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quarta-feira, 22 de abril de 2015

PROJETO DO COORDENADOR

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PROJETO DO COORDENADOR

COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA

PLANO DE TRABALHO

JUSTIFICATIVA

Saberes necessários á prática educativa...
 “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender.” É o Coordenador Pedagógico que faz todo o alinhavo na escola, fortalecendo a equipe docente, subsidiando-a, colocando em prática o Projeto Político Pedagógico da Escola e atendendo a demanda de sua clientela.
Segundo Celso Vasconcellos, sua práxis comporta várias dimensões: é reflexiva, pois auxilia na compreensão dos processos de aprendizagem existentes no interior da escola, é organizativa quando tenta articular o trabalho dos diversos atores escolares, também é conectiva, pois possibilita elos não só entre os professores, mas também entre esses, a direção da escola, entre pais e alunos e com os demais profissionais da educação. A dimensão interventiva acontece quando o coordenador ajuda a modificar algumas práticas arraigadas que não traduzem um ideal de escola pensado pela comunidade escolar e por fim, assume um caráter avaliativo, pois exige que o processo educativo seja sempre repensado, buscando sua melhoria, nesse sentido ensinar exige pesquisa (curiosidade epstemológica), que leva ao conhecimento mais elaborado do mundo.

 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

A Escola, inserida no contexto social, inscreve-se como a instituição que oportuniza a vivência de experiências culturais mais amplas e diversificadas. Partindo desse pressuposto acredita-se que a aprendizagem precisa acontecer a partir de problemas reais. Assim, educar é mais que reproduzir conhecimento. É, sobretudo, responder aos desafios da sociedade na busca da transformação. Portanto, “os sujeitos que hoje vão à escola constituem uma população altamente diversificada, o que gera a necessidade de prestar atenção às diferentes maneiras de interpretar o mundo, o conhecimento e as relações sociais.” (MENEZES, 2006).
       A concepção sóciointeracionista do processo ensino-aprendizagem tem por base o interagir e o construir, pois ensinar exige respeito aos saberes do educando. Esta concepção está baseada no “ressignificar a unidade entre aprendizagem e ensino” (P.C.N., 1997, p. 50). Esse ressignificado foi encontrado no marco explicativo do construtivismo configurado a partir da psicologia genética.
De Jean Piaget podemos ressaltar a possibilidade de interpretar a realidade, de construir significados e, ao mesmo tempo, permitir a construção de novas possibilidades de ação e de conhecimento. Ao interagir com o objeto constroem-se representações que funcionam como explicações segundo uma lógica interna pessoal e, assim, essa interação propicia sucessivas aproximações e transformações no conhecimento, que podem ser tomadas como erros construtivos.
A maior contribuição do sóciointeracionismo é exatamente esta concepção que faz o pêndulo se centrar não só no professor ou no aluno, mas, na atuação do professor enquanto mediador entre o conhecimento e seus alunos, essa habilidade implica na habilidade de apreender a substantividade do objeto aprendido, estabelecendo relações, constatando, comparando, construindo, reconstruindo, sujeitando-se aos riscos do novo, portanto ensinar exige apreensão da realidade. É o professor quem deve perceber o nível de desenvolvimento real e proximal, com vistas á alavancar o desenvolvimento potencial dos alunos, objetivo da prática educativa no contexto da sala de aula.
O processo ensino-aprendizagem precisa ser dinâmico, complexo e ocorrer em situações concretas, pois ultrapassa a sala de aula, no entanto é nela que o processo ensino-aprendizagem precisa ser organizado segundo finalidades, objetivos e atividades que irão favorecer a construção e a reconstrução do conhecimento na busca de novas formas em aplicá-lo.
O professor deve evitar um fazer pedagógico espontâneo, mecânico, repetitivo, entendendo que as situações de ensino são situações didáticas, determinadas e determinantes, pois abrangem o comprometimento da sala de aula com a escola, a comunidade, a sociedade e a cultura, numa prática comprometida e transformadora.

