Os 10 manentos do professor de Educação Infantil
Papai do céu,
Não quero te pedir nada de especial nem fora do alcance, como fazem tantas crianças em sua oração da noite.
A Ti, que és bom e protege todas as crianças da terra, venho pedir um grande favor, sem que meus pais fiquem sabendo: transforma-me em um televisor, para que eles cuidem de mim como cuidam da sua TV, e que me olhem com o mesmo interesse com que mamãe assiste à sua novela preferida, ou papai ao jogo de futebol.
Eu quero falar como certos animadores que, quando se apresentam, fazem minha família se calar para os ouvir com atenção e sem nenhuma interrupção.
Ah! Papai do Céu, como eu gostaria de ver minha mãe suspirar diante de mim, como faz quando assiste a desfiles de moda, ou de fazer rir meu pai, tal como o conseguem o Jô e outros humoristas, ou simplesmente que acreditassem em mim quando lhes conto minhas histórias, sem precisar dizer: “É verdade! Eu vi na TV!”
Quero me transformar num televisor para ser o rei da casa, o centro das atenções, ocupando o melhor lugar, para que todos os olhares se voltem para mim.
Quero sentir sobre mim a preocupação que têm meus pais quando surge um defeito no televisor, chamando logo um técnico para o concertar ...
Quero ser um televisor para me tornar o melhor amigo de meus pais, o que mais influi em suas vidas, para que se lembrem de que sou filho e aquele que, afinal, lhes mostrará mais a paz que a violência.
Papai do Céu, por favor, deixe-me ser um televisor ao menos um dia de minha vida!Para refletir...
O que ensinar, Como ensinar e Porque ensinar.
1. Visar sempre a expressão criadora;
2. Estar sempre com as aulas planejadas;
3. Estar sempre preparada para mudar meu planejamento;
4. Potencializar a performance das crianças;
5. Lembrar sempre que arte sem contexto histórico é arte sem memória;
6. Não existe expressão sem conteúdo!
7. Imaginação!8. Emoção!
9. Comprometer-me com a sociedade em que vivo e com minha ação educativa;
10. Olhar para o fundo das crianças, das suas relações, dos seus modos de vida;
11. Promover uma educação significativa através de conceitos significativos;
12. Facilitar processos de singularização;
13. Construir, des-construir e re-construir;
14. Integrar currículo e cultura;
15. Pesquisar sempre e tudo;
16. Comprometer-me com a libertação da dominação;
17. Celebrar o pluralismo e a diversidade;
18. Promover desenvolvimento cognitivo;
19. Jogar no mesmo time das crianças e não no oposto e, finalmente
20. Ser feliz!
Estas verdades variam, pois também são variáveis as nossas certezas. O importante é ser fiel enquanto temos certeza delas, pois só assim faremos uma prática pedagógica que inspire confiança e só assim eles embarcarão no fantástico mundo da expressão criadora, da construção do conhecimento e da apropriação das Multiplas Linguagens.Professora Ilana Assbú Linhales Rangel, graduada em Educação Artística e mestra em Educação pela Puc-RJ. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Música.
O PRIVILÉGIO BRANCO, AO VIVO E EM CORES de Lola Aronovich.
Quando finalmente nos damos conta dos nossos privilégios, podemos começar a entender os desafios que pessoas sem esses privilégios têm. Na sociedade em que vivemos, os maiores privilegiados são homens brancos e héteros. Isso não quer dizer que a vida seja um mar de rosa pra eles, só que será bem menos difícil.
