Os portadores textuais
Bom, um novo ano e já tivemos um bom tempo para diagnosticar individual e coletivamente a turma. Agora é importante que a sala de aula esteja preparada como um espaço de circulação de material escrito.
Os portadores textuais diversos devem estar presentes diariamente em espaços nos quais os alunos possam ter acesso:
Uma caixa volante de livros deve estar em fácil acesso para que os alunos possam explorar em momentos planejados e livres como forma de contribuir para o desenvolvimento do comportamento leitor.
Livros, jornais, revistas, gibis, enciclopédias, filmes, cds e todo o tipo de material escrito deve ter espaço privilegiado, pois fazem parte de nosso cotidiano. Os livros didáticos são ferramentas no trabalho diário, pois tem uma artificialidade de textos ao fragmentá-los e agrupá-los num portador somente. O manuseio do portador é tão importante quanto o texto em si, afinal no nosso cotidiano é neles em que lemos o que tem real significado social.
Assim, a bula de um remédio, a embalagem de um produto, um artigo num jornal, etc. são materiais didáticos mais valiosos e interessantes.
Escolha com seus alunos os que mais interessam a turma e ofereça algo a mais sempre como forma de conhecer novos portadores. O acesso é fundamental para o desenvolvimento de um comportamento leitor desejável.
Quem lê, tem o mundo em suas mãos.
Os portadores textuais diversos devem estar presentes diariamente em espaços nos quais os alunos possam ter acesso:
Uma caixa volante de livros deve estar em fácil acesso para que os alunos possam explorar em momentos planejados e livres como forma de contribuir para o desenvolvimento do comportamento leitor.
Livros, jornais, revistas, gibis, enciclopédias, filmes, cds e todo o tipo de material escrito deve ter espaço privilegiado, pois fazem parte de nosso cotidiano. Os livros didáticos são ferramentas no trabalho diário, pois tem uma artificialidade de textos ao fragmentá-los e agrupá-los num portador somente. O manuseio do portador é tão importante quanto o texto em si, afinal no nosso cotidiano é neles em que lemos o que tem real significado social.
Assim, a bula de um remédio, a embalagem de um produto, um artigo num jornal, etc. são materiais didáticos mais valiosos e interessantes.
Escolha com seus alunos os que mais interessam a turma e ofereça algo a mais sempre como forma de conhecer novos portadores. O acesso é fundamental para o desenvolvimento de um comportamento leitor desejável.
Quem lê, tem o mundo em suas mãos.
ATIVIDADES DE LETRAMENTO COM CRIANÇAS SURDAS
Pois bem, senti que ao começar a falar sobre NEE surgiriam desafios específicos para se refletir neste blog. Como se trabalhar com crianças que possuem deficiência auditiva na perspectiva do letramento ?
Partindo da idéia que a língua materna é LIBRAS, que atividades desenvolverei com base em textos e portadores textuais? Bom, tanto o aluno que não possui conhecimento anterior quanto o aluno com deficiência auditiva podem compartilhar atividades parecidas, neste ponto o professor tem que ser realmente multidisciplinar na forma como vai realizar a leitura e até mesmo a escolha dos portadores textuais. Portadores com imagens devem ter especial atenção no dia-a-dia para que contemple as necessidades do aluno com deficiência auditiva. A rotina contempla o aluno surdo quando este se apóia na LIBRAS e na leitura de imagem para interpretar o que está lendo. Partindo da idéia de que leitura é ampla, o aluno tem que se apoiar em todos os tipos de informações do texto.
Há um texto a ser lido e isso pode ser feito através da leitura visual também. Todos os documentos podem e devem ser manipulados pelo aluno deficiente auditivo, sabendo-se que a comunicação oral em LIBRAS é fundamental e deve ser exercitada constantemente, o professor lê oralmente e através de sinais também contos de fadas que tem ótimas imagens, jornais com notícias relacionadas com a vida cotidiana do aluno (jornais de bairro funcionam bem porque os alunos se identificam com os ambientes comerciais presentes na comunidade), receitas com imagens de ingredientes para apoiar a leitura. É importante que não haja só imagens, deve haver apoio, porém o aluno deve desenvolver a consciência de que uma mensagem está escrita ali naquele suporte. Sugiro a mesma rotina da postagem anterior, porém com imagens e leitura em LIBRAS para dar a possibilidade ao aluno de desenvolver sua consciência com relação à necessidade da escrita para se comunicar.
Partindo da idéia que a língua materna é LIBRAS, que atividades desenvolverei com base em textos e portadores textuais? Bom, tanto o aluno que não possui conhecimento anterior quanto o aluno com deficiência auditiva podem compartilhar atividades parecidas, neste ponto o professor tem que ser realmente multidisciplinar na forma como vai realizar a leitura e até mesmo a escolha dos portadores textuais. Portadores com imagens devem ter especial atenção no dia-a-dia para que contemple as necessidades do aluno com deficiência auditiva. A rotina contempla o aluno surdo quando este se apóia na LIBRAS e na leitura de imagem para interpretar o que está lendo. Partindo da idéia de que leitura é ampla, o aluno tem que se apoiar em todos os tipos de informações do texto.
