Possibilidades Pedagógicas e Sequência Didática
A Festa no Céu
Atividade elaborada e apresentada no 2º Seminário PNAIC Matemática em Nova Iguaçu, RJ - 2014, pelas professoras:Carine Guedes, Milca dos Reis, Simone de Jesus, Márcia Bucci, Ana Cláudia e Simone Correa.
Orientadoras de estudos:
Mônica Valéria Pinheiro e Jaqueline Ornelas.
Possibilidades Pedagógicas
Matemática:
- Pesos e Medidas - estimar o peso do violão com e sem a tartaruga, distância percorrida até o céu e na queda.
- Velocidade - subida e descida
- Maior e Menor
- Medida de tempo - dia/noite - Calendário
História:
- Linha do tempo - o antes e o depois da tartaruga; sequência dos eventos.
Ciências:
- Modo de locomoção dos animais
- Tipo de alimentação
- Habitat
Geografia:
- Localização
Temas Transversais:
- Valores - amizade, mentira e seus efeitos, solidariedade e etc
Língua Portuguesa:
- Listas de convidados
- Listas de animais que voam e que não voam
- Ordem Alfabética
- Ortografia
- Sílabas iniciais e finais dos nomes dos animais
- Jogo da memória
Sequência Didática
1. Realizar a Leitura Deleite do texto: A Festa no Céu - Angela Lago
2. Listar com o auxílio dos alunos os nomes dos animais que participaram da festa
- Listar os animais que voam/não voam
- Listar os nomes dos alunos
- Ordenar alfabeticamente as listas produzidas
- Dos aimais mais leves/pesados;
- Dos animais que caberiam dentro do violão (maior/menor);
- Da duração do dia e da noite e da duração da festa
5. Explorar medidas de distância - cm, m e km.
Tenho pensado muito sobre nosso papel como professores alfabetizadores. Pensado nas dificuldades que encontramos para realizar um bom trabalho e nas soluções que todos nós temos na ponta da língua para o analfabetismo funcional. E tenho me perguntado: Estou disposto a remar contra a maré? Disposto a fazer a minha parte? Disposto a arriscar meu pescoço para defender um processo de alfabetização que dê conta não apenas de alfabetizar, mas também de letrar?Leia a fábula a seguir e pense nisso também?
A reunião dos ratos
Luciana Beatriz
Os ratos de determinada casa não aguentavam mais aquela situação: um gato estava caçando e matando todos os seus parentes. Resolveram, pois, marcar uma reunião para planejar uma maneira de se livrarem do animal. Muitos ratos apareceram e a reunião foi longa. Várias ideias foram apresentadas, contudo, nenhuma parecia boa o bastante para acabar com o problema. Por fim, um ratinho deu um passo à frente e disse:
— Um dos motivos para esse gato fazer tantas vítimas é o fato de não percebermos quando ele está se aproximando, não é?
— Sim, ele é muito sorrateiro. Mas o que isso tem a ver com a solução?
— Esse é o ponto crucial! Precisamos saber quando o gato está vindo em nossa direção. E se amarrássemos um guizo no pescoço dele? Assim, quando ele for atacar, já teremos ouvido o barulhinho e estaremos a salvo, comendo um belo pedaço de queijo.
Os ratos adoraram a ideia, que parecia perfeita, e começaram a festejar o fim dos tempos da dominação felina. O rato mais velho e sábio do grupo, no entanto, levantou uma questão:
— Não que eu queira ser um estraga-prazeres, mas, para isso dar certo, temos primeiro de pendurar o guizo no pescoço do gato. Alguém aqui está disposto a arriscar a vida para fazer isso?
Ninguém respondeu. Ao olhar ao redor, o velho rato percebeu que a sala estava vazia.
Utilizei este texto na reunião do Conselho de Pais para provocá-los a participar ativamente na comunidade escolar.
Um Rei resolveu criar um lago diferente para as pessoas do seu povoado. Ele quis criar um lago de leite. Então pediu para que cada um de seus súditos levasse apenas um copo de leite; com a cooperação de todos, o lago seria preenchido.
O Rei muito entusiasmado esperou até a manhã seguinte para ver o seu lago de leite. Mas, tal foi a sua surpresa no outro dia pela manhã quando viu o lago cheio de água e não de leite.
Consultou o seu conselheiro que o informou, que as pessoas do povoado tiveram todas o mesmo pensamento:
"No meio de tanto copo de leite, se só o meu for de água, ninguém vai notar"
e à medida que o tempo passava seu
estado piorava. Os médicos tentaram de tudo, mas
nada parecia funcionar. Estavam a ponto de perder
a esperança quando a velha criada falou:
- Eu sei uma forma de salvar o rei. Se vocês puderem
encontrar um homem feliz, tirar-lhe a camisa e
vesti-la no rei, ele se recuperará.
