SUMÁRIO
• PROJETO ALUNO LEITOR CRIADOR
• PROJETO O CONTO FANTASTICO
• LENDO O LIVRO ANTES DE LER A HISTÓRIA
• RECONTANDO UM CONTO
• PROJETO FABULAS FABULOSAS
• PROJETO LENDAS
• PROJETO MITOS
• OFICINAS DE LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL:
• POEMAS: TECENDO PALAVRAS, TECENDO POEMAS
• PROJETO HISTÓRIA EM QUADRINHOS.HQ
• PROJETO PUBLICIDADE
1. AGENCIA DE PUBLICIDADE
2. ENTREVISTA
3. PROJETO FOCAS EM AÇÃO
4. A NOTÍCIA FALADA
5. A NOTÍCIA ESCRITA
6. CRIANDO UM JORNAL
7. DICIONÁRIO DO ESTUDANTE JORNALISTA
8. PUBLICAÇÃO E REVISÃO DE UM JORNAL
PROJETO: ALUNO LEITOR CRIADOR
“Ah! Tu, livro despretensioso, que na sombra de uma prateleira, uma criança livremente descobriu pelo qual se encontrou e, sem figuras sem extravagância, fê-la esquecer as horas, os companheiros, a merenda... tu, sim, és um livro infantil, e o teu prestígio será na verdade, imortal.”
Cecília Meireles.
Projeto: Aluno leitor criador
(Projeto de Literatura Infantil)
Professora: Raika Barreto
1- Justificativa:
Convivendo com os alunos observamos a dificuldade que eles têm para:- Interpretar um problema de matemática, um texto de ciências, um livro de literatura etc;
- Expressar suas idéias, o que sentem e o que pensam através da escrita.
O estudo da língua portuguesa e a leitura são ingredientes básicos e fundamentais nesse processo. QUEM LÊ E INTERPRETA O QUE LEU, RESOLVE QUALQUER PROBLEMA E ESCREVE BEM.
Por entender assim, a Escola Inácio Souza Moita propõe um trabalho intensivo para, com o objetivo de despertar o gosto de ler e, consequentemente, formar alunos capazes de interpretar bem o que lêem e de se expressar corretamente, esperando que, aos poucos, cada um se torne um verdadeiro leitor. O projeto apresentado aborda a importância da biblioteca escolar a serviço da literatura, destacando especialmente a Literatura Infantil.
2- Objetivo:
Despertar o gosto de ler nos alunos da Escola Inácio Souza Moita e, consequentemente, formar alunos capazes de interpretar bem o que lêem e de se expressar corretamente.
3- Desenvolvimento:
A biblioteca exerce um papel fundamental na realização desse projeto, na formação do aluno leitor, e deve ser transformada no espaço mais fascinante da escola. Deve ser um lugar agradável, dinâmico, descontraído, onde imperem as boas relações entre alunos, livros e professores. O espaço físico deve ser acolhedor, cheio de vida, organizado e limpo; com cantinhos aconchegantes, gostosos onde, a aprendizagem vá acontecendo, sem imposições, como um convite mágico, como uma descoberta.
A função primordial é o prazer do leitor. Através deste prazer estaremos atingindo o objetivo do projeto. Suponhamos que o mistério, por exemplo, seja o tema gerador de interesses de leitura. Toda a biblioteca será trabalhada no sentido de se transformar no mundo de mistério.
Os livros de Literatura Infantil devem estar organizados por faixa etária e podem ser emprestados aos alunos para serem lidos em casa. Para isso, organizar fichas para controlar entradas e saídas de livros, a data de devolução, e quem está na fila aguardando.
O aluno que participar desse sistema de empréstimos de livros de Literatura Infantil, receberá a carteirinha de “Sócio do Clube do Livro”, como forma de incentivo ao ato da leitura e visita à biblioteca.
Os alunos que, no decorrer do ano demonstrarem maior interesse pela leitura, poderão ser premiados com livros de Literatura Infantil em alguma ocasião especial, como hora Cívica do bimestre, festa aberta à comunidade, festa do dia dos pais, festa do dia das mães etc. Deverá ser incentivada a doação de livros de Literatura à biblioteca.
4- Distribuição de Responsabilidades:
Caberá à Escola:
- Destinar um profissional (professor) com experiência em Literatura Infantil para acompanhar, exclusivamente, o andamento e a realização do Projeto.
- Acompanhar e valorizar o desenvolvimento, o andamento e a realização do Projeto;
- Fornecer material necessário para a realização das propostas;
- Em reunião de pais, conscientizar sobre a importância do projeto.
- Manter a limpeza da biblioteca (num compromisso diário, evitando o acúmulo de lixo, microorganismos, poeira e ácaros que fazem mal à saúde dos usuários).
- Caberá aos Pais:
- Acompanhar este processo em casa, incentivando seus filhos à leitura.
- Caberá aos Professores:
- Incentivar a leitura de forma criativa, ou seja, SEDUZIR seus alunos para a leitura dos livros;
- Promover atividades variadas e interessantes de acompanhamento da leitura dos livros (segue em anexo proposta de trabalhos);
- Incentivar a doação de livros de Literatura Infantil à biblioteca.
5- Duração:
O Projeto será desenvolvido a partir de 2009 e poderá permanecer em evidência nos anos seguintes, caso, após avaliação, sinta-se necessidade de se manter o projeto.
“Se a criança é a única culpada nos tribunais adultos por não ler, pede-se o veredicto inocente”... Mais culpados são os adultos que não lhe proporcionam esse contato, que não lhe abrem essas – e outras tantas - trilhas para toda a maravilha que é a caminhada pelo mundo mágico e encantado das letras...
Fanny Abramovich
5– GÊNEROS A ESTUDAR: 6º ANO
- Leitura de Capa de Livro
- Contos Populares;
- Contos Fantásticos;
- Crônicas;
- Propaganda;
- Lendas;
- Fábulas;
- Mitos;
- Revistas;
- Biografia;
- Revista Científica;
- Teatro;
- Romance;
- Poesia;
- História em Quadrinhos;
- Imagem;
- Receita;
- Aviso;
- Carta;
- Bilhete.
Plano de aula de leitura
Lendo o livro ... antes de ler a história do livro
· Objetivo
A aula aqui sugerida é um dos caminhos para possibilitar a formação de leitores capacitados a transitar nas práticas de leitura da nossa sociedade. Se quisermos formar alunos-leitores que transcendam a sala de aula e o espaço escolar, devemos mostrar os mecanismos que devem dominar para se tornar leitores efetivos. Esta atividade visa a possibilitar que os alunos levem não só seus livros para casa, mas junto com eles a capacidade de buscar outros livros e, assim, traçar seus próprios caminhos de leitores.
· Embasamento Teórico
Para entender melhor o embasamento da atividade aqui proposta, algumas concepções de leitura devem ser levadas em conta. Primeiramente , a noção de que a leitura não é um ato puramente individual; é uma prática social e, assim sendo, não ocorre apenas no instante da leitura propriamente dita. Numa analogia com uma peça de teatro, podemos dizer que esse momento é apenas um dos atos que compõem a peça. Assim, além da leitura da história que o livro apresenta, devemos desvendar toda a leitura que o livro nos possibilita: Que editora publicou a história? Pertence a alguma coleção? Qual? Para que tipos de leitores? Que informações se encontram na quarta-capa? O livro tem orelha? Que informações lá se encontram?
Da mesma forma, os alunos podem descobrir que a história de um livro é escrita por um autor, pode ser ilustrada, revisada e diagramada, antes de chegar às mãos do leitor. Quem é o autor do livro? Quando essa história foi escrita? Para quem? O livro possui gravuras? Quem o ilustrou? Houve revisão? O que é fazer revisão de um livro?
Além dessas informações, devemos possibilitar que o aluno se enxergue como leitor ativo que interage com o livro, que participa do processo de leitura. O que ele sabe sobre o tema do livro? Conhece alguém que já o leu? Sobre o que ele imagina que seja a história? Após a leitura da história, a leitura do livro continua na conversa com os amigos sobre as impressões da história, se gostou, não gostou, se o recomendaria ou não e por quê. Assim, o professor pode e deve promover a familiarização do aluno com o mundo das práticas de leitura, começando, antes de tudo, com o próprio objeto livro.
· Recursos didáticos: os livros doados pelo Ministério da Educação aos alunos da 4a série do Ensino Fundamental.
· Organização da sala: pequenos grupos de alunos que receberam coleções diferentes.
· Desenvolvimento da atividade:
1. Peça aos alunos que manuseiem os livros recebidos e descubram informações sobre os mesmos:
a) Quem é o autor? (brasileiro ou estrangeiro)
b) Qual é o título do livro?
c) Que tipo de livro é este? (de contos, poemas, lendas, romance). Por quê? (Pelo título? Figura da capa? Conhecimento do autor?)
d) Qual é a editora do livro? Onde se encontra essa informação?
2. Após essa leitura inicial, peça aos alunos que escolham o livro que mais chamou a atenção deles – entre todos os que receberam – e que gostariam de ler primeiro. Peça que justifiquem para o grupo a escolha (pelo título, tema, autor conhecido - já leu livros dele antes -, gravura)
3. Peça à turma que imagine como são as histórias dos livros escolhidos, com base na imagem, no título, no conhecimento que cada um já possui sobre o assunto ou no interesse pelo tema. Peça que exponham suas idéias para o grupo.
4. Peça aos alunos para folhear o livro e descobrir se há alguma informação sobre o autor. Onde se encontra essa informação? O autor ainda vive? Escreveu outros livros? Onde nasceu?
5. Pergunte aos alunos por que eles acham que é importante fazer essa leitura do livro antes de ler á história. Esclareça que é assim que geralmente as pessoas escolhem livros para ler: baseando-se no autor de que gostam e cujos livros querem conhecer mais, ou que desconhecem, mas cujo tema ou título lhes chamou a atenção; na editora que costuma publicar livros interessantes; na indicação que receberam de alguém que conhece o livro, o autor ou a editora; entre outras coisas. Os alunos estão se formando leitores e precisam ter claro os mecanismos para escolher um livro, que podem guiá-los em suas próprias escolhas.
· Atividades complementares ao longo do ano letivo:
Programe atividades de ida à biblioteca ao longo do ano, para escolha de outros livros, sempre justificando para a classe; para descoberta de outros livros, na biblioteca, dos autores que mais gostaram de ler; para verificação de outras informações existentes nos outros livros, além daquelas já sabidas. Eles verão que há muitos exemplares com orelhas – explore com eles o que contém a orelha do livro e a quarta-capa do livro.
· Sugestão de atividade para explorar a quarta-capa de livro:
As informações que se encontram em uma quarta-capa variam conforme a edição. No entanto, costumam trazer um pequeno texto sobre o enredo da história, trechos da mídia ou, ainda, trechos do próprio livro. Às vezes, uma dessas informações vem junto com outra.
a) Peça aos alunos para ler diferentes quarta-capas e procurar esses três tipos de informação ou alguma outra (fotografia do autor, dados biográficos, outras obras do autor, etc.).
b) Anote os dados encontrados na lousa. Veja, juntamente com eles, os dados mais recorrentes nos livros analisados.
c) Discuta a diferença da quarta-capa dos livros recebidos (informações da editora sobre a coleção) e dos livros da biblioteca analisados.
d) Os alunos podem escrever uma outra quarta-capa para um dos livros que leram.
Trabalho semelhante pode ser feito com a orelha de livros
1) Na troca de livros entre eles, programe atividades em que os alunos deverão dizer para os colegas suas impressões sobre o livro que leram, se era o que imaginaram ou não, se o recomendam ou não.
2) Se houver condições, programe a elaboração de um pequeno livro com a sala:
· Que tipo de texto os alunos gostariam de publicar? Poemas, contos, crônicas, lendas, romance?
· Como será escrito? Quem irá escrever?
· Quem ilustrará?
· Quem fará a revisão de língua?
· Como se chamará a “editora”?
· O livro terá orelha? O que escreverão nela? Em que momento da elaboração do livro a orelha será escrita?
· O que escreverão na quarta-capa? Quando?
· Como será a pequena biografia que os autores colocarão no livro?
· O livro terá um custo? De quanto? Como farão para custear o livro e conseguir o material necessário?
· Terá um preço? De quanto? Será distribuído gratuitamente? Para quem?
Bibliografia:
Cristovão, V.L.L. (2001) Gêneros e ensino de leitura em LE: os modelos didáticos de gêneros na construção e avaliação de material didático. Tese de Doutoramento não publicada. PUC-SP.
Autora: Lília Santos Abreu é professora de Língua Inglesa e Língua Portuguesa, co-autora de materiais didáticos e paradidáticos, assessora na formação contínua de professores e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem da PUC-SP.
Livro de contos de fadas
Redação
5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental
Com esta atividade você poderá trabalhar todos os ingredientes necessários para uma boa composição (criatividade, imaginação, linguagem escrita, seqüência, coesão textual, personagens) e ao mesmo tempo ensinar seus alunos a utilizar os recursos do computador para finalizar seus textos. Os alunos vão estudar os elementos que compõem os contos de fadas e vão criar suas próprias histórias ilustradas com desenhos próprios.
O que se quer com essa atividade é que os alunos saibam criar resenhas, identificar os elementos de um conto de fadas e que escrevam de forma criativa as suas próprias histórias, criar HQ e saibam como ilustrá-las. Além disso, para os que puderem utilizar computadores, o objetivo é que saibam digitar, editar e imprimir seus trabalhos.
Livro de histórias infantis, filmes de contos de fadas, gibis, papel sulfite, lápis, lápis de cor, giz de cera, tinta guache e, se possível, um computador, um scanner, uma impressora e um software de edição de texto tipo Word.
· Assistir filme de conto. Sugestão: Shrek, Deu a louca na Cinderela, Deu a louca na Chapeuzinho.
· Individualmente criar resenha a partir do filme assistido;
· Em duplas para a leitura das histórias;
· Em duplas farão a análise da narrativa;
· Em duplas (embora cada aluno recrie sua própria história, o processo de criação poderá se dar em dupla);
· Trabalho individual ou em dupla (um dita o texto e o outro digita, depois trocam).
· Em duplas. Criar HQ dos recontos;
· Propicie a troca de idéias inventivas e a circulação pela classe;
· Trabalho em grupo. Teatro de fantoches dos recontos;
· Leve para a classe alguns livros de histórias infantis e gibis. Mostre as figuras para os alunos, leia os títulos das histórias, aguçando a curiosidade.
· Depois de estimular a imaginação de seus alunos, leia pausadamente alguns contos de fadas. Não se esqueça de dar seu toque especial à leitura. A seguir, levante com os alunos o que mais chamou a atenção na história e quais os personagens de que mais gostaram. Solicite que justifiquem suas respostas. Depois, comente sobre as características dos personagens (físicas, emocionais e morais), do ambiente e dos demais componentes de um conto de fada.
· Solicite aos alunos que criem um conto de fadas com heróis e vilões. Ensine-os a criar heróis e vilões, com traços de personalidade bem marcados.
· Peça que inventem nomes criativos para identificar os personagens. Depois, que desenhem os personagens de suas histórias, colocando os nomes ao lado das figuras.
· Solicite aos alunos que digitem suas histórias no computador, e se for possível, reproduza os desenhos no computador utilizando um scanner. Se não puder, depois dos textos editados e impressos devolva-os para que os alunos ilustrem suas histórias à mão. Durante a digitação dos textos, não se esqueça de orientar os alunos a deixar um espaço livre para as ilustrações à mão. Cada aluno deverá imprimir a sua história.
· Peça que transformem a história escrita em história em quadrinhos. Tire cópias de todos os trabalhos, faça uma única edição e distribua para todos os alunos da classe.
· Estimule os alunos a ler suas histórias para os colegas da classe e para as outras turmas da escola. Os livros poderão ser levados para casa ou deixados na biblioteca da escola.
OBSERVAÇÃO - Você poderá pedir ajuda aos pais e a outros professores da escola para colaborar com você no laboratório de informática, orientando e acompanhando o processo de digitação dos alunos.
RECONTANDO UM CONTO DE FADAS
JUSTIFICATIVA:
Alguns alunos pouco conhecem dos clássicos contos de fadas. Através da leitura de livros da biblioteca da Escola que contenham essas histórias, primeiramente povoar a imaginação infantil com seus personagens e depois fazer com que cada aluno crie o seu conto de fadas, baseado em um dos contos lidos.
OBJETIVOS:
Deseja-se que o aluno:
1- leia diferentes contos de fadas para observar os elementos que as estruturam o foco narrativo e o ponto de vista do autor;
2- escolha um dos contos de fadas de seu agrado e reescreva-o do ponto de vista de um dos personagens, narrando-o em primeira pessoa. Poderá acrescentar fatos, informações, dando asas a sua imaginação.
3- ilustre-o a gosto.
PÚBLICO-ALVO - alunos de quinta a oitava séries.
DURAÇÃO - de seis a dez aulas, dependendo do desenvolvimento da classe.
MATERIAL UTILIZADO - livros de contos de fadas da biblioteca, retroprojetor, papel almaço, lápis, caneta, papel sulfite, lápis de cor.
ESTRATÉGIAS:
1- O professor fará uma breve explicação sobre o que é um conto de fadas e citará os mais conhecidos.
2- Dividirá a classe em duplas e distribuirá um livro de conto de fadas, se possível diferente, para cada uma.
3- As duplas farão um rodízio de livros, para que todas leiam o maior número possível de contos.
4- Cada dupla escolherá o conto com o qual quer trabalhar quem será o personagem que vai contar a história e dirá para a classe. Por exemplo: a história de Branca de Neve contada por um anão; a história de João e Maria contada pela bruxa, etc.
5- Os dois componentes da dupla elaborarão juntos os textos, que serão escritos numa folha de papel almaço. Poderão ser acrescentados fatos, personagens, de acordo com o gosto e a criatividade dos alunos. O narrador-personagem poderá intervir na história.
6- O professor corrigirá o texto, que deverá ser passado em folhas de papel sulfite em formato de livrinho. As ilustrações serão feitas de acordo com a vontade da dupla.
ERA UMA VEZ... A MADRASTA
Era uma vez uma Cinderela morena que tinha inveja de sua madrasta por que esta era loira, magra, e cabelo liso natural... E era muito natural. Um dia Cinderela foi ao salão, transformou seu visual e logo chegou em casa sua madrasta ficou sem graça.
Passada alguma horas anoiteceu e a madrasta recebeu uma ligação que deixou Cinderela muito curiosa, era um convite para ela ir à balada e sua enteada queria saber com quem, por isso pegou escondido o celular de sua madrasta para descobrir quem a tinha convidado e esqueceu este em sua bolsa. Enquanto sua madrasta se arrumava, Cinderela se escondeu no carro, só que quase chegando lá o celular da outra tocou e a madrasta então descobriu aquela moça no banco de trás do carro e mandou que ela descesse do carro e voltasse a pé para casa.
Só que Cinderela não obedeceu e ficou escondida na festa, enquanto sua madrasta se divertia e dançava com um gato. Ela esperou escondida até a outra ir ao banheiro, quando ela se afastou, Cinderela ficou tomou o lugar da madrasta dançando e paquerando o gato. O mesmo gato que antes dançava com sua madrasta agora a pedia em namoro.
E a madrasta ficou com seu marido, o pai de Cinderela que logo chegou de viagem.
Autora: Késia Elias Conceição 6º. Ano B
Escola Inácio Souza Moita – Km. 07/Orientadora: Professora Raika
TEXTO
Autores: Flávio Bussacarini
Otávio Negreiro
I CAPÍTULO
Eu sou um velho ratinho e vou lhes contar uma história muito apreciada no mundo inteiro e que aconteceu quando eu era muito jovem.
Num maravilhoso e imenso castelo na Terra das Abóboras, havia um rei, uma rainha e sua filha única chamada Cinderela. Já do outro lado da Terra das Abóboras, havia um reino, a Terra das Bananas. Lá havia um príncipe solitário, que seu sonho era se casar com uma linda princesa.
Acontece que esses dois reinos viviam em guerra e a expectativa de vida era baixa, porque a alimentação era deficiente e baseada em abóbora, em um reino e em bananas, no outro.
Um dia, a mãe de Cinderela morreu e seu pai resolveu se casar com outra mulher que tinha duas filhas. Dois meses depois que o pai de Cinderela tinha casado, ele morreu a madrasta a fez de escrava. Eu via isso tudo com muita tristeza.
Na Terra das Bananas, o príncipe continuava sozinho e guerreando com o outro reino, até que um dia ele resolveu dar um baile para escolher uma esposa que vivesse em seu reino.
II CAPÍTULO
As moças do reino das Abóboras ficaram sabendo da festa e as duas filhas da madrasta de Cinderela resolveram ir escondidas, porque a festa seria realizada no reino que estava em guerra com o seu.
Chegou o dia do baile e todas as moças da Terra das Abóboras compareceram. As duas filhas da madrasta e ela foram, sem dizer nada à Cinderela, como haviam combinado.
Quando Cinderela acabou o seu serviço, procurou a madrasta pelo castelo, mas não a encontrou e foi olhar no calendário. Nele estava marcado o dia e a hora da festa no outro reino.
Ela entendeu tudo e começou a chorar, porque além de nunca estar arrumada, nunca saíra do lado do fogão e ainda mais, por elas terem saído escondidas.
Quando estava chorando no canto da cozinha, apareceu uma fada que criou, num toque de mágica, um lindo vestido. Transformou uma abóbora em carruagem, quatro ratinhos em cavalos e eu, em cocheiro. Mas a fada advertiu que depois de dar a última badalada da meia noite, ela voltaria a ser o que era uma escrava.