Há um texto a ser lido e isso pode ser feito através da leitura visual também. Todos os documentos podem e devem ser manipulados pelo aluno deficiente auditivo, sabendo-se que a comunicação oral em LIBRAS é fundamental e deve ser exercitada constantemente, o professor lê oralmente e através de sinais também contos de fadas que tem ótimas imagens, jornais com notícias relacionadas com a vida cotidiana do aluno (jornais de bairro funcionam bem porque os alunos se identificam com os ambientes comerciais presentes na comunidade), receitas com imagens de ingredientes para apoiar a leitura. É importante que não haja só imagens, deve haver apoio, porém o aluno deve desenvolver a consciência de que uma mensagem está escrita ali naquele suporte. Sugiro a mesma rotina da postagem anterior, porém com imagens e leitura em LIBRAS para dar a possibilidade ao aluno de desenvolver sua consciência com relação à necessidade da escrita para se comunicar.
ALFABETIZANDO CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Como uma sugestão de uma colega que solicitou atividades para uma aluna com NEE, pensei em postar aqui algumas opções de trabalho para o início do ano, partindo da perspectiva que o letramento é indissociável da afetividade.
Bom, é importante identificar qual é o comprometimento do aluno e não estipular até onde ele pode chegar, mas trabalhar respetando seu tempo e suas necessidades.
Nos primeiros meses, o professor-alfabetizador deve elaborar sua rotina levando em consideração três pontos fundamentais:
1) Ele é um modelo de leitor de gêneros variados e um manipulador de uma diversidade de suportes textuais
2) Ele é um modelo de escritor que se comunica
3) Ele é um escriba da turma
Assim, quando elaboramos uma rotina, independente das NEE, devemos ler variados gêneros para turma todos os dias, para que todos adquiram um vocabulário diversificado e estimule sua imaginação. Meu exemplo de rotina do ano passado:
SEGUNDA - LEITURA DE CONTOS DE FADAS OU LENDAS
TERÇA - LEITURA DE TEXTOS POÉTICOS (MÚSICA, POESIA, RIMAS, ETC.)
QUARTA - LEITURA DE TEXTOS INSTRUCIONAIS ( RECEITAS, MANUAL DE COMO FAZER UM BRINQUEDO, POR EXEMPLO, ETC.)
QUINTA - LEITURA DE PARLENDAS (IMPORTANTÍSSIMO PARA A CRIANÇA ADQUIRIR TEXTOS DE MEMÓRIA E ASSIM COMEÇAR A BRINCAR DE ESCREVER SOZINHA USANDO SUAS ESTRATÉGIAS)
SEXTA - LEITURA DE TEXTOS INFORMATIVOS ( FICHA DE UM ANIMAL, DE UM FILME, ETC.)
Num segundo momento, é importante que os alunos explorem cópias de seus documentos (RG, Certidão de nascimento, Carteira de vacinação, teste do pezinho, etc.). Ela pode identificar seu próprio nome em meio a outras palavras que aos poucos vai percebendo. No caso de uma criança com NEE, ela pode pintar seu próprio nome, sua idade, os nomes de seus pais, etc...São documentos que ela deve manipular para que se identifique como um sujeito e um indivíduo no mundo.
As próximas ativdades de exploração devem respeitar os gostos do aluno. Exemplo, a receita de sua comida preferida, a letra da música que mais gosta, o significado de seu nome, sua árvore genealógica, fotografias de sua vida no qual possa escrever juntamente com a professora uma legenda. Ela deve manipular todos estes textos para que crie uma conscîência da escrita em seu mundo.
Aos poucos pode trazer para sala panfletos de supermercados próximos se sua casa. A professora pode propor a elaboração de listas de estabelecimentos conhecidos. Se a criança não tiver tanto comprometimento pode trabalhar com o auxílio do professor, ou com letras móveis para construir sua própria escrita.
Algo que faço no início do ano é um jogo com os textos. Dou-lhes o texto e peço para que façam bolinhas entre as palavras. No início alguns circulam todas as letras, mas com o passar do tempo passam a entender a brincadeira e começam a perceber que há palavras de uma letra, duas, três, quatro, etc. Pintar frases inteiras de parlendas. Pintar ou circular textos. Pintar ou circular autores. Pintar a letra solicitada. Localizar uma palavra. Textos fatiados em letras, palavras, frases. A dificuldade vai depender do aluno, mas o texto é o mesmo.
Isso é um investimento para o futuro leitor-escritor. No final do ano estão craques em compreender a estrutura do texto.
Eu sempre fazia registros com textos informativos do que nós havíamos aprendido sobre um determinado assunto, ou um relato. Há crianças que acompanham, outras nem tanto. O aluno com NEE também pode registrar, se não puder de forma escrita, pode colar letras móveis com o auxílio da professora ou de um colega. É importante que a criança participe da mesma aula. A professora pode adaptar a atividade para todos os perfis de aluno.
Para crianças com NEE, texto pode ser trabalhado, sempre de forma adaptada para que ela desenvolva habilidades diversas juntamente com seus colegas. O tempo dela deve ser respeitado.
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