Postado por Regina Seabra
Hoje, 18 de fevereiro de 2015, Quarta-feira de Cinzas, para muitos apenas um dia de descanso após a folia dos sete dias de carnaval, mas para a igreja Católica representa o início de uma conversão, de uma mudança moral, com a celebração da Quaresma. Os católicos sabem o significado da data: “A Igreja Católica inicia a Quaresma (40 dias que antecedem o Domingo da Páscoa), e com ela a Igreja deseja preparar os cristãos, a bem celebrar, a razão de sua existência: a Ressurreição de Jesus”, explicou o Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Estevam dos Santos Silva Filho.
Ele conta que neste período
estimulam-se de maneira mais intensa os exercícios espirituais como a oração, o
jejum e a penitência. “As cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia
são um símbolo para a reflexão sobre o dever da conversão, da mudança de vida,
recordando a passageira, transitória, efêmera fragilidade da vida humana,
sujeita à morte”, revela. A data marca também o lançamento da Campanha da
Fraternidade, que este ano de 2015 terá como tema: Fraternidade, Igreja e
Sociedade, e o lema: “Eu vim para servir”. Hoje a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil (CNBB) lança, para todo o país, a Campanha, que tem como
objetivo geral aprofundar o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a
sociedade. “Reflete toda a caminhada iluminada pelo Concílio Ecumênico Vaticano
II e trata de testemunhar o rosto de uma Igreja servidora”, pontuou o
bispo.
Ressurreição
Dom Estevam destaca ainda que “toda fé Cristã tem como seu alicerce e verdade a Ressurreição de Cristo. E isto aconteceu na manhã da Páscoa, como nos relatam as Escrituras. Por ser tão importante a Ressurreição de Cristo, nos é proposto, iniciando com a celebração da missa das Cinzas, este importante período de 40 dias intensos à conversão”. Porém o bispo reconhece que a Quarta de Cinza perdeu força. “No mundo em que vivemos prega-se que a Pessoa Humana não tem mais limites e que, portanto, a conversão a Cristo é algo ultrapassado. Mas, uma grande busca do sagrado ainda é perceptível, e, embora, tenha-se perdido um pouco a força, é incontestável que as diversas propostas que não levam a conversão, não satisfazem ao homem”, ressaltou. Para ele, resgatar a importância da data significa iniciar uma mudança em atos simples, como o uso consciente da água, cultivar o amor ao próximo e os valores da família. “O mundo está com fome e sede de Deus, por isso precisamos apresentar a riqueza desta celebração e deste período como um convite a toda sociedade a uma perfeita e necessária conversão”, finalizou.
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