COMO TRABALHAR A HISTÓRIA DE VIDA DA CRIANÇA
O projeto adiante pode ser localizado no endereço Projetos Pedagógicos dinâmicos.
Projeto: Quem sou eu?
Alunos Atendidos: Crianças em fase Pré - Escolar– Pode ser adaptado aos alunos de Educação Infantil – Períodos: I e II.
Período: ( Mês em que será trabalhado ): _______________.
Duração: Em média duas semanas.
Objetivos:
Ao final do projeto o aluno deverá ser capaz de:
- Saber a história de sua vida;
- Conhecer a história e o significado de seu nome;
- Desenvolver a atenção para a futura identificação de partes do corpo e órgãos dos sentidos;
- Desenvolver o raciocínio e a percepção visual;
- Usar a imaginação e a criatividade;
- Saber maior número de palavras e expressões antes desconhecidas ( Aumento e enriquecimento do vocabulário );
- Identificar suas preferências em relação a tudo que o cerca, à sua realidade;
- Formar conceitos próprios através de descobertas e experimentações.
- O Professor apresenta uma caixa, com tampa, decorada da maneira que achar conveniente; O professor apresenta a caixa dizendo que dentro dela tem o que existe de mais precioso, de mais importante, um verdadeiro tesouro;
- Propõe, então, uma brincadeira: cada um terá que olhar o que tem dentro da caixa, observar de que tesouro se trata e manter segredo sobre ele;
- Dentro da caixa deve haver um espelho, bem no fundo, do tamanho exato da mesma, que refletirá a imagem da criança;
- A professora deve ficar atenta às reações individuais das crianças diante da própria imagem. É fundamental criar um clima de muito interesse, indagando com frequência: -Qual será este tesouro?;
- Após todos terem visto sua imagem refletida dentro da caixa e terem tido as mais diferentes reações (cuidar sempre para que não falem enquanto todos não olharem), abrir o debate, a conversa informal:
- O que vocês viram dentro da caixa? Descobriram o tesouro?
- Aproveitar cada resposta dos alunos, estimulando a expressão oral e orientando-os quando necessário.
- A conversa deve fluir até o ponto em que os alunos perceberam que eles são o tesouro – cada um deles – por isso não poderiam contar o segredo – pois todos somos únicos – Ninguém é igual a ninguém.
E assim propor que se agrupem de diferentes formas:
Exemplo: __Vamos juntar todas as crianças que têm cabelo bem curtinho do lado esquerdo em pé e todas as crianças que têm cabelos compridos do lado direito sentadas.
__Vamos juntar os meninos de um lado e as meninas do outro.
__ Agora vão pular só as crianças que têm olhos azuis ou verdes.
Assim, o professor pode ir brincando, criando diferentes situações de acordo com a sua turma, sempre objetivando as comparações a partir das diferenças e semelhanças existentes no próprio corpo e no corpo dos amigos.
Concluir a atividadequando não houver mais interesse da turma.
Num segundo momento, que pode ser no mesmo dia ou não, o professor vai apresentar uma ficha, previamente preparada, que os alunos completarão e na qual desenharão o seu autorretrato. As informações contidas na ficha podem ser anotadas por escrito pela professora (caso a turma ainda não seja alfabetizada), todavia, é fundamental que sejam todas discutidas, individual e coletivamente.
Segue exemplo de ficha que pode ser adaptada caso o professor julgue necessário.
Quem sou eu ?
Meu nome é: ________________________________________
Tenho ____ anos. Nasci no dia ___/___/___.
Meu endereço é: ____________________________________________________________________________________________________
Meu telefone é: ______________.
O nome da minha mãe é:________________________________
O nome do meu pai é: __________________________________
Na minha família também tem: _____________________ de quem eu gosto muito e que cuida de mim.
Minha altura:__________.
Meu peso: ____________.
Cor dos olhos: _________________.
Cor dos cabelos:________________.
A seguir, mais algumas sugestões de atividades sistematizadas, que podem compor um livreto ou Álbum da Vida do aluno:
Escreva o seu nome da forma que você sabe:
Importante:
O nome próprio de uma criança é seu marco de identificação e, por isso, é tão valorizado por ela. É por esse motivo que o trabalho com o nome próprio gera uma relação de identidade da criança com a escrita.
