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sexta-feira, 11 de março de 2016

PROJETO DE INTERVENÇÃO


 PROJETO DE INTERVENÇÃO

PROPOSTA DE ATUAÇÃO DO PROFESSOR DIANTE DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO ESPAÇO EDUCATIVO

Projeto Literatura Infantil
Histórias e Poesias que encantam

Desenvolva seu projeto de intervenção com base nos interesses da turma, indicação do professor e PPP. 

Introdução:


Referencial Teórico



Objetivo Geral

Utilizar a Literatura Infantil de forma consciente a fim de não apenas aproximar o aluno do universo artístico literário, através de histórias e poesias que encantam, mas de promover a construção das competências necessárias para o desenvolvimento de sua autonomia contribuindo assim para a formação de um sujeito crítico e consciente de seu papel enquanto ser social.

Objetivos Específicos:

  • Tomar conhecimento de dados sobre a vida e obras do autor escolhido;
  • Aproximar a criança de literaturas infantis diversas;
  • Desenvolver no aluno a prática de escutar atentamente as histórias contadas;
  • Desenvolver no aluno a facilidade de se expressar em público, inicialmente, perante aos colegas de sala.
  • Estimular o gosto pela leitura.
  • Enriquecer e ampliar o vocabulário;
    • Intervir, posicionar, julgar e modificar historinhas e contos;
  • Promover debates a cerca de valores colocados no conto.

Metodologias

A fim de promover a participação ativa dos educandos o Projeto Literatura Infantil - Histórias e poesias que encantam propõe os seguintes procedimentos metodológaicos:

Construção coletiva de livros de literatura infantil
Releitura de obra através de elaboração de texto coletivo
Apreciação de histórias contadas fazendo utilização de vídeos, livros, slides, televisão de sucata e flanelógrafo
Produções de desenhos e leitura das imagens em palco montado para o momento VOCÊ É O AUTOR.
Produção de personagens das histórias através de diferentes técnicas artísticas.
Montagem de Painéis com as construções dos alunos
Produções artísticas de animais presentes em poesias de Vinicius de Moraes
Apresentação dos trabalhos para as outras turmas no espaço do parque escolar.
Promoção de jogos educativos
Construção de brinquedo com sucata.

                                
REFERÊNCIAS



 4.5 Relato da Aplicação da Intervenção
A aplicação do Projeto de intervenção elaborado pela estagiária e aprovado pela professora regente fazia uma ligação entre o que se pretendia propor e o que já vinha sendo desenvolvido pela escola.
Os planos de aula foram elaborados e avaliados anteriormente, mas sofreram modificações durante o processo o que apenas serviu para confirmar o que muito se tem falado sobre a flexibilidade dos mesmos.
A experiência foi enriquecedora e por que não dizer encantadora. Cada momento vivenciado na prática mostrou de forma mais potente a necessidade de o professor de Educação Infantil adentrar a sala de aula bem instrumentalizado e que de igual modo o olhar precisa ser diferenciado, precisa ser, sobretudo muito humano e sempre amoroso.
As atividades propostas, sobretudo as que implicavam em que fizessem suas próprias criações foram muito bem recebidas pelas crianças. Os momentos de brincadeira aconteceram dentro e fora da prática das atividades propostas. Cada criança trazendo consigo uma grande bagagem podia contribuir com suas opiniões que foram de grande utilidade para o grupo. Procurou-se em cada momento valorizar a prática do aluno, não apenas a prática do fazer, mas a do ser. Cada movimento e cada forma particular de desempenhar determinada ação foi estudado e valorizado a fim de mostrar ao grupo como cada um é importante dentro do espaço escolar. A forma de segurar um lápis, de colocar a cola sobre o papel, de organizar o material em mesa, de falar, de tratar o colega, tudo foi planejado de modo a não apenas atender necessidades, mas conduzi-los a um aprendizado significativo, social, humano, de valorização do outro.
Em tudo que foi desenvolvido foi enxergado algo positivo. Seja na birra de um aluno ou no comportamento inadequado do outro. Há muito que se absorver também das situações de conflito e elas de igual modo colaboraram para que as vivências fossem ainda mais significativas e enriquecedoras.
A receptividade das crianças não podia ser maior. Aceitaram as propostas, vibraram com as histórias e apreciaram a produção dos colegas mudando algumas concepções sobre o que é ou não belo. Quebrando assim alguns estereótipos tão cedo criados.
O campo de Educação Infantil é fértil, é espaço de criação, de produção coletiva, de valorização do outro e de aprendizado diário.
A despedida foi para ambos, estagiário e alunos um pouco pesarosa. As crianças riam e choravam ao apreciarem o slide com suas produções. Ficavam comovidas e emocionadas pela significação daquele momento em que um projeto estava chegando ao fim e em perceberem o quanto seu trabalho, principalmente aqueles realizados em grupo tinha sido valorizado e em sentirem-se profundamente capazes, profundamente participantes da história de seus colegas.
Enfim, objetivo de conhecer a realidade escolar e aplicar um projeto de intervenção que viesse ao encontro da missão da escola foi, nestes seis dias buscado incessantemente e o desejo de que as crianças pudessem ficar encantadas com a Literatura Infantil foi plenamente satisfatório.
Acredito que neste sentido foi possível colocar em prática a frase de Paulo Freire que diz: É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal maneira que num dado momento a tua fala seja a tua prática”.
A experiência foi, de fato enriquecedora e foi possível perceber que a prática e a teoria podem caminhar juntas para a melhoria do ensino neste País.


