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terça-feira, 7 de julho de 2015

COMO ENSINAR PRODUÇÃO DE TEXTO ?

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Ensinar produção de texto pode ser algo encantador, se feito de uma forma gradual e respeitando o estágio de aprendizagem da série/aluno.
Você pode se surpreender com os resultados se levar em conta os estágios de produção de texto na construção do conhecimento de seu aluno. Há pesquisas recentes sobre como são esses estágios e não é nada tão difícil de ser acompanhado!
Como sempre, me baseio em pesquisas a respeito do cérebro, pois acredito que trabalhar com raciocínio é algo imbatível! Não há método ou processo ou estratégia que consiga vencer um bom desenvolvimento da inteligência direta. Se o aluno tem raciocínio, resolve questões diversas, sem precisar de artifícios.
Conforme expliquei anteriormente, são considerados, do ponto do raciocínio linguístico, estágios, em número de quatro, que podem fazer seus alunos desabrocharem no que diz respeito à produção de textos. Além dos resultados, você ainda poderá se deliciar com a mudança de comportamento dos alunos, que passarão a se dedicar muito mais à produção!
Os quatro estágios para o ENSINO DE PRODUÇÃO DE TEXTO são:
Escrita por modelo
Escrita compartilhada
Escrita guiada
Escrita independente
Cada tipo de estágio tem uma estratégia específica diferente para ser usada nas lições.
Pretendo me aprofundar mais ainda nos estágios, mas a grosso modo, veja o que cada um dos estágios de produção de texto trabalha:
Escrita por modelo: é exatamente aquele ponto em que o professor é o escriba da classe. Você pode pensar, nesse ponto, que estou falando de textos coletivos, mas…pasme… não é o caso! Na verdade, o texto coletivo faz parte da estratégia de escrita compartilhada, embora não seja o único para esse estágio. O mais impressionante é que somos instruídos, em muitos cursos, a pular esse primeiro estágio e ir direto para o texto coletivo.
A escrita por modelo tem passos a serem seguidos pelo professor também, e mostra ao aluno como pensar para produzir um texto e não como produzir direto ao ponto. Ela dá a oportunidade de pensar no antes do texto em si. São os pensamentos antes da escrita o foco principal e o professor faz textos próprios, discutindo com o aluno as possiblidades, mas não criando um texto coletivo e sim um texto próprio.
Escrita compartilhada: esse sim é o momento de usar o texto coletivo. Aqui, o professor continua sendo o escriba, mas é a sala que contribui com o texto. Não pense, porém, que o texto sai direto, como muitos de nós fazemos!
Na escrita compartilhada, o professor retoma o que foi aprendido como estratégias de pré-produção textual na escrita por modelo. Desta forma, o aluno estará revendo como se organizar para escrever e só depois de utilizar várias estratégias é que irá escrever o texto coletivo com o aluno. Nessa fase já se trabalham partes de uma produção de texto e elementos de coesão, oralmente.
Escrita guiada: nesta fase, o aluno já escreve de modo autônomo, porém com algumas “guias” do professor. Ele já sabe como organizar seu pensamento antes da história e pode até usar atividades de organização de produção de texto quando necessário.
O professor não faz mais papel de escriba e é o próprio aluno o responsável por seus textos, embora de forma guiada. É o momento do professor usar seu papel de orientador em pequenos grupos ou individualmente. É feito constantemente um lembrete de como produzir bons textos, mas o aluno deve ter consciência de sua escrita.
Uma das estratégias mais interessantes e que dão certo nessa fase é pedir que o aluno leia certas partes de seu texto em voz alta. Quando o aluno faz isso, percebe seus erros de imediato. Na verdade, é uma das estratégias que o professor usou nas duas fases anteriores, mas que nessa fase o aluno ainda não internalizou.
Escrita independente: nesta fase, o aluno é totalmente autônomo, independente mesmo! Eles se tornam críticos e conseguem distinguir boas e más produções de texto. É importante que o aluno tenha espaços para ler suas produções para a turma, para ter certeza de que o texto ficou bom e que surtiu o efeito desejado.
A escrita independente precisa de poucos ajustes, pois o aluno já teve um bom trabalho de raciocínio linguístico, seguindo fases que surtem efeito direto no cérebro e que o farão notar sua própria escrita. O trabalho com as fases anteriores auxilia nesse processo e é fundamental para que o aluno seja, de fato, independente.
Ainda há poucos materiais na loja virtual baseados nesse estudo, mas pretendo fazer mais alguns! Se você tem interesse em melhorar a produção de texto de seus alunos, veja alguns materiais bem legais:

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