III CAPÍTULO
Cinderela também foi escondida ao baile. Chegando lá, com todas aquelas carruagens-banana, ela se destacou com a sua de abóbora.
Ela dançou com o príncipe, até começar o bater da meia noite. Ela saiu correndo, mas tropeçou na escada, deixando o seu sapato de cristal por lá.
No dia seguinte, o príncipe chateado, mandou que experimentassem aquele pequeno sapato de cristal em todas as moças da Terra das Bananas. O resultado foi que não acharam nenhuma moça no reino, até que afirmaram terem visto uma carruagem-abóbora no estacionamento do castelo.
O príncipe muito esperto deduziu o mistério e também mandou que experimentassem o sapato no reino das Abóboras.
O sapato não ia servir em nenhuma moça, porque ninguém daquele reino tinha ido ao baile. Mas o príncipe mandou que experimentassem em todas as moças, até nas escravas e foi então que ele achou a dona do sapato, aquela moça que vivia sempre suja, Cinderela.
A madrasta e suas filhas morreram de inveja, o príncipe e Cinderela se casaram. Como as pessoas morriam com pouca idade, tanto em um reino como no outro por causa da deficiência na alimentação, o casal resolveu juntar bananas com abóboras para que as pessoas comessem mais vitaminas e não morressem tão cedo.
Com essa sábia decisão, a guerra terminou e, depois de ter me transformado em ratinho novamente, fui eleito conselheiro real do Reino de Abobanana.
***xérox para HQ.
Leitura de Fábulas
Disciplina: Língua Portuguesa/Literatura
Ciclo: Ensino Fundamental - 5ª a 8ª
Assunto: Leitura
Tipo: Texto
Onde encontrar: Língua Portuguesa
Ciclo: Ensino Fundamental - 5ª a 8ª
Assunto: Leitura
Tipo: Texto
Onde encontrar: Língua Portuguesa
CARACTERIZAÇÃO: Consiste em atividades de leitura silenciosa e oral acompanhada de ilustração do texto com o uso de retroprojetor.
JUSTIFICATIVA: Observando que, de uma maneira geral, o aluno não tem iniciativa de ler sem que haja uma cobrança pelo professor, elaborei um projeto que visasse a oferecer atividades diversificadas e que possibilitasse o prazer da leitura.
DURAÇÃO: Aproximadamente uma semana
OBJETIVOS: Promover atividades que desenvolvam a habilidade de:
JUSTIFICATIVA: Observando que, de uma maneira geral, o aluno não tem iniciativa de ler sem que haja uma cobrança pelo professor, elaborei um projeto que visasse a oferecer atividades diversificadas e que possibilitasse o prazer da leitura.
DURAÇÃO: Aproximadamente uma semana
OBJETIVOS: Promover atividades que desenvolvam a habilidade de:
- Selecionar procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos e interesses, e a característica do gênero e suporte.
- Desenvolver sua capacidade de construir um conjunto de expectativas (pressuposições antecipadoras dos sentidos, de forma e da função do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre gênero, suporte e universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.).
- Ler, de maneira autônoma, textos de gêneros e temas com os quais tenha construído familiaridade.
- Selecionar procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos e interesses, e a característica do gênero e suporte.
PRODUÇÕES FINAIS: Momentos de HORA DO CONTO vivenciados com leitura e ilustração das fábulas através da sombra/silhueta dos personagens.
DESENVOLVIMENTO: Selecionam-se algumas fábulas, de diferentes estilos e autores, que são apresentadas aos alunos.
DESENVOLVIMENTO: Selecionam-se algumas fábulas, de diferentes estilos e autores, que são apresentadas aos alunos.
- Os alunos são convidados a ler com o propósito de preparar uma leitura oral para a classe no momento da Hora do Conto.
- O professor realiza leituras em várias aulas procurando conduzir a leitura com inferências. Também é importante motivar a escuta do texto com mudança no tom de voz, enfatizar as expressões, enfim, dar vida ao texto.
- Em duplas, os alunos escolhem duas fábulas (uma para cada aluno) e preparam o material para a hora do conto:
- Definem personagens e cenário;
- Desenham a silhueta dos personagens e do cenário numa folha de sulfite.
Com o apoio do retro, que projeta a sombra do personagem e do cenário, os alunos realizam a leitura das fábulas.
OBS: Enquanto um aluno lê, o outro movimenta os personagens e troca o cenário, assim os dois têm a oportunidade de ler e fazer mágica com as sombras. É pura magia!!
CLASSES ENVOLVIDAS: Ensino Fundamental
RECURSOS: Os livros de fábulas, as folhas para o desenho e o retroprojetor.
AVALIAÇÃO: Durante o preparo e a realização da atividade é possível avaliar o nível de leitura e compreensão dos textos em que cada aluno está. Percebi que os alunos tiveram prazer e curiosidade em participar desta atividade.
Assim, de uma maneira natural, os alunos sentem-se à vontade para a leitura e os ouvintes motivados para a escuta porque há um elemento inovador.
OBS: Enquanto um aluno lê, o outro movimenta os personagens e troca o cenário, assim os dois têm a oportunidade de ler e fazer mágica com as sombras. É pura magia!!
CLASSES ENVOLVIDAS: Ensino Fundamental
RECURSOS: Os livros de fábulas, as folhas para o desenho e o retroprojetor.
AVALIAÇÃO: Durante o preparo e a realização da atividade é possível avaliar o nível de leitura e compreensão dos textos em que cada aluno está. Percebi que os alunos tiveram prazer e curiosidade em participar desta atividade.
Assim, de uma maneira natural, os alunos sentem-se à vontade para a leitura e os ouvintes motivados para a escuta porque há um elemento inovador.
Autor(a): Meire Cristina Fiuza Canal
Função: Professor(a)
Estado: São Paulo /
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O Camundongo da Cidade e o do Campo
"Um camundongo que morava na cidade foi, uma vez, visitar um primo que vivia no campo. Este era um pouco arrogante e espevitado, mas queria muito bem ao primo, de maneira que o recebeu com muita satisfação. Ofereceu-lhe o que tinha de melhor: feijão, toucinho, pão e queijo.
O camundongo da cidade torceu o nariz e disse:
- Não posso entender, primo, como você consegue viver com estes pobres alimentos. Naturalmente, aqui no campo, é difícil obter coisa melhor. Venha comigo e eu lhe mostrarei como se vive na cidade. Depois que passar lá uma semana, você ficará admirado de ter suportado a vida no campo.
Os dois puseram-se, então, a caminho. Tarde da noite, chegaram à casa do camundongo da cidade.
- Certamente você gostará de tomar um refresco, após esta caminhada, disse ele polidamente ao primo.
Conduziu-o à sala de jantar, onde encontraram os restos de uma grande festa. Puseram-se a comer geléias e bolos deliciosos. De repente, ouviram rosnados e latidos.
- O que é isto? Perguntou, assustado, o camundongo do campo.
- São, simplesmente, os cães da casa, respondeu o da cidade.
- Simplesmente? Não gosto desta música, durante o meu jantar.
Neste momento, a porta se abriu e apareceram dois enormes cães. Os camundongos tiveram que fugir a toda pressa.
- Adeus, primo, disse o camundongo do campo. Vou voltar para minha casa no campo.
- Já vai tão cedo? perguntou o da cidade.
- Sim, já vou e não pretendo voltar, concluiu o primeiro."
(Mais vale o pouco certo, que o muito duvidoso)
O camundongo da cidade torceu o nariz e disse:
- Não posso entender, primo, como você consegue viver com estes pobres alimentos. Naturalmente, aqui no campo, é difícil obter coisa melhor. Venha comigo e eu lhe mostrarei como se vive na cidade. Depois que passar lá uma semana, você ficará admirado de ter suportado a vida no campo.
Os dois puseram-se, então, a caminho. Tarde da noite, chegaram à casa do camundongo da cidade.
- Certamente você gostará de tomar um refresco, após esta caminhada, disse ele polidamente ao primo.
Conduziu-o à sala de jantar, onde encontraram os restos de uma grande festa. Puseram-se a comer geléias e bolos deliciosos. De repente, ouviram rosnados e latidos.
- O que é isto? Perguntou, assustado, o camundongo do campo.
- São, simplesmente, os cães da casa, respondeu o da cidade.
- Simplesmente? Não gosto desta música, durante o meu jantar.
Neste momento, a porta se abriu e apareceram dois enormes cães. Os camundongos tiveram que fugir a toda pressa.
- Adeus, primo, disse o camundongo do campo. Vou voltar para minha casa no campo.
- Já vai tão cedo? perguntou o da cidade.
- Sim, já vou e não pretendo voltar, concluiu o primeiro."
(Mais vale o pouco certo, que o muito duvidoso)
A Raposa e a Cegonha
"A raposa e a cegonha mantinham boas relações e pareciam ser amigas sinceras. Certo dia, a raposa convidou a cegonha para jantar e, por brincadeira, botou na mesa apenas um prato raso contendo um pouco de sopa. Para ela, foi tudo muito fácil, mas a cegonha pode apenas molhar a ponta do bico e saiu dali com muita fome.
- Sinto muito, disse a raposa, parece que você não gostou da sopa.
- Não pense nisso, respondeu a cegonha. Espero que, em retribuição a esta visita, você venha em breve jantar comigo.
No dia seguinte, a raposa foi pagar a visita. Quando sentaram à mesa, o que havia para o jantar estava contido num jarro alto, de pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o focinho. Tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro.
- Não pedirei desculpas pelo jantar, disse a cegonha, assim você sente no próprio estomago o que senti ontem.
(Quem com ferro fere, com ferro será ferido)
- Sinto muito, disse a raposa, parece que você não gostou da sopa.
- Não pense nisso, respondeu a cegonha. Espero que, em retribuição a esta visita, você venha em breve jantar comigo.
No dia seguinte, a raposa foi pagar a visita. Quando sentaram à mesa, o que havia para o jantar estava contido num jarro alto, de pescoço comprido e boca estreita, no qual a raposa não podia introduzir o focinho. Tudo o que ela conseguiu foi lamber a parte externa do jarro.
- Não pedirei desculpas pelo jantar, disse a cegonha, assim você sente no próprio estomago o que senti ontem.
(Quem com ferro fere, com ferro será ferido)
A Lebre e a Tartaruga
"A lebre estava se vangloriando de sua rapidez, perante os outros animais:
- Nunca perco de ninguém. Desafio a todos aqui a tomarem parte numa corrida comigo.
- Aceito o desafio! Disse a tartaruga calmamente.
- Isto parece brincadeira. Poderia dançar à sua volta, por todo o caminho, respondeu a lebre.
- Guarde sua presunção até ver quem ganha. recomendou a tartaruga.
A um sinal dado pelos outros animais, as duas partiram. A lebre saiu a toda velocidade. Mais adiante, para demonstrar seu desprezo pela rival, deitou-se e tirou uma soneca.
A tartaruga continuou avançando, com muita perseverança. Quando a lebre acordou, viu-a já pertinho do ponto final e não teve tempo de correr, para chegar primeiro.
(Com perseverança, tudo se alcança)
"A lebre estava se vangloriando de sua rapidez, perante os outros animais:
- Nunca perco de ninguém. Desafio a todos aqui a tomarem parte numa corrida comigo.
- Aceito o desafio! Disse a tartaruga calmamente.
- Isto parece brincadeira. Poderia dançar à sua volta, por todo o caminho, respondeu a lebre.
- Guarde sua presunção até ver quem ganha. recomendou a tartaruga.
A um sinal dado pelos outros animais, as duas partiram. A lebre saiu a toda velocidade. Mais adiante, para demonstrar seu desprezo pela rival, deitou-se e tirou uma soneca.
A tartaruga continuou avançando, com muita perseverança. Quando a lebre acordou, viu-a já pertinho do ponto final e não teve tempo de correr, para chegar primeiro.
(Com perseverança, tudo se alcança)
A Moça e a Vasilha de Leite
"Uma moça ia ao mercado equilibrando, na cabeça, a vasilha do leite. No caminho, começou a calcular o lucro que teria com a venda dele.
- Com este dinheiro, comprarei muito ovos. Naturalmente, nem todos estarão bons, mas, pelo menos, de três quartos deles sairão pintinhos. Levarei alguns para vender no mercado. Com o dinheiro que ganhar, aumentarei o estoque dos ovos. Tornarei a pô-los a chocar e, em breve, terei uma boa fazenda de criação. Ficando rica, os homens, pedir-me-ãoem casamento. Escolherei , naturalmente, o mais forte, o mais rico e o mais bonito. Como me invejarão as amigas! Comprarei um lindo vestido de seda, para o casamento e, também, um bonito véu. Todos dirão que sou a noiva mais elegante da cidade.
Assim pensando, sacudiu a cabeça, de contentamento. A vasilha do leite caiu ao chão, o leite esparramou-se pela estrada e nada sobrou para vender no mercado."
(Não se deve contar com o ovo quando ele ainda está dentro da galinha)
- Com este dinheiro, comprarei muito ovos. Naturalmente, nem todos estarão bons, mas, pelo menos, de três quartos deles sairão pintinhos. Levarei alguns para vender no mercado. Com o dinheiro que ganhar, aumentarei o estoque dos ovos. Tornarei a pô-los a chocar e, em breve, terei uma boa fazenda de criação. Ficando rica, os homens, pedir-me-ão
Assim pensando, sacudiu a cabeça, de contentamento. A vasilha do leite caiu ao chão, o leite esparramou-se pela estrada e nada sobrou para vender no mercado."
(Não se deve contar com o ovo quando ele ainda está dentro da galinha)
O Corvo e o Jarro
"Um corvo, quase morto de sede, foi a um jarro, onde pensou encontrar água. Quando meteu o bico pela borda do jarro, verificou que só havia um restinho no fundo. Era difícil alcançá-la com o bico, pois o jarro era muito alto. Depois de várias tentativas, teve que desistir, desesperado. Surgiu, então, uma idéia, em seu cérebro. Apanhou um seixo (fragmento de rocha ou pedra) e jogou-o no fundo do jarro. Jogou mais um e muitos outros. Com alegria verificou que a água vinha, aos poucos, se aproximando da borda. Jogou mais alguns seixos e conseguiu matar a sede, salvando a sua vida."
(Água mole, em pedra dura, tanto bate até que fura)
O Cão e o Osso
"Um dia, um cão, carregando um osso na boca, ia atravessando uma ponte. Olhando para baixo, viu sua própria imagem refletida na água. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe logo o osso que este tinha na boca, e pôs-se a latir. Mal, porém, abriu a boca, seu próprio osso caiu na água e perdeu-se para sempre."
(Mais vale um pássaro na mão do que dois voando)
(Água mole, em pedra dura, tanto bate até que fura)
O Cão e o Osso
"Um dia, um cão, carregando um osso na boca, ia atravessando uma ponte. Olhando para baixo, viu sua própria imagem refletida na água. Pensando ver outro cão, cobiçou-lhe logo o osso que este tinha na boca, e pôs-se a latir. Mal, porém, abriu a boca, seu próprio osso caiu na água e perdeu-se para sempre."
(Mais vale um pássaro na mão do que dois voando)
O Vento e o Sol
"O vento e o sol estavam disputando qual dos dois era o mais forte. De repente, viram um viajante que vinha caminhando.
- Sei como decidir nosso caso. Aquele que conseguir fazer o viajante tirar o casaco, será o mais forte.
- Sei como decidir nosso caso. Aquele que conseguir fazer o viajante tirar o casaco, será o mais forte.
- Você começa, propôs o sol, retirando-se para trás de uma nuvem.
O vento começou a soprar com toda a força. Quanto mais soprava, mais o homem ajustava o casaco ao corpo. Desesperado, então o vento retirou-se.
O sol saiu de seu esconderijo e brilhou com todo o esplendor sobre o homem, que logo sentiu calor e despiu o paletó."
(O amor constrói, a violência arruína)
O vento começou a soprar com toda a força. Quanto mais soprava, mais o homem ajustava o casaco ao corpo. Desesperado, então o vento retirou-se.
O sol saiu de seu esconderijo e brilhou com todo o esplendor sobre o homem, que logo sentiu calor e despiu o paletó."
(O amor constrói, a violência arruína)
A Gansa que Punha Ovos de Ouro
"Um homem possuía uma gansa que, toda manhã, punha um ovo de ouro. Vendendo estes ovos preciosos, ele estava acumulando uma grande fortuna. Quanto mais rico ficava, porém, mais avarento se tornava. Começou a achar que um ovo só, por dia, era pouco.
"Porque não põe dois ovos, quatro ou cinco?" pensava ele. "Provavelmente, se eu abrir a barriga desta ave, encontrarei uma centena de ovos e viverei como um nababo". Assim pensando, matou a gansa abriu-lhe a barriga e, naturalmente, nada encontrou."
(Quem tudo quer, tudo perde)
"Porque não põe dois ovos, quatro ou cinco?" pensava ele. "Provavelmente, se eu abrir a barriga desta ave, encontrarei uma centena de ovos e viverei como um nababo". Assim pensando, matou a gansa abriu-lhe a barriga e, naturalmente, nada encontrou."
(Quem tudo quer, tudo perde)
A Formiga e a Pomba
Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, e sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem.
Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, oculto pelas folhas da árvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo.
A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.
Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem.
Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, oculto pelas folhas da árvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo.
A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.
Autor: Esopo
Moral da História:
Quem é grato de coração, sempre encontrará uma oportunidade para demonstrar sua gratidão.
Quem é grato de coração, sempre encontrará uma oportunidade para demonstrar sua gratidão.
A MULA
Uma mula, sempre folgada, pelo fato de não trabalhar e ainda assim receber uma generosa quantidade de milho como ração, vivia orgulhosa dentro do curral. Era pura vaidade, e comportava-se como se fosse o mais importante animal do grupo. E confiante, falava consigo mesma:
- Meu pai certamente foi um grande e Belo Raça Pura. Sinto-me orgulhosa por ter herdado toda sua graciosidade, resistência, espírito e beleza.
Pouco tempo depois, ao ser levada à uma longa jornada, como simples animal de carga, cansada de tanto caminhar, exclama desconsolada:
- Talvez tenha cometido um erro de avaliação. Meu pai pode Ter sido apenas um simples Burro de carga.
Autor: Esopo
- Meu pai certamente foi um grande e Belo Raça Pura. Sinto-me orgulhosa por ter herdado toda sua graciosidade, resistência, espírito e beleza.
Pouco tempo depois, ao ser levada à uma longa jornada, como simples animal de carga, cansada de tanto caminhar, exclama desconsolada:
- Talvez tenha cometido um erro de avaliação. Meu pai pode Ter sido apenas um simples Burro de carga.
Autor: Esopo
Moral da História:
Ao desejar ser aquilo que não somos, estamos plantando dentro de nós a semente da frustração.
Ao desejar ser aquilo que não somos, estamos plantando dentro de nós a semente da frustração.
O Leão e os Três Touros
Três touros, amigos desde longa data, pastavam juntos e tranqüilos no campo.
Um Leão, escondido no mato, espreitava-os na esperança de fazer deles seu jantar, mas receava atacá-los enquanto estivessem em grupo.Finalmente, por meio de ardilosas e traiçoeiras palavras, ele conseguiu criar entre eles a discórdia e separá-los.
Assim, tão logo eles pastavam sozinhos, atacou-os sem medo algum, e um após outro, foram sendo devorados sempre que sentia fome.
Um Leão, escondido no mato, espreitava-os na esperança de fazer deles seu jantar, mas receava atacá-los enquanto estivessem em grupo.Finalmente, por meio de ardilosas e traiçoeiras palavras, ele conseguiu criar entre eles a discórdia e separá-los.
Assim, tão logo eles pastavam sozinhos, atacou-os sem medo algum, e um após outro, foram sendo devorados sempre que sentia fome.
Autor: Esopo
Moral da História:
União é força.
União é força.
As Lebres e as Rãs
As lebres, animais tímidos por natureza, sentiam-se oprimidas com tanto acanhamento. Como viviam, na maior parte do tempo, com medo de tudo e de todos, frustradas e cansadas, resolveram dar um fim às suas angústias.
Então, de comum acordo, decidiram por fim às suas vidas. Concluíram que assim resolveriam todos os seus problemas. Combinaram então que se jogariam do alto de um penhasco, para as escuras e profundas águas de um lago.
Assim, quando correm para o abismo, várias Rãs que descansavam ocultas pela grama à beira do mesmo, tomadas de pavor ante o ruído de suas pisadas, desesperadas, pulam na água, em busca de proteção. Ao ver o pavor que sentiam as Rãs em fuga, uma das Lebres diz às companheiras:
- Não mais devemos fazer isso que combinamos minhas amigas! Sabemos agora, que existem criaturas mais medrosas que nós.
Autor: Esopo
Então, de comum acordo, decidiram por fim às suas vidas. Concluíram que assim resolveriam todos os seus problemas. Combinaram então que se jogariam do alto de um penhasco, para as escuras e profundas águas de um lago.
Assim, quando correm para o abismo, várias Rãs que descansavam ocultas pela grama à beira do mesmo, tomadas de pavor ante o ruído de suas pisadas, desesperadas, pulam na água, em busca de proteção. Ao ver o pavor que sentiam as Rãs em fuga, uma das Lebres diz às companheiras:
- Não mais devemos fazer isso que combinamos minhas amigas! Sabemos agora, que existem criaturas mais medrosas que nós.
Autor: Esopo
Moral da História: Julgar que nossos problemas são os mais importantes do mundo, não passa de ilusão.
O Cachorro e Sua Sombra
Um cachorro, que carregava na boca um pedaço de carne, ao cruzar uma ponte sobre um riacho, vê sua imagem refletida na água. Diante disso, ele logo imagina que se trata de outro cachorro, com um pedaço de carne maior que o seu.