Ao ouvir tal afirmativa, o rei enviou seus mensageiros
a todos os cantos do reino a procura de um homem feliz.
Eles cavalgaram por todos os lugares e não encontraram
um homem feliz. Ninguém estava satisfeito; todos tinham
uma queixa a fazer.
"Aquele alfaiate estúpido fez as calças muito curtas!
Ouviram um homem rico dizer."
"A comida está péssima, este cozinheiro não
consegue fazer nada direito!" - Outro reclamava.
"O que há de errado com os nossos filhos?
Resmungava um pai insatisfeito."
"O teto está vazando!"
"A situação financeira está péssima"
"Será que o Rei não pode dar um jeito nessa situação?"
Essas e outras tantas queixas eram o que os mensageiros
do rei ouviram por onde passaram. Se um homem era rico,
não tinha o bastante; se não era rico, era culpa de alguém.
Se era saudável, havia uma sogra indesejável em sua vida.
Se tinha uma boa sogra, a gripe o estava infelicitando.
Enfim, naquele reino todos tinham algo do que reclamar.
O rei já tinha perdido a esperança de ficar bom, quando
numa noite, seu filho cavalgava pelos campos e, ao passar
perto de uma cabana ouviu alguém dizer:
"Obrigado Senhor! Concluí meu trabalho diário e ajudei
meu semelhante. Comi meu alimento, e agora posso
deitar-me e dormir em paz.
O que mais poderia desejar, Senhor?"
O príncipe exultou de felicidade por ter, finalmente,
encontrado um homem feliz. Retornou e mandou que seus
homens fossem até lá e levassem a camisa do homem ao rei e
lhe pagassem o quanto pedisse.
Mas quando os mensageiros do rei entraram
na cabana para despir a camisa do homem feliz, descobriram
que ele era tão pobre que sequer possuía uma camisa.
estado piorava. Os médicos tentaram de tudo, mas
nada parecia funcionar. Estavam a ponto de perder
a esperança quando a velha criada falou:
- Eu sei uma forma de salvar o rei. Se vocês puderem
encontrar um homem feliz, tirar-lhe a camisa e
vesti-la no rei, ele se recuperará.
Ao ouvir tal afirmativa, o rei enviou seus mensageiros
a todos os cantos do reino a procura de um homem feliz.
Eles cavalgaram por todos os lugares e não encontraram
um homem feliz. Ninguém estava satisfeito; todos tinham
uma queixa a fazer.
"Aquele alfaiate estúpido fez as calças muito curtas!
Ouviram um homem rico dizer."
"A comida está péssima, este cozinheiro não
consegue fazer nada direito!" - Outro reclamava.
"O que há de errado com os nossos filhos?
Resmungava um pai insatisfeito."
"O teto está vazando!"
"A situação financeira está péssima"
"Será que o Rei não pode dar um jeito nessa situação?"
Essas e outras tantas queixas eram o que os mensageiros
do rei ouviram por onde passaram. Se um homem era rico,
não tinha o bastante; se não era rico, era culpa de alguém.
Se era saudável, havia uma sogra indesejável em sua vida.
Se tinha uma boa sogra, a gripe o estava infelicitando.
Enfim, naquele reino todos tinham algo do que reclamar.
O rei já tinha perdido a esperança de ficar bom, quando
numa noite, seu filho cavalgava pelos campos e, ao passar
perto de uma cabana ouviu alguém dizer:
"Obrigado Senhor! Concluí meu trabalho diário e ajudei
meu semelhante. Comi meu alimento, e agora posso
deitar-me e dormir em paz.
O que mais poderia desejar, Senhor?"
O príncipe exultou de felicidade por ter, finalmente,
encontrado um homem feliz. Retornou e mandou que seus
homens fossem até lá e levassem a camisa do homem ao rei e
lhe pagassem o quanto pedisse.
Mas quando os mensageiros do rei entraram
na cabana para despir a camisa do homem feliz, descobriram
que ele era tão pobre que sequer possuía uma camisa.
A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte !
Indira Mahatma Gandhi
Indira Mahatma Gandhi
À maneira dos... chineses
O Jacaré e o Sapo nadavam em paz no Grande Lago Tsé-Chuin, quando o sábio Oi-Ti-Sin gritou da margem:
- Ei, Jacaré, o Tai-Kum acaba de decretar que de hoje em diante é permitido de novo matar e comer qualquer animal com rabo. Olha, vem aí o barco de xogum!