Logicamente, por ser mulher, falar de privilégio masculino é infinitamente mais fácil pra mim. Desde que pensei nas vantagens de ser homem, venho querendo abordar outros tipos de privilégios, como o privilégio branco e o heterossexual. Pra mim é muito mais complicado pensar nisso porque faço parte de grupos favorecidos ― afinal, sou branca e hétero. Eu tenho que me colocar muito na cabeça de um negro e de um homossexual para tentar entender o que eu tenho de graça, e o que lhes é negado. E isso não é fácil de fazer. Mas eu tentei. Semana que vem falo de privilégio hétero. Agora, cito uns exemplos de privilégio branco (o termo é muito mais conhecido em inglês: white privilege. Aqui,um ativista branco pró-negros fala em inglês de como foram seus encontros com a polícia quando ele era jovem. Pense como seriam se ele fosse negro. Aqui, o Alex fez uma série sobre privilégio. Eu tenho o privilégio das comentaristas do bloguinho serem mais perspicazes que os comentaristas dele). Por favor, ajude. Tenho certeza absoluta que a lista está incompleta. Mas é um comecinho. Preste atenção em algumas vantagens que temos apenas por nascermos com a “cor certa”. A primeira é nem precisar pensar duas vezes pra decifrar qual cor é considerada a certa na nossa sociedade. Portanto, privilégio branco é:
Toda criança do mundo deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo, contra os rigores da vida.
Criança tem que ter nome, Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome, ter segurança e estudar.
Não é questão de querer, nem questão de concordar
Os diretos das crianças todos tem de respeitar.
Tem direito à atenção, direito de não ter medos
Direito a livros e a pão, direito de ter brinquedos.
Mas criança também tem o direito de sorrir.
Correr na beira do mar, ter lápis de colorir...
Ver uma estrela cadente, filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente, Ouvir histórias do avô.
Sorvete, se faz calor, brincar de adivinhação.
Morango com chantilly, ver mágico de cartola,
O canto do bem-te-vi, bola, bola, bola, bola!
Ser alegre e tagarela, poder também dizer não!
Carrinho, jogos, bonecas, contar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas e uma corda de pular.
Um passeio de canoa, pão lambuzado de mel,
Ficar um pouquinho à toa... Contar estrelas no céu...
Ficar lendo revistinha, um amigo inteligente,
Pipa na ponta da linha, um bom dum cachorro-quente.
Brincar com muitos amigos, Dar pulos no colchão.
Livros com muita figura, Fazer viagem de trem,
Um pouquinho de aventura... Alguém para querer bem...
Festinha de São João, com fogueira e com bombinha,
Pé-de-moleque e rojão, com quadrilha e bandeirinha.
Andar debaixo da chuva, ouvir música e dançar.
Ver carreiro de saúva, sentir o cheiro do mar.
Pisar descalça no barro, comer frutas no pomar,
Ver casa de joão-de-barro, noite de muito luar.
Ter tempo pra fazer nada, Ter quem penteie os cabelos,
Ficar um tempo calada... Falar pelos cotovelos.
Sensação de bem-estar... De preferência um colinho.
Uma caminha macia, Uma canção de ninar,
Uma história bem bonita, Então, dormir e sonhar...
Que toda, toda criança... Tem direito a ser feliz!
Seu nome é Lúcia. Encontrei-a no ônibus, a caminho do trabalho. Não dormiu bem à noite. Ficou sabendo no dia anterior que receberá, no próximo ano, um estudante com deficiência, entre os da nova turma. O que fará se não foi formada para isso? Com essa novidade de Inclusão, como fará para empreender novos conhecimentos numa área em que nunca teve intenção de trabalhar?
Lúcia quis contar mais, que se considerava boa professora, mas que agora tinha dúvidas. Chegou ao final de mais um ano letivo concluindo que a maioria dos estudantes, que deveriam ser retidos, mas com esse negócio de promoção automática, pelo amor de Deus, foram promovidos. Não estavam recebendo uma boa educação
Fui caminhando para meu trabalho pensando em quantos professores pensam e agem da mesma maneira. Numa classe de aula assim, nada pode sair diferente do que planeja, sem contar que o planejamento deve ser daqueles, hiper rígidos. Imagino a vida escolar das crianças, como não deve ser, numa situação assim.
Se você tem algo a dizer, é a hora!!!!!!
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