Você já viu uma criança puxando a perna do pai ou da mãe, implorando por alguma guloseima ou brinquedo, enquanto o adulto busca nas prateleiras do supermercado as mercadorias de que necessita?
Não demora para que as súplicas do garoto se transformem em choramingo, depois em choro, até que finalmente ele explode num berreiro de romper os tímpanos, gritando: "mas eu quero"!
Talvez você não só tenha visto uma cena assim, mas tenha vivido essa realidade.
Traz opiniões de psicólogos e psiquiatras a respeito do assunto, que podem servir como orientação aos pais que realmente desejam dar uma boa educação aos filhos. Eles estabelecem sete mandamentos básicos:
1º - sejam pais e não colegas. Os filhos precisam de um líder, não de um companheiro. Ser pai ou mãe significa estabelecer limites e impor regras, o que um companheiro não se sente à vontade para fazer.
2º - discipline desde cedo. Nossa tendência, principalmente quando os filhos são pequenos, é tomar a atitude mais fácil. Em vez de ensinar a criança a fazer a cama, enfrentando a má vontade e o choro, achamos mais fácil arrumar a cama nós mesmos.
Muitos deixam para cobrar as pequenas tarefas domésticas quando os filhos estiverem maiores e for mais fácil convencê-los, esquecidos de que, quanto mais se espera, maior será a resistência.
3º - passe mais tempo com os filhos. Os pais podem amar os filhos, mas só isto não basta. Para educar é preciso conhecer, e para conhecer, é preciso conviver.
4º - controle as diversões eletrônicas. Alguns pais não se interessam pelas diversões dos filhos e depois se chocam com a linguagem deles, sem se dar conta de que isso é comum nos desenhos que assistem ou nos programas vulgares que a mídia veicula. Há jogos eletrônicos extremamente prejudiciais à formação da criança, como um de corrida de carros, por exemplo, que premia quem consegue atropelar mais pedestres.
5º - saiba o que seu filho anda fazendo. E não basta saber onde ele está, é preciso saber o que está fazendo mesmo. Afinal, ele pode estar fechado na sala de computador às voltas com jogos violentos ou visitando páginas pornográficas na Internet.
6º - não supervalorize a questão da autoestima. Muitas vezes, na tentativa de elevar a autoestima do filho os pais elogiam até mesmo os feitos que não são verdadeiros.
Se ele é goleiro, por exemplo, e não fez uma só defesa, não se deve diminuí-lo por causa disso, mas também não se deve tratá-lo como um craque.
Os estudiosos afirmam que a verdadeira autoestima vem de vencer desafios. Se você os iludir, dizendo que tudo o que fazem está muito bem feito, eles nunca aprenderão a superar as próprias dificuldades e limitações.
7º - continuem casados. A medida mais importante que os pais podem tomar para ajudar os filhos a crescerem bem ajustados é ficar juntos. Nada se compara a isso, dizem os especialistas.
Diz Sara Mclanahan, professora de sociologia de Princeton, que as crianças que crescem ao lado de apenas um dos pais têm, duas vezes mais chances de abandonar a escola, e as meninas, uma probabilidade duas vezes e meia maior de engravidar na adolescência.
A educação dos filhos é uma arte que merece atenção contínua dos pais. E a esse respeito, nunca houve tanto apoio por parte de profissionais da área como nos dias atuais.
O que nos cabe, portanto, é saber buscar orientações de pesquisadores verdadeiramente sérios e interessados em uma educação efetiva e formadora de homens de bem.
Você sabia?
Você sabia que alguns filhos de pais que trabalham fora crescem bem ajustados?
É porque pais conscientes proporcionam aos filhos um dia-a-dia bem planejado, mesmo estando longe.
Eles programam atividades para depois da escola e contam com a ajuda da família, de amigos e vizinhos.
Isso quer dizer que, mesmo estando fisicamente longe, estão constantemente ocupados e interessados na vida dos pequenos.
(Baseado em artigo da Revista Seleções do Ride’s Digest, 10/99. Pág. 106)
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