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sexta-feira, 20 de março de 2015

CARDAPIO DE LEITURA
Ler e escrever com eficiência é o resultado esperado no final do processo de alfabetização, mais que precisa ser construído durante o ano escolar, dia a dia, mediante ações planejadas, acompanhadas e avaliadas.
Ler deve ser um ato prazeroso. Precisa ser desenvolvida como hábito salutar a ser praticadas durante toda a vida.
Cada turma deverá ter a sua disposição um acervo adequado aos diferentes momentos da alfabetização, ou seja, o nível de cada série por isso, na rotina da aula, é reservado este momento para trabalhar o Curtindo a leitura.
A cada dia, as estratégias devem ser variadas: leitura em voz alta pelo professor / aluno, individual, em dupla, coletiva, silenciosa, dramatizada, reconto de histórias dentre outras. O professor deve também aproveitar esse tempo para avaliar o desempenho da leitura dos alunos.
Sugestões de prêmio que serão distribuídos para os alunos sorteados nas apresentações do s livros lidos: (Confeccionado pela Professora)
Coroas (rei e rainha)
Crachás (prender com clips no uniforme do aluno): Círculo de Leitura
Faixas: “Curtindo as Leituras”
Chapéu (Dobradura): Campeão na leitura
Medalha: “Honra ao Mérito” – Curtindo as Leituras!
Cartaz de um Pergaminho (Prender no pescoço do aluno - Mensagem sobre o momento)
Viseira na cabeça: “Grande leitor”
Cartaz: Silêncio! Estamos curtindo as leituras (colocar na porta no horário da leitura)
HORA DOS RELATOS: todos os alunos sentados, em formato de um círculo, para a realização do Curtindo as Leituras. Será convidada uma pessoa da comunidade (pais) para recontar um relato pessoal.
Em seguida as crianças recontam no caderno de Produção de texto.

MOMENTO LITERÁRIO: todos os alunos sentados em círculo, após a leitura do livro, fará um sorteio de duas crianças para fazer apresentação do livro lido no “Palanquinho Literário”. Sugestões de questões para a apresentação (A Professora entrega para o aluno as questões abaixo):
Capa: título, autor, ilustrador e editora;
Número de páginas;
Parte que mais gostou e justificar sua resposta;
Parte que não concordou e justificar a sua resposta;
Em seguida a outra criança apresenta e no final elas serão coroadas. (Elas ficarão até o final da aula com as coroas.
REPORTER POR UM DIA: todos os alunos sentados, em formato de um círculo, para a Leitura dos livros Literários. Será escolhida uma criança para ser o repórter por um dia. As perguntas deverão ser direcionadas para o questionamento do livro lido pelo entrevistado. Sugestões de perguntas:
Qual é o título do livro que você leu?
Quais são os personagens? O que fazem dentro da história?
Como é a personagem mais importante?
Qual é a parte que mais lhe chamou atenção? Por quê?
Em seguida as crianças partem para a Produção de texto:
Mostre três cenas importantes, por escrito ou por desenhos em quadrinhos, com legendas.
Copie da leitura um parágrafo de que você mais gostou.
Transcreva o significado de três palavras novas que você aprendeu.
Você gostou da leitura? Justifique a sua resposta.


EXPOR NOTICIA: as crianças trazem de casa uma “Notícia da Semana”. A Professora faz um sorteio entre as crianças que irão apresentar (três crianças). Uma das Crianças escolhida será o Apresentador do Jornal das “Notícias de Última Hora”.
Em seguida as outras duas crianças apresentam.
Depois as noticias serão exposta no mural da sala para apreciação de todos os alunos.
Sugestões de perguntas (Digitar e colocar em uma caixa):
De qual fonte você retirou a notícia?
Em que data foi publicada?
Qual é a manchete da notícia?
Em que seção ela se encontrava?
Qual é o assunto tratado nela?
Por que essa notícia lhe chamou atenção?
Qual é o editor responsável pelo jornal ou revista de que você tirou a notícia?
Conte a seus colegas o que se fala na notícia que você selecionou.


HORA DO CAUSO: No momento integração do “Curtindo as Leituras”, fará um sorteio para que duas crianças apresentem esse momento. A Professora faz as inferências e em seguida todas as crianças registram no Caderno de Produção.
CAUSO: História inventada ou verdadeira que pode se contada de uma forma maior.
CÍRCULO DE LEITURAS: todos os alunos sentados, em formato de um círculo para a realização da leitura.
Serão sorteadas duas crianças para apresentem esse momento. A Professora faz as inferências e as crianças recontam a história no caderno de Produção de Texto.
“Observação: Como prêmio de participação as crianças sorteadas usarão até o final da aula um “crachá” escrito “Círculo de Leitura”.

TRANSMISSÃO VIA TV (TV GRANDE DE PAPELÃO – Confeccionada pela Professora): Crianças sentadas em círculo, para a realização da leitura.
A Professora fará um sorteio de seis crianças para apresentarem esse momento que será apreciado pelas as demais crianças.
Serão formadas três duplas (entrevistador/entrevistado). No final da apresentação cada dupla receberá uma medalha confeccionada pela Professora escrita “Honra ao mérito” – Curtindo as Leituras!
O entrevistado faz as inferências (As perguntas serão repassadas pela Professora).
§ Qual é o título do seu livro?
§ Em que lugar aconteceu à cena?
§ O que você mais gostou no livro? Por quê?
§ O que não gostou? Por quê?
§ Se você fosse vender esse livro o que diria para os leitores?
Faça o mesmo com as outras duplas.

RECEITA CULINÁRIA: Solicitar para os alunos trazerem de casa livros de culinárias ou receitas. Em seguida solicitar para cada aluno escolher sua receita predileta, escrever no caderno de Produção de texto e socializar com a turma.
Se for possível, faça o dia da culinária, execute com a turma uma receita.

PAINEL DE TEXTO: O professor pedirá aos alunos que tragam de casa textos variados, façam a socialização com a turma ( sortear os alunos) em seguida deverão ser fixados os textos em mural para que os alunos tenham conhecimento..

LENDO E ESCREVENDO: O Professor solicita a leitura dos livros do Cantinho de Leitura. Em seguida solicita aos alunos que escrevam no caderno de produção de texto um parágrafo que mais gostou justificando a sua resposta. Ilustre o texto.

COLETÂNEA DE TEXTOS (CADERNO DE LEITURA): O Professor pedirá aos alunos que tragam de casa textos que serão lidos naquele dia (Leitura Individual e silenciosa).
Em seguida socializarão os textos com os colegas, depois a Professora recolhe e cola no caderno que ficará a disposição dos alunos no “Cantinho de Leitura”.
Sugestões de textos: Gêneros trabalhados no Fluxo das Aulas

PALAVRAS IGUAIS (TRABALHANDO INFERÊNCIA): O Professor lê um livro do Cantinho de Leitura para os alunos.
Em seguida a Professora indicará dois alunos para explicar ou comentar o que foi lido e destacar as palavras repetidas. Depois as crianças irão ditar as palavras iguais para os demais colegas que irão registrar no Caderno de Produção de texto.

CONTRA OU A FAVOR? A Professora escolhe um livro do Cantinho de Leitura e ler para os alunos em seguida solicitar do aluno argumenta a favor ou contra do livro.
Logo após a argumentação solicitar para os demais registrarem no caderno de Produção de Texto.

PARECER DO LIVRO LIDO: todos os alunos sentados, em formato de um círculo para a realização da leitura.
Serão sorteadas três crianças para apresentarem esse momento. A Professora solicita um aluno para explicar a Introdução do livro lido, o outro a conclusão e o terceiro explica se houve ou não relação entre a introdução e a conclusão.