COMPETÊNCIAS DO COORDENADOR PEDAGÓGICO

  1. Participar do Projeto Escolar da Unidade, coordenando junto aos docentes, as atividades de planejamento curricular, observando as diferentes propostas, articulando-as conjuntamente;

  1. Elaborar a programação das atividades de sua área de atuação, assegurando a sua articulação com as demais programações de apoio educacional;

  1. Traçar paralelo entre teoria e prática pra que garanta um trabalho educacional mais significativo, possibilitando e criando no cotidiano, situações didáticas que forneçam condições para os alunos se conhecerem, desenvolverem suas habilidades e resignarem a novos conhecimentos e sentimentos;

  1. Propor técnicas e procedimentos, selecionar e oferecer materiais didáticos aos professores, organizando atividades e propondo sistemática de avaliação nas áreas de conhecimento;

  1. Planejar e organizar de forma criativa as reuniões de HTC, considerando necessidades, diferentes recursos / linguagens e otimização do tempo;

  1. Garantir os registros da área pedagógica dando continuidade ao processo de construção do conhecimento, às atividades de formação permanente de professores e ao planejamento do arranjo físico e racional dos ambientes especiais;

  1. Assessorar o diretor quanto às decisões relativas à matrícula, transferência, agrupamento de alunos, organização de horários de aula e utilização de recursos didáticos da escola;

  1. Organizar reuniões de pais e mestres, interpretando a organização didática da escola para a comunidade;

  1. Executar demais atribuições a fim de acordo com o estabelecido pela Secretaria Municipal de Ensino;

  1. Estabelecer elo entre o corpo docente e direção escolar, pais e alunos;

  1. Acompanhar o processo de avaliação de desempenho e avaliação do período probatório dos professores da unidade escolar;

  1. Garantir a efetivação das diretrizes pedagógicas estabelecidas no Plano Político Pedagógico, no âmbito da Unidade Escolar;

  1. Programar, incentivar e participar de ações que viabilizem a formação para qualificação continuada do sujeito e da sua prática;

  1. Conhecer, disponibilizar e incentivar uso do material pedagógico e didático existente na escola para o grupo;

  1. Garantir a circulação de informações de forma célere e correta, pertinentes aos docentes;

A construção da presença do ser humano no mundo se faz nas relações sociais; ela compreende a tensão entre o que é herdado geneticamente e o que é herdado social, cultural e historicamente.
“... minha presença no mundo não é a de quem se adapta mas a de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também da história”. (p.60).

METAS PREVISTAS E AÇÕES
  
Diante das competências do coordenador pedagógico, ressaltadas no novo 
Estatuto do Magistério, proponho desenvolver as seguintes propostas:
  • Viabilizar e articular o trabalho com habilidades e eixos norteadores, garantindo a realização das avaliações diagnósticas e ações mediante os resultados; 
  • Subsidiar o processo de atividades inclusivas dentro da U.E.; 
  • Auxiliar no funcionamento dos Programas propostos pela Secretaria de Educação, a fim de aperfeiçoar a dinâmica escolar;
  • Encontrar alternativas para que o corpo docente, de maneira eficaz, desenvolva e utilize meios de trabalhar com alunos que apresentam defasagens e se encontram aquém das expectativas;
  •  Fortalecer junto ao corpo docente e comunidade a APM;
  •  Sistematizar os HTPC’s. Viabilizando ser um espaço de formação, troca de experiências e apoio a rotina do professor;
  •  Sistematizar o trabalho com as modalidades organizativas, junto ao corpo docente.
  •  Participar da elaboração do Projeto Pedagógico, coordenando as atividades do planejamento quanto aos aspectos curriculares;
  • Planejar e garantir tempo de estudo para os professores;
  • Executar e acompanhar avaliando as ações previstas no Plano Gestor da escola, integrando a equipe escolar no desenvolvimento dessas ações;
  • Auxiliar a direção na relação escola e comunidade, orientando pedagogicamente os responsáveis pelos educandos e os demais funcionários da escola.
  • Orientar o corpo docente quanto à legislação de ensino e quanto à escrituração escolar;
  • Garantir os registros do processo pedagógico;
  • Proporcionar uma educação participativa;
  • Planejar formação continuada, no qual as propostas possam ser discutidas e avaliadas, centrando a reflexão como tema principal;
  • Incentivar os projetos pedagógicos por meio da divulgação e valorização dos mesmos;
  • Propiciar momentos no qual a família possa ser participante ativo no processo ensino aprendizagem;
  • Acompanhar os casos de dificuldades de aprendizagem, procurando encaminhar junto á família ou órgão competente;
  • Oportunizar bimestralmente reuniões pedagógicas;
  • Servir de ponte entre a família, o educador e a escola;
  • Oportunizar dinâmicas e leituras em HTPC’s.
AVALIAÇÃO

