Formando Leitores
É comum vermos cantinhos de leitura nas escolas, com a intenção de proporcionar aos alunos o hábito da leitura, bem como oferecer livros de qualidade.
Estes são montados com uma prateleira de livros, um tapete e alguns almofadões dispostos, criando um clima de tranquilidade.
Porém esse espaço não deve apenas ficar delegado ao gosto do aluno, mas também à intencionalidade do professor, à proposta pedagógica da escola, que são pontes entre o estudante e o conhecimento.
A simples montagem desses cantinhos não garante o interesse dos alunos pela leitura, nem a formação de leitores assíduos.
É interessante que o professor repense a prática dessa atividade, percebendo os aspectos mais importantes para se criar o gosto pelo ato de ler.
Deve pensar e refletir sobre que tipo de leitor se pretende formar, se os livros ali dispostos são do interesse dos alunos, como será a avaliação daquele momento etc.
Além disso, o professor pode pensar em juntar um material, diferentes portadores textuais, com a participação de todo o grupo, onde cada aluno se torna responsável pela manutenção e sustento dos materiais.
Estes poderão doar jornais e revistas usadas, um artigo que leu e achou interessante, encartes de supermercados que poderão ser utilizados nas aulas de matemática, todo tipo de propaganda, panfletos, álbuns de figurinhas, gibis, dentre outros.
O professor deve, também, abrir espaço para que os alunos escolham os livros a serem lidos num determinado mês, fazendo uma visita à biblioteca da escola, onde cada um irá escolher dois exemplares para serem colocados na prateleira da sala de aula, e lidos posteriormente.
Um mural com sugestões de leitura, feitas pelos próprios alunos, também é uma boa forma de incentivo, pois os próprios colegas fazem as indicações, além de terem que escrever as sinopses dos livros.
Dessa forma, o envolvimento das crianças com a leitura é muito maior, mais prazeroso, pois tem a autonomia de escolher temas do seu interesse ou do gosto de seus amigos.
Muitas vezes a escola bloqueia a capacidade crítica do aluno, por querer impor muitas regras, e isso não funciona com a leitura.
Ao contrário do que algumas pessoas ainda pensam, a autonomia abre espaço para a liberdade de escolha, mas de forma responsável, pois o aluno pode ser questionado e avaliado pela sua intenção.
Outra forma de proporcionar maior interesse pelos livros é permitindo que os estudantes ouçam histórias narradas pelo próprio professor ou em CDs.
Através das mesmas, pode-se levar os alunos a manterem um bom nível de potencial imaginativo, além de desenvolver a criatividade dos pequenos.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
Não custa nada repetir....
Certezas
A leitura é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da criança.
Ler é fonte de prazer, pois, através dela, somos transportados para mundos desconhecidos, culturas distintas, exercitando nossa imaginação.
A criança que lê beneficia-se de diversas maneiras:
expressa-se melhor oralmente;
torna-se mais criativa;
demonstra mais autônomia na busca de informação;
compreende e interpreta o mundo de uma maneira mais crítica e amplia conceitos;
torna-se mais segura ao resolver problemas e estabelecer vínculos;
potencializa sua capacidade de concentração.
Em um ambiente virtual, também é possível exercitar a leitura infantil, desde que seja feita de forma direcionada e orientada.
Incertezas
O hábito da leitura sustenta-se somente com o estímulo da escola?
É possível formar bons leitores quando o ambiente familiar não é favorável à prática?
O ambiente virtual é propício ao incentivo e à prática da leitura?
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