LEITURA COMPARTILHADA: a Professora apresenta para os alunos os livros do Cantinho de Leitura e solicita para os alunos escolherem um.
Em seguida a Professora tira cópia e distribui para todos os alunos lerem. Todos os alunos sentados, em formato de um círculo.
A Professora inicia a apresentação do livro: capa, páginas e ilustração. Depois cada criança ler a sua parte (seqüência).
Cada aluno recorta o seu texto e cola no caderno de Produção, justificando o que mais gostou ou não. No texto sublinhe as palavras desconhecidas e procura o sinônimo no dicionário. No final a Professora faz as inferências e as considerações finais.

PESCANDO LEITURA (A Professora deverá confeccionar um aquário: caixa cheia de pó de serragem, peixinhos feitos de EVA e numerados de acordo com os grupos)
Os alunos serão divididos em grupos (três) para a realização da leitura, cada grupo recebe um número.
A Professora convida um aluno para sortear os grupos que irão apresentar.
Um aluno apresenta a capa, o segundo a introdução e o terceiro a conclusão.


CARACTERÍSTICAS
DE ALGUNS GÊNEROS TEXTUAIS
CARTAEstrutura: narrativa argumentativa.
Redigida na 1ª pessoa do singular (individual) ou 1ºª pessoa do plural (coletiva).
Organização:
Cabeçalho: indica lugar e tempo da produção, destinatário e interpelação;
Corpo: desenvolvimento da mensagem;
Despedida: indica saudação e assinatura do remetente;
Estilo:informal ou formal, dependendo do destinatário;
Para sobrescritar o envelope, é necessário colocar, na frente o nome do destinatário, endereço, cidade, estado e o CEP ( Código de Endereçamento Postal). No verso, os dados do remetente,Selar e postar a carta.
No caso de uma correspondência ser entregue pelo remetente, basta escrever no envelope o nome do destinatário e, no canto inferior direito, a expressão “Em mãos'

CARTÃOO cartão, geralmente, é uma forma de mandar mensagens curtas, em ocasiões especiais ou datas comemorativas para pessoas amigas.
Um cartão deve conter:
O nome da pessoa para quem será enviado;
Uma mensagem;
O nome de quem envia;
A data;
Dependendo do cartão, pode conter também uma ilustração que caracteriza a data.


BILHETEÉ uma comunicação simples e básica, na qual imite apenas a mensagem para pedir agradecer, oferecer, informar, desculpar ou perguntar.
O bilhete é composto normalmente de:
Data: deve ser abreviada e colocada no início ou no final do bilhete sem parágrafos;
Saudação:deve ser no início do bilhete, lado esquerdo, sem parágrafo, e junto ao nome do destinatário;
Mensagem: salta-se uma linha da saudação. É escrito de forma sintética. Deve ser apenas em 01 parágrafo, mas pode usar ponto seguido;
Despedida: salta-se 01 linha do final da mensagem e o escreve no meio da outra linha; Nome do remetente: salta-se uma linha, escreve-se abaixo da despedida, do meio para o final da linha.


CONVITEÉ uma comunicação simples e básica, na qual imite apenas a mensagem para pedir agradecer, oferecer, informar, desculpar ou perguntar.
O bilhete é composto normalmente de:
Data: deve ser abreviada e colocada no início ou no final do bilhete sem parágrafos;
Saudação:deve ser no início do bilhete, lado esquerdo, sem parágrafo, e junto ao nome do destinatário;
Mensagem:salta-se uma linha da saudação. É escrito de forma sintética. Deve ser apenas em 01 parágrafo, mas pode usar ponto seguido;
Despedida: salta-se 01 linha do final da mensagem e o escreve no meio da outra linha;
Nome do remetente: salta-se uma linha, escreve-se abaixo da despedida, do meio para o final da linha.


HISTORIA EM QUADRINHOSEstrutura narrativa apresentada por meio de mensagem icônica e mensagem lingüística.
Textos sintéticos e diretos, apresentados em balões ou legendas.
Os balões, de diferentes tipos,são utilizados para indicar fala de personagens (discurso direto),
idéias, pensamentos, sentimentos e ruídos.
A seqüência a ser lida é indicada pela localização dos balões: lê-se, primeiro, o que está acima e à esquerda para a direita, do plano posterior para o primeiro plano.
O corpo e a espessura das letras estão diretamente ligadas às ações e sentimentos pelas personagens.
Utilização de onomatopéia dentro ou fora de balões.
Utilização de metáforas visuais representando sensações, sonhos, recordações.
Nas histórias em quadrinhos, as falas aparecem nos balcões; a narrativa, no retângulo: o pensamento e o cochicho, em balcões em forma de nuvem e traçados com linha pontilhada, respectivamente.


CANTIGA DE RODAOutra forma poética muito apreciada pelas crianças é a cantiga de roda, brincadeira infantil que permite várias evoluções, combinações de vozes e movimentos variados.
Algumas podem ser acompanhadas de palmas e sapateios; outras se ocupam da escolha do par, há ainda aquelas em que as perguntas feitas à dona da roda são respondidas pelo grupo que está à sua volta.
Apresentam temas populares, rimas e ritmo bem definido, cadenciado.


PIADASSão textos anônimos, ou seja, não são assinados. Isso significa que elas não têm um autor conhecido.
À medida que são contadas, vão sendo modificadas e reelaboradas, de acordo com as circunstâncias.
As piadas têm finalidade de fazer o ouvinte ou leitor rir. Algumas são tão engraçadas do que outras por causa do final inesperado, do grau de surpresa do desfecho ou da graça de quem as narra.
Para que a piada atinja o seu objetivo, é essencial que ela seja desconhecida para quem a ouve ou lê, pois, se a pessoa já a conhece, a surpresa deixa de existir e a piada perde a graça.
As piadas, em geral, são transmitidas oralmente. Por causa disso,é difícil contarmos da mesma maneira que ouvimos: sempre retiramos ou acrescentamos algo. Elas são um excelente recurso para executar tanto a expressão oral quanto a expressão escrita.


CONTO DE FADATendência para a magia, o encantamento. As transformações ocorridas são produzidas por seres encantados, dotados de poderes sobrenaturais: fadas, magos, anões.
Estrutura com esquema seqüencial composto por três momentos:
Situação inicial ( apresentação e localização das personagens – heróis, heroínas e vilões, normalmente representados por príncipes, princesas e bruxas);
Surgimento de um conflito provocado pela intenção maldosa (do vilão) contra uma pessoa de bem (herói ou heroína), o que dá origem a diferentes acontecimentos (complicação);
Recuperação do equilíbrio graças á ação mágica de objetos ou pessoas (varinha de condão, príncipe, por exemplo). Final feliz (resolução ou desenlace);
Geralmente, a demarcação do tempo aparece no início do parágrafo, de forma imprecisa: Era uma vez... “, “Certa vez...”.
Frequentemente usa –se a expressão “ E foram felizes para sempre”, “ E viveram felizes para sempre”, indicando final feliz.


CONTO POPULAR
Relato em prosa de fatos criados pelo imaginário coletivo.
Não tem autor.
Tende para a magia, a fantasia. Sendo assim, as pessoas, os lugares e as situações não se restringem a representar tipos ou situações reais.
Características mais marcantes: a distância no tempo, a disputa entre fortes e fracos, a vitória do bem contra o mal.
Estrutura com esquema seqüencial composto por três momentos:
Situação inicial – quem são as personagens, onde moram, como vivem;
Surgimento de um conflito que dá origem a diferentes acontecimentos (complicação);
Recuperação de equilíbrio graças à solução do conflito (resolução ou desenlace);
Os textos são narrados em 1ª ou 3ª pessoa.
Frequentemente são usados diálogos marcados por travessão.


ACALENTOCantigas de berço que têm a função de ajudar a embalar e fazer adormecer as crianças.
Características:
Monotonia melódica;
Frases longas e chorosas com o fim de provocar o enfado e o sono;
Uso freqüente de interjeições.