O trabalho será avaliado mediante questionários dos professores, resultados de desempenho 
das salas,  gráficos demonstrativos, registros dos HTPC’s, projetos desenvolvidos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VASCONCELLOS, Celso S. Coordenação do Trabalho Pedagógico: do projeto político 
pedagógico ao cotidiano da sala de aula, 6ª Ed. São Paulo: Libertad, 2006;

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia, Alternativa, 2004;

MOITA, Maria da Conceição. Percursos de formação e de trans-formação. In: Nóvoa, Antonio 
(org.). Vidas de Professores. Porto (s.n.), 2007;

ANDRÉ, Marli Damalzo Afonso, VIEIRA, Marli M. da Silva. O coordenador pedagógico e a 
questão dos saberes. In: ALMEIDA, Laurinda Ramalho de, PLACCO, Vera M. N. S. O 
coordenador pedagógico e questões da contemporaneidade. São Paulo, Loyola, 2007.

MEC, 1996, v. 08. Parâmetros Curriculares Nacional;

MENEZES, Luiz Carlos de. Projeto Pedagógico: rever o quê, mudar por que. São Paulo, FDE, 2006;

Estatuto do Magistério. Prefeitura Municipal de Taboão da Serra.

                     FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.  São Paulo: Paz 
                     e    Terra, 1996. (Coleção Leitura);

                    Vidas de Professores/António Nóvoa.- Portugal: Editora Porto, 2007.-(Coleção Ciências da Educação);

                    

TEXTO:

OS DESAFIOS DO COORDENADOR    
(as diferentes concepções de ensino e de aprendizagem)

  "Se conseguirmos que professores, crianças e pais continuem discutindo, 
pesquisando, descobrindo e interpretando nossa realidade educacional... 
com certeza uniremos nossos esforços para construirmos
 uma maneira de ensinar e aprender".
(Delia  Lerner)  