É fundamental, para a construção da escrita do nome, que a criança saiba que desenhar é diferente de escrever. A partir desta diferenciação é que a criança começa a se dar conta de que precisa de algo mais do que um desenho para poder escrever o seu nome, e que começam a aparecer em seus trabalhos as tentativas da escrita, representadas por “risquinhos”, “bolinhas”, “cobrinhas”...
A primeira letra do nome próprio é sempre a mais reconhecida e escrita pelas crianças antes das demais. Muitas chegam a estabelecer uma relação de identidade que, em geral, as faz chamá-la de minha letra. É sempre aquela que reconhecem mais depressa em diferentes textos, cartazes, outdoors e outros.
A visualização é um mecanismo que faz parte da construção da escrita. Por este motivo é importante que os nomes estejam fixados nos gradis, nos materiais, nas lancheiras, nos crachás.
Ao identificar seu nome e observá-lo escrito em diferentes locais e materiais, a criança, consequentemente, o memoriza. A partir de então tem início o seu relacionamento com a escrita como representação de sua identidade, auxiliando-a a ver-se como um indivíduo que possui identificação. Por isso seu nome é tão importante. É um marco identificatório.
O modelo da escrita do nome em diferentes materiais informa à criança sobre quais são as letras e qual a quantidade necessária de letras para escrevê-lo, além de informar a posição e a ordem em que aparecem no seu nome.
É importante, nesse trabalho, a busca de semelhanças e diferenças, as posições das letras, os diferentes modos de escrita.
É interessante desafiar a criança nesta questão. Por exemplo: “Pus a primeira letra do nome de Camila. Onde ponho a segunda? Aqui ou aqui”? ( indicando à direita ou à esquerda da letra C ). Este tipo de desafio auxilia a criança na direcão da escrita, deixando um pouco de lado as letras espelhadas tão comuns nas séries iniciais.
O sujeito é um construtor dos seus conhecimentos e nesse processo passa por etapas importantes que vão da visualização até o reconhecimento da escrita em diferentes lugares e formas.
O objetivo maior do trabalho com a escrita do nome na Educação Infantil é fazer com que a criança se reconheça como um sujeito importante que possui um nome que é só seu, além de propiciar a aprendizagem da escrita.
Objetivo: Conhecer a origem do seu nome.
- Propor às crianças que façam uma entrevista com os seus pais, procurando saber qual a origem dos seus nomes.
- Montar com os alunos uma ficha para auxiliá-los na entrevista, incluindo perguntas tais como: - Quem escolheu meu nome? - Por que me chamo .....? O que significa ..... ?
- Combinar com a turma o dia do relato e como ele será
Combinar com a turma o momento e o modo como deverão utilizar as fichas. ( De acordo com o professor) – As fichas poderão conter uma foto 3x4 da criança.
- Explorar com a classe a letra inicial do nome.
- Listar outras palavras que também iniciem com aquela letra.
- Propor que pesquisem em jornais, revistas e folhetos outras palavras que também iniciem com a letra do seu nome.
- Recortar e colar as palavras em folhas de ofício.
- Ler com a turma as palavras encontradas e juntos procurar o significado.
- Deixar expostas na sala as letras para haver um contato maior das crianças com o material.
- Propor que, em diferentes momentos de aula, as crianças utilizem as letras para a tentativa da escrita de seus nomes.
- Esse material permite à criança fazer uma correspondência de letras, posição e ordenamento das mesmas.
- Se as letras forem de papel ou papelão, seria interessante que as crianças ajudassem na confecção do próprio material, orientadas pelo professor.
- Cada criança receberá uma cartela com a escrita do seu nome.
- O professor sorteará as letras, dizendo o nome de cada uma delas para que as crianças identifiquem-nas. Cada letra sorteada deverá ser marcada na cartela. Assim que a cartela for preenchida o aluno deve gritar: BINGO!
- Logo que terminarem o jogo, será proposto um relatório realizado individualmente, com a distribuição de fichinhas com as letras do nome ( Uma ficha para cada letra) entregues fora de ordem.
- As crianças deverão ordenar as fichas, compondo o seu nome, e colá-lo em uma folha de ofício.
- A professora pede que contem quantas letras há na escrita do seu nome e propõe que colem a quantidade representativa em palitos de fósforos ou bolinhas de papel, na folha.
- O professor propõe às crianças que façam um círculo com as cadeiras.
- Depois distribui as fichas com os nomes para que as crianças fixem-nas nas cadeiras.
- Inicia-se a dança das cadeiras e ao término da música cada um deverá sentar-se na cadeira onde consta a ficha com o seu nome.