Então, ele deixa cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lança sobre o animal refletido na água, para tomar a porção de carne que julga ser maior que a sua. Agindo assim ele perdeu a ambos. Aquele que tentou pegar na água, por se tratar de um simples reflexo, e o seu próprio, uma vez que ao largá-lo nas águas, a correnteza levou para longe.
Então, ele deixa cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lança sobre o animal refletido na água, para tomar a porção de carne que julga ser maior que a sua. Agindo assim ele perdeu a ambos. Aquele que tentou pegar na água, por se tratar de um simples reflexo, e o seu próprio, uma vez que ao largá-lo nas águas, a correnteza levou para longe.
Autor: Esopo
Moral da História:
É um tolo e duas vezes imprudente, aquele que desiste do certo pelo duvidoso.
É um tolo e duas vezes imprudente, aquele que desiste do certo pelo duvidoso.
O Asno e o Velho Pastor
Um Pastor contemplava tranqüilo seu Asno a pastar em uma verde e fresca campina. De repente, escuta ao longe, os gritos de uma tropa de soldados inimigos, que se aproxima rapidamente. Então temendo ser capturado pelo inimigo, ele suplica ao animal, que este o carregue em seu dorso, o mais rápido que puder, para não serem aprisionados. O Asno, com calma, lhe pergunta:
- Senhor, por que eu deveria temer o inimigo? Você acha provável que o conquistador coloque em mim, além dos dois cestos de carga que carrego todo dia, mais outros dois?
- Suponho que não! - Lhe responde o Pastor.
- Então, - Diz o animal - contanto que eu carregue os dois cestos que já carrego, que diferença faz a qual senhor estarei servindo?
- Senhor, por que eu deveria temer o inimigo? Você acha provável que o conquistador coloque em mim, além dos dois cestos de carga que carrego todo dia, mais outros dois?
- Suponho que não! - Lhe responde o Pastor.
- Então, - Diz o animal - contanto que eu carregue os dois cestos que já carrego, que diferença faz a qual senhor estarei servindo?
Autor: Esopo
Moral da História:
Ao mudar o governante, para o servo pobre, nada muda além do nome do seu novo senhor.
Ao mudar o governante, para o servo pobre, nada muda além do nome do seu novo senhor.
O Cego e o Filhote de Lobo
Um Cego de nascença possuía a habilidade de distinguir diferentes animais, apenas tocando-os com suas mãos.
Trouxeram-lhe então um filhote de Lobo, e colocando-o em seu colo, pediram que o apalpasse e depois descrevesse que animal seria aquele.
Ele correu as mãos sobre o animal, e estando em dúvida, comentou:
- Eu com certeza não sei se isto é o filhote de uma Raposa ou o filhote de um Lobo; mas de uma coisa eu tenho certeza, ele jamais seria bem vindo dentro de um curral de ovelhas.
Trouxeram-lhe então um filhote de Lobo, e colocando-o em seu colo, pediram que o apalpasse e depois descrevesse que animal seria aquele.
Ele correu as mãos sobre o animal, e estando em dúvida, comentou:
- Eu com certeza não sei se isto é o filhote de uma Raposa ou o filhote de um Lobo; mas de uma coisa eu tenho certeza, ele jamais seria bem vindo dentro de um curral de ovelhas.
Autor: Esopo
Moral da História:
As más tendências são mostradas já na primeira infância.
As más tendências são mostradas já na primeira infância.
O Galo e a Pedra Preciosa
Um Galo, que procurava no terreiro alimento para ele e suas galinhas, acaba por encontrar uma pedra preciosa de grande beleza e valor. Mas, depois de observá-la por um instante, comenta desolado:
- Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, ao invés de todas as jóias do Mundo!
Autor: Esopo
Moral da História:
A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
- Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, ao invés de todas as jóias do Mundo!
Autor: Esopo
Moral da História:
A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
O Galo de Briga e a Águia
Dois galos estavam disputando em feroz luta, o direito de comandar o galinheiro de uma chácara. Por fim, um põe o outro para correr e é o vencedor.
O Galo derrotado afastou-se e foi se recolher num canto sossegado do galinheiro. O vencedor, voando até o alto de um muro, bateu as asas e exultante cantou com toda sua força. Uma Águia que pairava ali perto, lançou-se sobre ele e com um golpe certeiro levou-o preso em suas poderosas garras. O Galo derrotado saiu do seu canto, e daí em diante reinou absoluto livre de concorrência.
Autor: Esopo
Moral da História:
O orgulho e a arrogância é o caminho mais curto para a ruína e o infortúnio. |
O Gato e o Galo
Um gato, ao capturar um galo, ficou imaginando como achar uma desculpa, qualquer que fosse, para justificar o seu desejo de devorá-lo.
Acusou ele então de causar aborrecimentos aos homens, já que cantava à noite e não deixava ninguém dormir.
O galo se defendeu dizendo que fazia isso em benefício dos homens, e assim eles podiam acordar cedo para não perder a hora do trabalho.
O gato respondeu;
Acusou ele então de causar aborrecimentos aos homens, já que cantava à noite e não deixava ninguém dormir.
O galo se defendeu dizendo que fazia isso em benefício dos homens, e assim eles podiam acordar cedo para não perder a hora do trabalho.
O gato respondeu;
- "Apesar de você ter uma boa desculpa eu não posso ficar sem jantar." E assim comeu o galo.
Autor: Esopo
Moral da História:
Quem é mau caráter, sempre vai achar uma desculpa para tornar legítimas suas ações.
Quem é mau caráter, sempre vai achar uma desculpa para tornar legítimas suas ações.
O Ladrão e o Cão de Guarda
Um ladrão veio à noite para assaltar uma casa. Ele trouxe consigo vários pedaços de carne, para que pudesse acalmar um feroz Cão de Guarda que vigiava o local. A carne serviria para distraí-lo, de modo que não chamasse a atenção do seu dono com latidos.
Assim que o ladrão jogou os pedaços de carne aos pés do cão, este disse:
- Se você estava querendo calar minha boca, cometeu um grande erro. Tão inesperada gentileza vinda de suas mãos, apenas serviu para me deixar ainda mais atento. Sei que por trás dessa cortesia sem motivo, você deve ter algum interesse oculto para beneficiar a si mesmo e prejudicar o meu dono.
Autor: Esopo
Assim que o ladrão jogou os pedaços de carne aos pés do cão, este disse:
- Se você estava querendo calar minha boca, cometeu um grande erro. Tão inesperada gentileza vinda de suas mãos, apenas serviu para me deixar ainda mais atento. Sei que por trás dessa cortesia sem motivo, você deve ter algum interesse oculto para beneficiar a si mesmo e prejudicar o meu dono.
Autor: Esopo
Moral da História:
Gentilezas inesperadas é a principal característica de alguém com más, ou segundas intenções.
Gentilezas inesperadas é a principal característica de alguém com más, ou segundas intenções.
O Leão Apaixonado
Um Leão pediu a filha de um lenhador em casamento. O Pai , contrariado por não poder negar, já que o temia, viu também na ocasião, um excelente modo de livrar-se de vez do problema.
Ele disse que concordaria em tê-lo como genro, mas com uma condição; Este deveria deixar-lhe arrancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo dessas coisas.
Feliz da vida o Leão concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas o lenhador, que já não mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa, o que o fez retornar para a floresta.
Ele disse que concordaria em tê-lo como genro, mas com uma condição; Este deveria deixar-lhe arrancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo dessas coisas.
Feliz da vida o Leão concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas o lenhador, que já não mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa, o que o fez retornar para a floresta.
Autor: Esopo
Moral da História:
Todos os problemas, quando examinados de perto, acabam por revelar sua solução.
Todos os problemas, quando examinados de perto, acabam por revelar sua solução.
O Leão e o Rato
Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato suplicou:
- Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua bondade.
- Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que um dia poderia retribuir sua bondade.
Rindo por achar ridícula a idéia, assim mesmo, ele resolveu libertá-lo.
Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:
- O senhor riu da idéia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
Autor: Esopo
Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:
- O senhor riu da idéia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu! Mas agora sabe que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
Autor: Esopo
Moral da História:
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais aliados.
Os pequenos amigos podem se revelar os melhores e mais leais aliados.
O Boi e a Rã
Um Boi indo beber água num charco, acidentalmente pisa numa ninhada de rãs e esmaga uma delas. A mãe das Rãs, ao dar pela falta de um dos seus filhotes, pergunta aos seus irmãos o que aconteceu com ele.
- Ele foi morto! Há poucos minutos atrás, uma grande Besta, com quatro enormes patas rachadas ao meio, veio até a lagoa e pisou em cima dele.
A mãe começa a inchar e pergunta:
- A besta era maior do que eu estou agora?
- Pare mãe, pare de inchar - Pede seu filho - não se aborreça, mas eu lhe asseguro, por mais que tente você explodiria antes de conseguir imitar o tamanho daquele Monstro.
- Ele foi morto! Há poucos minutos atrás, uma grande Besta, com quatro enormes patas rachadas ao meio, veio até a lagoa e pisou em cima dele.
A mãe começa a inchar e pergunta:
- A besta era maior do que eu estou agora?
- Pare mãe, pare de inchar - Pede seu filho - não se aborreça, mas eu lhe asseguro, por mais que tente você explodiria antes de conseguir imitar o tamanho daquele Monstro.
Autor: Esopo
Moral da História:
Na maioria das vezes, as coisas insignificantes desviam nossa atenção do verdadeiro problema.
Na maioria das vezes, as coisas insignificantes desviam nossa atenção do verdadeiro problema.
O Fazendeiro, seu Filho e o Burro
"Um fazendeiro e seu filho viajavam para o mercado, levando consigo um burro. Na estrada, encontraram umas moças salientes, que riram e zombaram deles:
- Já viram que bobos? Andando a pé, quando deviam montar no burro?
O fazendeiro, então, ordenou ao filho:
- Monte no burro, pois não devemos parecer ridículos.
O filho assim o fez. Daí a pouco, passaram por uma aldeia. À porta de uma estalagem estavam uns velhos que comentaram:
- Ali vai um exemplo da geração moderna: o rapaz, muito bem refestelado no animal, enquanto o velho pai caminha, com suas pernas fatigadas.
- Talvez eles tenham razão, meu filho, disse o pai. Ficaria melhor se eu montasse e você fosse a pé.
Trocaram então as posições.
Alguns quilômetros adiante, encontraram camponesas passeando, as quais disseram:
-A crueldade de alguns pais para com os filhos é tremenda! Aquele preguiçoso, muito bem instalado no burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas.
- Suba na garupa, meu filho. Não quero parecer cruel, pediu o pai.
Assim, ambos montados no burro, entraram no mercado da cidade.
- Oh!! Gritaram outros fazendeiros que se encontravam lá. Pobre burro, maltratado, carregando uma dupla carga! Não se trata um animal desta maneira. Os dois precisavam ser presos. Deviam carregar o burro às costas, em vez de este carregá-los. O fazendeiro e o filho saltaram do animal e carregaram-no. Quando atravessavam uma ponte, o burro, que não estava se sentindo confortável, começou a escoicear com tanta energia que os dois caíram na água."
(Quem a todos quer ouvir, de ninguém é ouvido)
"Um fazendeiro e seu filho viajavam para o mercado, levando consigo um burro. Na estrada, encontraram umas moças salientes, que riram e zombaram deles:
- Já viram que bobos? Andando a pé, quando deviam montar no burro?
O fazendeiro, então, ordenou ao filho:
- Monte no burro, pois não devemos parecer ridículos.
O filho assim o fez. Daí a pouco, passaram por uma aldeia. À porta de uma estalagem estavam uns velhos que comentaram:
- Ali vai um exemplo da geração moderna: o rapaz, muito bem refestelado no animal, enquanto o velho pai caminha, com suas pernas fatigadas.
- Talvez eles tenham razão, meu filho, disse o pai. Ficaria melhor se eu montasse e você fosse a pé.
Trocaram então as posições.
Alguns quilômetros adiante, encontraram camponesas passeando, as quais disseram:
-A crueldade de alguns pais para com os filhos é tremenda! Aquele preguiçoso, muito bem instalado no burro, enquanto o pobre filho gasta as pernas.
- Suba na garupa, meu filho. Não quero parecer cruel, pediu o pai.
Assim, ambos montados no burro, entraram no mercado da cidade.
- Oh!! Gritaram outros fazendeiros que se encontravam lá. Pobre burro, maltratado, carregando uma dupla carga! Não se trata um animal desta maneira. Os dois precisavam ser presos. Deviam carregar o burro às costas, em vez de este carregá-los. O fazendeiro e o filho saltaram do animal e carregaram-no. Quando atravessavam uma ponte, o burro, que não estava se sentindo confortável, começou a escoicear com tanta energia que os dois caíram na água."
(Quem a todos quer ouvir, de ninguém é ouvido)
O Filhote de Cervo e sua Mãe
Certa vez, um jovem Cervo conversava com sua mãe:
- Mãe você é maior que um Lobo. É também mais veloz e possui chifres poderosos para se defender, por que então você tem tanto medo deles?
A Mãe amargamente sorriu e disse:
- Tudo que você falou é a mais pura verdade meu filho, mesmo assim, quando eu escuto um simples ganido de Lobo, me sinto fraca e só penso em correr o mais que puder.
- Mãe você é maior que um Lobo. É também mais veloz e possui chifres poderosos para se defender, por que então você tem tanto medo deles?
A Mãe amargamente sorriu e disse:
- Tudo que você falou é a mais pura verdade meu filho, mesmo assim, quando eu escuto um simples ganido de Lobo, me sinto fraca e só penso em correr o mais que puder.
Autor: Esopo
Moral da História:
Para a maioria das pessoas é mais cômodo conviver com seus medos e fraquezas, mesmo sabendo que são capazes superar cada uma dessas coisas.
Para a maioria das pessoas é mais cômodo conviver com seus medos e fraquezas, mesmo sabendo que são capazes superar cada uma dessas coisas.
O Cachorro e Sua Sombra
Um cachorro, que carregava na boca um pedaço de carne, ao cruzar uma ponte sobre um riacho, vê sua imagem refletida na água. Diante disso, ele logo imagina que se trata de outro cachorro, com um pedaço de carne maior que o seu.
Então, ele deixa cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lança sobre o animal refletido na água, para tomar a porção de carne que julga ser maior que a sua. Agindo assim ele perdeu a ambos. Aquele que tentou pegar na água, por se tratar de um simples reflexo, e o seu próprio, uma vez que ao largá-lo nas águas, a correnteza levou para longe.
Então, ele deixa cair no riacho o pedaço que carrega, e ferozmente se lança sobre o animal refletido na água, para tomar a porção de carne que julga ser maior que a sua. Agindo assim ele perdeu a ambos. Aquele que tentou pegar na água, por se tratar de um simples reflexo, e o seu próprio, uma vez que ao largá-lo nas águas, a correnteza levou para longe.
Autor: Esopo
Moral da História: É um tolo e duas vezes imprudente, aquele que desiste do certo pelo duvidoso
O Galo e a Pedra Preciosa
Um Galo, que procurava no terreiro alimento para ele e suas galinhas, acaba por encontrar uma pedra preciosa de grande beleza e valor. Mas, depois de observá-la por um instante, comenta desolado:
- Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, ao invés de todas as jóias do Mundo!
Autor: Esopo
Moral da História: A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
- Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto não iria se conter diante de tamanha alegria, e é quase certo que iria te colocar em lugar digno de adoração. No entanto, eu te achei e de nada me serves. Antes disso, preferia ter encontrado um simples grão de milho, ao invés de todas as jóias do Mundo!
Autor: Esopo
Moral da História: A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
O Leão Apaixonado
Um Leão pediu a filha de um lenhador em casamento. O Pai , contrariado por não poder negar, já que o temia, viu também na ocasião, um excelente modo de livrar-se de vez do problema.
Ele disse que concordaria em tê-lo como genro, mas com uma condição; Este deveria deixar-lhe arrancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo dessas coisas.
Feliz da vida o Leão concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas o lenhador, que já não mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa, o que o fez retornar para a floresta.
Ele disse que concordaria em tê-lo como genro, mas com uma condição; Este deveria deixar-lhe arrancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo dessas coisas.
Feliz da vida o Leão concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas o lenhador, que já não mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa, o que o fez retornar para a floresta.
Autor: Esopo
Moral da História: Todos os problemas, quando examinados de perto, acabam por revelar sua solução.
A Formiga e a Pomba
Uma Formiga foi à margem do rio para beber água, e sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem.
Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, oculto pelas folhas da árvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo.
A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.
Uma Pomba, que estava numa árvore sobre a água observando a tudo, arranca uma folha e a deixa cair na correnteza perto da mesma. Subindo na folha a Formiga flutua em segurança até a margem.
Eis que pouco tempo depois, um caçador de pássaros, oculto pelas folhas da árvore, se prepara para capturar a Pomba, colocando visgo no galho onde ela repousa, sem que a mesma perceba o perigo.
A Formiga, percebendo sua intenção, dá-lhe uma ferroada no pé. Do susto, ele deixa cair sua armadilha de visgo, e isso dá chance para que a Pomba desperte e voe para longe, a salvo.
Autor: Esopo
Moral da História: Quem é grato de coração, sempre encontrará uma oportunidade para demonstrar sua gratidão.
PROJETO: LENDAS
Disciplina: Língua Portuguesa/Literatura
Ciclo: Ensino Fundamental - 5ª a 8ª
Assunto: Leitura
Tipo: Texto
Onde encontrar: Língua Portuguesa
Ciclo: Ensino Fundamental - 5ª a 8ª
Assunto: Leitura
Tipo: Texto
Onde encontrar: Língua Portuguesa
TEMA: Folclore Regional
MÉTODO: Ler a História e produzir HQ; teatro de sombras; recontar lendas.
MATERIAL:
· Papel sulfite;
· Lápis de cor ou giz de cera;
· Lendas;
· Lápis, régua e borracha;
·
JUSTIFICATIVA:
Alguns alunos pouco conhecem do folclore regional. Através da leitura de livros da biblioteca da Escola que contenham essas histórias, primeiramente povoar a imaginação infantil com seus personagens e depois fazer com que cada aluno crie o seu gibi, baseado em uma das Lendas lidas.
OBJETIVOS:
Deseja-se que o aluno:
1- leia diferentes Lendas para observar os elementos que as estruturam o foco narrativo e o ponto de vista do autor;
2- escolha uma das Lendas de seu agrado e reescreva-a do ponto de vista de um dos personagens, narrando-a em primeira pessoa. Poderá acrescentar fatos, informações, dando asas a sua imaginação.
3- ilustre-a a gosto.
PÚBLICO-ALVO - alunos de quinta a oitava séries.
DURAÇÃO - de seis a dez aulas, dependendo do desenvolvimento da classe.
MATERIAL UTILIZADO
Lendas;
Retroprojetor;
Papel almaço;
Lápis e caneta;
Papel sulfite;
Lápis de cor;
Régua;
Borracha.
Computador e internet para pesquisa.
ESTRATÉGIAS:
1- O professor fará uma breve explicação sobre o que é uma Lenda e citará as mais conhecidas.
2- Dividirá a classe em duplas e distribuirá um livro de Lendas, se possível diferente, para cada uma e se não for possível, os levará para sala de informática para pesquisar.
3- As duplas farão um rodízio de livros, para que todas leiam o maior número possível de Lendas.
4- Cada dupla escolherá a Lenda com o qual quer trabalhar colocando o personagem principal para contar a história e dirá para a classe. Por exemplo: O Curupira irá contar a história em primeira pessoa.
5- Os dois componentes da dupla elaborarão juntos os textos, que serão escritos numa folha de papel almaço. Poderão ser acrescentados fatos, personagens, de acordo com o gosto e a criatividade dos alunos. O narrador-personagem poderá intervir na história.
6- O professor corrigirá o texto, que deverá ser passado em folhas de papel sulfite em formato de gibi. As ilustrações serão feitas de acordo com a vontade da dupla.
A moça lua
Naquele tempo não existiam estrelas ou lua. E a noite era tão escura que todos se encolhiam dentro de casa com medo dela. Na tribo, só uma índia não tinha medo. Ela era uma índia clara e muito bonita, mas era diferente das outras. E por ser diferente, nenhum índio queria namorar com ela, e as índias não conversavam com ela. Sentindo-se só, começou a andar pelas noites. Todos ficavam surpresos com aquilo, e quando ela voltava, dizia a todos que não havia perigo. Mas havia outra índia, feia e escura, que ficou com inveja da índia clara. E por isso, tentou sair uma noite também. Mas não conseguiu enxergar na escuridão e tropeçou nas pedras, cortou os pés nos gravetos e se assustou com os morcegos. Cheia de raiva, foi conversar com a cascavel:
- Cascavel, quero que morda o calcanhar da índia branca para que ela fique escura, feia e velha, e que ninguém mais goste dela.
Na mesma hora, a cascavel se pôs a esperar a índia clara. Quando ela passou, deu o bote. Mas a índia tinha os pés calçados com duas conchas e os dentes da cobra se quebraram. A cobra começou a amaldiçoá-la e a índia perguntou por que ia fazer aquilo com ela. A cascavel respondeu:
- Porque a índia escura mandou. Ela não gosta de você e quer que você fique escura, feia e velha.
A índia branca ficou muito triste com tudo aquilo. Não poderia viver com pessoas que não gostassem dela. E não agüentava mais ser diferente dos outros índios, tão branca e sem medo do escuro. Então, fez uma linda escada de cipós e pediu para que sua amiga coruja a amarrasse no céu. Subiu tanto, que ao chegar ao céu estava exausta. Então dormiu numa nuvem e se transformou num belíssimo astro redondo e iluminado. Era a lua. A índia escura olhou para ela e ficou cega. Foi se esconder com a cascavel em um buraco. E os índios adoraram a lua, que iluminava suas noites, e sonharam em construir outra escada para poder ir ao céu encontrar a bela índia.