FÁBULASEsse gênero literário nasceu no Oriente e foi reinventada no Ocidente pelo escravo grego Esopo, que escrevia histórias baseadas em animais, para ensinar como agir com sabedoria.
Na fábula, podem distinguir-se duas partes:
A história, isto é, o que acontece;
O significado da história, ou seja, o que o autor pretende transmitir. Esta parte, que está sempre no final, é denominada moral, pois passa uma visão do que seja “certo” ou “errado”. Às vezes, a moral não está expressa, mas fica subtendida.
Objetivo: Transmitir um ensinamento.
Estrutura básica freqüente: diálogo entre animais, uma situação exemplar e um ensinamento moral como conclusão.


TRAVA-LÍNGUASÉ um tipo de parlenda cujas palavras, expressões ou versos são, na maioria das vezes, de difícil pronuncia ( trocas vocálicas e consonantais).
Dever sempre dito com rapidez.
A repetição rápida provoca deturpação dos termos e, consequentemente, do seu sentido de origem ( Melo, 1995).
O exercício de dicção exigido exerce fascínio na criança, além de ser um desafio lingüístico para ela.
Muitos trava-línguas priorizam o trabalho articulatório, utilizando o significante em detrimento do significado, produzindo, diversas vezes,conjuntos com total ilogicidade.


PARLENDASAs parlendas são uma arrumação de palavras que embora não sejam acompanhadas de melodia, apresentam rimas que obedecem a um ritmo próprio.
São faladas de forma bem cadenciada, podendo ser acompanhadas ou não de gestos.
As parlendas têm a função basicamente cognitiva (dedicam-se à memorização de conhecimentos relacionados à contagem, aos saberes ingênuos da natureza, à transmissão de regras de convívio ) ou sortear crianças que participarão de jogos ou outras atividades, ensinar algo, divertir, entreter ou aquietar crianças, ou criticar alguém.
Essa forma de poesia infantil é ensinada pelos pais ou babás e logo repetida pela criança como conquista própria.


POESIAForma: verso, estrofe, rima, ritmo.
Conteúdo: assunto, personagem, ambiente, tempo.
Poesia: Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.


POEMAGeralmente escrito em versos e com distribuição espacial particular: linhas curtas e agrupamento em estrofes dão relevância aos espaços em branco ao redor do texto, entre os versos ou blocos de versos ou ainda dentro dos versos (poesia contemporânea).
Recursos poéticos:
Uso freqüente, mas não é obrigatório, de rimas ( repetição de sons no final ou no interior de versos diferentes, na mesma posição ou em posições variadas);
Ritmo: movimento dado principalmente pela alternância regular de sílabas fortes (tônicas) e fracas (átonas), pela repetição de consoante ou consoantes similares (aliteração), pela repetição de uma mesma vogal (assonância), pela repetição de palavras e versos, pelo refrão, pelas rimas.
Jogo de palavras: uso de trocadilhos(repetição de termos semelhantes ou iguais, com significados deferentes), onomatopéias( palavras ou frases obtidas pela mudança de posição da letras de outras palavras ou frases. Exemplo; Raul – luar.
Predomínio da linguagem conotativa (linguagem figurada, passível de diferentes interpretações).
Poema: obra em verso em que há poesia


QUADRINHAAs quadrinhas são poemas de quatro versos que preservam, geralmente, de forma irônica, o saber popular.


LETRA DE MÚSICAÉ um texto escrito na forma de poema, em geral com a intenção de acompanhar uma melodia.
Aspectos observados na música:
Sensação de ouvir a música: alegria/tristeza, irritação/paz, calma/nervosismo.
Sons: fortes/fracos, quentes/frios, definidos/confusos.
Instrumentos: um só/vários instrumentos, fáceis de reconhecer/confusos.
Intensidade: rápida/lenta, quantas partes ela tem.


CRÔNICA
Este tipo de texto focaliza sempre os assuntos cotidianos e, geralmente, são escritos em linguagem coloquial, evidenciando a fala comum, popular.
É uma narração ou descrição breve do cotidiano. Geralmente é escrita no momento do acontecido. Este texto não possui todos os elementos de uma narrativa ou seja, não é preciso que tenha início, meio e fim. Ela fala apenas o fato com grande dose de humor.
As crônicas, por vezes, aproxima-se bastante do conto, especialmente quando, ao contarem uma história, adquirem caráter narrativo; e parecem artigos jornalísticos, quando são dissertativos, pois acentuam as opiniões do autor. Nesse caso, o autor utiliza no início a 3ª pessoa do singular e depois acaba inserindo-se no texto, pelo uso da 1ª pessoa do plural, para melhor convencer o leitor daquilo que está afirmado.
Apesar de serem produções escritas em prosa, muitas vezes, devido ao uso da linguagem poética, as crônicas se constituem em verdadeiros poemas em prosa.


TEXTOS DE OPINIÃOSão escritos com o objetivo de defender um ponto de vista, uma opinião sobre algum assunto. Esse tipo de texto apresenta informações ao leitor como ponto de partida para as opiniões que se defendem.
A divisão em parágrafos no texto argumentativo é também muito importante porque ajuda o leitor a seguir o raciocínio de quem escreve. Uma boa seqüência lógica torna o texto mais eficiente. Por isso, é importante e útil fazer um roteiro prévio dos parágrafos antes de escrever um texto de opinião.
O texto de opinião tem como ponto de vista convencer o leitor de um determinado ponto de vista. No entanto, é possível que esse tipo de texto nos leve à dúvida.


RESENHAÉ um texto escrito com a finalidade de comentar um fato ou acontecimento qualquer(jogo, festa, comemorações, feira) ou textos e obras cultural (romance, peça teatral, filme).
O conteúdo da resenha depende da finalidade a que ela se presta. Assim, o autor da resenha seleciona os aspectos importantes, partindo do princípio de que o leitor não conhece o objeto analisado. Se for um livro, indica o título, o autor, a editora, o tradutor e até o preço.
A resenha pode ser descritiva ou crítica.
Ela é descritiva quando não apresenta nenhum julgamento ou apreciação do resenhador e é crítica quando apresenta apreciações, notas e correlações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou. Nesse caso, uma boa resenha apresenta argumentos: por que é bom, ruim, etc.


DISSERTAÇÃODissertar é: debater, discutir, questionar um tema (assunto)
Dissertação é a apresentação de opiniões, idéias e comentários sobre um determinado assunto, onde se apresenta um ponto de vista com argumentação que o fundamenta.
A forma mais prática é através de esquema ou indagações sobre o tema. Exemplo:
INTRODUÇÃO ( 01 parágrafo) – O que é...
DESENVOLVIMENTO(Usa-se o tanto de parágrafos que se fizerem necessários )
Como é...
Para que serve...
Pontos positivos...
Pontos negativos...
CONCLUSÃO (01 parágrafo) – Como gostaria que fosse ou O resultado obtido...
O enriquecimento da linguagem é dado por meio de um rico vocabulário (beleza de estilo) junto aos conectivos corretos que são as preposições, conjunções ou palavras similares (clareza e coesão)
Pontuação inadequada:
Ponto de interrogação – não o pode usar sem dar a resposta à pergunta feita.
Reticências – não se usa, pois ela deixa lacunas de pensamentos e o argumento fica falho.
Dois pontos – não se usa, pois na dissertação não há diálogo nem citação.
Aspas, colchetes ou parentes – usa-se somente em caso de citação de outro autor ou explicação dos fatos.


PEÇA TEATRALTexto conversacional acompanhado de descrições e anotações para a composição de personagens, cenário, iluminação, vestuário etc. (texto escrito produzido para ser falado).
Progressão temática estabelecida por atos, que são divididos em cenas.
Frequentemente são usados diálogos, marcados por travessões e sinais de pontuação, estabelecendo os turnos de palavras.
Linguagem coloquial ou formal.


ADIVINHASAs adivinhas propõem a decifração de um enigma por meio de descrições de objetos e animais ou de narrações de acontecimentos comparados a outros conjuntos equivalentes. Exigem raciocínio matemático e operam por analogia.



