa e amedrontada.
Filho, há algo errado com sua mãe. Já chamei o médico, mas, por favor, venha logo que puder
Quando cheguei, papai andava de um lado para outro na sala e mamãe estava deitada no quarto, olhos fechados, as mãos sobre o estômago.
Chamei por ela, tentando manter a voz o mais calma possível.
Disse-lhe que eu estava ali e ela me perguntou:
É você, filho?
Respondi-lhe que sim
Eu não estava preparado para a próxima pergunta e, quando a ouvi, congelei, sem saber o que responder
Filho, eu vou morrer?
Meus olhos se encheram de lágrimas enquanto olhava minha mãe querida ali, deitada, tão desamparada.
Ao tentar descobrir o que responder pensei:
O que mamãe diria num momento desses?
Hesitei por um instante, esperando que as palavras viessem.
Disse-lhe:
Mamãe, não sei se você vai morrer, mas fique tranquila, tudo acabará bem
Apertei sua mão e disse-lhe:
Eu amo você
Ela gemeu:
Filho, sinto tanta dor
Mais uma vez fiquei sem saber o que falar.
Sentei a seu lado na cama e me ouvi dizendo:
Mamãe, quando doer, aperte minha mão e vou dizer:
Eu te amo
Ela apertou minha mão.
Mamãe, eu te amo.
Esta cena se repetiu muitas vezes durante os dois anos seguintes, até seu falecimento.
Nós nunca sabemos quando virão os momentos em que seremos testados.
Mas sei que, quando chegarem, com quem quer que eu esteja, oferecerei o ritual de amor de minha mãe:
Quando doer aperte minha mão e vou dizer
Eu te amo
(autor desconhecido)
Quando você pensou que eu não estava olhando

Quando você pensou que eu não estava olhando, eu vi você afixando minha primeira pintura na porta da geladeira e quis fazer mais uma.

  Quando você pensou que eu não estava olhando, eu vi você fazer o meu bolo preferido e entendi como pequenas coisas se tornam especiais.

Quando você pensou que eu não estava olhando, eu vivocê recitar uma prece e acreditei que existe um Deus a quem eu poderia me dirigir.

Quando você pensou que eu não estava olhando, eu senti você me dando um beijo de boa noite e me senti amado.

  Quando você pensou que eu não estava olhando, eu vi lágrimas escorrerem em seus olhos e aprendi que algumas coisas ferem e magoam, mas que não há problema em chorar.

Quando você pensou que eu não estava olhando, eu percebi que você se importava comigo e resolvi dar o máximo de mim.

Quando você pensou que eu não estava olhando, eu olhava... E, como seu filho, quero agradecer por todas as coisas que vi quando você pensou que eu não estava olhando.
MENSAGEM DA CRIANÇA
Dizes que sou o futuro,
Não me desampares no presente.
Dizes que sou a esperança da paz,
Não me induzas à guerra.
Dizes que sou a promessa do bem,
Não me confies ao mal.
Dizes que sou a luz dos teus olhos,
Não me abandones ás trevas.
Não espero somente o teu pão,
Dá-me luz e entendimento.
Não desejo tão só a festa do teu carinho,
Suplico-te amor com que
 me eduques.
Não te rogo apenas brinquedos,

Peço-te bons exemplos e boas palavras.
Não sou simples ornamento de teu carinho,
Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus.
Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.

Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo.
Corrija-me enquanto é tempo, ainda que eu sofra...
Ajude-me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.

(Meimei/ Psicografado por Chico Xavier)

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