Considerações finais 

Através do Estágio Curricular Obrigatório em Educação Infantil foi possível não apenas observar o ambiente e a atuação do corpo de apoio , mas estar em contato direto com a realidade escolar, conhecer os elementos presentes na rotina da instituição, bem como a prática pedagógica de cada professor das turmas de Educação Infantil. Este contato possibilita ao estagiário que agregue conhecimentos que no futuro lhes servirão em sua própria prática.
A prática é o ponto de partida. Dela emergem as questões, as necessidades e as possibilidades, ou seja, a prática esboça os caminhos a percorrer. Este olhar investigativo sobre o cotidiano é construído pelos conhecimentos que se tem. Assim, a aquisição de novos conceitos redimensiona a interpretação possível do cotidiano (ESTEBAN, 2002, p.21).
O momento de prática em sala de aula durante o período de regência mostrou mais uma vez que É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz” e a reflexão diária sobre as atividades propostas levou a uma análise mais apurada desta prática para melhor aplicação das ideias de uma próxima aula, no sentido de tornar o aprendizado mais significativo.
Os objetivos traçados para cada aula puderam ser alcançados por conta da preocupação com o planejamento contínuo e a reflexão-ação, o que evidenciou a necessidade de que o professor esteja bem instrumentalizado para adentrar o ambiente escolar e desempenhar suas funções realizando um trabalho de competência.
É possível perceber, também a importância de cada um dos “mecanismos” envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, bem como de cada uma das pessoas envolvidas neste processo.
Enfim, o período de estágio em si é uma experiência enriquecedora.

MOSTRA DE ESTÁGIO
Durante a mostra de estágio foi possível perceber a contribuição que o mesmo trouxe para a vida de cada acadêmico.
As vivencias colocadas sobre o período de observação mostrou o olhar crítico de cada estagiário sobre a prática dos professores regentes, contudo um olhar não apenas de quem observou e fez anotações, mas de quem de algum modo tentou intervir no processo de modo a ter um bom desempenho e encontrou dificuldades em desempenhar o papel de professor regente de uma turma.
As intervenções permearam o campo da leitura com maioria dos projetos voltados para literatura infantil, seja com contos de fada, fábulas, poesias, etc...
Alguns colegas exploraram o tema ludicidade e falaram sobre a importância do lúdico em sala de aula deixando claro terem observado que a movimentação das turmas é mínima e que o aprendizado é conduzido, na maior parte do tempo de forma "tradicional", contudo foi possível observar a presença da literatura infantil também nestes projetos de intervenção.
Tendo em vista que:
[...] a formação deve estimular uma perspectiva crítico-reflexiva,
que forneça aos professores os meios de um pensamento
autônomo e que facilite as dinâmicas de auto formação participada.
 (NÓVOA, 1991, p.25).
A mostra de estágio foi um momento enriquecedor que serviu mais uma vez para agregar conhecimentos e propôs uma nova reflexão sobre a prática. Partindo do que vivenciamos e daquilo que o colega vivenciou foi possível compreender mais uma vez a necessidade de uma ação reflexão e ação constantes, pois, como salienta Freire (2001) a prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer.

REFERÊNCIAS:

 ANDRADE, Fábio Goulart de; BATTINI, Okçana; ZÔMPERO, Andréia de Freitas. Ensino da natureza e sociedade. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
 Brasil, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei 9394/96, de
20 de dezembro de 1996
 ARAMAN, Eliana Maria de Oliveira. Ensino da matemática na educação infantil . São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
 BRASIL, MEC/SEF. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: introdução. v.1, Brasília, 1998. BRASIL, MEC/SEF. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: formação pessoal e social.  v.2. Brasília, 1998. ESTEBAN, Maria, Tereza ZACCUR. Professor Pesquisador: Uma Prática em Construção. Rio de Janeiro: Editora DPIA, 2002.
FRANCO, Raquel Rodrigues. Ensino e alfabetização. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
 FREIRE, Paulo. Política e educação: ensaios. São Paulo: Cortez, 1997.
_______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 20
ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

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