INSTRUÇÕES DE JOGOSFunção: orientar a montagem do brinquedo e cuidados.
Estrutura descritiva.
Normalmente apresenta um texto identificando o brinquedo, características, seqüência de montagem, uso, cuidados, defeitos possíveis e assistência a técnica.

BULA DE REMÉDIO
Função: orientar a montagem do brinquedo e cuidados.
Estrutura descritiva.Normalmente apresenta um texto identificando o nome do remédio e laboratório, apresentação, composição, indicações e contra-indicações, posologia

NOTÍCIARelato de fatos de interesse e importância para a comunidade.
Estrutura básica: utilização freqüente de “pirâmide invertida”, ou seja, as informações mais importantes são dadas no início do texto e as demais, em ordem decrescente de importância. Podem-se observar as seguintes etapas:
Título: sintetiza o tema central de forma a atrair a atenção do leitor (manchete).
“Lead” (lide: O Que? Quem? Quando? Onde? Por que? Para quê?) resumo das informações mais importantes do texto, no primeiro parágrafo;
Desenvolvimento:detalhamento (texto).
Texto claro, enxuto, objetivo.
Redigido em 3ª pessoa.
Estilo formal. Porém utiliza-se linguagem simples, próprias do cotidiano.
As informações apresentadas firam em torno das perguntas


LEGENDAFunção:comentar fato ou desenho e atrair a atenção do leitor, sem ser redundante.
Textos sintéticos e diretos apresentados, geralmente, abaixo ou ao lado de fotos ou ilustrações.
Informa quem ou o que está na foto, o que está fazendo, onde foi tirada.


REPORTAGEMRelato de acontecimento importante, feito por jornalista que tenha estado no local em que o fato ocorreu ou tenha apurado as informações relativas a ele.
Contém informações precisa e objetiva do fato, relato das partes envolvidas, e às vezes, opinião de especialistas.
Textos longos são divididos em diversos capítulos
( retrancas ou sub-retrancas), intercalados por inter-títulos, melhorando a apresentação visual e facilitando a compreensão dos mesmos.


ENQUETEEnquete é a reunião de testemunhos ou opiniões de determinado número de pessoa sobre um assunto.
A enquete é muito utilizada em programas de TV e rádio, quando se necessita saber a opinião popular sobre:
Qual é o melhor jogador de futebol da seleção brasileira?
Qual é o seu programa de TV favorito?
Qual é o seu livro favorito?Atualmente, tem-se usado muito a internet para agilizar as enquetes


CHARGEÉ um desenho humorístico, com ou sem legenda, ou balão encontrado em jornais, revistas, televisão, tendo como tema algum acontecimento atual.
Tem como finalidade criticar humoristicamente fatos políticos e sociais. Para compreendê-la, o leitor deve conhecer o assunto da charge. As características das pessoas são quase sempre exageradas para despertar o humor.


RÓTULOSQuando vamos ao supermercado, encontramos diversos tipos de mercadorias com embalagens diferentes.
As embalagens possuem rótulos que informam ao consumidor o nome do produto, os ingredientes utilizados, peso, a data de fabricação, forma de conservação,a data de validade, fabricante e o local (Cidade-estado) de fabricação.


REPORTAGEM FOTOGRÁFICAA fotografia é o principal elemento informativo.
As fotos são acompanhadas de legendas ou pequenos textos, que permitem ao leitor compreender ou avaliar o que está vendo.


PROPAGANDAFunção: convencer o consumidor a comprar um produto ou uma idéia.
Texto pago, publicado em jornais, revistas, folhetos, cartazes.
Disposição gráfica bem organizada, raramente linear.
Frequentemente acompanhada de imagens.
Uso de sentenças curtas e muitas vezes incompletas, causando impacto.
Uso freqüente de jogo de palavras, metáforas.
Utilização de vocabulário definido em função do público a ser atingido.

ANÚNCIO
Texto pago, publicado em seções especializadas de jornais e revistas, anunciando oferta e procura de bens, utilidade e serviços.
Geralmente de formato pequeno e sem ilustrações, devido ao alto preço do espaço.
Corpo das letras pequeno.
Linguagem direta.
Uso de abreviatura (economia de espaço).
Utilização de negrito e / ou maiúsculas em palavras que merecem destaque.
Uso, geralmente, de verbos no imperativo (função apelativa).
Recorre freqüentemente ao uso de adjetivos.
As estratégias mais usuais nos anúncios são jogos de palavras, metáforas, repetições, insinuações onomatopéias, renovação de títulos, conhecidos, combinação de sons, hipérboles ou exageros, uso de estereótipos, transições de testemunhos em estilo direto.

DEFINIÇÕESEsclarecem, com clareza e precisão, os significados de palavras, podendo ou não apresentar sinônimos e / ou antônimos e ser completadas por exemplos.
No dicionário, são apresentadas em ordem alfabética.
Frequentemente acompanhadas por informações complementares, tais como: classe gramatical (s.m., substantivo masculino), origem etimológica ( Do lat. Apertu), disciplina ou ciência em que se inclui a palavra a definir (Anat).
Uso de abreviaturas nas informações complementares.
Utilização de frases claras, sem ambigüidades.
Uso de tipografias diferentes em informações distintas (negrito no vocabulário a definir, itálico nas informações complementares.
Os diversos significados apresentam-se separados por números, vírgulas ou barras paralelas.


NOTAS DE ENCICLOPÉDIASTextos conceituais.
Linguagem denotativa (as palavras indicam exatamente o que querem dizer
O tema é uma das primeiras informações do texto.
Utilização de terminologia científica, dando rigor à exposição.
Ausência de argumentos tendenciosos.


CARTAZFrequentemente, nas ruas, casas comerciais, cinemas e teatros deparamo-nos com cartazes, que são textos breves em cartolinas, cartões, outdoors(cartazes grandes), feitos especialmente para promover um lugar, um produto, uma atividades, um personagem.
O cartaz contém informações essenciais, como o evento promovido, o lugar e a data de sua realização, para assegurar que os anúncio vai ser imediatamente compreendido.
A efetividade depende, em grande parte, do uso das cores, da diagramação, da tipologia selecionada, do tamanho das letras que permita sua leitura a distância. A espacialização do texto sobre o papel e as imagens são recursos de fundamental importância nesse tipo de texto.

CLASSIFICADONo jornal, há um caderno específico para anúncios pequenos, de menor custo. É o caderno de Classificados.
Classificados são, geralmente, anúncios com mensagens curtas, escritas de forma objetiva e clara, e agrupadas nas páginas do jornal por categoria, daí o nome de Classificados. Abrangem todos os tipos de oferta e procura, desde imóveis, automóveis, móveis, até oferecimento de serviços tais como aulas particulares, serviços domésticos, dentre outros. O anunciante paga de acordo com o tamanho do anúncio.
Exemplos de classificação dos pequenos anúncios:
Imóveis: venda ou aluguel de apartamentos, lotes, lojas;
Automóveis: vendas e troca de automóveis;
Serviços: aula de violão, de informática, academias;
Eletrodomésticos: venda de televisores, rádios, etc.
Mesmo com mensagens curtas, os anúncios precisam conter, principalmente:
Tipo de produto oferecido ou procurado com as características principais, o preço, as condições de pagamento, nome, telefone, e endereço para contato.


FOLHETOO folheto tem a finalidade de criar no leitor a necessidade de adquirir um produto, visitar um lugar, participar de um evento ou uma campanha.
Os folhetos procuram modificar comportamento por isso têm uma intencionalidade, claramente apelativa. Ao contrário dos outros textos publicitários, os folhetos contêm muita informação.
As imagens complementam a significação do texto.