Objetivo: Escrever seu nome.
- Organizar as crianças em duas filas.
- Distribuir uma ficha com um número para cada criança.
- Ao sinal, uma de cada vez corre até os balões e estoura aquele que tiver o seu número. Dentro estará uma ficha com o seu nome escrito.
- A criança deverá lê-lo, em voz alta, e reproduzi-lo no chão utilizando o giz.
- Integrar-se ao grupo, sabendo esperar sua vez de jogar.
- Reconhecer as letras do seu nome.
- Ordenar as letras que compõem seu nome.
- Tabuleiros com quadrinhos necessários para a escrita do nome, em branco.
- Dados com as letras dos nomes dos componentes do grupo.
- Fichinhas com as letras.
- Distribuir os alunos em pequenos grupos.
- Combinar com os grupos que apenas uma criança por vez jogará um dado, identificando qual a letra sorteada. Se esta fizer parte do seu nome, o aluno deverá pegar a fichinha correspondente e colocá-la no tabuleiro.
- Cada aluno traçará no pátio da escola sua amarelinha (que poderá ser diferente das demais, já que os nomes não possuem a mesma quantidade de letras).
- Utilizando a pedrinha marcarão a letra que não deverão pular.
- O professor pode aproveitar a ocasião para questionar o aluno: Qual a letra que vem primeiro? E depois qual será?
- Através de uma conversa informal o professor deve pedir que cada aluno fale um pouco sobre o seu dia a dia.É importante deixar que as crianças se expressem livremente contando casos vividos em casa, em passeios, com a família etc.
- Num segundo momento, oferecer uma folha em branco e revistas diversas e propor que façam uma montagem e colagem com as ilustrações recortadas que retratem o seu dia a dia, a sua vida, a sua realidade (adicionar esse trabalho ao Álbum da Vida, esclarecendo, por escrito, a proposta da atividade).
- Num outro dia, então, explorar as preferências de cada aluno: brincadeira, brinquedo, comida, lugar, animal, programa de TV, artista, música, personagem de história infantil, filme, amigo, esporte, cor, enfim, a lista é extensa.
- É interessante registrar de forma sistematizada para também constar no Álbum da Vida – em anexo, segue modelo de sistematização que poderá ser xerocada ou mimeografada.
- A montagem de um painel com as preferências agradará a todos. Use a sua imaginação e aproveite a ideia e os materiais que tem à disposição para criar um lindo mural com o tema: As minhas preferências, ou As preferências da turma tal ou Nossas Preferências.
- No Álbum da Vida podem ser adicionadas: fotos das crianças em diferentes momentos: no banho, brincando, na escola, dormindo, comendo.Para a capa, que dever ser de papel resistente, pode ser utilizada um técnica artística de pintura, cola colorida ou outra.
Tal brincadeira pode ser repetida quantas vezes o professor achar prudente e de acordo com o interesse da turma.
Estabelecer um prêmio para os acertadores. É diversão garantida!
MODELO DE ÁLBUM DA VIDA
As pessoas podem até ter algumas coisas em comum, como cor da pele, preferência por um tipo de música, uma opinião, mas são diferentes das outras em outros aspectos. Ninguém é exatamente igual a ninguém!
Levar os alunos a refletirem sobre algumas pessoas que não aceitam as diferenças: de cor de pele, religião, outros gostos... Até concluírem que isso não é legal.
Aproveite o Álbum da vida para trabalhar noções de anterioridade e posterioridade, levando o aluno a perceber que seu álbum é uma forma de registro de sua vida, uma fonte onde buscar informação sobre ele mesmo quando estiver mais velho.
- Sugerimos que sejam ouvidas, cantadas e dançadas pela turma as músicas preferidas de cada um.
- Sugerimos, também, a brincadeira: Canoa Virou.
- Caso haja uma música conhecida que faça menção ao nome do aluno, esta também pode ser ouvida – não esquecendo de levantar a questão: Quando duas ou mais pessoas têm os nomes iguais, os mesmos nomes, como fazemos para identificá-las? Exemplo: Esta música foi feita para a Luciana que faz parte de nossa classe ou para outra menina chamada Luciana?
- A análise da letra da música “Pula Corda”, interpretada pela cantora e apresentadora infantil Eliana propicia uma exploração do tema “preferências individuais” e cria um ambiente alegre e prazeroso ao longo da realização do projeto.
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