terça-feira, 21 de abril de 2015

Diagnostico deve ser feito o mais cedo possivel

Diagnóstico deve ser feito o mais cedo possível


Desde a pré-escola é possível detectar alguns sinais de dislexia e é importante estar atento a eles. Quanto mais cedo o distúrbio for identificado, melhor. A demora no diagnóstico pode ocasionar severas conseqüências emocionais. A opinião é da psicopedagoga e fonoaudióloga Maria Ângela Nico, coordenadora científica da Associação Brasileira de Dislexia (ABD).

Para Maria Ângela, é importante que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível, especialmente no caso de a criança possuir pais ou outros parentes com dislexia, já que o transtorno é genético e hereditário. A ABD recomenda que a avaliação seja feita por uma equipe multidisciplinar, composta por psicólogo, fonoaudiólogo, e psicopedagogo clínico. Se necessário, a equipe poderá contar com parecer de outros profissionais, como neurologista e oftalmologista. O diagnóstico deve ser feito por exclusão, ou seja, devem ser verificadas todas as possibilidades antes da confirmação de dislexia.

Maria Ângela, que defende uma revisão dos métodos de alfabetização e de ensino, é co-autora de uma cartilha voltada para portadores de dislexia – Facilitando a Alfabetização – Multissensorial, Fônica e Articulatória. Lançada em 2007, a cartilha vem acompanhada de um caderno multissensorial, para estimular o visual, o auditivo e o tátil senestésico.

“Como o disléxico é inteligente, pode freqüentar qualquer escola, não precisa ser especifica. É necessário que o professor e toda a escola saibam o que é a dislexia, para lidar e acolher o aluno disléxico”, acredita. Para ela, a primeira e urgente medida a ser tomada é a capacitação dos educadores, tanto da rede pública quanto particular, para que saibam o que é o distúrbio.

Associações – A ABD foi criada em 1983, em São Paulo (SP), com a missão de ajudar de todas as formas o disléxico e os portadores de distúrbios de aprendizagem, inclusive carentes. A Associação Nacional de Dislexia (AND) foi fundada no Rio de Janeiro (RJ), no ano 2000, para congregar fonoaudiólogos, psicopedagogos, psicólogos, pedagogos, médicos, profissionais de áreas afins, pais, portadores do distúrbio, instituições e associações que se dediquem ao aprofundamento dos estudos sobre dislexia.

As duas associações, juntamente com o Ministério da Educação, Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) e Associação de Pais e Amigos dos Disléxicos (APAD), participam de um grupo de trabalho. O objetivo é realizar estudos sobre os transtornos funcionais específicos e definir diretrizes de acordo com a Política Nacional de Educação Inclusiva.

Personalidades de destaque em diferentes áreas, como Einstein, Darwin, Leonardo Da Vinci, Michelangelo, e Van Gogh, tinham dislexia. Atualmente, sabe-se que Bill Gates, príncipe Charles, Robin Williams, e Tom Cruise, estão entre os portadores do distúrbio.

(Fátima Schenini)

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