BIOGRAFIAÉ uma narração feita por alguém sobre a vida e obra de outra pessoa. Em geral, os dados biográficos são ordenados cronologicamente, pois a temporalidade, nesse tipo de texto, é uma variável indispensável. Por isso, há um predomínio de recursos lingüísticos que garantam essa temporalidade.
Além disso, esse tipo de texto exige veracidade científica, impondo a necessidade de citações das fontes consultas.
O ponto de vista do autor do texto biográfico se manifesta por meio das fontes utilizadas para pesquisa, bem como no modo de apresentação do texto.
Colocamos numa biografia dados importantes como:
Nome completo;
Local e data de nascimento;
Onde estudou;
Onde viveu;
Fatos mais importantes de sua vida;
Principais realizações.
Outros relatos.



ENTREVISTAÉ a maneira mais fiel de se transcreverem as palavras de alguém, mais isso vai depender da competência e da honestidade de quem entrevista.
Normalmente, selecionam-se trechos de uma fala mais longa, por motivo de espaço. Essa escolha dos cortes pode modificar bastante as opiniões originais. Esse é sempre um risco que se corre ao se redizer o que os outros disseram.
Na entrevista, normalmente, separam-se completamente as afirmações de quem pergunta (o entrevistador) das afirmações de quem responde ( o entrevistado).
Por se tratar de um texto jornalístico, a entrevista deve incluir um tema ou com incidência na atualidade, embora a conversação possa derivar para outros temas.
Nesse tipo de texto, é possível apresentar uma introdução extensa com os aspectos mais significativos da conversação mantida, e as perguntas podem ser acompanhadas de comentários, confirmações ou refutações sobre as declarações do e Levantamento de comportamento, tendências e opiniões de um grupo de pessoas acerca de determinado assunto.
Respostas breves e objetivas.
O resultados, apresentados por meio de gráficos, quadros ou tabelas, destacam com precisão os números principais.
Etapas para elaborar uma entrevista:
· Definição do tema(assunto), o que na imprensa chama-se pauta.
· Pesquisa sobre o assunto.
· Definição dos nomes dos entrevistados e conhecimento sobre essas pessoas.
· Agendamento da entrevista(marcação de data, horário e local).
· Elaboração de perguntas.
· Preparação do material a ser usado.


RELATÓRIORelatório é uma narração, oral ou escrita, minuciosa e organizada de acontecimentos visto, ouvidos ou observados. Pode ser também de atividades profissionais referentes a umas tarefa.
Um relatório pode conter ilustrações que complementam a explicação, gráficos, mapas, fotos, etc. Caso o relatório seja oral, imagens podem ser mostradas.
Esquema para a elaboração de um relatório:
· Quando aconteceu?
· Onde?
· Em consonância a quê?
· O que aconteceu?
· Qual é o objetivo?
· Qual foi a metodologia utilizada?
· Como foi a aceitação?
· Que conclusão se chegou?

GRÁFICOFunção: transformar informação numérica em informação visual, permitindo uma leitura instantânea.
Textos curtos e objetivos podem complementar as informações.
Título atraente chama a atenção do leitor.
Consta fonte de informações.
Pode ser acompanhado de ilustrações baseadas no tema que se apresenta.
Os gráficos são utilizados para representar dados quantitativos de acontecimentos físicos, econômicos, históricos e outros ocorridos num determinado período.
O gráfico proporciona uma leitura mais rápida sobre o assunto, porque apresenta os dados numéricos por meio de símbolos e legendas e utiliza figuras geométricas, desenhos, facilitando a visualização, a comparação e análise dos dados.
Existem vários tipos de gráficos:
De colunas ou de barras( horizontal ou vertical;
De linhas;
De setores e outros.
É importante que o professor apresente aos alunos os diferentes tipos de gráfico encontrados em livros, jornais e revistas, para que sejam capazes de interpretar os dados fornecidos e depôs construírem outros gráficos.


GRÁFICO DE LINHASÉ muito utilizado para mostrar as variações num período de tempo. Esse tipo de gráfico serve para representar séries cronológicas ou temporais, permitindo a associação quantidade/ tempo
Os gráficos de linhas podem aparecer na forma de figuras, pois apresentam os dados em forma de desenhos.


GRÁFICO DE SETORESEste tipo de gráfico é usado principalmente para informar o que acontece com as partes de um todo, mostrando a relação entre cada elemento e o total.


TABELA DUPLA ENTRADAEste tipo de tabela tem como finalidade fazer com que o aluno venha a construir procedimentos de organização de informações utilizando diagramas levando o compreende-las e realizar a leitura


GRÁFICO DE COLUNAS OU DE BARRASÉ a forma mais comum de apresentação de dados que são representados por retângulos na vertical ou horizontal. Neles é marcada a freqüência de ocorrência de fenômeno em função de uma variável.


QUADROPar se comunicar o homem (artista) precisa de arte e da técnica e essa comunicação se dá através do que se vê (visual), do que se ouve (auditiva) ou do que se vê e se ouve ao mesmo tempo(audiovisual).
Quando observamos uma obra de arte e estabelecemos um diálogo com ela é muito importante que olhemos com muita atenção. Esse olhar aguçado fará com que aos poucos entendemos os sentimentos e mensagens que a obra despertou em nós e sentimentos e mensagem que o artista procurou transmitir.
Ao trabalhar com as obras de arte temos oportunidade de:
Conhecer os artistas, técnicas e materiais utilizados em determinadas épocas;
Existem muitas maneiras de se reler, refazer ou recriar uma obra de arte:
Leitura formal- primeiro contacto com a obra: analisar as cores trabalhadas, pontos, linhas, formas, texturas, se há seres na obra, planos, técnica e materiais utilizados ( pintura, colagem, montagem, modelagem ), bidimensional ( largura e altura) e tridimensional( largura, altura e profundidade).
Leitura interpretativa: Uma obra de arte pode causar inúmeras sensações e provocar reações inesperadas.
Através de uma obra de arte podemos entender um período histórico, uma situação de determinado
local, uma situação pessoal ou ainda pode ser um protesto ou um jeito de registrar algo.

Competências em situação de leitura - Área de Linguagem


TEMA 1: RECONSTRUÇÃO DAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO E RECEPÇÃO DE TEXTOS

COMPETÊNCIAS DE ÁREA
CONTEÚDO
1 – Interpretar textos relacionando-os aos seus contextos de produção e recepção (interlocutores, finalidade, espaço e tempo em que ocorre a interação),  considerando os fatores como gênero, formato do texto, tema, assunto, finalidade, suporte original e espaços próprios de circulação social:
  • Identificar esferas discursivas, suportes de circulação original, gêneros, temas, finalidades, público-alvo, possíveis objetivos de produção e leitura, espaços próprios de circulação social, formas, constituintes e recursos expressivos em textos.
  • Identificar os possíveis elementos constitutivos da organização interna dos gêneros.
Discurso, texto e textualidade. Gêneros discursivos: conceituação, classificação, transformação e representação histórica. Os vários suportes de textos. Os gêneros e os princípios tecnológicos de informação e comunicação. Natureza e função dos textos. O ponto de vista do autor/leitor. O discurso e seu contexto de produção: jogo de imagens, historicidade e lugar social. Condições de produção, circulação e recepção. Os agentes específicos do discurso escrito (autores, editores, livreiros, tipográficos, críticos, leitores).



TEMA 2 – RECONSTRUÇÃO DOS SENTIDOS DO TEXTO

COMPETÊNCIAS DE ÁREA
CONTEÚDO
2 – Recuperar informações em textos:
  • Inferir tema ou assunto principal do texto
  • Identificar o sentido de vocábulos ou expressões, selecionando a acepção mais adequada ao contexto em que estão inseridos.
  • Localizar informações explícitas em textos
  • Sequenciar informações explícitas dos e textos.
  • Inferir informações pressupostas ou subentendidas em textos.
  • Estabelecer relações entre imagens (fotos, ilustrações) , gráficos, tabelas, infográficos e o corpo do texto.
Mecanismo de coesão lexical (sinônimos, hiperônimos, repetição, reiteração). Fatores de coerência. Estrutura e organização do texto. Construção de sentido e significado. Processos de leitura. Teorias e métodos de leitura. Funções da leitura. Modalidades de leitura. Leitura compreensiva e interpretativa.


