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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

PÁSSAROS FERIDOS

Dica de leitura: “Pássaros Feridos”, de Colleen Mccullough

Há alguns dias atrás, conversando com uma amiga sobre "leituras imperdíveis", lembrei de indicar esse livro. Hoje compartilho aqui no blog, pois é uma leitura marcante e imperdível!


Assim começa essa história épica de saga familiar emocionante: 
"Existe uma lenda acerca de um pássaro que só canta uma vez na vida, com mais suavidade que qualquer outra criatura sobre a terra. A partir do momento em que deixa o ninho, começa a procurar um espinheiro-alvar e só descansa quando o encontra. Depois, cantando entre os galhos selvagens, empala-se no acúleo mais agudo e mais comprido. E, morrendo, sublima a própria agonia e despede um canto mais belo que o da cotovia e o do rouxinol. Um canto superlativo, cujo preço é a existência. Mas o mundo inteiro pára para ouvi-lo, e Deus sorri no céu. Pois o melhor só se adquire à custa de um grande sofrimento... Pelo menos é o que diz a lenda.”
“Pássaros Feridos” é um romance épico que retrata a vida no interior da Austrália, nas fazendas de criação de ovelhas. Eu adoro histórias de saga familiar com contextos históricos como pano de fundo e esse livro conta a história de três gerações de uma família orgulhosa, porém singular, do início do século XX – os Clearys – que partem da Nova Zelândia para a Austrália em busca de uma vida melhor.
Baseada na lenda do pássaro descrita acima, a história de amor, ambição, bondade, ódio, insegurança, sentimentos reprimidos e momentos felizes vividos secretamente nos envolve do começo ao fim. Com certeza esse é um livro que nos confronta com vários sentimentos e atitudes, sendo que as lições permanecem na memória do leitor durante muito tempo. “Pássaros Feridos” nos conquista pela sua capacidade de produzir os mais variados sentimentos, fazendo-nos sentir quase que na própria pele o sofrimento e o destino dos personagens.
A temática do livro é o amor proibido entre Meggie e o padre Ralph. O tema é polêmico, mas nos revela um amor puro, de entrega total de duas almas que se completam ao invés de ser apenas um grande pecado.

A história do padre Ralph de Bricassart, que passa a vida no dilema de seguir na vida religiosa ou abandoná-la e viver plenamente seu amor porMaggie, é muito envolvente. Não vou contar o deslinde dessa história, pois não quero ser “desmancha prazeres”, mas digo que ao término do livro e do filme, eu caí em prantos! Tudo bem que sou uma ‘manteiga derretida’, e choro até em comercial de margarina, mas esse livro e filme mostram sentimentos muito fortes que acabamos quase que participando da trama!

Entre o livro e o filme (minissérie) existem algumas diferenças que não chegam a alterar a história e o curso normal da trama. Assim, indico que leiam o livro e depois vejam a minissérie, ambos são imperdíveis – essa obra é uma daquelas que estão na minha lista “livros e filmes que você não pode morrer sem ver”!

Existe também uma outra minissérie chamada “Pássaros Feridos: Os Anos Ausentes”, que seria uma continuação. É bem legal, mas depois da grandiosidade da minissérie... eu me frustrei um pouco. Se você ler o livro e ver a minissérie, vai querer assistir essa continuação também... e no fundo, vale a pena!

Para concluir esse post enorme, digo que essa obra é daquelas que nos faz pensar sobre a nossa existência e nossas atitudes, onde as nossas escolhas, nossas ambições e o livre arbítrio, determinam de forma irreversível a nossa história pessoal e o nosso fim. Mostra-nos que as dores e os prazeres vêm sempre de acordo com nossas escolhas e atitudes. É uma história para refletir e se emocionar profundamente, sobretudo pelos valores que são discutidos: o amor, a ambição, o poder e o status.
E você? O que acha mais importante? Viver um grande amor, ou seguir a vida com poder e status?
Como eu já disse, recomendo a leitura e também a minissérie. Tenho certeza que essa história ficará marcada em suas memórias por ter o poder de fazer refletir sobre os caminhos que as escolhas nos levam e para vivermos a vida em sua plenitude, pois o que vivemos e sentimos são os únicos “bens” que realmente importam!

Boa leitura!

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