AÇAI
Há muito tempo atrás, quando ainda não existia a cidade de Belém, vivia neste local uma tribo indígena muito numerosa. Como os alimentos eram escassos, tornava-se muito difícil conseguir comida para todos os índios da tribo. Então o cacique Itaki tomou uma decisão muito cruel. Resolveu que a partir daquele dia todas as crianças que nascessem seriam sacrificadas para evitar o aumento populacional de sua tribo. Até que um dia a filha do cacique, chamada Iaça, deu à luz uma bonita menina, que também teve de ser sacrificada.
Iaça ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades de sua filhinha. Ficou vários dias enclausurada em sua tenda e pediu à Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças.
Certa noite de lua Iaça ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua linda filhinha sorridente, ao pé de uma esbelta palmeira. Inicialmente ficou estática, mas logo depois, lançou-se em direção à filha, abraçando - a. Porém misteriosamente sua filha desapareceu.
Iaça, inconsolável, chorou muito até desfalecer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros.
Itaki então mandou que apanhassem os frutos em alguidar de madeira, obtendo um vinho avermelhado que batizou de açaí, em homenagem a sua filha (Iaça invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu sua ordem de sacrificar as crianças.
Iaça ficou desesperada, chorava todas as noites de saudades de sua filhinha. Ficou vários dias enclausurada em sua tenda e pediu à Tupã que mostrasse ao seu pai outra maneira de ajudar seu povo, sem o sacrifício das crianças.
Certa noite de lua Iaça ouviu um choro de criança. Aproximou-se da porta de sua oca e viu sua linda filhinha sorridente, ao pé de uma esbelta palmeira. Inicialmente ficou estática, mas logo depois, lançou-se em direção à filha, abraçando - a. Porém misteriosamente sua filha desapareceu.
Iaça, inconsolável, chorou muito até desfalecer. No dia seguinte seu corpo foi encontrado abraçado ao tronco da palmeira, porém no rosto trazia ainda um sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira, que estava carregada de frutinhos escuros.
Itaki então mandou que apanhassem os frutos em alguidar de madeira, obtendo um vinho avermelhado que batizou de açaí, em homenagem a sua filha (Iaça invertido). Alimentou seu povo e, a partir deste dia, suspendeu sua ordem de sacrificar as crianças.
A rede de dormir
Há muito tempo atrás, os homens dormiam no chão em cima de folhas ou de paus. Mas o índio Tamaquaré não queria dormir no chão com medo de que os animais o machucassem. Então, teve uma grande idéia e foi pedir ajuda para seu amigo tucano.
Os dois amarraram cipó, fazendo um lindo trançado, e construindo assim uma rede. O pajé Tamaquaré pôde então dormir pendurado, protegido dos animais.
E ele pediu para o tucano não contar aquele segredo para ninguém:
- Esse segredo é meu! Eu tive a idéia e não quero que os outros índios saibam e fiquem falando que eu tenho medo dos bichos!
Mas o tucano, que naquele tempo tinha o bico curto e podia falar, acabou contando o segredo para todos os índios da tribo. O pajé, zangado com a traição, puxou o bico do tucano. Este ficou muito comprido, e o tucano não conseguiu mais falar.
Corpo seco
Homem que passou pela vida semeando malefícios e que sevidiou a própria mãe. Ao morrer, nem Deus nem o Diabo o quiseram, e a própria terra o repeliu enojada de sua carne, e um dia, mirrado, defecado, com a pele engelhada sobre os ossos, da tumba se levantou em obediência ao seu fado, vagando e assombrando os viventes na calada da noite.
Conta-se no sertão que pobre mulher, certa vez, amadora dos bons guisados de urupês (orelha de pau), vagava pela mata para colher os apetecidos quando deparou com um pau-piúca caído, onde abrolhavam os saborosos parasitas. Colhia-as quando, no desvendar a parte extrema do madeiro, se tomou de pavor e muito susto ante dois olhos escarninhos que a fitavam, e disparou a correr desorientada sob o riso cachinado do Corpo Seco a chancear da peça que pregou.
A LENDA DA BESTA FERA
É a mais temível de todas as criaturas. Seria um ser fantástico metade homem metade cavalo.
Corre pelas ruas de lugares remotos em noites sem lua. Sua presença é pavorosa. Ninguém jamais se atreve a abrir as portas quando ele passa em desembalada carreira dando uivos e gritos horripilantes. O barulho dos seus cascos no chão costuma deixar o mais valente dos homens de cabelo em pé. Por onde ele passa, no seu encalço seguem dezenas de cachorros fazendo um barulho infernal. O animal que se atreve a chegar mais perto é açoitado sem piedade.
É um mito muito popular no Nordeste.
É um mito muito popular no Nordeste.
Nota: Mito muito comum em todo Brasil principalmente no meio rural.
É muito popular principalmente no Nordeste do País.
É muito popular principalmente no Nordeste do País.
Lenda da Cestaria
Há muitos e muitos anos, na profundeza do Rio Paru de Leste, afluente do Amazonas, e mais precisamente na divisa com o rio Axiki, vivia a serpente Tuluperê, conhecida popularmente como a cobra-grande.
Ela tinha um comprimento fora do comum. A pele, desde a cabeça até o final do corpo, apresentava as cores vermelha e preta. E reunia características da sucuriju e da jibóia. Tuluperê virava embarcações que navegavam nas águas dessa divisa e, quando conseguia pegar uma pessoa, apertava-a até matar e dela se alimentava. Um dia, os índios da nação Wayana, da família lingüística Karib, com a ajuda do Xamã, líder religioso, conseguiram matar Tuluperê, depois que a atingiram com muitas flechas.
Nessa ocasião, viram os desenhos da pele da cobra-grande, memorizando-os. A partir daí, passaram a reproduzi-los em todas as suas peças de cestaria.
Lenda da Lua
Outra lenda indígena conta sobre a origem da lua. Manduka namorava sua irmã. Todas as noites ia deitar com ela, mas não mostrava o rosto e nem falava, para não ser identificado. A irmã, tentando descobrir quem era, passou tinta de jenipapo no rosto de Manduka.
Manduka lavou o rosto porém a marca da tinta não saiu. Então ela descobriu quem era. Ficou com vergonha, muito brava e chorou muito. Manduka também ficou com vergonha pois todos passaram a saber o que ele havia feito.
Então Manduka subiu numa árvore que ia até o céu. Depois desceu e foi dizer aos Jurunas que ia voltar pra árvore e não desceria nunca mais. Levou uma cotia pra não se sentir muito só. Aí virou lua. E é por isso que a lua tem manchas escuras, por causa do jenipapo que a irmã passouem Manduka. No meio da lua costuma aparecer uma cotia comendo coco. É a outra mancha que a lua tem.
Manduka lavou o rosto porém a marca da tinta não saiu. Então ela descobriu quem era. Ficou com vergonha, muito brava e chorou muito. Manduka também ficou com vergonha pois todos passaram a saber o que ele havia feito.
Então Manduka subiu numa árvore que ia até o céu. Depois desceu e foi dizer aos Jurunas que ia voltar pra árvore e não desceria nunca mais. Levou uma cotia pra não se sentir muito só. Aí virou lua. E é por isso que a lua tem manchas escuras, por causa do jenipapo que a irmã passou
Macunaíma
Nas terras de Roraima havia uma montanha muito alta onde um lago cristalino era expectador do triste amor entre o Sol e a Lua. Por motivos óbvios, nunca os dois apaixonados conseguiam se encontrar para vivenciar aquele amor. Quando o Sol subia no horizonte, a lua já descia para se pôr. E vice-versa. Por milhões e milhões de anos foi assim. Até que um dia, a natureza preparou um eclipse para que os dois se encontrassem finalmente.
O plano deu certo. A Lua e o Sol se cruzaram no céu. As franjas de luz do sol ao redor da lua se espelharam nas águas do lago cristalino da montanha e fecundou suas águas fazendo nascer Macunaíma, o alegre curumim do Monte Roraima. Com o passar do tempo, Macunaíma cresceu e se transformou num guerreiro entre os índios Macuxi. Bem próximo do Monte Roraima havia uma árvore chamada de "Árvore de Todos os Frutos" porque dela brotavam ao mesmo tempo bananas, abacaxis, tucumãs, açaís e todas as outras deliciosas frutas que existem. Apenas Macunaíma tinha autoridade para colher as frutas e dividi-las entre os seus de forma igualitária.
Mas nem tudo poderia ser tão perfeito. Passadas algumas luas, a ambição e a inveja tomariam conta de alguns corações na tribo. Alguns índios mais afoitos subiram na árvore, derrubaram-lhe todos os frutos e quebraram vários galhos para plantar e fazer nascer mais árvores iguais àquela. A grande "Árvore de Todos os Frutos" morreu e Macunaíma teve de castigar os culpados. O herói lançou fogo sobre toda a floresta e fez com que as árvores virassem pedras. A tribo entrou em caos e seus habitantes tiveram que fugir. Conta-se que, até hoje, o espírito de Macunaíma vive no Monte Roraima a chorar pela morte da "Árvore de todos os frutos".
O plano deu certo. A Lua e o Sol se cruzaram no céu. As franjas de luz do sol ao redor da lua se espelharam nas águas do lago cristalino da montanha e fecundou suas águas fazendo nascer Macunaíma, o alegre curumim do Monte Roraima. Com o passar do tempo, Macunaíma cresceu e se transformou num guerreiro entre os índios Macuxi. Bem próximo do Monte Roraima havia uma árvore chamada de "Árvore de Todos os Frutos" porque dela brotavam ao mesmo tempo bananas, abacaxis, tucumãs, açaís e todas as outras deliciosas frutas que existem. Apenas Macunaíma tinha autoridade para colher as frutas e dividi-las entre os seus de forma igualitária.
Mas nem tudo poderia ser tão perfeito. Passadas algumas luas, a ambição e a inveja tomariam conta de alguns corações na tribo. Alguns índios mais afoitos subiram na árvore, derrubaram-lhe todos os frutos e quebraram vários galhos para plantar e fazer nascer mais árvores iguais àquela. A grande "Árvore de Todos os Frutos" morreu e Macunaíma teve de castigar os culpados. O herói lançou fogo sobre toda a floresta e fez com que as árvores virassem pedras. A tribo entrou em caos e seus habitantes tiveram que fugir. Conta-se que, até hoje, o espírito de Macunaíma vive no Monte Roraima a chorar pela morte da "Árvore de todos os frutos".
As causas das secas do Ceará
Há muito tempo, os cearenses resolveram que iriam expulsar Bom Jesus, não se sabe qual o motivo. Depois de muita conversa, foi decidido que ele seria mandado embora por mar. Para isso, construíram uma jangada, e nela colocaram o santo com tudo que achavam necessário para a longa viagem. Então, a jangada foi para o mar. Porém, o santo sentiu sede, e os cearenses esqueceram de levar para a jangada as garrafas de água fresca.
Por causa desse infeliz esquecimento, o santo passou uma terrível sede.
Por causa desse infeliz esquecimento, o santo passou uma terrível sede.
A tal ponto que, apesar de sua infinita bondade, chegou a dizer essas palavras amargas:
- Ô, ingratos filhos do Ceará, chegará o dia em que também vocês não terão água para beber quando sentiram sede! E assim, até hoje, o Ceará passa por constantes e terríveis secas.
Lenda da Mandioca
Conta-se que há muitos anos, numa tribo de índios denominada Manau, chefiada pelo tuxaua Ambori, severo guerreiro da palavra, a filha de Ambori, de nome Itaci, veio a engravidar causando-lhe grande mágoa.
O que mais intrigava os índios da tribo era o fato da moça não ter marido, não sair da aldeia e nem ter pretendentes.
Foi tão grande o escândalo que o tuxaua pressionou a filha, na tentativa de saber quem a engravidara. Mesmo tendo apanhado bastante, a moça insistia em dizer que não sabia explicar o porquê de estar grávida.
Envergonhado com o fato, o tuxaua Ambori tomou a decisão de matar a própria filha. À noite, em sonho, apareceu-lhe um Caruana (gênio benfazejo e serviçal que os indígenas crêem habitar o fundo dos rios e igarapés) que lhe afirmava ser a moça inocente, ameaçando-o com um castigo terrível se viesse a sacrificar sua filha porque ela havia engravidado.
Impressionado com o sonho, o tuxaua perdoara a filha e esclareceu aos índios tudo que estava acontecendo.
Decorridos nove meses, a moça veio dar à luz uma linda menina, muito branca e cujos traços eram bem diferentes aos da sua raça. A criança recebeu o nome de Mani.
Índios de várias tribos foram ver Mani, que, com pouco menos de um ano, andava e falava com muito desembaraço.
Mani passou a ensinar aos índios o plantio dos primeiros alimentos de uso doméstico destinados à subsistência da tribo.
Ao completar um ano de vida, misteriosamente, sem qualquer sinal de doença, Mani faleceu. Uma cova foi cavada no terreiro da maloca e seu corpo colocado numa igaçaba (pote de barro de boca larga) e naquela cova foi sepultada.
Diariamente os índios regavam a sepultura, onde a mãe de Mani derramava suas lágrimas. Tempos depois, sobre a sepultura de Mani brotou uma planta desconhecida. Quando a planta deu flores e frutos, os pássaros que vinham comê-la ficavam embriagados.
Lembrando do sonho que tivera, o tuxaua recomendava respeito à planta.
Certo dia, os índios notaram que a terra estava fendida ao pé da planta, aparecendo algumas raízes. Essas raízes foram arrancadas e partidas, revelando-se tão brancas como o Corpo de Mani.
Acreditando ser milagre de Tupã, os índios comeram algumas raízes e outras foram amassadas, delas extraindo um líquido delicioso que passou a ser usado nas reuniões festivas da aldeia.
Daí por diante, os índios passaram a se dedicar ao cultivo da planta descoberta e deram-lhe o nome de manioca ou mandioca, que na lenda quer dizer Corpo de Mani.
O que Tupã mandara o Caruana dizer ao pai da índia, concretiza-se. Graças ao cultivo da mandioca os índios passaram a conhecer grande variedade de alimentos preparados das raízes da planta.
Com o passar do tempo, a civilização toma conta da terra, e o homem do campo passando a cultivar a mandioca.
O que mais intrigava os índios da tribo era o fato da moça não ter marido, não sair da aldeia e nem ter pretendentes.
Foi tão grande o escândalo que o tuxaua pressionou a filha, na tentativa de saber quem a engravidara. Mesmo tendo apanhado bastante, a moça insistia em dizer que não sabia explicar o porquê de estar grávida.
Envergonhado com o fato, o tuxaua Ambori tomou a decisão de matar a própria filha. À noite, em sonho, apareceu-lhe um Caruana (gênio benfazejo e serviçal que os indígenas crêem habitar o fundo dos rios e igarapés) que lhe afirmava ser a moça inocente, ameaçando-o com um castigo terrível se viesse a sacrificar sua filha porque ela havia engravidado.
Impressionado com o sonho, o tuxaua perdoara a filha e esclareceu aos índios tudo que estava acontecendo.
Decorridos nove meses, a moça veio dar à luz uma linda menina, muito branca e cujos traços eram bem diferentes aos da sua raça. A criança recebeu o nome de Mani.
Índios de várias tribos foram ver Mani, que, com pouco menos de um ano, andava e falava com muito desembaraço.
Mani passou a ensinar aos índios o plantio dos primeiros alimentos de uso doméstico destinados à subsistência da tribo.
Ao completar um ano de vida, misteriosamente, sem qualquer sinal de doença, Mani faleceu. Uma cova foi cavada no terreiro da maloca e seu corpo colocado numa igaçaba (pote de barro de boca larga) e naquela cova foi sepultada.
Diariamente os índios regavam a sepultura, onde a mãe de Mani derramava suas lágrimas. Tempos depois, sobre a sepultura de Mani brotou uma planta desconhecida. Quando a planta deu flores e frutos, os pássaros que vinham comê-la ficavam embriagados.
Lembrando do sonho que tivera, o tuxaua recomendava respeito à planta.
Certo dia, os índios notaram que a terra estava fendida ao pé da planta, aparecendo algumas raízes. Essas raízes foram arrancadas e partidas, revelando-se tão brancas como o Corpo de Mani.
Acreditando ser milagre de Tupã, os índios comeram algumas raízes e outras foram amassadas, delas extraindo um líquido delicioso que passou a ser usado nas reuniões festivas da aldeia.
Daí por diante, os índios passaram a se dedicar ao cultivo da planta descoberta e deram-lhe o nome de manioca ou mandioca, que na lenda quer dizer Corpo de Mani.
O que Tupã mandara o Caruana dizer ao pai da índia, concretiza-se. Graças ao cultivo da mandioca os índios passaram a conhecer grande variedade de alimentos preparados das raízes da planta.
Com o passar do tempo, a civilização toma conta da terra, e o homem do campo passando a cultivar a mandioca.
Monte Roraima
Segundo os geógrafos, o Monte Roraima é uma formação da era pré-cambriana. Ele tem 2.875 metros de altitude. Mas segundo o folclore, o monte Roraima é muito mais do que isso.
Os índios Macuxi contam que antigamente, no local onde hoje existe o Monte Roraima, existiam apenas terras baixas e alagadiças, cheias de igapó. As tribos que viviam naquela área não precisavam disputar comida, pois a caça e a pesca eram fartas.
Uma vez, nasceu um belo pé de bananeira. E a árvore era algo inédito na região. A estranha planta cresceu muito rápido e deu belíssimos e apetitosos frutos.
Os pajés então avisaram que aquele vegetal era na verdade um ser sagrado e que como tal seus frutos eram proibidos para qualquer pessoa da tribo. Os pajés avisaram ainda que caso alguém desobedecesse a regra e tentasse comer uma fruta daquelas, desgraças terríveis aconteceriam: a caça se tornaria rara, as frutas secariam e até a terra iria tomar um formato diferente. Era permitido comer de tudo, menos os frutos da bananeira sagrada.
Todos passaram a temer e a respeitar as ordens dos pajés. Mas houve um dia em que, ao amanhecer, todos correram para ver com espanto a primeira desgraça de muitas que ainda estavam por vir: um cacho da bananeira havia sido decepado. Todos se perguntavam, mas ninguém sabia dizer quem poderia ter feito aquilo. Antes que tivessem tempo para descobrir o culpado, a previsão dos mais velhos começou a acontecer. A terra começou a se mover e os céus tremiamem trovões. Todos os animais, da terra ou do céu, bateram em retirada. Um dilúvio começou a despencar e um enorme monte começou a brotar rasgando aquelas alagadas terras. E foi assim que nasceu o Monte Roraima. É por tudo isso que, até os dias de hoje, acredita-se que o monte Roraima chora quando de suas pedras caem pequenas gotas de água cristalina.
Os índios Macuxi contam que antigamente, no local onde hoje existe o Monte Roraima, existiam apenas terras baixas e alagadiças, cheias de igapó. As tribos que viviam naquela área não precisavam disputar comida, pois a caça e a pesca eram fartas.
Uma vez, nasceu um belo pé de bananeira. E a árvore era algo inédito na região. A estranha planta cresceu muito rápido e deu belíssimos e apetitosos frutos.
Os pajés então avisaram que aquele vegetal era na verdade um ser sagrado e que como tal seus frutos eram proibidos para qualquer pessoa da tribo. Os pajés avisaram ainda que caso alguém desobedecesse a regra e tentasse comer uma fruta daquelas, desgraças terríveis aconteceriam: a caça se tornaria rara, as frutas secariam e até a terra iria tomar um formato diferente. Era permitido comer de tudo, menos os frutos da bananeira sagrada.
Todos passaram a temer e a respeitar as ordens dos pajés. Mas houve um dia em que, ao amanhecer, todos correram para ver com espanto a primeira desgraça de muitas que ainda estavam por vir: um cacho da bananeira havia sido decepado. Todos se perguntavam, mas ninguém sabia dizer quem poderia ter feito aquilo. Antes que tivessem tempo para descobrir o culpado, a previsão dos mais velhos começou a acontecer. A terra começou a se mover e os céus tremiam
A Lenda das Cataratas do Iguaçu
Os índios caingangues, que habitavam as margens do Rio Iguaçu, acreditavam que o mundo era governado por Mboi - um deus com forma de serpente e filho de Tupã.
Igobi, o cacique da tribo, tinha um afilha, Naipi, tão bonita que as águas dos rios paravam quando a jovem índia nele se mirava. Devido a sua beleza, Naipi seria consagrada ao deus Mboi, passando a viver somente para seu culto. Havia, porém, entre os caingangues, um jovem guerreiro chamado Tarobá, que se apaixonou ao ver Naipi.
No dia da festa de consagração da jovem índia, enquanto o pajé e os caciques bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá fugiu com a linda Naipi numa canoa que segui rio abaixo, arrastada pela correnteza.
Ao saber da fuga de Naipi e Tarobá, Mboi ficou furioso. Penetrou nas entranhas da terra, retorcendo o seu corpo e produzindo uma enorme fenda que formou a catarata gigantesca. Envolvidos pelas águas dessa imensa cachoeira, a piroga e os fugitivos caíram de uma grande altura desaparecendo para sempre.
Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas. Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio. Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta onde o monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas.
Igobi, o cacique da tribo, tinha um afilha, Naipi, tão bonita que as águas dos rios paravam quando a jovem índia nele se mirava. Devido a sua beleza, Naipi seria consagrada ao deus Mboi, passando a viver somente para seu culto. Havia, porém, entre os caingangues, um jovem guerreiro chamado Tarobá, que se apaixonou ao ver Naipi.