TEMA 3 – RECONSTRUÇÃO DA TEXTUALIDADE
COMPETÊNCIAS DE ÁREA
CONTEÚDO
3 – analisar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos:
  • Estabelecer relações entre segmentos do texto, identificando repetições ou substituição que contribuem para a continuidade
  • Estabelecer relações de causa/conseqüência entre segmentos do texto.
  • Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato
  • Identificar no texto os elementos constitutivos da argumentação.
  • Estabelecer relação lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
  • Estabelecer relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido.
Mecanismos coesivos – coesão referencial: coesão lexical (sinônimos, hiperônimos, repetição, reiteração); e coesão gramatical (uso de conectivos, tempos verbais, pontuação, seqüência temporal, relações anafóricas, conectores intersentenciais, interparágrafos. Intervocabulares). Fatores de coerência. Estrutura e organização do texto. Aspectos semânticos pragmáticos, estilísticos e discursivos da argumentação. Operadores discursivos. Operadores argumentativos. Processos persuasivos. Argumentação. Interlocução e interação. As categorias da enunciação: pessoa, tempo e espaço. Sistema temporal da enunciação e sistema temporal do enunciado. Construção de sentido e significado. O tom do discurso: valor expressivo das formas linguísticas.



TEMA 4 – RECONSTRUÇÃO DA INTERTEXTUALIDADE E RELAÇÃO ENTRE  TEXTOS
COMPETÊNCIAS DE ÁREA
CONTEÚDO
4 – Avaliar criticamente os discursos e confrontar opiniões e pontos de vista em diferentes textos:
  • Comparar textos
  • Identificar referências intertextuais
O discurso no texto – “vozes” implícitas e memória discursiva. Texto, contexto, hipertexto e intertexto. Intertextualidade em diferentes linguagens. Intertextualidade, citação, paráfrase e paródia. Amplitude de repertório e decodificação da intertextualidade. Intertextualidade e originalidade. Enunciação e construção dos sentidos. O outro no discurso e no texto. O discurso metafórico e irônico. Dialogismo cultural e textual. O auditório universal. Diálogo, dialogismo, polifonia e alteridade.



TEMA 5 – REFLEXÃO SOBRE OS USOS DA LÍNGUA FALADA E ESCRITA
COMPETÊNCIAS DE ÁREA
CONTEÚDOS DE ESTUDO DA ÁREA
5 – Analisar fatos linguísticos para compreender os usos da linguagem em textos:
  • Identificar marcas linguísticas que evidenciem o locutor e o interlocutor de um texto.
  • Identificar, em textos, marcas de uso de variação linguística.
  • Identificar aspectos morfossintáticos e semânticos nos usos da língua.
Gramática da norma-padrão do português escrito ( norma gramática: sintaxe de concordância, regência, colocação e flexão; convenções da escrita: escrita das palavras – ortografia, acentuação -, minúsculas/maiúsculas etc).Gramática textual (coerência textual, coesão lexical – sinônimo, hiperônimo, repetição etc. –e coesão gramatical – uso dos conectivos , tempos verbais, pontuação, seqüência temporal, relações anafóricas, conectores intervocabulares, intersentenciais, interparágrafos etc). Gramática do estilo ( variação linguística, adequação de registro, variante adequada ao tipo/gênero de texto e à situação de interlocução ). Usos e regras do sistema de escrita ( a segmentação de palavras e frases; os sinais de pontuação – o parágrafo, o ponto-final e as marcas do discurso direto etc). Concepção  de norma e variante. Variante individual, interindividual e social. Variações fonológicas, morfológicas, sintáticas, semânticas e discursivas. Variação de modalidades: a fala e a escrita. Variação estilística: graus de formalidade e informalidade. Diacronia e sincronia.





TEMA 6 – COMPREENSÃO DE TEXTOS LITERÁRIOS
COMPETÊNCIAS DE ÁREA
CONTEÚDOS DE ESTUDO DA ÁREA
6 – Compreender o texto literário como objeto artístico, cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria:
  • Identificar os possíveis elementos constitutivos da organização interna de gêneros literários ( contos tradicionais, fábulas, mitos, lendas, crônicas narrativas, novelas, canções ou poemas).
- Estabelecer relações, em uma narrativa literária, entre formas de organização dos episódios; papéis das personagens; caracterizações das personagens e do ambiente; pontos de vista do narrador; marcas do discurso direto, indireto e indireto livre.
- Identificar os mecanismos de construção do poema.
-  Identificar os mecanismos de construção da argumentação em fábulas e cartas literárias.
  • Recuperar a intertextualidade em textos literários.
As teorias explicativas sobre os gêneros dos textos literários de estrutura narrativa em prosa – personagem, ponto de vista do narrador, descrição, enredo, tempo, espaço etc.;  em versos – poemas – rima, ritmo, figuras de estilo e linguagem etc. Elementos constitutivos e intertextuais da prosa, da poesia e do teatro. Gêneros literários. Teoria literária. Fortuna crítica. História da literatura. Autores da literatura lusófona.
TRABALHANDO DIFERENTES GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL I JUSTIFICATIVA: Ler e interpretar é a base para aquisição de todo e qualquer conhecimento. Com a necessidade de o aluno desenvolver a leitura fluente, escrita, interpretação e o gosto pela leitura, vimos a necessidade de desenvolver este projeto. Sabe-se que, o aluno que possui contato com livros e leituras realizadas e incentivadas por educadores, terá um melhor rendimento escolar onde o hábito de ler transforma em verdadeiro prazer. Partindo deste princípio compreendemos que a leitura deve ser vivenciada, atuando como agente mediador entre a criança e a formação de sua personalidade, de sua concepção de mundo e a faz conhecer sentimentos próprios da humanidade. OBJETIVO GERAL: Despertar o gosto pela leitura através de atividades prazerosas e desenvolver as habilidades de interpretação e escrita nos alunos do 2° ao 5° ano, oferecendo situações que possam aumentar o prazer e o interesse pela leitura, bem como ampliar as suas habilidades e competências, a fim de que tornem leitores autônomos. Trabalhar com gêneros textuais diversos, possibilitando ao aluno a aquisição de competências leitoras. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:  Manusear diversos tipos de textos;  Interpretar e encenar histórias lidas;  Recontar histórias ouvidas;  Conhecer diferentes gêneros textuais;  Confeccionar livros;  Formar leitores e escritores, que sejam capazes de produzir textos coerentes e coesos;  Trabalhar as características de cada gênero textual;  Estimular a cooperação por meio de trabalhos em grupos;  Identificar as marcas temporais presentes nos contos. ETODOLOGIA: O projeto de leitura e escrita mobiliza os alunos do Ensino Fundamental, professores e núcleo gestor. Os alunos terão a oportunidade de conhecer diversos gêneros textuais, onde serão realizadas oficinas de leitura, produção textual, leitura compartilhada, dramatização, confecção de livros, pesquisas e atividades relacionadas com cada tipo de texto trabalhado. AVALIAÇÃO: Será feita de acordo com as atividades e os objetivos propostos. GÊNEROS TEXTUAIS: 2° ANO  Piada  Conto Acumulativo  Biografia  Carta do Leitor 3° ANO  Fábula  Conto Maravilhoso  Tira  Notícia 4° ANO  Receita  Conto  Fábula  História em Quadrinhos 5° ANO  Crônica  Artigo de Opinião  Reportagem  Cordel CRONOGRAMA:  De Fevereiro a Novembro. ( Trabalhar um gênero a cada bimestre)