Por muito tempo e ainda em tempos atuais acredita-se na aprendizagem por meio de memorização, repetição e associação e que se deveria ter uma hierarquia no processo de ensino e aprendizagem.
Hoje, refletindo sobre as diferentes concepções e  enquanto Coordenadora Pedagógica, participo  cotidianamente de fatos, relações interpessoais, e experiências compartilhadas, que se transformam em fatos marcantes... vivências que marcam e encantam nosso dia-a-dia profissionalmente. 
Viver é experimentar, discutir,descobrir, investigar, interpretar... conceitos que definem uma concepção de aprendizagem e do ensino muito distinta daquela que postula "explicar, refletir, memorizar". 
São duas as Concepções que coexistem contraditoriamente em nossas escolas, que unidas as Idéias e Teorias  sustentam a prática de qualquer professor, mesmo quando ele não tem consciência delas. A crença do professor a respeito de como o aluno aprende influencia decisivamente em sua forma de ensinar, portanto há três tipos primordiais de saber que integra o conhecimento do profissional da educação, são eles: conhecimento do processo de aprendizagem do educando, os conteúdos a serem ensinados, e a forma que garantirá de fato a aprendizagem dos orientandos.   
A reflexão sobre este tema, sugere um dos maiores desafios ao Coordenador Pedagógico que seria a compreensão ao processo de aprendizagem do adulto-professor, no qual nos colocamos ora muito próximos da sala de aula, ora distantes como diz Cristiane Pelissari. Neste sentido, temos que compreender a complexidade desse trabalho com o professor, ampliando o olhar... percebendo o que o professor precisa melhorar em sua prática... e então aproximar-se da sala de aula para compreender quais suas dificuldades , e quais seus conhecimentos prévios.
A oportunidade de conhecer tais processos propicia zelar pela ética das relações entre essas duas dimensões "ser professor e ser formador" perpetuando a transparência de cada função. Esse processo tem por base interagir e construir, ressignificando a unidade entre aprendizagem e ensino, carro chefe do trabalho pedagógico na escola.
Enfim, os desafios são muitos no processo de ensino do educando e da formação do professor, mas cabe ao coordenador pedagógico o elo... traçar paralelo entre a teoria e a prática... propor técnicas e procedimentos... selecionar e oferecer materiais didáticos... acompanhar o processo de avaliação de desempenho... garantir a efetivação das diretrizes pedagógicas... programar, orientar, incentivar e participar de ações que viabilizem a formação para a qualificação continuada do sujeito e da prática docente.
Assumir a coordenação em uma Instituição é a certeza de crescimento profissional e aprendizagem, quebra de paradigmas, rever conceitos estabelecendo vínculo e confiança entre gestores e professores, favorecer experiências com êxito e realizar aprendizagens conjuntas quando possível, organizar uma rotina (agenda do coordenador), abandonando a onipotência, e apropriar-se de saberes que estão em todos os lugares, buscando relações de parceria, aprendendo a ser solidário, estabelecer um contrato didático, e trabalhar em equipe respeitando o outro, garantindo resultados qualitativos da gestão de pessoas.

             
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RELATÓRIO FINAL:

CONTRIBUIÇÕES DA FORMAÇÃO PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA

Em busca de ampliação do trabalho sistematizado em Coordenação Pedagógica, sugerimos ano passado a continuidade do curso inserindo ao Modulo I, o Módulo II  no qual por meio dessa formação organizamos grupos de estudo, no intuito de aprofundar nossos conhecimentos em favor da nossa profissão. 
A participação desse processo exitoso permitiu que eu assumisse a Coordenação de duas Unidades Escolares, o que me proporcionou levar experiências á ambas as Instituições, desafio que desencadeou  descobertas relevantes pessoais e profissionais.
Com base nestes preceitos vivenciei uma nova forma de aprender, e disposta a lançar-me a mais um desafio me comprometi a continuar minha formação, no qual tive momentos de alegrias e realizações.
Encontrei no curso uma organização pedagógica que me auxiliou com trocas coletivas que me fortaleceram na formação continuada dos professores em serviço e que acrescentou muito na minha profissão enquanto educador, trocando saberes com elas no cotidiano escolar.
Nesta formação tratamos de questões relacionadas aos desafios do coordenador pedagógico ressignificando o papel do registro no cotidiano escolar de todos os envolvidos, pois "Documentar é Preciso!". Sem muita clareza sobre a forma de lidar com essa situação, resolvi registrar meu dia a dia, agregando a minha rotina a "Agenda do Coordenador" registrando minhas atividades permanentes semanalmente, dentre outras atividades realizadas.
Outros temas tiveram destaque nessa formação, foram eles: 
  • A importância da pesquisa, do registro e do monitoramento;
  • A documentação como elemento da cultura pedagógica;
  • Dez importantes questões a considerar;
  • Estudo de caso;
  • Estilos de comunicação;
  • Competência e qualidade no planejamento das estratégias.
Todos esses temas foram saberes e aprendizagens considerados importantes para a formação do coordenador pedagógico ajustados ao desenvolvimento da sua prática no que se refere a ações que implicam no exercício da função com objetivo de ressaltar a importância de atividades diferenciadas e desafiadoras na organização do trabalho de gestão. 
Em suma, termino este relato agradecendo a oportunidade em compartilhar mais um curso de formação continuada.

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