No dia da festa de consagração da jovem índia, enquanto o pajé e os caciques bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá fugiu com a linda Naipi numa canoa que segui rio abaixo, arrastada pela correnteza.
Ao saber da fuga de Naipi e Tarobá, Mboi ficou furioso. Penetrou nas entranhas da terra, retorcendo o seu corpo e produzindo uma enorme fenda que formou a catarata gigantesca. Envolvidos pelas águas dessa imensa cachoeira, a piroga e os fugitivos caíram de uma grande altura desaparecendo para sempre.
Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas. Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio. Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta onde o monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas.
Lenda da Pedra Pintada
Como um passe de mágica, tudo aconteceu e, como num conto de fadas, foi se tornando realidade... Em um gigantesco Vale Verde, orlado de lindas montanhas, lagos, igarapés, há um imenso e tranqüilo rio, o Parimé. Nas suas proximidades encontra-se uma enorme pedra, cheia de mistérios e muita paz, a Pedra Pintada.
Há muitos e muitos anos, ali viviam os índios Paravianas. Eles eram muito altos, fortes e guerreiros. Como toda tribo tem suas autoridades maiores, eles também tinham as suas: o Tuxaua e o Pajé. Como entidade espiritual, o Pajé pressentiu que alguma “coisa”, uma grande catástrofe iria acontecer a todos os índios. Reuniu a tribo e comunicou que havia sonhado com homens altos, com olhos azuis e cabelos de ouro que viviam para guerrear. Todos ficaram preocupados, pois havia uma “Seiva Sagrada” e ninguém poderia pegá-la. Somente o Pajé podia tocar a seiva que era para curar todos os males. O Tuxaua resolveu escondê-la entro da gruta em cima do Dólmen, onde também era guardado o tesouro da tribo.
Como no sonho do Pajé, os homens brancos apareceram, invadiram a gruta e pegaram a “Seiva Sagrada”. Uma grande batalha aconteceu. A “Seiva Sagrada” explodiu uma grande fumaça em forma de cogumelo apareceu, matando todos os brancos e quase todos os índios.
O Pajé, que havia sido salvo por seus poderes mágicos, pegou o tesouro e guardou-o no fundo do imenso lago, e ainda com seus poderes, transformou dois índios em dois tigres e ordenou que ficassem como guardiões do tesouro. Com muita tristeza o Pajé deixou gravado na grande pedra a história de sua gente. Até hoje, encontra-se na Pedra Pintada, inscrições desse povo. O Pajé deixou uma maldição:“Quem entrar no grande lago, verá chover, e essa água caída do céu, trará a maldição da doença”.
Há muitos e muitos anos, ali viviam os índios Paravianas. Eles eram muito altos, fortes e guerreiros. Como toda tribo tem suas autoridades maiores, eles também tinham as suas: o Tuxaua e o Pajé. Como entidade espiritual, o Pajé pressentiu que alguma “coisa”, uma grande catástrofe iria acontecer a todos os índios. Reuniu a tribo e comunicou que havia sonhado com homens altos, com olhos azuis e cabelos de ouro que viviam para guerrear. Todos ficaram preocupados, pois havia uma “Seiva Sagrada” e ninguém poderia pegá-la. Somente o Pajé podia tocar a seiva que era para curar todos os males. O Tuxaua resolveu escondê-la entro da gruta em cima do Dólmen, onde também era guardado o tesouro da tribo.
Como no sonho do Pajé, os homens brancos apareceram, invadiram a gruta e pegaram a “Seiva Sagrada”. Uma grande batalha aconteceu. A “Seiva Sagrada” explodiu uma grande fumaça em forma de cogumelo apareceu, matando todos os brancos e quase todos os índios.
O Pajé, que havia sido salvo por seus poderes mágicos, pegou o tesouro e guardou-o no fundo do imenso lago, e ainda com seus poderes, transformou dois índios em dois tigres e ordenou que ficassem como guardiões do tesouro. Com muita tristeza o Pajé deixou gravado na grande pedra a história de sua gente. Até hoje, encontra-se na Pedra Pintada, inscrições desse povo. O Pajé deixou uma maldição:“Quem entrar no grande lago, verá chover, e essa água caída do céu, trará a maldição da doença”.
MAPINGUARI
Uma das características mais marcantes do Mapinguari é o odor insuportável que ele exala na mata. Os caboclos o descrevem como um bicho semelhante a um homem com o corpo coberto de pêlos, como um grande macaco, e com apenas um olho bem no meio da testa. Dizem também que a boca do Mapinguari é algo descomunal; tão grande que não termina no queixo, como a dos homens, mas na barriga. A pele dessa figura mitológica é descrita como parecida ao couro dos jacarés e ele tem nas costas uma espécie de armadura que se parece com um casco de tartaruga.
Ao contrário das outras visagens, o Mapinguari ataca mais durante o dia do que à noite. E há também os que dizem que o Mapinguari só aparece em dias santos.
Dentro da mata, é fácil perceber o rastro de um Mapinguari: os arbustos ficam quebrados e o mato todo esmagado.
Ao correr no meio da mata o Mapinguari solta gritos, da mesma forma como os caçadores fazem para se comunicarem uns com os outros. Ele faz isso para atrair a atenção dos caçadores e poder devorá-los com sua boca imensa. E dizem que começa pela cabeça da vítima!
Ao contrário das outras visagens, o Mapinguari ataca mais durante o dia do que à noite. E há também os que dizem que o Mapinguari só aparece em dias santos.
Dentro da mata, é fácil perceber o rastro de um Mapinguari: os arbustos ficam quebrados e o mato todo esmagado.
Ao correr no meio da mata o Mapinguari solta gritos, da mesma forma como os caçadores fazem para se comunicarem uns com os outros. Ele faz isso para atrair a atenção dos caçadores e poder devorá-los com sua boca imensa. E dizem que começa pela cabeça da vítima!
A lenda do açúcar e da cachaça
Jesus Cristo passava por uma estrada e, debaixo de sol forte, morria de fome e de sede. De repente, avistou um canavial. Então, sentou-se numa sombra entre as folhas, refrescou-se do calor, descansou, chupou uns gomos e matou a fome. Ao sair, abençoou as canas, prometendo que delas o homem havia de tirar um alimento bom e doce.
No outro dia, na mesma hora, o diabo saiu do fogo do inferno, com os chifres e o rabo queimados. Galopando pela estrada, foi dar no mesmo canavial. Mas, desta vez, as canas soltaram pelos e o caldo estava azedo, e queimou-lhe a garganta. O diabo, furioso, prometeu que da cana o homem tiraria uma bebida tão ardente como as caldeiras do inferno. É por isso que da cana se tira o açúcar, bênção de Nosso Senhor, e a cachaça, maldição do diabo.
No outro dia, na mesma hora, o diabo saiu do fogo do inferno, com os chifres e o rabo queimados. Galopando pela estrada, foi dar no mesmo canavial. Mas, desta vez, as canas soltaram pelos e o caldo estava azedo, e queimou-lhe a garganta. O diabo, furioso, prometeu que da cana o homem tiraria uma bebida tão ardente como as caldeiras do inferno. É por isso que da cana se tira o açúcar, bênção de Nosso Senhor, e a cachaça, maldição do diabo.
Lenda do Guaraná
Um Curumim (criança) da Tribo dos Maué que estava em guerra foi morta pelo espírito mal o Jurupaí que ao se disfarçar de Cobra Cascavel picou o menino e o matou.
Toda a tribo entristeceu muito e pediram a Tupã (o Deus Supremo) que ressuscitasse o menino. Então Tupã determinou que os olhos do menino fossem retirados e plantados como se fossem sementes de uma planta, pois ali ele disse que nasceria uma bela planta que chamou-a de Planta da Vida que traria mais força para os jovens e mais disposição as idosos. Os Pajés da Tribo fizeram o que foi mandado, durante quatro luas(quatro meses) os índios guardavam o local e choravam sobre ele. Até que um dia brotou uma planta que como um menino começou a subir em tudo que estava pela sua frente, subia em árvores e ia se espalhando, até frutificar, frutos negros envoltos numa polpa branca embutida em duas cápsulas vermelhas assemelhando-se muito a um olho humano.
Toda a tribo entristeceu muito e pediram a Tupã (o Deus Supremo) que ressuscitasse o menino. Então Tupã determinou que os olhos do menino fossem retirados e plantados como se fossem sementes de uma planta, pois ali ele disse que nasceria uma bela planta que chamou-a de Planta da Vida que traria mais força para os jovens e mais disposição as idosos. Os Pajés da Tribo fizeram o que foi mandado, durante quatro luas(quatro meses) os índios guardavam o local e choravam sobre ele. Até que um dia brotou uma planta que como um menino começou a subir em tudo que estava pela sua frente, subia em árvores e ia se espalhando, até frutificar, frutos negros envoltos numa polpa branca embutida em duas cápsulas vermelhas assemelhando-se muito a um olho humano.
Lenda do Sol
Para os índios o sol era gente e se chamava KUANDÚ. Kuandú tinha três filhos: um é o sol que aparece na seca; o outro, mais novo, sai na chuva e o filho do meio ajuda os outros dois quando estão cansados. Há muito tempo um índio Juruna teria comido o pai de KUANDÚ.Por isso este queria se vingar. Uma vez Kuandú estava bravo e foi para o mato pegar coco. Lá encontrou Juruna em uma palmeira inajá. Kuandú disse que ele ia morrer, mas Juruna foi mais rápido acertando Kuandú com um cacho na cabeça. Aí tudo escureceu. As crianças começaram a morrer de fome porque Juruna não podia trabalhar na roça e nem pescar. Estava tudo escuro. A mulher de Kuandú mandou o filho sair de casa e ficou claro de novo. Mas só um pouco porque era muito quente para ele. O filho não aguentou e voltou para casa. Escureceu de novo. E assim ficaram os 3 filhos de Kuandú. Entrando e saindo de casa. Portanto, quando é seca e sol forte é o filho mais velho que está fora de casa. Quando é sol mais fraco é o filho mais novo. O filho do meio só aparece quando os irmãos ficam cansados.
A Cabra Cabriola
A Cabra Cabriola, era uma espécie de Cabra, meio bicho, meio monstro. Sua lenda em Pernambuco, é do fim do século XIX e início do seculo XX. Era uma Bicho que deixava qualquer menino arrepiado só de ouvir falar. Soltava fogo e fumaça pelos olhos, nariz e boca. Atacava quem andasse pelas ruas desertas às sextas a noite. Mas, o pior era que a Cabriola entrava nas casas, pelo telhado ou porta, à procura de meninos malcriados e travessos, e cantava mais ou menos assim, quando ia chegando:
-Eu sou a Cabra Cabriola
Que como meninos aos pares
Também comerei a vós
Uns carochinhos de nada...
As crianças não podiam sair de perto das mães, ao escutarem qualquer ruído estranho perto da casa. Podia ser qualquer outro bicho, ou então a Cabriola, assim era bom não arriscar. Astuta como uma Raposa e fétida como um bode, assim era ela. Em casa de menino obediente, bom para a mãe, que não mijasse na cama e não fosse traquino, a Cabra Cabriola, não passava nem perto.
Quando no silêncio da noite, alguma criança chorava, diziam que a Cabriola estava devorando algum malcriado. O melhor nessa hora, era rezar o Padre Nosso e fazer o Sinal da Cruz.
-Eu sou a Cabra Cabriola
Que como meninos aos pares
Também comerei a vós
Uns carochinhos de nada...
As crianças não podiam sair de perto das mães, ao escutarem qualquer ruído estranho perto da casa. Podia ser qualquer outro bicho, ou então a Cabriola, assim era bom não arriscar. Astuta como uma Raposa e fétida como um bode, assim era ela. Em casa de menino obediente, bom para a mãe, que não mijasse na cama e não fosse traquino, a Cabra Cabriola, não passava nem perto.
Quando no silêncio da noite, alguma criança chorava, diziam que a Cabriola estava devorando algum malcriado. O melhor nessa hora, era rezar o Padre Nosso e fazer o Sinal da Cruz.
Lenda do Pirarucu
O pirarucu é um peixe da Amazônia, cujo comprimento pode chegar até 2 metros . Suas escamas são grandes e rígidas o suficiente para serem usadas como lixas de unha, ou como artesanato ou simplesmente vendidas como souvenirs. A carne do Pirarucu é suave e usada em pratos típicos da nossa região. Pode também ser preparada de outras maneiras, frequentemente salgada e exposta ao sol para secar. Se fresca ou seca, a carne do pirarucu é sempre uma delícia em qualquer receita.
Pirarucu era um índio que pertencia a tribo dos Uaiás que habitava as planícies de Lábrea no sudoeste da Amazonia. Ele era um bravo guerreiro mas tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom coração e também chefe da tribo. Pirarucu era cheio de vaidades, egoísmo e excessivamente orgulhoso de seu poder. Um dia, enquanto seu pai fazia uma visita amigável a tribos vizinhas, Pirarucu se aproveitou da ocasião para tomar como refém índios da aldeia e executá-los sem nenhuma motivo. Pirarucu também adorava criticar os deuses. Tupã, o deus dos deuses, observou Pirarucu por um longo tempo, até que cansado daquele comportamento, decidiu punir Pirarucu. Tupã chamou Polo e ordenou que ele espalhase seu mais poderoso relâmpago na área inteira. Ele também chamou Iururaruaçú, a deusa das torrentes, e ordenou que ela provocasse as mais fortes torrentes de chuva sobre Pirarucú, que estava pescando com outros índios as margens do rio Tocantins, não muito longe da aldeia. O fogo de Tupã foi visto por toda a floresta. Quando Pirarucu percebeu as ondas furiosas do rio e ouviu a voz enraivecida de Tupã, ele somente as ignorou com uma risada e palavras de desprezo. Então Tupã enviou Xandoré, o demônio que odeia os homens, para atirar relâmpagos e trovões sobre Pirarucu, enchendo o ar de luz. Pirarucu tentou escapar, mas enquanto ele corria por entre os galhos das árvores, um relâmpago fulminante enviado por Xandoré acertou o coracão do guerreiro que mesmo assim ainda se recusou a pedir perdão. Todos aqueles que se encontravam com Pirarucu correram para a selva terrivelmente assustados, enquanto o corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as profundezas do rio Tocantins e transformado em um gigante e escuro peixe. Pirarucu desapareceu nas águas e nunca mais retornou, mas por um longo tempo foi o terror da região.
O bode preto
No sertão existe um inseto que habita o subsolo, e fura o terreno para abrigar-se. A terra extraída do lugar em que escava, lembra a forma do fundo de uma garrafa. Diz o caipira ser a pegada do duende. O povo acredita que entes andam nas sextas-feiras santas em encruzilhadas onde os caminhos se bifurcam, à meia-noite, com o gênio do mal, metamorfoseando-se em um grande Bode Preto, conquistando a felicidade em troca da alma e selando com algumas gotas de sangue contratos macabros minutados pelo próprio demônio.Para isso, porém, é preciso que o aspirante à felicidade seja dotado de grande fortaleza d'alma para que o Sujo não lhe pregue alguma peça, como sucedeu a um que combinara firmar contrato com o Espírito das Trevas e lhe entregava a alma com a condição deste de fazê-lo invencível no jogo do facão. Combinaram que o Diabo o ensinaria e o familiarizaria com todos os truques do jogo. O aspirante, por maior que fosse o aperto, não poderia chamar pelo nome de santo algum. Em meio da lição, porém, tal foi a conjuntura, ameaçado pelos coriscos do Diabo, que olvidando a combinação, a um bote que lhe deu o macabro professor, num salto à retaguarda, irrefletidamente, exclamou: -São Bento!!! -Serás molambento, urrou o Diabo, sovertendo-se pelo chão a dentro. Desde então o triste viveu andrajoso: não havia roupa que o agüentasse, por mais forte e bem tecido que fosse o pano e, apoupado, viria a arrastar seus molambos com a alma entregue ao Diabo, sem a compensação que ambicionava.
Visita ao mosteiro
Conta uma lenda medieval que, com os Menino Jesus nos braços, Nossa Senhora resolveu descer à Terra e visitar um mosteiro. Orgulhosos, todos os padres fizeram uma grande fila, e cada um postava-se diante da Virgem, procurando homenagear a mãe e o filho. Um declamou belos poemas, outro mostrou suas iluminuras para a bíblia, um terceiro disse o nome de todos os santos. E assim por diante, monge após monge mostrou seu talento e sua dedicação aos dois.
No último lugar da fila havia um padre, o mais humilde do convento, que nunca havia aprendido os sábios textos da época. Seus pais eram pessoas simples, que trabalhavam num velho circo das redondezas, e tudo que lhe haviam ensinado era atirar bolas para cima e fazer alguns malabarismos.
Quando chegou sua vez, os outros padres quiseram encerrar as homenagens, porque o antigo malabarista não tinha nada de importante para dizer, e podia desmoralizar a imagem do convento. Entretanto, no fundo do seu coação, também ele sentia uma imensa necessidade de dar alguma coisa de si para Jesus e a Virgem. Envergonhado, sentindo o olhar reprovador dos seus irmãos ele tirou algumas laranjas do bolso e começou a jogá-las para cima, fazendo malabarismos - que era a única coisa que sabia fazer.
Foi neste instante em que o Menino Jesus sorriu, e começou a bater palmas no colo da Nossa Senhora. E foi para ele que a Virgem estendeu os braços deixando que segurasse um pouco a criança.
No último lugar da fila havia um padre, o mais humilde do convento, que nunca havia aprendido os sábios textos da época. Seus pais eram pessoas simples, que trabalhavam num velho circo das redondezas, e tudo que lhe haviam ensinado era atirar bolas para cima e fazer alguns malabarismos.
Quando chegou sua vez, os outros padres quiseram encerrar as homenagens, porque o antigo malabarista não tinha nada de importante para dizer, e podia desmoralizar a imagem do convento. Entretanto, no fundo do seu coação, também ele sentia uma imensa necessidade de dar alguma coisa de si para Jesus e a Virgem. Envergonhado, sentindo o olhar reprovador dos seus irmãos ele tirou algumas laranjas do bolso e começou a jogá-las para cima, fazendo malabarismos - que era a única coisa que sabia fazer.
Foi neste instante em que o Menino Jesus sorriu, e começou a bater palmas no colo da Nossa Senhora. E foi para ele que a Virgem estendeu os braços deixando que segurasse um pouco a criança.
O PEIXE GRANDE
Um pescador estava jogando a sua rede no mar, quando ele sentiu que havia capturado algo grande. Ele ficou muito feliz, pois um peixe grande significava mais dinheiro. E era um peixe enorme, todo dourado. Bramindo seu arpão em direção ao peixe ele ia pensando por quanto poderia negociá-lo ao chegar na praia. Porém o peixe gritou que era o rei dos peixes e que lhe daria o que quisesse se sua vida fosse poupada. O pescador não acreditou e disse que lhe desse um barco cheio de ouro. O peixe fez aparecer o barco que estava no fundo do mar. O pescador soltou o peixe, maravilhado.
O peixe grande então lhe disse: "Dou-lhe mais dois barcos cheios de ouro, se você me der a primeira coisa viva que você encontrar quando chegar hoje à praia.". O pescador concordou e apareceram mais dois barcos cheios de ouro, os quais foram levados à praia imediatamente pelo pescador.
Quando ele chegou à praia, ansioso por encontrar seu fiel cachorro (que seria o ser que ele daria ao peixe grande), ele encontrou seu filho pequeno, que vinha correndo ao seu encontro. Sua respiração parou, correu por seu corpo a sensação de um vazio gelado. O menino perguntava o que eram os barcos, mas ele não conseguia ouvir nada do que ele dizia. Apenas abraçava-o, sentindo um medo irracional crescendo dentro de si. Pediu que seu filho voltasse correndo para casa e não se preocupasse que ele estaria em casa dentro em pouco. E gritou pelo peixe, gritou tanto que ele veio ao seu encontro. E o peixe perguntou: "Então, quando você irá entregar a sua parte?" O pescador respondeu: "Leve seu ouro que ele não serve para mim." O peixe disse: "O ouro não é meu, é seu; lembre-se de sua promessa e entregue o que me deve."
O pescador voltou para casa e chamou sua esposa e explicou tudo o que tinha acontecido. Decidiram então ficar com os barcos de ouro dados pelo Peixe Grande e proibir o filho de chegar perto do mar. O pescador, agora rico, cercou sua casa e disse ao filho que o mar não era mais de onde eles tirariam o sustento, mas trabalhariam a mãe terra que era mais dadivosa e piedosa para com os seus filhos.
O menino cresceu e tornou-se um rapaz forte e sadio, orgulho de seus pais, já que era extremamente leal e obediente, nunca havia chegado perto do mar e trabalhava a terra que retribuía em dadivosas colheitas. Certo dia, estava ele descansando, quando ouviu um som misterioso, era um som lindo que vinha de além das propriedades de seu pai. E este som entrava pelo seu corpo e apesar de agradável aos ouvidos, lhe dava a sensação de estar carregando um peso enorme. Não havia ninguém por perto, alguém a quem pudesse pedir socorro, mesmo gritar seria inútil. E seguiu o chamado com um passo indeciso, enquanto o terror tomava conta dos seus sentidos. Finalmente ele chegou até a praia e viu o brilho e o esplendor do oceano de que ele pouco recordava. Todo o medo cessou e ele passou a correr de encontro ao mar calmo que o pedia, que implorava a sua presença. Ao chegar perto do mar ele avistou o Peixe Grande que esperava por ele e que lhe perguntou: - Estás preparado?