O Jacaré imediatamente pôs em movimento suas poderosas patas, gritando:
- Trepa nas minhas costas, Sapo, que eu te salvo.
Mas o sapo continuou nadando tranqüilo, dizendo:
- Ué, e eu lá tenho rabo? – e foi se aproximando, destemeroso, do barco de pesca, facilitando ser apanhado pela rede que os pescadores atiravam. E, ao se sentir preso, pôs-se a gritar:
- Me soltem, me soltem! Eu não tenho rabo! Eu não tenho rabo!
Mas o Jacaré, protegido por trás de uma pedra, invectivou:
- Nossas leis têm efeito retroativo, idiota! Você não tem rabo, mas teve, quando era girino.
MORAL: Quem já teve rabo tem que se prevenir.
Pela primeira vez no Brasil um conto escrito inteiramente em câmera lenta.
Quando esta história se inicia já se passaram quinhentos anos, tal a lentidão com que ela é narrada. Estão sentadas à beira de uma estrada três tartarugas jovens, com 800 anos cada uma, uma tartaruga velha com 1.200 anos, e uma tartaruga bem pequenininha ainda, com apenas 85 anos. As cinco tartarugas estão sentadas, dizia eu. E dizia-o muito bem pois elas estão sentadas mesmo. Vinte e oito anos depois do começo desta história a tartaruga mais velha abriu a boca e disse:
- Que tal se fizéssemos alguma coisa para quebrar a monotonia dessa vida?
- Formidável - disse a tartaruguinha mais nova 12 depois - vamos fazer um pique-nique?
Vinte e cinco anos depois as tartarugas se decidiram a realizar o pique-nique. Quarenta anos depois, tendo comprado algumas dezenas de latas de sardinha e várias dúzias de refrigerante, elas partiram. Oitenta anos depois chegaram a um lugar mais ou menos aconselhável para um pique-nique.
- Ah - disse a tartaruguinha, 8 anos depois - excelente local este!
Sete anos depois todas as tartarugas tinham concordado. Quinze anos se passaram e, rapidamente elas tinham arrumado tudo para o convescote. Mas, súbito, três anos depois, elas perceberam que faltava o abridor de latas para as sardinhas.
Discutiram e, ao fim de vinte anos, chegaram à conclusão de que a tartaruga menor devia ir buscar o abridor de latas.
- Está bem - concordou a tartaruguinha três anos depois - mas só vou se vocês prometerem que não tocam em nada enquanto eu não voltar.
Dois anos depois as tartarugas concordaram imediatamente que não tocariam em nada, nem no pão nem nos doces. E a tartaruguinha partiu.
Passaram-se cinqüenta anos e a tartaruga não apareceu. As outras continuavam esperando. Mais 17 anos e nada. Mais 8 anos e nada ainda. Afinal uma das tartaruguinhas murmurou:
- Ela está demorando muito. Vamos comer alguma coisa enquanto ela não vem?
As outras concordaram, rapidamente, dois anos depois. E esperaram mais 17 anos. Aí outra tartaruga disse:
- Já estou com muita fome. Vamos comer só um pedacinho de doce que ela nem notará.
As outras tartarugas hesitaram um pouco mas, 15 anos depois, acharam que deviam esperar pela outra. E se passou mais um século nessa espera. Afinal a tartaruga mais velha não pôde mesmo e disse:
- Ora, vamos comer mesmo só uns docinhos enquanto ela não vem.
Como um raio as tartarugas caíram sobre os doces seis meses depois. E justamente quando iam morder o doce ouviram um barulho no mato por detrás delas e a tartaruguinha mais jovem apareceu:
- Ah, murmurou ela - eu sabia, eu sabia que vocês não cumpririam o prometido e por isso fiquei escondida atrás da árvore. Agora não vou buscar mais o abridor, pronto!
Fim (30 anos depois)
de Millôr Fernandes
Indicação de literatura
Indicação de literatura
Imperdível!
Esta coleção é simplesmente um espetáculo para as turmas do ciclo de alfabetização.
Além de recontar de forma divertida alguns clássicos da literatura infantil por meio de personagens que as crianças adoram (Turma da Mônica), apresenta ilustrações com características de gibi e texto em caixa alta.
Esta coleção é simplesmente um espetáculo para as turmas do ciclo de alfabetização.
Além de recontar de forma divertida alguns clássicos da literatura infantil por meio de personagens que as crianças adoram (Turma da Mônica), apresenta ilustrações com características de gibi e texto em caixa alta.
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