Aluno....Professor ....Escola
Mais que uma parceria..um entrosamento.....uma conexao
Autor: Maria Inez Rodrigues
O que se pode dizer a respeito é que o conhecimento no espaço escolar deve ser mediado pelo professor de modo a realizar sua prática educativa partindo do empírico para o abstrato e, por fim, chegando-se ao concreto.
Essa forma de se chegar ao conhecimento científico não é algo que o aluno pode fazer por si mesmo. Ele precisa da orientação do professor que, por sua vez, precisa compreender o fenômeno educativo para elaborar abstrações relacionadas ao cotidiano, por meio de leituras mais amplas da realidade.
Nesse sentido, aluno, escola e professor se situam num processo de interação e reflexão da realidade social para fazerem uso de instrumentos que provocarão no processo ensino-aprendizagem a internalização dos conhecimentos significativamente produzidos pelo conjunto da humanidade e, necessários ao desenvolvimento do ser humano.
De acordo com Vigotsky:
a) Uma operação que inicialmente representa uma atividade externa é reconstruída e começa a ocorrer internamente. É de particular importância para o desenvolvimento dos processos mentais superiores a transformação da atividade que utiliza signos, cuja história e características são ilustradas pelo desenvolvimento da inteligência prática, da atenção voluntária e da memória.
b) Um processo interpessoal é transformado num processo intrapessoal. Todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e, depois, no nível individual; primeiro, entre pessoas (interpsicológica), e, depois, no interior da criança (intrapsicológica). Isso se aplica igualmente para a atenção voluntária, para a memória lógica e para a formação de conceitos. Todas as funções superiores originam-se das relações reais entre indivíduos humanos.
c) A transformação de um processo interpessoal num processo intrapessoal é o resultado de uma longa série de eventos ocorridos ao longo do desenvolvimento. O processo, sendo transformando, continua a existir e a mudar como uma forma externa de atividade por um longo período de tempo, antes de internalizar-se definitivamente. Para muitas funções, o estágio de signos externos dura para sempre, ou seja, é o estágio final do desenvolvimento. Outras funções vão além do seu desenvolvimento, tornando-se gradualmente funções interiores. Entretanto, elas somente adquirem o caráter de processos internos como resultado de um desenvolvimento prolongado. Sua transferência para dentro está ligada a mudanças nas leis que governam sua atividade; elas são incorporadas em um novo sistema como suas próprias leis (VIGOTSKy, 2003)
Diante disso, então, podemos concluir que a aprendizagem ocorre quando estimulada e/ou mediada, provocando saltos nos níveis do desempenho do aluno, principalmente quando o ensino consegue se antecipar àquilo que o aluno ainda não sabe. É nesse sentido que o conceito de zona de desenvolvimento proximal ganha importância, pois, ela permite que a distância entre o desenvolvimento real e aquilo que o aluno tem de potencial para a aprendizagem se estabeleça a partir da mediação do professor.
Simplificando, o papel do professor é de mediador do processo ensino e aprendizagem; O papel do aluno é o de sujeito atuante na construção do conhecimento de maneira que se possa colocar-se em contato com a herança histórica do saber humano; e o papel da escola é o de apontar as necessidades de transformação das relações sociais em todas as suas dimensões.
Referência
SILVA, Graziela Lucchesi Rosa da, EIDT, Nadia Mara. Oposições teórico-metodológicas entre a Psicologia Histórico-Cultural e o Construtivismo Piagetiano: implicações à educação escolar. Secretaria de Estado de Educação do Paraná –Coordenação de Gestão Escolar/SEED. Curitiba, 2010.
VIGOTSKY, L. S. Psicologia pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003.
Mais que uma parceria..um entrosamento.....uma conexao
Autor: Maria Inez Rodrigues
O que se pode dizer a respeito é que o conhecimento no espaço escolar deve ser mediado pelo professor de modo a realizar sua prática educativa partindo do empírico para o abstrato e, por fim, chegando-se ao concreto.
Essa forma de se chegar ao conhecimento científico não é algo que o aluno pode fazer por si mesmo. Ele precisa da orientação do professor que, por sua vez, precisa compreender o fenômeno educativo para elaborar abstrações relacionadas ao cotidiano, por meio de leituras mais amplas da realidade.
Nesse sentido, aluno, escola e professor se situam num processo de interação e reflexão da realidade social para fazerem uso de instrumentos que provocarão no processo ensino-aprendizagem a internalização dos conhecimentos significativamente produzidos pelo conjunto da humanidade e, necessários ao desenvolvimento do ser humano.
De acordo com Vigotsky:
a) Uma operação que inicialmente representa uma atividade externa é reconstruída e começa a ocorrer internamente. É de particular importância para o desenvolvimento dos processos mentais superiores a transformação da atividade que utiliza signos, cuja história e características são ilustradas pelo desenvolvimento da inteligência prática, da atenção voluntária e da memória.
b) Um processo interpessoal é transformado num processo intrapessoal. Todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro, no nível social, e, depois, no nível individual; primeiro, entre pessoas (interpsicológica), e, depois, no interior da criança (intrapsicológica). Isso se aplica igualmente para a atenção voluntária, para a memória lógica e para a formação de conceitos. Todas as funções superiores originam-se das relações reais entre indivíduos humanos.
c) A transformação de um processo interpessoal num processo intrapessoal é o resultado de uma longa série de eventos ocorridos ao longo do desenvolvimento. O processo, sendo transformando, continua a existir e a mudar como uma forma externa de atividade por um longo período de tempo, antes de internalizar-se definitivamente. Para muitas funções, o estágio de signos externos dura para sempre, ou seja, é o estágio final do desenvolvimento. Outras funções vão além do seu desenvolvimento, tornando-se gradualmente funções interiores. Entretanto, elas somente adquirem o caráter de processos internos como resultado de um desenvolvimento prolongado. Sua transferência para dentro está ligada a mudanças nas leis que governam sua atividade; elas são incorporadas em um novo sistema como suas próprias leis (VIGOTSKy, 2003)
Diante disso, então, podemos concluir que a aprendizagem ocorre quando estimulada e/ou mediada, provocando saltos nos níveis do desempenho do aluno, principalmente quando o ensino consegue se antecipar àquilo que o aluno ainda não sabe. É nesse sentido que o conceito de zona de desenvolvimento proximal ganha importância, pois, ela permite que a distância entre o desenvolvimento real e aquilo que o aluno tem de potencial para a aprendizagem se estabeleça a partir da mediação do professor.
Simplificando, o papel do professor é de mediador do processo ensino e aprendizagem; O papel do aluno é o de sujeito atuante na construção do conhecimento de maneira que se possa colocar-se em contato com a herança histórica do saber humano; e o papel da escola é o de apontar as necessidades de transformação das relações sociais em todas as suas dimensões.
Referência
SILVA, Graziela Lucchesi Rosa da, EIDT, Nadia Mara. Oposições teórico-metodológicas entre a Psicologia Histórico-Cultural e o Construtivismo Piagetiano: implicações à educação escolar. Secretaria de Estado de Educação do Paraná –Coordenação de Gestão Escolar/SEED. Curitiba, 2010.
VIGOTSKY, L. S. Psicologia pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003.
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