O rapaz apenas balançou afirmativamente sua cabeça. O Peixe Grande então virou-se e disse: "Tú agora és meu sucessor, toma teu reino e o governe segundo tua vontade, o tempo será o teu professor. E saiu para morrer no ponto mais fundo do mar.
O Barba Ruiva
Eis uma lenda sobre a Lagoa de Paranaguá no Piauí. Dizem que ela era pequena, quase uma fonte, e cresceu por encanto. Foi assim:
Vivia uma viúva com tês filhas. Um dia, a mais moça das filhas dela adoeceu, ficando triste e pensativa. Estava esperando menino e o namorado morrera sem ter tempo de casar com ela. Com vergonha, descansou a moça nos matos e, deitou o filhinho num tacho de cobre e sacudiu-o dentro da pequna fonte de água. O tacho desceu e subiu logo, trazido por uma Mãe-d'agua, que com raiva, Amaldiçoou a moça que chorava na beira.
As águas foram subindo e correndo, numa enchente sem fim, dia e noite, alagando tudo, cumprindo uma ordem misteriosa. Ficou a lagoa encantada, cheia de luzes e de vozes. Ninguém podia morar na beira porque, a noite inteira, subia do fundo dágua um choro de criança. O choro parou e, vez por outra, aparecia um homem moço, muito claro, com barbas ruivas ao meio dia e com a barba branca ao anoitecer.
Muita gente o viu e tem visto. Foge dos homens e procura as mulheres que vão bater roupa. Agarra-as só para abraçar e beijar. Depois, corre e pula na lagoa, desaparecendo. Nenhuma mulher bate roupa ou toma banho sozinha, com medo do barba ruiva. Se um Homem o encontra, fica desorientado. Mas o Barba Ruiva não ofende ninguém.
Se uma mulher atirar na cabeça dele água benta e um rosário sacramentado, ele será desencantado. Barba Ruiva é pagão, e deixa de ser encantado sendo cristão. Como ainda não nasceu essa mulher valente para desencantar o Barba Ruiva, ele cumpre sua sina nas águas da lagoa.
Vivia uma viúva com tês filhas. Um dia, a mais moça das filhas dela adoeceu, ficando triste e pensativa. Estava esperando menino e o namorado morrera sem ter tempo de casar com ela. Com vergonha, descansou a moça nos matos e, deitou o filhinho num tacho de cobre e sacudiu-o dentro da pequna fonte de água. O tacho desceu e subiu logo, trazido por uma Mãe-d'agua, que com raiva, Amaldiçoou a moça que chorava na beira.
As águas foram subindo e correndo, numa enchente sem fim, dia e noite, alagando tudo, cumprindo uma ordem misteriosa. Ficou a lagoa encantada, cheia de luzes e de vozes. Ninguém podia morar na beira porque, a noite inteira, subia do fundo dágua um choro de criança. O choro parou e, vez por outra, aparecia um homem moço, muito claro, com barbas ruivas ao meio dia e com a barba branca ao anoitecer.
Muita gente o viu e tem visto. Foge dos homens e procura as mulheres que vão bater roupa. Agarra-as só para abraçar e beijar. Depois, corre e pula na lagoa, desaparecendo. Nenhuma mulher bate roupa ou toma banho sozinha, com medo do barba ruiva. Se um Homem o encontra, fica desorientado. Mas o Barba Ruiva não ofende ninguém.
Se uma mulher atirar na cabeça dele água benta e um rosário sacramentado, ele será desencantado. Barba Ruiva é pagão, e deixa de ser encantado sendo cristão. Como ainda não nasceu essa mulher valente para desencantar o Barba Ruiva, ele cumpre sua sina nas águas da lagoa.
A MULHER DA MEIA NOITE
A Mulher da meia noite, também Dama de vermelho, Dama de branco, é um mito universal. Ocorre nas Américas e em toda Europa. É uma aparição na forma de uma bela mulher, normalmente vestida de vermelho, mas pode ser também de branco. Alguns dizem, que é uma alma penada que não sabe que já morreu, outros afirmam que é o fantasma de uma jovem assassinada que desde então vaga sem rumo. Na verdade ela não aparece à meia-noite, e sim, desaparece nessa hora. Linda como é, parece uma jovem normal. Gosta de se aproximar de homens solitários nas mesas de bar. Senta com ele, e logo o convida para que a leve para casa. Encantado com tamanha beleza, todos topam na hora. Eles caminham, e conversando logo chegam ao destino. Parando ao lado de um muro alto, ela então diz ao acompanhante: "É aqui que eu moro...". É nesse momento que a pessoa se dá conta que está ao lado de um cemitério, e antes que possa dizer alguma coisa, ela desaparece, e nessa hora, o sino da igreja anuncia que é meia noite.
Outras vezes, ela surge nas estradas desertas, pedindo carona. Então pede ao motorista que a acompanhe até sua casa. E, mais uma vez a pessoa só percebe que está diante do cemitério, quando ela com sua voz suave e encantadora diz: "É aqui que eu moro, não quer entrar comigo...?".
Gelado da cabeça aos pés, a única coisa que a pessoa vê, é que ela acabou de sumir diante dos seus olhos, à meia-noite em ponto.
Outras vezes, ela surge nas estradas desertas, pedindo carona. Então pede ao motorista que a acompanhe até sua casa. E, mais uma vez a pessoa só percebe que está diante do cemitério, quando ela com sua voz suave e encantadora diz: "É aqui que eu moro, não quer entrar comigo...?".
Gelado da cabeça aos pés, a única coisa que a pessoa vê, é que ela acabou de sumir diante dos seus olhos, à meia-noite em ponto.
Gente que vira Bicho
Até mesmo nas periferias de algumas capitais da Amazônia, não é difícil ouvir histórias de gente que vira bicho. Imaginem no interior! Tem gente que vira cavalo, porco, cobra, cachorro e assim vai. São pessoas que em noite de luar bonito se isolam da sociedade para cumprir seu destino solitário.Cumprido o fado, o bicho volta a ser gente, veste suas roupas que ficaram escondidas em algum local ermo e volta para casa, como se nada tivesse acontecido, mas com apenas uma certeza no coração: na próxima noite de lua, o destino lhe baterá à porta novamente, até o final da vida. A constante nessas histórias é o fato de que, o bicho-gente quando atingido de forma fatal, novamente se transforma em humano. Por isso, dizem que a única cura para o triste sofrimento de quem vira bicho é a morte.
À boca pequena, as pessoas que viram bicho em geral são descritas como muito pálidas, "amarelonas" no linguajar popular. Também são muito caladas, talvez por temerem a revelação do fatídico segredo. Há quem diga ter presenciado a transformação. Para ver uma cena dessas, dizem os caboclos, tem que ter muita coragem ou ser muito curioso, pois não é nada bonito de se ver. O ser, ainda em estado humano, retorce o corpo caído ao algum local escondido, amargando o cruel sofrimento que está por vir. A transformação pode ocorrer nas areias de alguma praia, no mato ralo à beira de alguma estrada ou em clareiras dentro de mata fechada, as chamadas capoeiras.
Depois de muito se bater no chão, a transformação começa a acontecer e o bicho se levanta. Corre 7 encruzilhadas a judiar de todos por onde passa. Por isso mesmo, ganha inimizades a cada lua. Até que a Comunidade se revolta contra o estranho animal e se combina para lhe abater. É o final de uma vida de sofrimentos e angústias.
À boca pequena, as pessoas que viram bicho em geral são descritas como muito pálidas, "amarelonas" no linguajar popular. Também são muito caladas, talvez por temerem a revelação do fatídico segredo. Há quem diga ter presenciado a transformação. Para ver uma cena dessas, dizem os caboclos, tem que ter muita coragem ou ser muito curioso, pois não é nada bonito de se ver. O ser, ainda em estado humano, retorce o corpo caído ao algum local escondido, amargando o cruel sofrimento que está por vir. A transformação pode ocorrer nas areias de alguma praia, no mato ralo à beira de alguma estrada ou em clareiras dentro de mata fechada, as chamadas capoeiras.
Depois de muito se bater no chão, a transformação começa a acontecer e o bicho se levanta. Corre 7 encruzilhadas a judiar de todos por onde passa. Por isso mesmo, ganha inimizades a cada lua. Até que a Comunidade se revolta contra o estranho animal e se combina para lhe abater. É o final de uma vida de sofrimentos e angústias.
A LENDA DO PAPA FIGO
O Papa figo, é considerado uma verdadeira aberração da natureza sendo muito temido pelo interior do país e nos lugares mais afastados.
Se parece com um mendigo. Sujo, maltrapilho e com um saco às costas, costuma atrair crianças solitárias nas saídas das escolas, parques, e na rua, para depois lhes comer o fígado.
Possui grande orelhas sempre escondidas, que dizem ser uma doença que só pode ser curada quando ele come o fígado de uma criança.
Dizem ainda que apesar da aparência decadente, o Papa Figo é na verdade, sempre, uma figura respeitada e muito rica que sofre de uma terrível maldição.
De acordo com a tradição, após comer o fígado da criança, eles costumam deixar dentro da barriga da vítima, uma grande quantia em dinheiro para a família e para o enterro.
Quem era esse papa-figo tão falado? Aonde vivia? Em que se ocupava? Na cidade, toda gente ficava encolhida de receios quando se falava no nome do enfermo que só comia fígado de menino. Toda gente? Sim: os homens e mulheres não escondiam preocupações de resguardar os filhos pequenos da possibilidade de alguma tragédia sempre em ponto de ocorrer. Então, os meninos, estes habitavam o reino do eterno medo, subjugados todos eles pela idéia do monstro desnaturado que não lhes respeitava a integridade física. Vez por outra circulava a notícia apressada de que desaparecera aquela criança da rua da Medalha ou a outra da rua da Tesoura, da estrada do Carro ou da rua da Viração, da rua da Gameleira ou do Jaguaribe — e era de notar o espanto geral que a novidade despertava entre a gurizada atenta na marcha desses acontecimentos tão desagradáveis.
Sabia-se que o papa-figo residia em lugar não identificado. Porém se desconfiava com justas razões de que essa moradia ficava para as bandas da Matança. Lá para os lados de Joca da Boa Sentença. O bruxo montava guarda a todos os enterros, fixava bem as sepulturas das crianças, a fim de que, nas horas silenciosas, entrasse com o jogo velho: abria o caixão e dele retirava o cadáver, levando-o para a sua macabra oficina de operações. Depois de extrair o fígado, largava o morto, isto é, voltava com ele ao ombro e deixava-o novamente na catacumba. Mostrava cuidados em não revelar o menor sinal de sua passagem de insaciável comedor de fígado humano. Tinha-se conhecimento disso e daí as famílias entrarem em conversas com Germino Barreto, que era o administrador do cemitério, pessoa digna e em quem se podia confiar.
O papa-figo sofria de mal incurável. Falava-se que era chagado pelo corpo todo. Não tinha mais pele. E as dores que experimentava eram cruciantes, diminuindo apenas quando o enfermo comia fígado — e fígado de menino. Porque dos outros, pertencentes aos homens, não tinham mais vitalidade, fígado que perdera a força e, portanto, se fazia imprescindível continuar na trilha que tanto perturbava a existência das crianças. E o papa-figo adotava a sua política; para não ser injusto, apenas restringia a caça aos meninos mal-comportados, aqueles que eram desobedientes, teimosos e chorões. Os gordos mereciam maior cobiça. Enfim, no frigir dos ovos, o que viesse na rede servia, era sempre peixe.
E a realidade é que no mundo impossível das crianças paraibanas havia disciplina e ordem desde que fosse invocado o poder extraordinário do fantasma tão odiento quanto malsinado.
Sabia-se que o papa-figo residia em lugar não identificado. Porém se desconfiava com justas razões de que essa moradia ficava para as bandas da Matança. Lá para os lados de Joca da Boa Sentença. O bruxo montava guarda a todos os enterros, fixava bem as sepulturas das crianças, a fim de que, nas horas silenciosas, entrasse com o jogo velho: abria o caixão e dele retirava o cadáver, levando-o para a sua macabra oficina de operações. Depois de extrair o fígado, largava o morto, isto é, voltava com ele ao ombro e deixava-o novamente na catacumba. Mostrava cuidados em não revelar o menor sinal de sua passagem de insaciável comedor de fígado humano. Tinha-se conhecimento disso e daí as famílias entrarem em conversas com Germino Barreto, que era o administrador do cemitério, pessoa digna e em quem se podia confiar.
O papa-figo sofria de mal incurável. Falava-se que era chagado pelo corpo todo. Não tinha mais pele. E as dores que experimentava eram cruciantes, diminuindo apenas quando o enfermo comia fígado — e fígado de menino. Porque dos outros, pertencentes aos homens, não tinham mais vitalidade, fígado que perdera a força e, portanto, se fazia imprescindível continuar na trilha que tanto perturbava a existência das crianças. E o papa-figo adotava a sua política; para não ser injusto, apenas restringia a caça aos meninos mal-comportados, aqueles que eram desobedientes, teimosos e chorões. Os gordos mereciam maior cobiça. Enfim, no frigir dos ovos, o que viesse na rede servia, era sempre peixe.
E a realidade é que no mundo impossível das crianças paraibanas havia disciplina e ordem desde que fosse invocado o poder extraordinário do fantasma tão odiento quanto malsinado.
A CIDADE ENCANTADA DE JERICACOARA
Alguns habitantes da cidade de Jericoacoara, no Ceará, afirmam que, debaixo do morro do farol local, existe uma cidade encantada, onde mora uma linda princesa.
Perto da praia, quando a maré está baixa, há uma furna onde só se pode entrar agachado. Esta furna de fato existe. Só se pode entrar pela boca da caverna, mas não se pode percorrê-la, porque, está bloqueada por um enorme portão de ferro.
A cidade encantada e a princesa estariam além daquele portão. A encantadora princesa está transformada, por magia, numa serpente de escamas de ouro, só tendo a cabeça e os pés de mulher.
De acordo com a lenda, ela só pode ser desencantada com sangue humano. Assim, no dia em que alguém for sacrificado junto do portão, abrir-se-á a entrada para um reino maravilhoso. Com sangue será feita uma cruz no dorso da serpente, e então surgirá a princesa com toda sua beleza, cercada de tesouros inimagináveis, e a cidade com suas torres douradas, finalmente poderá ser vista. Então, o felizardo responsável pelo desencantamento, poderá casar com a princesa cuja beleza é sem igual nesse mundo.
Mas, como até hoje não apareceu ninguém disposto a quebrar esse encanto, a princesa, metade mulher, metade serpente, com seus tesouros e sua cidade encantada, continuam na gruta a espera desse heroí.
Perto da praia, quando a maré está baixa, há uma furna onde só se pode entrar agachado. Esta furna de fato existe. Só se pode entrar pela boca da caverna, mas não se pode percorrê-la, porque, está bloqueada por um enorme portão de ferro.
A cidade encantada e a princesa estariam além daquele portão. A encantadora princesa está transformada, por magia, numa serpente de escamas de ouro, só tendo a cabeça e os pés de mulher.
De acordo com a lenda, ela só pode ser desencantada com sangue humano. Assim, no dia em que alguém for sacrificado junto do portão, abrir-se-á a entrada para um reino maravilhoso. Com sangue será feita uma cruz no dorso da serpente, e então surgirá a princesa com toda sua beleza, cercada de tesouros inimagináveis, e a cidade com suas torres douradas, finalmente poderá ser vista. Então, o felizardo responsável pelo desencantamento, poderá casar com a princesa cuja beleza é sem igual nesse mundo.
Mas, como até hoje não apareceu ninguém disposto a quebrar esse encanto, a princesa, metade mulher, metade serpente, com seus tesouros e sua cidade encantada, continuam na gruta a espera desse heroí.
Mãe-de-ouro
Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.
Pisadeira
É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
PROJETO: MITOLOGIA GREGA
FILME: HÉRCULES (DESENHO ANIMADO); FÚRIA DE TITÃS; A ESPADA ERA A LEI
METODOLOGIA:
· Dividir a sala em grupos;
· Explanar teoria sobre o que é um mito;
· Cada grupo fica com uma história da mitologia pesquisada na internet;
· Cada grupo apresentará através de teatro com máscaras gregas a sua história;
· Criação das máscaras em sala com a ajuda do professor;
· Criação de mitos em HQ.
MATERIAL:
· Papel cartão ou cartolina;
· Histórias da mitologia grega;
· Tinta guache para pintar máscaras;
· Papel sulfite para revistinhas;
· Lápis e borracha;
· Lápis de cor
· Computador e internet.
ATIVIDADE: 1
· Cada grupo deverá criar HQ de sua história;
· Criar livro de gibis que contem como aconteceu a história. Com palavras e imagens.
ATIVIDADE: 2
· Usando massa de modelar, represente o personagem numa escultura. Os personagens mitológicos terão uma exposição na classe. Expliquem sobre a escultura (personagem).
PROJETO II: MITOLOGIA
TEMA: OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES
1º MOMENTO: Leitura dos livros de Monteiro Lobato “Os doze trabalhos de Hércules.”.
2° MOMENTO: Crie uma resenha do livro lido.
· Lembre-se na narração a história deve ser contada numa seqüência lógica: começo, meio e fim.
· As personagens aparecem em ação.
· O tempo e o espaço em que os fatos acontecem devem ser determinados.
· Transforme em HQ o seu texto;
· Fazer exposição do material produzido.
· Escolher um dos deuses da mitologia e criar uma história moderna;
Mitologia Grega
Características da Mitologia Grega, principais mitos e lendas, deuses gregos, Minotauro, Medusa, Hércules, a influência da religião na vida política, econômica e social dos gregos
Características da Mitologia Grega, principais mitos e lendas, deuses gregos, Minotauro, Medusa, Hércules, a influência da religião na vida política, econômica e social dos gregos
Minotauro: figura da mitologia grega
Introdução.
Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos. Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.
Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos. Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.
Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.
Entendendo a Mitologia Grega. Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.
Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram :
- Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Heracles ou Hércules e Aquiles.
- Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa
- Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.
- Heróis : seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Heracles ou Hércules e Aquiles.
- Ninfas : seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
- Sátiros : figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
- Centauros : corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
- Sereias : mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
- Górgonas : mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa
- Quimeras : mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.
Deuses gregos
De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos. Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.
De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos. Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.
Deuses GregosMitologia e religião grega, deuses da Grécia Antiga, panteão grego, características e representações.
Zeus : deus dos deuses do Olimpo
Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos.
De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais.Zeus era o de maior importância, considerado a divindade suprema do panteão grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns. Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor.
Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Poseidon, por exemplo, era o representante dos mares e Afrodite a deusa da beleza corporal e do amor. A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho e, muitas vezes, servia para explicar fenômenos da natureza ou passar conselhos de vida. Ao invadir e dominar a Grécia, os romanosabsorveram o panteão grego, modificando apenas os nomes dos deuses.
Deuses da Mitologia Grega
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De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga.Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos. Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Adonis Nascido da casca de uma árvore, é o mais belo dos deuses. Afrodite Deusa do amor, da beleza e da fertilidade. Apolo Deus da música, da profecia e do arco-e-flecha. Ares Deus da guerra. Ártemis Deusa da caça e protetora das amazonas. Atena Deusa da prudência e da sabedoria. Diz a lenda que Atena saiu adulta de dentro da cabeça de Zeus, aberta com um machado por Hefestos. Cérbero Cão de três cabeças, o guardião do Inferno. Pedia os vivos de entrarem no reino dos mortos. Dionísio Deus do vinho, e da fertilidade. Zeus o escondeu em sua coxa quando era bebê. Eros Ele despertava o amor e o desejo dos homens acertando flechas em seus corações. Graias Três irmãs que nasceram já velhas. Possuíam apenas um olho e um dente, que revezavam entre si. Hades Deus dos mortos. Comandava o Tártaro, o mundo inferior. Hecate Deusa da escuridão, protetora das bruxas e das feiticeiras. Hefestos Deus do fogo e da metalurgia. Forjava todas as armas e ferramentas dos outros deuses. Hera É a deusa mais importante da mitologia grega. Esposa de Zeus, reinava a seu lado e era muito ciumenta. Héracles Filho de Zeus e Alcmena, o grande herói da mitologia grega. Na mitologia romana é conhecido como Hércules. Hermes Filho espoleta de Zeus, também era seu mensageiro. Protetor dos comerciantes e dos viajantes. Hidra de Lerna Serpente monstruosa, foi morta por Héracles. Hypnos Deus do sono. Medusa Uma das três górgonas. Tinha cobras na cabeça seu olhar transformava os homens em pedra. Minotauro Monstro que habitava um palácio-labirinto Narciso Belo rapaz que se apaixonou por seu próprio reflexo. Nyx Deus da noite. Orfeu Cantor, poeta e compositor. Era fraquinho, mas sua música acalmava até mesmo mares bravios. Pã Deus dos rebanhos e dos pastores. Panacéia Deusa da cura pelas ervas. Pandora A primeira mulher, criada por Hefestos. Famosa por abrir uma caixa de onde saíram todos os males do mundo. Pégaso Cavalo alado divino. Algumas lendas dizem que ele nasceu do solo molhado do sangue da Medusa, morta por Perseu. Perséfone Esposa de Hades. Comandava o mundo inferior a seu lado. Perseu Herói, filho de Zeus. Matou e cortou a cabeça da Medusa. Polifemo Cíclope gigante, tentou devorar Ulisses, mas teve seu único olho furado por ele. Poseidon Deus dos mares e dos terremotos. Quimera Terrível monstro de duas cabeças que soltava fogo pela boca. Quíron O mais sábio dos Centauros. Foi o professor de Asclépio, deus da cura e da medicina. Sereias Monstros marinhos alados, metade mulher, metade peixe. Tanatos Irmão de Hypnos, deus da morte. Tífon Monstro gigantesco, conseguiu capturar e aprisionar Zeus. Tykhe Deusa do acaso e da coincidência. Zeus Divindade suprema da mitologia grega. Deus do Céu e da Terra. |
MITOLOGIA
Mitologia é o estudo dos mitos, deuses e lendas. Os mitos são histórias de caráter popular ou religioso que têm por objetivo a explicação de coisas complexas, que passavam do entendimento das pessoas comuns na época de seus surgimentos.