Sequência didática e ensino de gêneros textuais


Publicação do Escrevendo o Futuro
Autora: Heloísa Amaral 
O que são sequências didáticas?
As sequências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Organizadas de acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos, elas envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação.
São exemplos de sequências didáticas para o ensino de Língua Portuguesa as oficinas dos fascículos distribuídos nas três edições do Prêmio Escrevendo o Futuro. Nas edições 2004 e 2006, são: Pontos de vistaPoetas da escola e Se bem me lembro... Essas sequências orientam o professor para o trabalho com os seguintes gêneros de texto: artigo de opinião, poesia e memória.
As sequências didáticas são usadas somente para o ensino de Língua Portuguesa?
Não. Podem e devem ser usadas em qualquer disciplina ou conteúdo, pois auxiliam o professor a organizar o trabalho na sala de aula de forma gradual, partindo de níveis de conhecimento que os alunos já dominam para chegar aos níveis que eles precisam dominar. Aliás, o professor certamente já faz isso, talvez sem dar esse nome.
Por que usar sequências didáticas ao ensinar Língua Portuguesa?
Para ensinar os alunos a dominar um gênero de texto de forma gradual, passo a passo. Ao organizar uma sequência didática, o professor pode planejar etapas do trabalho com os alunos, de modo a explorar diversos exemplares desse gênero, estudar as suas características próprias e praticar aspectos de sua escrita antes de propor uma produção escrita final.
Outra vantagem desse tipo de trabalho é que leitura, escrita, oralidade e aspectos gramaticais são trabalhados em conjunto, o que faz mais sentido para quem aprende.
O que é preciso para realizar sequências didáticas para os diferentes gêneros textuais?
É preciso ter alguns conhecimentos sobre o gênero que se quer ensinar e conhecer bem o grau de aprendizagem que os alunos já têm desse gênero. Isso é necessário para que a sequência didática seja organizada de tal maneira que não fique nem muito fácil, o que desestimulará os alunos porque não encontrarão desafios, nem muito difícil, o que poderá desestimulá-los a iniciar o trabalho e envolver-se com as atividades.
Outra necessidade desse tipo de trabalho é a realização de atividades em duplas e grupos, para que os alunos possam trocar conhecimentos e auxiliar uns aos outros.
Quais as etapas de realização e aplicação de uma sequência didática de gêneros textuais?
Para organizar o trabalho com um gênero textual em sala de aula, sugerimos a seguinte sequência didática:
  1. Apresentação da proposta
  2. Partir do conhecimento prévio dos alunos
  3. Contato inicial com o gênero textual em estudo
  4. Produção do texto inicial
  5. Ampliação do repertório sobre o gênero em estudo, por meio de leituras e análise de textos do gênero
  6. Organização e sistematização do conhecimento sobre o gênero: estudo detalhado de sua situação de produção e circulação; estudo de elementos próprios da composição do gênero e de características da linguagem nele utilizada.
  7. Produção coletiva
  8. Produção individual
  9. Revisão e reescrita

HIPERTEXTO

CONCEITO

Entender o conceito de hipertexto é fundamental para a prova do Enem. O hipertexto é, em sua definição, uma forma de escrita e leitura não linear, com blocos de informação ligados a palavras, partes de um texto ou, por exemplo, imagens.

Os textos, ao longo da história da humanidade, apresentam-se, em sua maioria, como narrativas retóricas e lineares, ou seja, a narrativa segue uma temporalidade linear, com acontecimentos subsequentes. Mas nem sempre foi assim, e hoje em dia também não é mais só assim...
Antes de ter a forma que conhecemos atualmente, o livro já foi de tábuas de argila, de rolos de papiro, de folhas de papel costuradas. Nos últimos tempos, ganhou formato digital e abandonou as páginas de papel.
No mundo contemporâneo, com o excesso de informações, a narrativa ganha uma estrutura hipertextual, com forma de organização em rede, facilitando a interatividade entre textos necessária para a busca da informação com mais rapidez.

CONCEITO

O termo hipertexto foi criado por Theodore Nelson, na década de 1960, para denominar a forma de escrita e de leitura não linear na informática. O hipertexto se assemelha à forma como o cérebro humano processa o conhecimento: fazendo relações, acessando informações diversas, construindo ligações entre fatos, imagens, sons, enfim, produzindo uma teia de conhecimentos.
No hipertexto, o leitor passa a ter uma participação mais ativa, pois ele pode seguir caminhos variados dentro do texto, selecionando pontos que o levam a outros textos ou outras mídias para complementar o sentido de sua leitura. O leitor torna-se, assim, um coautor do texto, pois constrói tramas paralelas de acordo com seu interesse.
Hiperterxto (Foto: Colégio Qi)
No entanto, o hipertexto não está somente na internet. Um livro de formato tradicional também pode ter sua estrutura interna em forma de hipertexto. Um livro de contos, por exemplo, pode ser lido sem seguir a ordem em que os contos foram organizados. As enciclopédias e os dicionários também apresentam estrutura hipertextual, já que indicam outros verbetes que complementam a consulta do leitor. E ainda há livros em que o autor coloca nas margens informações complementares ao texto principal, buscando o formato hipertextual.
Estamos rodeados por hipertextos dentro e fora da internet. O hipertexto permite a interatividade e a livre escolha para começar a leitura por qualquer um dos textos que compõem a teia. O leitor é quem decide por quais passará, percebendo novos caminhos, ampliando os limites da leitura.

EXERCÍCIO

(ENEM 2011) O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que se bifurca e permite ao leitor o acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. Assim, o leitor tem condições de definir interativamente o fluxo de sua leitura a partir de assuntos tratados no texto sem se prender a uma sequência fixa ou a tópicos estabelecidos por um autor. Trata-se de uma forma de estruturação textual que faz do leitor simultaneamente coautor do texto final. O hipertexto se caracteriza, pois, como um processo de escritura/leitura eletrônica multilinearizado, multisequencial e indeterminado, realizado em um novo espaço de escrita. Assim, ao permitir vários níveis de tratamento de um tema, o hipertexto oferece a possibilidade de múltiplos graus de profundidade simultaneamente, já que não tem sequência definida, mas liga textos não necessariamente correlacionados.
O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser considerado como um novo espaço de escrita e leitura. Definido como um conjunto de blocos autônomos de texto, apresentado em meio eletrônico computadorizado e no qual há remissões associando entre si diversos elementos, o hipertexto
a) é uma estratégia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavorece o leitor, ao confundir os conceitos cristalizados tradicionalmente.
b) é uma forma artificial de produção da escrita, que, ao desviar o foco da leitura, pode ter como consequência o menosprezo pela escrita tradicional.
c) exige do leitor um maior grau de conhecimentos prévios, por isso deve ser evitado pelos estudantes nas suas pesquisas escolares.
d) facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação específica, segura e verdadeira, em qualquer site de busca ou blog oferecidos na internet.
e) possibilita ao leitor escolher seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequência predeterminada, constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborativa.
Comentário: Letra E. A publicação de textos em meios eletrônicos, como nas páginas de Internet, por exemplo, permite a criação de links, recursos que direcionam o leitor a outros textos, relacionados àquele que está sendo lido. O conjunto desses textos relacionados compõe um todo, um hipertexto. Sua compreensão prescinde da leitura de todos os links, que serão acessados de acordo apenas com a necessidade ou o interesse do leitor. Como o acesso aos links é opcional, o leitor pode escolher seu próprio percurso de leitura, o que torna sua atividade mais coletiva e colaborativa.

