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segunda-feira, 27 de abril de 2015

Dica de leitura: O menino que quase morreu afogado no lixo.


 O menino que quase morreu afogado no lixo. Um livro escrito por Ruth Rocha. 


Título: O menino que quase morreu afogado no lixo
Autora: Ruth Rocha
Ilustração: Alcy
Editora: Quinteto Editorial ( Coleção Camaleão)
Ano: 1999
Páginas: 32


Escolhi este livro para uma leitura deleite e quando comecei a ler a história as crianças estavam sentadas na rodinha, mas parecia não se ligar muito na história. Mas tudo mudou a partir da terceira página. quando olhava para eles aqueles olhinhos que antes estavam desacreditados começaram a ficar curiosos e logo logo todo mundo foi se ajeitando do jeito que dava ( deitando, apoiando no amigo...) para ouvir tudinho e não deixar escapar nenhum detalhe. 

O livro conta a história de Ronaldo. Os pais do menino precisam viajar e o deixam com a empregada durante o dia e com a  avó durante a noite. Mas além de comilão, Ronaldo é muito preguiçoso e acaba fazendo uma bagunça generalizada. E com isso acaba aprendendo uma grande lição. 






































Como educadora encontro no livro muitas lições, mas fico feliz de tê-lo escolhido como leitura deleite. As lições que ele nos traz acabaram chegando naturalmente para nossa turma. E essa foi a parte mais interessante. 

Por isso deixo a dica para você professor que ainda não conhece. 
Vale a pena ler com os alunos! 





Educar é um verbo que podemos conjugar em vários tempos. Um tema que mesmo quando não queremos, ou sabemos, está entre nossas conversas. E que define os objetivos últimos de nossas atitudes. 

E é por isso, por ser tão variável que nos gera tantas discussões. Pensamos em educação entre pais e filhos, filhos e parentes, filhos e sociedade, filhos e escola, dentre muitas outras relações... Mas entre tantos podemos resumir estes ramos em Educação para viver em sociedade, aquela que aprendemos em casa antes  de ingressarmos na escola e Educação Instrucional, aquela que aprendemos na escola, que tem como objetivo ampliar nossa vivência social, além de nos fazer conhecer o que  esta mesma sociedade vem produzindo ao longo dos tempos. 

Penso então, que estas sejam as funções da família e da escola, respectivamente, quando abordamos o tema educar. Mas ocorre ainda que nem todas as pessoas foram estimuladas a pensar no sentido educativo de seu existir. ( você já pensou sobre isso?)

Muitas vezes as pessoas apenas vivem e vão cumprindo os deveres que a sociedade lhes impõe e por isso, um ramo importante da educação, que é a autonomia do pensamento, fica fragilizado. E como sabemos, quem pouco pensa, pouco age e se age acaba sendo levado por pensamentos de outros... E que outros são estes??

Um sociedade que não conhece sua própria história, que se acostuma a agir partindo do que ouve ou até mesmo do pouco que lhe é mostrado, que decide por e depois se volta para o B... e Está preparada para educar seus filhos? 

Vi muitas pessoas nas ruas de nosso país neste fim de semana. E não tiro deles o direito de se manifestar, de dizer seus desejos. Mas infelizmente sei que pouquíssimos que ali estavam sabiam o que de fato aquela atitude representava. 

Muitos pedidos foram feitos, mas será que estas pessoas pensaram sobre o significado real destes pedidos? Que lado da história deste país as pessoas estão conhecendo?

Pedir o fim da corrupção é pedir primeiramente por mais educação e valores!!! E qual o valor estas pessoas dão às escolas e os professores de seus filhos? Que sentido eles veem nesta instituição? Será que algum dia sentaram com os seus para dizer o porque de uma atitude estar certa ou errada? Ou será que são como aqueles que correm para furar as filas dos bancos, que recebem troco a mais e, desejavelmente,  fingem não ter percebido. Ou mesmo, quando a coisa aperta recorrem àquele amigo que está lá na câmara de vereadores... 

Será que estas pessoas pensaram onde temos que cavar para começar a curar esta doença da corrupção? 

Eu iria pra rua sim, se eu soubesse que o meu país sabe o que está reivindicando ou mais que isso, se o meu país quisesse saber mais sobre o que está acontecendo ali logo em baixo de seus nariz. Mas eles não querem enxergar isso. Preferem atalhos...

Desculpem, mas pensar com a cabeça dos outros não é pensar certo, como bem nos disse Paulo Freire! Para agir sobre esta sociedade precisamos compreendê-la e isso é um esforço diário de todos nós. 

Utopia!? De certo que sim, mas  para além disso, um pensamento voltado para um sentido da educação. O sentido de cidadania! 

Pense nisso! 

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