Normalmente a mitologia é associada à sociedade de sua fundação, como a mitologia que surgiu na Grécia é denominada Mitologia Grega, sendo essa a mais famosa de todas. Em várias religiões a mitologia está presente de alguma forma. No Neopaganismo, por exemplo, a mitologia é a própria caracterização de sua fé.
Na sociedade atual, a mitologia está fortemente presente. Diversos jogos como Final Fantasy e Ragnarök; filmes e séries de televisão, como Harry Potter e Cavaleiros do Zodíaco possuem suas bases na mitologia.
MITOLOGIA ROMANA
A mitologia romana explica o surgimento e a história de seu povo.
A mitologia romana arcaica sofreu grandes modificações com a incorporação de grande parte da mitologia grega. Isso fez com que, surgisse em Roma diversos deuses e heróis muito semelhantes aos gregos, diferentes desses apenas no nome.
A mitologia romana arcaica sofreu grandes modificações com a incorporação de grande parte da mitologia grega. Isso fez com que, surgisse em Roma diversos deuses e heróis muito semelhantes aos gregos, diferentes desses apenas no nome.
BACO
Baco, relativo a Dionísio na mitologia grega, é filho de Júpiter e a mortal Sêmele, era o deus do vinho e representava a embriaguez, porém também era um promotor da civilização, legislador e amante da paz.
Segundo a lenda, Sêmele pediu para Júpiter mostrar todo o seu esplendor para ela. Júpiter tentou dissuadi-la, porém ela insistiu, fazendo com que o deus mostrasse todo seu esplendor, o que provocou sua morte, pois Sêmele era apenas uma mortal.
Com sua morte, Júpiter pegou o feto, Baco, das cinzas e o colocou em sua perna, gerando assim, o deus do vinho.
Segundo a lenda, Sêmele pediu para Júpiter mostrar todo o seu esplendor para ela. Júpiter tentou dissuadi-la, porém ela insistiu, fazendo com que o deus mostrasse todo seu esplendor, o que provocou sua morte, pois Sêmele era apenas uma mortal.
Com sua morte, Júpiter pegou o feto, Baco, das cinzas e o colocou em sua perna, gerando assim, o deus do vinho.
ZEUS
O mesmo que Júpiter para os romanos é o deus supremo do mundo. Filho de Crono e Réia, é também chamado, por excelência, pai dos deuses.
Foi depois de ter destronado seu pai que dividiu com seus irmãos (Posseidon eHades) o domínio do mundo.
A realeza divina está exposta ao risco da decadência e, no jogo das forças onde os deuses se medem, o soberano deve exibir seu poder a fim de se valorizar. Há a necessidade de reconfirmar um poder que não se impõe aos deuses por legitimidade absoluta e inabalável, mas que é preciso demonstrar e até mesmo defender contra tentativas reais de subversão.
A tirania absoluta pertence a um tempo remoto; quando um pai angustiado, temendo perder seu cetro, devora os filhos. Esse pai, Crono, queria todo o poder só para si e para sempre - sem partilha ou revezamento. Um dos filhos salvo pela mãe, Réia, sobreviveu e destronou o déspota, foi Zeus e, com ele, inaugurou-se o tempo de um poder menos totalitário, porém mais real e aberto.
Presidia os fenômenos atmosféricos. Assim, criava os relâmpagos e o trovão, lançando a chuva com sua poderosa mão direita. Podia usar o seu raio em caráter destruidor; por outro lado, era capaz de mandar chuva benéfica para as plantações.
O grande Zeus nunca deixou de punir os homens que mentiam e quebravam seus juramentos, enfurece-se com qualquer tratamento hostil endereçado aos mortos. A justiça tornou-se companheira de Zeus.
É um deus muito ativo, totalmente vivo e com os dias cheios de vida e inúmeros projetos.
Na Odisséia, Zeus atinge um nível mais elevado.
Casou-se com Hera, porém teve muitos amores.
Senhor do céu, habitando as montanhas cheias de sol, como vêem os poetas.
Fídias esculpiu sua estátua, em que os atenienses pensavam ver simbolizadas a força e as virtudes de Zeus.
Zeus e a Guerra de Tróia
Zeus é um deus poderoso e desleal. Sente-se no dever de uma conduta elegante quando se trata de uma divindade a quem deve um favor, Tétis; da mesma forma mostra-se desatencioso com o rei humano a quem outrora dera sua palavra, Agamenon.
Sem dúvida, o rei dos deuses só traiu seu homólogo grego temporariamente, para dar-lhe um castigo. Claro que o rei desconhece os motivos de Zeus e revolta-se contra ele.
Agamenon não sabe dos planos de Zeus, porque o pensamento dele é inacessível aos deuses (com exceção dos casos em que ele mesmo os informa), quanto mais aos homens, por mais valorosos que sejam.
Apesar de todo seu poder, Zeus fracassou uma vez; perdendo para a astúcia de Hera. Foi no nascimento de Héracles - filho de Zeus e Alcmena. Hera, enciumada com o que disse o marido (que o primeiro a vir ao mundo seria o dono de um imenso poder e o rei de Micenas), faz com que Eristeu, filho de Estênelo, nasça de sete meses e antes de Héracles.
Na realidade, Zeus não se esquece do compromisso assumido com os gregos. O fato da cidade de Tróia cair tratava-se, somente, de lavar a honra de Aquiles e sua mãe (Tétis), em primeiro lugar.
Durante a maior parte da narrativa, tudo se passa sem que deuses ou homens compreendam nada do encadeamento das circunstâncias e gestos. Os homens combatem cegamente e cada um dos deuses conduz seu próprio jogo, ignorando o projeto global pretendido pelo único e verdadeiro estrategista: Zeus.
Só o rei dos deuses conhece os movimentos alternados dos exércitos, o encadeamento dos feitos heróicos, uma morte respondendo a outra morte. Esse arranjo permite-lhe manter as duas promessas - fazer cair Tróia e honrar Aquiles e Tétis.
A intriga da Ilíada cabe inteira numa confidência de Zeus a esposa: os aqueus serão obrigados a fugir diante de Tróia, graças a Apolo que deve enchê-los de covardia. Na fuga, buscarão a nau de Aquiles, o herói ultrajado. Este fará levantar seu amigo, Pátroclo, que será morto por Heitor. Em represália, os gregos partirão ofensivamente de seus navios e tomarão a sagrada Ílion, obedecendo à vontade de Hera e Atena.
Zeus x Posseidon
Todos os deuses reclamam de Zeus, mas se acovardam diante de suas ameaças. Porém, Posseidon é o único deus a discutir a legitimidade da supremacia do irmão mais velho.
Durante a guerra de Tróia, Zeus é distraído da batalha por Hera, que aliou-se a Posseidon para intercederem a favor dos gregos. Quando Zeus percebe que foi enganado, ameaça Hera que joga toda a culpa para Posseidon. Irado, Zeus ordena que o irmão pare de combater ao lado dos troianos. vem à tona a questão da partilha do mundo, dividido em três partes.
Posseidon pondera com o irmão que a Terra, assim como o Olimpo, é um bem comum a todos os deuses. Mas Zeus vence por seu poder obedecer a um princípio que estabelece o direito da primogenitura. Diante desse argumento, Posseidon sensatamente inclina-se.
Em seu imponente poder, Zeus não se contenta somente com o reconhecimento da legitimidade de seu poder por parte do irmão e quer vingança. Não importa a demora, o tempo dos deuses é eterno. Assim, a revanche só se dará em Odisséia.
Um dia, Posseidon está distraído - ausente, tendo ido a um banquete na terra dos etíopes. Então, Zeus manda Ulisses partir da casa da deusa Calipso. Era Posseidon que mantinha Ulisses cativo na casa da amante, longe de casa, como castigo por ter ferido seu filho, o Ciclope. Somente com a ajuda de Zeus, o herói consegue retorna a casa.
Para se vingar, resta a Posseidon causar tempestades incessantes, mas sem resultados.
OBRAS HOMÉRICAS
Ilíada e Odisséia, poemas em 24 cantos, são os primeiros grandes textos épicos ocidentais. Servem de modelo para outros poemas épicos posteriores, imortalizando Homero.
No século VI a.C., as obras passaram da forma oral para a escrita. Supõe-se que a Odisséia foi precedida pela Ilíada em 50 anos.Essas obras contêm os mais antigos escritos gregos de que se tem conhecimento.
Enquanto na Ilíada o poeta fala das paixões e dos combates de Tróia, na Odisséia trata das fantásticas passagens de percurso de Ulisses de retorno para casa.
O primeiro registro escrito que temos da Grécia é a Ilíada, daí sua importância cultural e histórica. A Odisséia é muito mais real e próxima do mundo que a Ilíada. Seu herói é muito mais humano. Mas isso não significa que a ele não se aplique o fantástico.
Homero nas obras
A mitologia grega começa com Homero. Nos poemas, ele tem toda liberdade de interromper a narração e tomar novo rumo.
O autor se mostra presente em suas obras, mas, claramente como um mero narrador. Porém, interrompe a narrativa para intercalar uma observação ou um pedido dos céus.
A distância mantida por Homero em suas obras pode diminuir, porém jamais deixa de existir.
Por escrever sobre um tempo passado, o autor designa para as personagens características que as marcam por toda a vida - epítetos.
Ilíada
É chamada de Bíblia da antiga Grécia. O assunto tratado na obra é a luta entre gregos e troianos - a chamada Guerra de Tróia. Entretanto, a história começa quando já se passaram 9 anos de batalha.
Tal batalha, teve como motivo o rapto, pelos troianos, da esposa de um importante rei grego - Menelau. Páris, raptou a bela Helena e a levou para seu castelo em Tróia. Mas a verdadeira causa do conflito foi a ira de Aquiles, ofendido por Agamenon.
A ira de Aquiles (semideus e herói belicoso) divide-se em dois momentos:
- a entrega de Briseida a Agamenon - que o afasta da batalha
- a morte do amigo Pátroclo - que o traz de volta à guerra
O final da batalha é a morte do nobre guerreiro troiano Heitor pelas mãos de Aquiles, e a tomada da cidade de Ílion e Helena.
Os deuses na Ilíada são ativos participantes e peças cruciais da obra.
A Ilíada, por retratar uma guerra violenta, tem várias passagens sangrentas, e até dizem que por isso não é uma leitura feminina. Nesta obra, entretanto, a guerra é associada a reflexões sobre a vida do homem em relação com a dos deuses.
Odisséia
Vem de Odysseus - herói grego, rei de Ítaca, que os latinos chamam de Ulixes, donde Ulisses.
Há três divisões na Odisséia (implícitas):
Telemaquia - trata de Telêmaco, filho de Ulisses e Penélope. Abrange os cantos I a IV, onde Ulisses não aparece, são feitas alusões à sua ausência, pois deixara Ítaca para ir à Guerra de Tróia que já acabara há 10 anos. Telêmaco quer ir buscá-lo, mas antes deve lutar contra os pretendentes à mão de sua mãe.
Narrativa na casa de Alcino - compreende os cantos V a XIII. Aqui conhecemos Ulisses e suas aventuras que ele enumera contando que perdeu o rumo quando voltava para casa, ficando a vagar pelo mar. Além disso foi ele retardado por fantásticos acontecimentos.
Vingança de Ulisses - volta o herói, após 20 anos, disfarçado de mendigo e mistura-se ao povo. Aos poucos, deixa-se identificar e extermina os pretendentes de Penélope, reassumindo, então, seu reino.
A segunda parte é a mais importante, pois resume o principal da ação contida na obra.
O herói Ulisses defronta-se com peripécias sobre-humanas e a tudo supera; isso se inscreve na esfera do impossível. Entretanto, os meios que usa são humanos.
Conclusões finais
As condições sociais do período homérico geraram um herói como Ulisses. Existia interesse em glorificar o homem: a poesia seria épica, gloriosa, grandiloqüente; mas o herói seria humano, embora os deuses contribuíssem para sua integridade física. A conjuntura social que o poema reflete é exatamente essa, embora a ação se desenrole em um passado remoto, a Guerra de Tróia, no século XIII a.C.
A Ilíada e a Odisséia foram por muito tempo os mananciais da cultura ocidental. Na segunda década do século XX, a Odisséia de Homero inspirou uma outra, a do homem moderno: a obra de James Joyce, Ulisses, um dos livros mais polêmicos do nosso tempo.
POESIA
TEMA: TECENDO PALAVRAS, TECENDO POEMAS.
1º MOMENTO:
a) Observem a transparência e escreva uma seqüência de palavras que vierem ao seu pensamento a partir dela.
b) Escreva as palavras que pensou de um jeito diferente e criativo.
c) Apresente seu trabalho.
2.º MOMENTO:
Divisão das aulas A e B.
AULA A: poema “Ar livre” de Cecília Meireles e atividade.
AULA B: Poema de Olavo Bilac “A vida” e atividade.
ATIVIDADE DA AULA A E B:
1. Que imagem vem a seu pensamento durante a leitura desse poema?
2. Como é essa imagem (menina/paisagem) em sua imaginação?
3. Com quais cores você pintaria a cena desses versos?
4. Ilustre o poema, ou seja, conte o poema através de desenhos com imagens da sua imaginação.
MATERIAL:
· Poemas;
· Chamex;
· Transparência;
· Lápis nº. 2;
· Giz de cera ou lápis de cor.
OFICINA DE PRODUÇÃO
1º MOMENTO:
· Leitura dos textos de Mário Quintana;
· Escolha individual um dos textos e escreva-o em versos, com a estrutura de um poema, leia o rascunho e quando estiver satisfeito, passe o poema a limpo.
· Dupla: dê seu poema a um colega, ele o ilustrará e vice-versa.
MOLDURA PARA TRABALHO:
· Meça os lados da sua tela ou do suporte da sua pintura;
· Recorte uma tira de papel-cartão, da cor que preferir, para cada um dos lados da sua tela; A largura da tira deverá ser proporcional ao tamanho da tela;
· Cole as tiras na borda da tela.
MATERIAL:
· Chamex;
· Lápis de cor ou giz de cera;
· Lápis comum;
· Borracha;
· Régua;
· Papel cartão.
DINÂMICA PARA DESCREVER
· Fazer amigo oculto da turma (amigo da onça);
· Descrever as características físicas (cabelo, pele, altura, etc.);
· Aspectos que você admira nele;
· Os colegas com quem ele mais se relaciona.
ERRANDO A HISTÓRIA
· Modifique um por vez: primeiro o início, depois o meio e por último o final da história;
· Desenhe como você imagina que eram os ambientes que apareceram na história “João e Maria”;
· Fazer análise da Narrativa.
DISSERTAÇÃO
· TEXTO: dividindo as culpas;
· Dissertar sobre a venda de votos.
LEVANTANDO HIPÓTESES
· A professora lerá um conto por partes tentando imaginar tentando imaginar o que acontecerá em cada uma delas;
· Ler somente o título antes da história e levantar hipóteses sobre as personagens, a história, etc.;
· TEXTO: Maria Gomes e os Cavalinhos mágicos;
· Criar desenhos para cada parte da história.
PALAVRAS E IMAGENS: HISTÓRIA EM QUADRINHOS
Professora: Raika Barreto
: PALAVRAS E IMAGENS: HISTÓRIA EM QUADRINHOS
: Redação
5ª e 6ª séries do Ensino Fundamental
Super-heróis e bichos que falam têm encantado crianças de todos os tempos, no mundo inteiro. Em contos de fadas, fábulas, lendas, histórias em quadrinhos, etc., essas personagens vivem incríveis aventuras, criadas pelos povos através dos tempos, na tentativa não só de explicar o mundo em que vivemos, mas também de nos divertir, nos emocionar, nos ensinar e, às vezes até nos aterrorizar. Algumas dessas histórias despertam um interesse momentâneo e passageiro, mas muitas, muitas delas ficam em nós para sempre.
Este projeto sobre História em Quadrinhos propicia o desenvolvimento intelectual e artístico. E é por meio deste que o aluno pode mostrar sua capacidade de interpretar, analisar e produzir textos. O aluno pode mostrar a história como ela é ou a visão do autor e a sua versão da obra re-contada de forma as criar uma situação de aprendizagem conectada com os valores dos meios sócio-culturais.
Alguns alunos pouco conhecem das Histórias em Quadrinhos. Através da leitura de livros da biblioteca da escola que contenham essas histórias - primeiramente povoar a imaginação infantil com seus personagens e depois fazer com que cada aluno crie sua HQ, baseado em um dos gibis lidos e chegue ao ápice do seu entendimento demonstrando, através de exposição escrita e ilustrada, seu trabalho.
Fazer com que o aluno também aprenda a apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos de vários cartunistas. E também ao final do curso o aluno do ensino fundamental seja capaz de expressar-se, comunicar-se, articulando a percepção, emoção, sensibilidade e reflexão ao fruir produções artísticas, interagir com materiais e instrumentos, respeitar e observar seu patrimônio cultural. Espera-se assim, que desenvolvam o gosto e o senso crítico pela leitura e escrita através de História em Quadrinhos. Esse estímulo desenvolverá a reflexão sobre a sua realidade ao recontar os cartoons escolhidos, colaborando assim, com a formação do caráter e respeito mútuos.
1- Deseja-se que os alunos leiam diferentes Histórias em quadrinhos para observar os elementos que a estruturam e o ponto de vista dos cartunistas, depreendendo o lido, para assim expor sua visão de mundo.
2- Escolher uma HQ do seu agrado, reescrevê-la do seu ponto de vista ou do ponto de vista de um dos personagens, criando o diálogo entre estes. Podem acrescentar fatos e informações, dando assim, asas a sua imaginação.
3- Criar um Gibi e ilustrá-lo ao seu gosto.
· Revistas de Histórias em Quadrinhos
· Computadores para visitas a sites indicados
· Papel almaço
· Lápis
· Caneta
· Papel sulfite
· Lápis de cor ou giz de cera
· Cartolina para confecção do livrinho
· Pincel atômico
· Grampeador
· Televisão
· Vídeo
· Cds-rom
· Espaço físico para culminância do projeto
· Mesas
· Cadeiras
· Cartolinas para cartazes
1- O professor fará uma breve explicação sobre o que é o Gênero textual História em Quadrinhos e citará os mais conhecidos, mostrará através do retroprojetor, como criar e montar uma revista de HQ, a exemplo do quadrinho da Magali, personagem da turma da Mônica feito por Maurício de Souza.
2- Todos os alunos pesquisarão sobre o surgimento das histórias em quadrinhos e visitarão os sites: www.decomics.com – histórias de vários super-heróis, como Batmam e super-Homem, e informações sobre edições passadas; www.tintin.be –tem todas as aventuras do repórter e informações sobre a vida do seu autor, o belga Hergé;www.hipno.com e www.eden.com - quadrinhos virtuais como o Tôo Much Coffee Man, www.marvel.com – endereço de heróis como o Homem-Aranha. Traz histórias de outros personagens da Marvel.
3- Dividirá a classe em duplas e dividirá uma Revista em Quadrinhos, se possível, para cada uma.
4- As duplas farão um rodízio de Revistinhas, para que todos leiam o maior número possível de Gibis.
5- Cada dupla escolherá o Gibi com o qual quer trabalhar sobre o que será sua história e dirá para a classe.
6- Os dois componentes da dupla elaborarão juntos um texto narrativo com diálogo, a partir da historinha lida que será escrito numa folha de papel almaço. Poderão ser acrescentados fatos, personagens, de acordo com o gosto e a criatividade dos alunos.
7- O professor corrigirá o texto e depois, deverá ser passado em folhas de papel sulfite em formato de livrinho. As ilustrações serão feitas de acordo com a vontade da dupla.
8- Os alunos pesquisarão sobres cartunistas das obras escolhidas.
9- Os alunos “publicarão” o livrinho de historinhas produzidas, montando uma exposição em um local da escola. Distribuirão o material produzido e pesquisado em mesas, paredes, murais ou varais, de forma a facilitar sua leitura e apreciação.
10- Instalarão num dos cantos do local vídeo e televisão e apresentarão filmes baseados em Histórias em Quadrinhos como: O Quarteto Fantástico, Speed Racer, e outros.
11- Convidarão um cartunista da sua região para se apresentar no dia da culminância do projeto: Rildo Brasil
12- Farão uma ampla divulgação da exposição, convidando pais, colegas, professores, familiares e amigos para visitá-la.
O (A) professor (a) de Artes poderá ajudar na composição gráfica dos personagens, na escolha das cores, e nas representações das expressões faciais de cada personagem.
Avaliação
Será avaliada a criatividade, a sociabilidade, a desenvoltura e o empenho dos alunos para com as Histórias em Quadrinhos.
Referencias Bibliográficas: CEREJA,Willian Roberto, MAGALHÃES, Tereza Cochar. Todos os textos. São Paulo: Editora Atual, 1998.