TIPOS DE TEXTOS

De acordo com as diferentes situações de uso, os enunciados se organizam e se agrupam em tipos, conforme a finalidade da comunicação. Quando um indivíduo utiliza a língua para se comunicar, sempre o faz por meio de um tipo de texto, conscientemente ou não. Nesse sentido, a língua se realiza por enunciados, orais ou escritos, previamente dominados pelo indivíduo. Caso não fosse assim, a comunicação se tornaria praticamente inviável. 
Os enunciados são utilizados – de maneira organizada e agrupada – em toda atividade humana. Essas atividades caracterizam-se por objetivos específicos e por condições especiais de uso, tornando os enunciados emitidos pelos indivíduos relativamente estáveis, comumente associados às atividades. Os enunciados, mesmo variando em extensão, conteúdo e estrutura, conservam características comuns, e são denominados gêneros do discurso ou gêneros textuais. 
A primeira classificação que se pode fazer dos textos encontrados com mais frequência no dia a dia é bastante reducionista e abrangente, provavelmente herdada da cultura greco-latina. Formam-se dois únicos grupos: o dos textos literários e o dos textos não-literários. No primeiro grupo, estariam os textos ligados à literatura e, portanto, ficcionais, como conto, crônica, poesia, novela etc. No segundo, os informativos: notícias, avisos, propaganda, outdoors, verbetes enciclopédicos etc. 
Texto publicitário (Foto: Reprodução)
Outra classificação agrupa os textos em três grupos, segundo sua funcionalidade:
Textos práticos – relacionados às ações do cotidiano, apresentam estrutura simples, como cartazes, placas, bilhetes, manchetes, notícias, propagandas, relatos;
Textos científicos – objetivam proporcionar o acesso ao conhecimento das diferentes áreas do saber. Utilizam uma linguagem mais formal. São os verbetes de dicionário e enciclopédia, os tratados científicos, matérias jornalísticas e até as anotações escolares;
Textos literários – preocupam-se mais com a linguagem e não com a informação. Geralmente têm caráter ficcional, voltando-se ao imaginário. São as narrativas, os contos, as lendas, fábulas, poemas, enfim, todo o universo da literatura. 

FINALIDADE

Mas para que é preciso agrupar os diferentes tipos de textos?
Quando estabelecemos tipologias claras e concisas para os textos, fica mais fácil interpretar e produzir textos que circulam em um determinado ambiente social. Por exemplo: ao nos depararmos com o texto a seguir, à primeira vista já sabemos que se trata de uma receita. Pela forma e pela distribuição do texto no papel, identificamos a parte dos ingredientes e a parte do “modo de fazer”. Isso nos prepara para a leitura e, consequentemente, para a interpretação. Veja:


OUTRAS CLASSIFICAÇÕES

Existem muitas formas de classificar os textos de acordo com seus tipos. A cada época da produção textual da humanidade, novas classificações vão surgindo. Isso por causa das novas tecnologias que aparecem ao longo dos anos. Na primeira metade do século XX, por exemplo, não se pensava em textos como e-mail, blog ou homepage. Observe mais esta classificação:
Textos literáriosconto; novela; obra teatral; poema
Textos jornalísticosnotícia; artigo de opinião; reportagem; entrevista
Textos de informação científicadefinição; nota de enciclopédia; relato de experimento científico; monografia; biografia
Textos instrucionaisreceita; instrutivo
Textos epistolarescarta; solicitação
Textos humorísticoshistória em quadrinhos
Textos publicitáriosaviso; folheto; cartaz; outdoor
Alguns pesquisadores da linguagem, consideram, ainda, uma outra forma de classificar os tipos de textos de acordo com as funções das linguagem. As principais são a informativa, que conduz o leitor, da forma mais direta possível, a identificar e/ou caracterizar as diferentes pessoas, acontecimentos e fatos que constituem o assunto do texto; a literária, que tem como objetivo a intencionalidade estética, utilizando os recursos da língua para dar prazer e produzir mensagem artística, obra de arte; aapelativa, que objetiva modificar comportamentos, e, por fim, a expressiva, que manifesta a subjetividade do emissor, seus estados de ânimo, seus afetos, suas emoções.

Assim, os textos seriam classificados de forma a estruturar os recursos da língua para veicular as funções da linguagem. Teríamos, então, a narração, que apresenta fatos ou ações em uma sequência temporal e causal; a argumentação, que enumera, comenta, explica ou confronta ideias, conhecimentos, opiniões, crenças ou valores; a descrição, que especifica e caracteriza pessoas, objetos, lugares, e a conversação, em que aparece a interação linguística que se estabelece entre os diferentes participantes de uma situação comunicativa.

No entanto, essa classificação não abrange todo o universo de textos encontrados na sociedade, pois os critérios utilizados ora são de proveniência sociolinguística, ora funcional; em outros momentos, abordam apenas as características formais e estruturais. Portanto, um texto precisa ser avaliado a partir de, pelo menos, dois critérios: um linguístico, referente à estrutura do texto; outro situacional, associado à situação comunicativa em que se insere. Além desses dois, também é preciso se preocupar com o fato de o texto pertencer a determinado contexto cultural.

Num ato de comunicação, portanto, os interlocutores, de certa forma, necessitam dominar o tipo de texto utilizado no momento da interlocução. Assim, a compreensão se dará mais facilmente e a comunicação atingirá seu objetivo.



Saber o tipo de texto que será produzido ou lido ajuda na hora de escrever a redação do ENEM que, geralmente, pede o texto dissertativo, que se enquadra no tipo informativo.

EXERCÍCIO

Classifique os textos em (1) descritivo, (2) narrativo ou (3) dissertativo. Justifique a sua resposta. 
                                TEXTO  I
(  ) Ele tinha o olhar fixo no anúncio luminoso, suspenso no fundo negro de um céu sem estrelas. Já fazia uma hora que tinha o olhar fixo no anúncio onde um cisne branco aparecia fosforescente em primeiro plano no espaço tumultuado de nuvens. Logo em seguida, com ondulações de pétalas mansas, abria-se em torno do cisne um pequeno lago que chegava até quase a meia-lua branca da qual saía o letreiro. Cortado pelo perfil de um edifício. Só as cinco letras do anúncio eram visíveis, as outras desapareciam detrás do cimento armado.
                                  (Lygia Fagundes Telles) 
                              TEXTO II
(   ) Enfim, chegou a hora da recomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens  choravam também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver, tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas. As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela. Capitu enxugou-as depressa, olhando  a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga e quis levá-la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e abertos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.                                               (Machado de Assis) 
                           TEXTO III
(   ) A agressão ao meio que ameaça, hoje, todo o equilíbrio climático e a própria existência da vida no planeta é uma conseqüência dos modos de produção capitalista. As evidências dessa constatação saltam aos olhos quando se analisam os elementos que mais contribuem para a destruição do meio ambiente.
Veja-se, primeiramente, a questão central da poluição do ar e das águas. O modelo industrial, implementado pelo capitalismo, continua a jogar gases tóxicos no ar e seus rejeitos nos rios e mares. Além disso, é importante frisar um fato específico, ligado à realidade brasileira: a gravíssima e insana devastação das nossas florestas. As indústrias da madeira e de mineração, aliadas à brutalidade de fazendeiros, vêm provocando um verdadeiro desastre ambiental sem chances de reversão. Mais uma vez a noção de lucro supera a preocupação com o meio e o pior é que, neste caso, a intervenção das autoridades responsáveis continua a ser tímida [...]

             

Resposta:
(1) DESCRITIVO – Consiste na caracterização de um objeto, ou seja, a autora se preocupa em fornecer um “retrato verbal” daquilo que se propôs a descrever, fazendo observar a sequência  de aspectos e características que o compõe. 
(2) NARRATIVO – Trata-se de um fato ficcional ocorrido em determinado tempo e lugar, envolvendo personagens. Acima de tudo, há o narrador que, no caso específico, conta esse fato na terceira pessoa. 
(3) DISSERTATIVO – Caracteriza-se por refletir, comentar, conceituar, expor idéias ou ponto de vista para fornecer conhecimento, associando-se à idéia de análise e compreensão. De forma coerente, o autor tenta persuadir o receptor por meio de argumentos articulados e construídos dentro de um repertório cultural produtivo.