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terça-feira, 7 de junho de 2016

UM EXCELENTE REMÉDIO PARA DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM


Dificuldades de aprendizagem podem ser causadas tanto por problemas genéticos quanto ter origem nas experiências vividas pelas crianças, especialmente na Primeira Infância (período que engloba desde a gestação até os 6 anos de idade). Muitos pais e educadores identificam essas dificuldades nos primeiros anos da vida escolar, quando os conhecimentos básicos da linguagem ainda estão se desenvolvendo.
Há casos de dificuldades mais graves relacionadas a Transtornos Específicos de Aprendizagem, como a dislexia, a disgrafia e a discalculia, e que dependem de acompanhando especializado de profissionais de fonoaudiologia, psicologia e também neurologia. Mas seja nesses casos específicos ou naqueles em que as dificuldades são apenas pontuais, existe um excelente remédio para ajudar as crianças a superar os desafios da escolarização: a leitura em voz alta.
A maioria dos bebês e crianças gostam que leiam para eles. Esses momentos proporcionam intimidade emocional e ampliam a comunicação entre pais e filhos, sem contar a influência positiva para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita. Quando um adulto lê para uma criança, ele utiliza palavras e frases características de textos escritos e não da fala cotidiana. Assim, consegue situar a criança sobre o fato de que escrevemos de uma maneira diferente da que contamos histórias oralmente.
No livro digital Todos Entendem, publicado pelo Instituto ABCD, há uma lista de estratégias para ajudar a otimizar os momentos de leitura em voz alta. O melhor, aponta o livro, é que as estratégias servem tanto para crianças com dislexia quando para aquelas que não têm nenhum problema de aprendizagem. A seguir nos listamos as principais dicas – muitas delas também estão presentes na nossa cartilha Primeira Infância, Primeiras Leituras. Para quem deseja saber mais, recomendamos a leitura do material completo ao final deste post.
  • LER o texto como está escrito e depois parafraseá-lo conforme a necessidade das crianças;
  • RESPEITAR o vocabulário utilizado pelo autor, oferecendo sinônimos e explicações quando necessário;
  • CONVERSAR sobre os tópicos que interessarem às crianças;
  • PROMOVER também momentos de silêncio para que os pequenos possam fazer ou responder a perguntas sobre a história;
  • FAZER PERGUNTAS abertas e instigantes, em que as respostas não sejam apenas sim ou não (por exemplo: “o que a menina está fazendo?” em vez de “a menina está brincando?”);
  • ALTERNAR entre leituras de livros com e sem ilustração, ou diversificar os momentos em que as revelam;
  • INCENTIVAR que as crianças façam previsões acerca do que vai ou não acontecer nos próximos episódios;
  • PERMITIR que a criança seja a leitora, ainda que “invente” uma narrativa.

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