Agência de publicidade
O texto publicitário
a partir da 2a série do 1o ciclo do Ensino Fundamental
cinco aulas
Na sociedade de hoje, sofremos constante bombardeio publicitário por meio de cartazes na rua, comerciais na televisão e no rádio, propagandas em revistas e jornais sempre com o objetivo de promover o consumo de produtos (e idéias). Ao trazermos para a sala de aula o texto publicitário como uma unidade de trabalho, a criança passa a conhecer não só as finalidades e características lingüísticas e textuais deste tipo de texto, mas também pode tornar-se um consumidor mais atento e crítico, pois passa a conhecer os elementos de persuasão que a publicidade usa para conquistar seu público. Nessa atividade, vamos selecionar produtos e marcas de conhecimento dos alunos e reescrever seus textos publicitários e slogans.
Com relação ao conhecimento do sistema alfabético de escrita o enfoque será o de relacionar a grafia convencional de palavras de maior utilização, segmentação de palavras e frases, uso de maiúscula e de alguns sinais de pontuação.
Com este trabalho, pretende-se que os alunos sejam capazes de:
a) falar e ouvir em situações específicas de comunicação nas quais faz sentido expor opiniões, ouvir com atenção, sintetizar idéias, defender ponto de vista, replicar etc;
b) utilizar as convenções da escrita como uma exigência social;
c) perceber as finalidades e funções do texto publicitário;
d) observar e utilizar a linguagem específica do texto publicitário: seus recursos lingüísticos e não-lingüísticos.
Revistas, jornais, cola, papel pardo, tesoura, folha sulfite, lápis de cor/cera; canetas coloridas.
Haverá momentos de trabalho em que as crianças deverão estar em pequenos grupos, em outros que trabalharão individualmente e, em outros, em que todos da classe deverão formar um círculo para a discussão ou síntese coletiva.
1) Faça com os alunos uma pesquisa sobre as marcas e os produtos que conhecem, listando-os na lousa, a partir de algumas categorias como laboratórios farmacêuticos, empresas automobilísticas, lojas de eletrodomésticos, produtos infantis, produtos alimentícios etc;
2) Organize os alunos em duplas e peça que levantem os "slogans" que conhecem e que correspondem a cada marca levantada no item anterior. Exemplos: "Nestlé - Nossa vida tem você"; "M&M's - O chocolate que derrete na sua boca e não na sua mão"; "McDonald's - Gostoso como a vida deve ser";
3) Solicite que os alunos, ainda em duplas, procurem nas revistas e jornais trazidos para a classe os vários produtos e seus slogans, recortando-os;
4) Proceda em seguida à triagem dos produtos que serão colados no papel pardo coletivo, tendo em vista os critérios de classificação do item 1 deste roteiro, de forma a obter uma variedade grande de textos publicitários;
5) Afixe o papel pardo na sala de aula para divulgação do trabalho feito e para consulta e análise lingüística das crianças (onde está escrito tal palavra? como se escreve tal palavra? tal palavra começa com a mesma letra do nome de fulano da classe? há alguma palavra estrangeira? como se escreve e como se pronuncia?);
6) Com os produtos colados no papel pardo, proceda à análise das propagandas quanto à relação entre o texto escrito e a imagem, Por exemplo, o logotipo da Nestlé (símbolo que representa o nome da empresa ou do produto) é um ninho com três pássaros de tamanhos diferentes, sendo que um está na posição de ter chegado ao ninho, trazendo alimento. Os pássaros podem estar representando o pai, a mãe e o filho, ou seja, a proteção que vem da família, uma vez que os produtos desta marca referem-se à alimentação: leite, chocolate, bolacha etc. Garanta na análise que os alunos percebam que as cores e o tipo de letra utilizados são também importantes nas propagandas para chamar a atenção do consumidor;
7) Solicite que os alunos criem outros "slogans" para os produtos já trabalhados (e outros), atentando para as características específicas da linguagem da propaganda, como uso de qualificativos ("Só Omo lava mais branco"), uso de verbo no imperativo ("Abuse e use C&A"), rimas ( "Danoninho, vale por um bifinho", "Tomou Doril, a dor sumiu"), linguagem argumentativa ( "Se a marca é CICA, bons produtos indica", "Quem come um, pede BIS");
8) Escolha junto com as crianças uma das marcas ou produtos para criarem um anúncio publicitário que contenha os três elementos desse tipo de texto: texto escrito (que ofereça informações sobre o produto, destaque as qualidades positivas do produto e procure convencer o consumidor a adquirir o produto), ilustração (fotografia, gravura, desenho, gráfico) que qualifique bem o produto e "slogan"(frase sintética e atraente, de fácil memorização). Atentar também para as cores e os tipos de letras escolhidos para atrair o leitor;
9) Organize junto com os alunos a divulgação das propagandas elaboradas. Pesquisar os endereços das marcas e produtos e enviar as propagandas feitas pelos alunos aos respectivos fabricantes (é sempre interessante que os alunos passem por situações de produção de texto com interlocutores reais).
Ao longo do desenvolvimento da atividade, é possível avaliar:
- como o aluno utilizou a linguagem (oral e escrita) de forma contextualizada, ou seja, em determinadas situações nas quais faz sentido falar, ouvir, ler, escrever;
- o que o aluno já conhecia sobre o texto de propaganda: quais marcas e produtos conhecia, para que servem os produtos e suas propagandas, quais "slogans" têm de memória;
- o que o aluno passou a conhecer: por que neste tipo de texto o tamanho e o tipo das letras são importantes, quais cores são usadas em cada propaganda, por que, como é possível convencer o outro a comprar, quais palavras representam as qualidades dos produtos, o que a ilustração tem a ver com o texto escrito;
- o que o aluno conhecia e o que passou a saber sobre as convenções da escrita, quais convenções foram garantidas a cada etapa de trabalho;
- quais oportunidades foram dadas aos alunos para que reflitam sobre o mundo em que vivem e sobre a própria linguagem que expressa e constitui este mundo.
Esta atividade propicia que a criança amplie seus conhecimentos sobre a escrita e suas convenções e que conheça mais e melhor o mundo em que vive, através do estudo dos usos e formas do texto publicitário que é um indicador da sociedade de consumo, pois cria no leitor a necessidade de comprar/consumir.
Esta atividade guarda estreita relação com os temas transversais "Trabalho e Consumo" e "Ética" (Parâmetros Curriculares Nacionais - MEC), uma vez que possibilita que os alunos tenham uma visão mais crítica do mundo de hoje e suas linguagens. Para isto, é possível fazer uma visita a uma agência de publicidade para conhecer seus profissionais ou então escrever a uma delas. Planeje com seus alunos a visita à agência elaborando em conjunto um roteiro de perguntas e de fatos a serem observados. Por exemplo: observar como se faz uma propaganda, entrevistar as várias pessoas envolvidas, discutir sobre formação, experiência de trabalho, instrumentos de trabalho necessários, fonte de inspiração, dificuldades da profissão etc. Aproveite para conhecer também os códigos de ética da profissão. Após a visita, solicite aos alunos um registro escrito com os dados levantados e peça para relacioná-los com as propagandas de televisão.
A área de Educação Artística também pode contribuir para uma análise da propaganda como forma de expressão. Escolha uma propaganda e analise com os alunos quais recursos ela utiliza (música, artes plásticas, artes da computação).
Em História, é possível contextualizar a publicidade dentro das transformações científicas, técnicas e econômicas do mundo moderno. Pesquise em publicações mais antigas, como eram as propagandas (pasta de dente "Kolynos e seu sorriso refrescante", absorvente Modess com uma mulher trabalhando em máquina de escrever antiga).
Em História, é possível contextualizar a publicidade dentro das transformações científicas, técnicas e econômicas do mundo moderno. Pesquise em publicações mais antigas, como eram as propagandas (pasta de dente "Kolynos e seu sorriso refrescante", absorvente Modess com uma mulher trabalhando em máquina de escrever antiga).
Este trabalho propõe uma articulação entre as duas aprendizagens que o aluno em processo de alfabetização precisa empreender: os conhecimentos sobre as convenções da escrita e os vários textos presentes na sociedade. Na sociedade de consumo, a publicidade ocupa lugar de destaque, pois é uma linguagem elaborada para influenciar as pessoas na compra de produtos (e idéias). Para isto, este tipo de texto se organiza, basicamente, a partir de três elementos: o texto escrito (sons característicos, onomatopéias, termos novos, construção/desconstrução de palavras, mudança de significados, jogos de palavras, grafia inusitada, flexões diferentes, sintaxe não linear), o "slogan" (frase curta, de impacto, que de tanto ser repetida, é facilmente memorizada pelo consumidor) e ilustração (imagem que destaca a qualidade do produto a ser vendido). No que se refere à aprendizagem do sistema de escrita, é necessário continuar o trabalho de aquisição da base alfabética de alunos que o necessitarem, bem como do processo de reflexão e utilização das convenções da escrita.
CARVALHO, Nelly de. Publicidade: a linguagem da sedução. São Paulo: Ática, 1996
JOLIBERT, Josette. Formando crianças produtoras de texto. volume II. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994
KAUFMAN, Ana Maria e RODRIGUEZ, Maria Elena. Escola, leitura e produção de textos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995
VESTERGAARD, Torben e SCHRODER, Kim. A linguagem da propaganda. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
ENTREVISTA
MATERIAL:
· Revistas variadas com entrevistas.
Em linguagem jornalística, entrevista é o texto resultante de um encontro previamente marcado entre duas pessoas, em que uma interroga a outra sobre sua profissão, ações, idéias. O entrevistado é quase sempre uma pessoa de destaque e autoriza ou não a publicação de suas declarações. Na entrevista em estudo:
a) Quem é o entrevistador?
b) Que é o entrevistado e em que ele se destaca?
c) Abaixo da fotografia do entrevistado, há um texto que se destaca, escrito com um tipo de letra em corpo maior. Que tipo de informação ele transmite?
d) Antes da entrevista, há um texto que a introduz. Qual é a finalidade desse texto introdutório?
e) Essa entrevista está sob forma de perguntas e respostas, precedidas do nome do entrevistador e da revista que ele representa. Observe as perguntas feitas ao entrevistado. As perguntas demonstram que elas foram previamente elaboradas?
Observe as respostas do entrevistado:
f) Elas revelam que ele está ‘a vontade diante do entrevistador?
g) Observe a linguagem empregada pela entrevistadora e pelo entrevistado. Que variedade lingüística eles usam?
ATIVIDADE II
Reúna-se com seus colegas de grupo para escrever uma entrevista. Depois de pronta, a entrevista será publicada no jornal mural para que outras pessoas leiam.
SUGESTÕES:
a) Escolham uma pessoa para ser entrevistada;
b) Procurem conhecer o entrevistado e o assunto que será o foco da entrevista. Assim, se o entrevistado for um atleta, procurem informações sobre a modalidade esportiva em que se destaca.
c) Façam um roteiro de perguntas. Se o escolhido, para ser entrevistado for um atleta, vocês podem perguntar, por exemplo, que fatos o levaram a escolher o esporte no qual se destaca que dificuldades enfrentou ou enfrenta, se ele tem treinador, como é o relacionamento entre eles, quantas horas por dia pratica o esporte, em quais campeonatos se destacou, que vitória ou derrota o marcou fortemente, etc.
d) Façam perguntas curtas e objetivas
e) Ao entrevistar, não confiem na memória; façam anotações. Apresentem uma pergunta de cada vez e saibam ouvir. Fiquem atentos ‘as respostas, pois vocês podem aproveitar um comentário do entrevistado e improvisar uma pergunta que não está no roteiro, mas pode resultar numa resposta interessante.
f) Com as anotações em mão, escrevam a entrevista.
g) Escolham uma frase significativa do entrevistado para servir de título ou criem um título bem interessante baseado na entrevista.
h) Escrevam uma introdução, apresentando o entrevistado e o assunto tratado.
i) Coloquem o nome do entrevistador (ou nome do grupo ou do jornal) antes de cada pergunta e o nome do entrevistado antes de cada resposta.
j) Transcrevam o diálogo mantendo a linguagem empregada pelo entrevistado, mas evitando marcas da oralidade.
k) Façam um rascunho e só passem a limpo depois de fazer uma revisão cuidadosa. Refaçam o texto se necessário.
PROJETO FOCAS EM AÇÃO
FOCA é o nome dado ao repórter iniciante, aquele que está aprendendo a profissão.
· Para fazer individualmente:
Escreva em um cartão ou papel colorido uma narrativa de viagem, contando como e qual seria a viagem dos seus sonhos. Se quiser, ilustre sua narrativa com desenhos ou xérox de fotos dos lugares aos quais pretende ir.
· Depois as exponha no jornal mural, para que as, para que o sonho coletivo de conhecer outros lugares encante os leitores.
· Escolham um título para o mural.
A NOTÍCIA FALADA
· As notícias podem ser transmitidas por escrito ou oralmente. Nos jornais e revistas, elas são escritas pelo jornalista e lidas pelo leitor.No rádio e na televisão, elas são faladas pelo apresentador e ouvidas pelos ouvintes e telespectadores.
· Assim como a notícia escrita, a notícia falada também procura fornecer respostas a seis questões básicas: o quê, como, onde, quando quem, por quê.
· A notícia falada é curta, limitando-se ao essencial.
· No jornal falado, é comum a presença de um jornalista principal, o jornalista-âncora, que apresenta as notícias. Ele decora a notícia antes de falar.
ATIVIDADE
1. Reúna-se com seus colegas de grupo e juntos, produzam a notícia falada.
Como assunto das notícias, escolham essas sugestões:
2. Fatos ocorridos na escola na última semana: uma festa comemorativa, uma campanha, o novo acervo da biblioteca, uma classe que fez um passeio ou excursão, uma apresentação de teatro ou música; o aniversário de alguém, a ocorrência de um pequeno acidente, novas normas escolares, um feira de ciências, etc.
3. Fatos que ocorrerão na escola na próxima semana ou mês: festas, passeios, campeonatos, avaliações oficiais, etc.
Ao produzirem as notícias faladas, sigam as instruções:
a) escrevam as notícias, relatando o fato principal. Mencionem as pessoas envolvidas, onde e quando ele ocorreu. O texto deve ser curto e a linguagem deve estar de acordo com a variedade padrão da língua.
b) Ao terminarem de escrever as notícias, avaliem-nas. Refaçam o texto se necessário.
c) Combinem quem será o jornalista apresentador do grupo, ou seja, aquele que irá ler ou falar as notícias produzidas e se haverá repórteres fazendo comentários e entrevistas.
d) Em um dia combinado, apresentem em um jornal falado da classe as notícias para a sala. Se quiserem, dêem um nome ao jornal e um slogan e usem um fundo musical.
A NOTÍCIA ESCRITA
Material: revistas ou jornais com notícias.
Há mais de um século, um jornalista de um antigo jornal Nova Iorque, The Sun, definiu assim a notícia: “Quando um cachorro morde um homem, isso não é notícia. Mas, quando um homem morde um cachorro, isso é notícia.”.
LEAD E CORPO
Uma notícia geralmente compõe-se de duas partes: lead e corpo. O lead consiste normalmente no 1º parágrafo da notícia e é a parte que apresenta um resuma de poucas linhas, fornecendo respostas às questões onde, como, por quê, etc.
TÍTULOS E LEGENDAS
Toda matéria jornalística é encabeçada por um título. O título constitui um resumo da informação mais importante do texto. Veja alguns exemplos de títulos publicados em um jornal:
· Quadrilha saqueia condomínio
· Dengue é problema na América Latina
· Vaticano envia documentos antigos ao Brasil
· Temperaturas sobem à tarde
Observe os tipos de letra empregados nos títulos:
a) Que tipo de letra é empregado no início da primeira palavra do título: maiúscula ou minúscula?
b) Com que tipo de letra se iniciam os nomes próprios?
c) Observe os verbos empregados no título. Em que tempo eles estão?
d) A maioria dos títulos das matérias jornalísticas apresenta verbos, usados quase sempre nesse tempo verbal. Levante hipóteses: por que é usado esse recurso?
e) Há no final dos títulos algum sinal de pontuação?
LEGENDAS
Grande parte das matérias jornalísticas é ilustrada com fotografias, gráficos e desenhos. Essas ilustrações vem sempre acompanhadas de um texto chamado LEGENDA.
LEGENDA é uma frase curta que normalmente tem duas funções: descrever as ilustrações e dar apoio às matérias jornalísticas, informando sobre o fato noticiado. Como o título, a legenda apresenta verbos no presente do indicativo e normalmente não há ponto final do texto.
CRIANDO UM JORNAL
Vamos preparar a primeira página do jornal do seu grupo ou sua classe.
a)Escolham o nome do jornal;
b) Escrevam a cidade, a data;
c)Programem as seções que serão colocadas na primeira página:
· Índice;
· Previsão do tempo;
· Seleção das manchetes;
· Informações meteorológicas;
· Fotos ou ilustrações;
· Agenda da semana.
d) Discutam a distribuição das ilustrações e de cada uma das notícias ou sessões que estarão na primeira página.
e) Tragam para a classe diferentes jornais da sua cidade e façam uma aula de leitura e investigação, anotem tudo o que acharem interessante;
f) Discutam qual será o formato, as seções, as reportagens que farão parte do jornal;
g) Dividam o trabalho de forma que cada um do grupo se encarregue de uma parte do jornal: notícia, esporte, cultura, entrevista, classificados etc.
h) Elaborados os trabalhos de grupo, reúnam todos e juntos e juntos discutam e montem a diagramação do jornal, isto é, a disposição dos textos e ilustração de cada página.
i) Depois de pronto, façam cópias para distribuir nas outras classes.
j) Vocês podem pedir patrocínio junto ao comércio ou empresas da sua cidade, inserindo no jornal, as respectivas propagandas.
DICIONÁRIO DO ESTUDANTE JORNALISTA
A
ANÚNCIO: texto publicado com fins comerciais.
ARTIGO: texto de opinião normalmente assinado por seus autores, nem sempre refletindo a opinião do jornal.
BOX: quadro que contém informações complementares ou curiosas, que ao lado ou abaixo da notícia.
CADERNO: parte do jornal que reúne notícias sobre assuntos semelhantes. Por exemplo: caderno de esportes, caderno de esportes, caderno de economia etc.
CARTUNISTA: profissional responsável pelos cartuns e charges com intenção de fazer uma crítica.
CLASSIFICADOS: nome dado aos anúncios distribuídos por assunto. Exemplos: anúncios de empregos, automóveis, imóveis, equipamentos para escritórios, etc.
DIAGRAMAÇÃO: organização dos textos, títulos, ilustrações, fotos, anúncios, compondo um desenho da página do jeito que será impressa.
EDITOR: jornalista responsável pela edição do jornal, com autoridade para recusar ou modificar as matérias que não estiverem boas.
EXCLUSIVA: notícia ou informação que apenas uma jornal tem.
FURO: notícia publicada por um jornal antes de qualquer outro meio de comunicação.
GRÁFICA: Lugar onde jornais, revistas e publicações em geral são impressos.
ILUSTRAÇÃO: fotos, desenhos, charges e demais imagens usadas para ilustrar o jornal.
LEAD: resumo da notícia, escrito geralmente abaixo da manchete. Traz as informações principais, despertando a atenção do leitor para o assunto.
MANCHETE: título da reportagem ou da notícia.
NOTÍCIA: informação com interesse jornalístico.
REPORTAGEM: texto escrito sobre um assunto ou acontecimento, com objetivo de divulgá-lo.
SEÇÃO: espaço reservado para assuntos específicos publicados regularmente. Exemplos: esportes, cartas dos leitores, cotidiano, etc.
ATIVIDADE
Na noticia da sua revista ou jornal, identifique:
a) O fato principal;
b) As pessoas envolvidas;
c) Quando ocorreu o fato;
d) O lugar onde aconteceu o fato;
e) Por que o fato aconteceu.
f) Observe a linguagem empregada na notícia. Das características abaixo, indique as que são verificadas na sua notícia estudada.
· Impessoalidade, conforme demonstram o emprego dos verbos em 3ª pessoa ausência de opiniões do jornalista;
· Pessoalidade, conforme demonstram o emprego de verbos na 1ª pessoa e a presença de opiniões do jornalista;
· Clareza, objetividade, precisão.
g) Que variedade lingüística é utilizada da notícia?
h) Observe o título da notícia:
· Ele anuncia o assunto que será desenvolvido na notícia?
· Você acha que esse título é curto e objetivo (impessoal) ou longo e subjetivo (pessoal)?
i) Escreva uma notícia, que depois irá para o jornal mural. Escolha para produzir:
· Uma notícia sobre um fato ocorrido recentemente no mundo ou no Brasil. Ela pode se referir a um fato relacionado à política, economia, meio ambiente, saúde, educação, esportes, artes, violência, etc.
· Uma notícia sobre um fato ocorrido em seu bairro recentemente ou em sua escola. Um fato sobre seu bairro pode ser pavimentação das ruas, inauguração de uma praça ou comércio, uma festa na rua, etc.
Ao escrever sua notícia siga as instruções:
a) Faça um planejamento. Leia jornais e revistas, depois converse com seus pais, professores, colegas ou vizinhos, sobre o assunto escolhido, procurando obter o maior número possível de informações.
b) Tenha em mente, o leitor de seu texto; escreva com simplicidade, na ordem direta (sujeito, verbo e complementos); sempre que possível, empregue uma palavra em vez de duas ou mais; use frases curtas, com duas ou três linhas no máximo e parágrafo com poucas frases; empregue o vocabulário comum; evite palavras difíceis, termos coloquiais, gírias, superlativos e adjetivos desnecessários; procure responder as perguntas que um leitor gostaria de fazer: o que?, como?, onde?, quem?, quando?, por quê?.
c) Faça primeiramente um rascunho e só passe a limpo depois de fazer uma revisão cuidadosa; refaça o texto quantas vezes forem necessárias; dê à sua notícia um título curto e sugestivo e que sirva para anunciar ao leitor o assunto que será desenvolvido.
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